O presidente do Coritiba, Glenn Stenger, confirmou que o clube deve concluir o processo de venda da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) ainda em 2023. Em entrevista à TV Coxa, o mandatário afirmou que esse é o único caminho para que o Coritiba consiga disputar com times de maior orçamento.
“O torcedor tem que entender que nenhum clube médio conseguirá sobreviver no mercado sem ter uma retaguarda financeira pesada. Todos estão se movimentando para tal, a exceção dos gigantes, Palmeiras, Corinthians e Flamengo”, afirmou Stenger. “O Coritiba passou por um processo de reestruturação financeira em 2022. Coisa que times, que já se tornaram SAF, não passaram. O clube pretende, durante o ano de 2023, concluir o processo de SAF. Mas é um processo distante e que exige uma série de implicações legais e comerciais para que o clube tenha tranquilidade de estar fazendo um bom negócio”.
De acordo com apuração realizada pelo ge, o Coxa tem conversas avançadas com a gestora Treecorp Investimentos e pode apresentar o projeto ao Conselho Deliberativo ainda no primeiro semestre deste ano. O portal de notícias também constatou que a negociação está sendo levada para um “fundo de private equity”, que realiza diretamente aplicações financeiras em empresas de capital fechado.
O Coritiba finalizou a temporada passada em 15º lugar na tabela da série A do Brasileirão (Reprodução/Douglas Ceccon)
“Existem tipos de SAFs. Nós temos que ser prudentes na SAF do Coritiba. Eu não vou citar nomes, mas eu não posso ter uma SAF que sirva para formar jogador e ser trabalhada como uma filial de outro time”, disse o mandatário. “Não, o Coritiba é um time que vai ter investimentos para buscar novos passos no mercado nacional. Não queremos e nem vamos admitir que o investidor transforme o Coritiba em um clube satélite”.
No momento, a Treecorp e o Coxa já buscam por possíveis nomes para assumir o cargo de gestor da SAF alviverde. O intuito é que o Coritiba tenha uma administração empresarial, com profissionais especializados no futebol.
Treecorp
A gestora de investimentos foi fundada em 2010 e possui três sócios-diretores, sendo o ex-publicitário Roberto Justus o mais conhecido deles. No total, a firma acumulou cerca de R$ 2 bilhões sob gestão em 11 empresas do seu portfólio.
Foto Destaque: Reprodução/@Cortiba