Nesta quarta-feira foi julgado pela última instância da Justiça italiana o caso de estrupo envolvendo o jogador Robinho e seu amigo, Ricardo Falco. Os dois foram condenados nas instâncias inferiores a nove anos de prisão recorrente de violência sexual de grupo contra uma mulher. A audiência durou cerca de 30 minutos. Contudo, cinco juízes da 3ª Seção Penal irão divulgar a sentença até o início da tarde (horário do Brasil).
O advogado de Robinho, Alexsander Guttieres, deixou a corte de Cassação de Roma sem passar informações. A comunicação entre o jogador e os advogados, aconteceu de forma remota através de um aplicativo de mensagens.
Jogador Robinho acusado por estupro. (Foto: Reprodução / Instagram)
Na sessão, somente um dos advogados de Robinho, Franco Moretti, fez a sustentação oral. Moretti afirma que o envolvimento de Robinho com a mulher foi consensual, por vezes, tentou trazer à audiência momentos sobre a conduta da vítima e ressaltou um dossiê da vida privada da vítima, que foi rechaçado no julgamento em segunda instância. Luiz Ramacci, presidente da audiência na Corte de Cassação, desaprovou a sua fala e, no mais, chamou a atenção do advogado do jogador, enfatizando ainda que ali não era o local indicado para tal discussão.
O código “609 bis” do código penal italiano, ressalta sobre a participação de duas ou mais pessoas reunidas para o ato de violência sexual, isto é, forçar alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”. Tanto Robinho quanto Falco, foram listados neste artigo. A vítima diz ter sido embriagada e abusada sexualmente por seis homens no período em que estava inconsciente. A defesa dos acusados diz que a relação foi consensual.
O crime mencionado, aconteceu na madrugada de janeiro de 2013 na boate Sio café, Milão. A vítima, saiu naquela noite com uma amiga para comemorar seu aniversário de 23 anos à época. Ressalta-se que o crime aconteceu dentro do camarim do local.
À época, Robinho tinha 29 anos e era um dos principais jogadores do Milan. Falco e outros quatro brasileiros, de acordo com a denúncia da Procuradoria da cidade, participaram do crime de violência sexual contra a mulher. Os outros quatro amigos não foram acusados, apenas citados nos autos.
Robinho vive no Brasil, segue sem clube desde que foi divulgado o seu envolvimento no crime, o que resultou a suspensão e seu encerramento de contrato com o Santos, se a sentença for confirmada na suprema corte italiana, o jogador não poderá ser extraditado para a Itália. Visto que a Constituição de 1988 proíbe a extradição de brasileiros.
Foto destaque: Robinho / Alexandre Schneider / Getty Imagens