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Corinthians quer vender parte da Neo Química Arena na bolsa de valores

Clube negocia com a Caixa para vender parte de seus direitos sobre a arena; objetivo é ficar com 51% para se manter como controlador e se livrar dos juros

16 Nov 2023 - 15h57 | Atualizado em 16 Nov 2023 - 15h57
Corinthians quer vender parte da Neo Química Arena na bolsa de valores Lorena Bueri

De acordo com informações apuradas, o Corinthians está negociando com a Caixa para poder vender 49% da Neo Química Arena na bolsa de valores de São Paulo (conhecida como B3).

O principal objetivo ao se abrir mão dessa porcentagem é para que o clube se livre dos juros gerados pela enorme dívida que tem com a instituição financeira pela construção e consequente financiamento do estádio entre 2011 e 2014. Sendo assim, ao reter 51% dos direitos da arena, os alvinegros continuarão como controladores e sócios majoritários. A empresa KPMG é a responsável por estar fazendo a negociação com o banco estatal.

Entenda a proposta

Em entrevista exclusiva ao Globo Esporte, o diretor financeiro do Corinthians e responsável pelo projeto, Wesley Melo, explicou sobre o que se trata a ideia:

“O Corinthians tem um fundo, que é dono de 100% da Arena, e esse fundo pode ser colocado no mercado. Alguém pode comprar 49% desse fundo se eu quiser vender”, afirmou.

De acordo com ele, o principal objetivo para realizar tal negócio seria para acabar com os juros gerados pelo financiamento do estádio feito pela Caixa:

“Eu tenho a dívida do clube e tenho o financiamento com a Caixa. Se eu consigo esse recurso todo e abato ou liquido toda essa minha dívida com a Caixa e passo a dever só para um investidor, eu vou pagar para ele o rendimento da aplicação, mas paro de gastar com despesa de juros. Essa dívida com a Caixa tem despesa de juros mês a mês. Isso estanca. Vou ter um investidor que só vai retirar o investimento dele. É um ganho importante num momento de juros alto que a gente vive.”


 

Reportagem explica a negociação entre Corinthians e Caixa para vender 49% dos direitos da Neo Química Arena na bolsa de valores (Foto: reprodução/X/Raul Moura)


Possíveis modelos de negócio

No momento, são discutidos dois modelos para que se concretize o negócio:

  1. Um investidor com maior capacidade financeira faria um aporte milionário e compraria uma quantidade grande de cotas da Arena, deixando um percentual menor para ser negociado ao público em geral, na bolsa de valores;
  2. Todas as cotas disponibilizadas pelo Corinthians - ou seja, 49% do total - seriam oferecidas aos investidores na bolsa.

Desse modo, os investidores que comprassem essas "ações" do estádio receberiam dividendos, assim como acontece com outros fundos imobiliários de shoppings, galpões logísticos e/ou lajes corporativas. Esse "aluguel" pago aos donos das cotas seria proveniente das receitas da Arena com venda de ingressos, aluguéis de espaços comerciais e realização de eventos.

 

Foto destaque: Neo Química Arena, estádio do Corinthians (Reprodução/X/@futebol_info)

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