Esportes

Condenado por racismo, Sebastian Avellino opta por não acompanhar a seleção peruana no Brasil

O preparador físico do Peru foi preso em 2023 por crime racial cometido aos torcedores do Corinthians; seu advogado o aconselhou a não voltar ao Brasil nesse momento

14 Out 2024 - 20h42 | Atualizado em 14 Out 2024 - 20h42
Condenado por racismo, Sebastian Avellino opta por não acompanhar a seleção peruana no Brasil Lorena Bueri

Na próxima terça-feira (15), às 21h45 em Brasília, acontece o jogo entre Brasil x Peru pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O preparador físico da seleção peruana, Sebastian Avellino Vargas, cometeu atos racistas contra a torcida corintiana em um jogo do campeonato Sul-americano em 2023.

Sebastian imitou gestos de macacos na Neo Química Arena e foi preso em flagrante pelo crime de racismo. Foram 10 dias detido em São Paulo, até que os seus advogados conseguiram uma liminar para que ele respondesse em liberdade. O juiz do caso, Antônio Maria Patiño Zorz, determinou dois anos de prisão, optaram em recorrer e foi determinada a doação de dois salários mínimos a alguma entidade social não definida.

Vargas e seus advogados recorreram novamente a decisão e o novo pedido foi negado. O caso foi direcionado para o Supremo Tribunal de Justiça e não tem novas atualizações. Além disso, o fato do juiz Antônio Zorz não ter proibido Sebastian de frequentar estádios no Brasil deixou a mídia descontente.

Amigos de Sebastian dão depoimentos

Durante o julgamento, Sebastian e seu advogado decidiram começar na defensiva e negaram as acusações de racismo, mas as gravações feitas do ato criminoso deixaram os argumentos de defesa inviáveis. Alguns colegas de trabalho do preparador físico foram chamados para depor.

Os depoimentos contam que a torcida adversária estava insultando os peruanos durante todo o jogo e que isso motivou a reação de Sebastian Avellino. ''Em meu país, “índios de merda'' não é só agressivo, mas também um dos mais discriminatórios',' disse o atacante Andy Polo.

''Ele é uma pessoa muito humana, que sempre esteve ao lado da defesa dos direitos humanos e das pessoas mais vulneráveis.'' disse Jorge Fossati, colega de Sebastian há 14 anos. ''O mais lamentável é que nessa cadeia de insultos havia adultos e crianças,''  disse o Diretor jurídico do Peru, Franco Velazco.

O juiz do caso respondeu aos depoimentos. ''Ele possuía inequívoca ciência do significado e do alcance racista do gesto de imitação do semovente macaco e da materialização de cunho discriminatório e preconceituoso que o referido gesto exprime, resgatando estigmas de inferioridade, de menosprezo e de afronta à igualdade no que se refere a cidadãos negros e pardos. Todavia, se o contexto em que se deu a conduta do réu atenua ou mitiga a reprovabilidade de sua atitude, em nada ele retira a tipicidade e a ilicitude da mesma, porquanto conforme já exaustivamente explanado alhures, a conduta do réu transpassa o crime de injúria racial, caracterizando o delito de racismo," declarou Antonio Zorz.



Sebastian na delegacia após o crime (Foto: reprodução/G1)


Sebastian não está proibido de frequentar o Brasil, mas decidiu não acompanhar a seleção peruana para evitar conflitos. O caso segue em aberto no STF.

Falta de posição do Peru

Na época, a seleção peruana não postou nenhuma nota demonstrando repúdio ao ato racista de Sebastian, na verdade, sempre apoiou o preparador físico, que continuou com o seu emprego. O líder da equipe técnica, Jorge Fossati, chegou a acusar a justiça brasileira de prejudicar propositalmente profissionais estrangeiros.

A posição a favor do racismo fez com que a seleção brasileira passasse a ver o Peru como um rival que deve ser derrotado no próximo confronto.


Foto Destaque: Sebastian em treino do Peru (Reprodução/Clube Universitario/Olé)



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