O atacante do Flamengo, Bruno Henrique, será investigado pelo Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após serem encontradas evidências de uma suposta manipulação de apostas esportivas em uma das partidas que o atleta disputou. O presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, determinou uma instauração de inquérito na tarde desta quarta-feira (7) após receber um extenso relatório feito pela Polícia Federal, que investiga o caso.
O auditor do processo será Maxwell Borges de Moura Vieira, que ficará responsável pela condução da apuração e elaboração de um relatório que seja considerado conclusivo. O prazo inicial para entrega do relatório é de 15 dias, podendo ser prorrogado por mais 15.
Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal no início de abril por supostamente forçar um cartão amarelo em jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023, a fim de beneficiar apostadores.
Bruno Henrique é um dos principais idólos da história recente do clube (Foto: eprodução/Instagram/@b.henrique)
Familiares do atleta também são acusados
Além do rubro-negro, outras dez pessoas também viram seus nomes serem indiciados no processo, incluindo o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima, cunhada do jogador, e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do atleta. Todos citados realizaram apostas que envolveram o jogador receber uma advertência na partida contra o Santos.
Atacante é pilar da equipe carioca (Foto: reprodução/Instagram/@b.henrique)
Somado à acusação de manipulação de apostas, jogador e o irmão também foram indiciados por fraude e estelionato. Na primeira, a pena é de dois a seis anos de prisão; na segunda, de um a cinco anos de reclusão.
Caso é investigado desde 2024
No dia 1º de agosto de 2024, o STJD tomou conhecimento do caso pela primeira vez após ter recebido da CBF um ofício sobre o acontecimento. Foi aberta uma investigação preliminar para averiguar as atitudes do jogador, que acabou sendo arquivada em setembro. Na época, foi justificado pelo STJD que “eventual lucro com as apostas seria ínfimo quando comparado ao salário mensal do atleta”.
Atacante celebra 300 jogos com a camisa do Flamengo (Foto: reprodução/Instagram/@flamengo)
Agora, com as recentes atualizações após a Polícia Federal obter quase 4.000 conversas do celular do atacante, haverá novo inquérito. A maior parte das mensagens veririficadas no celular de Bruno Henrique estava vazias ou apagadas, o que, segundo os investigadores, pode indicar que o atleta possa ter deletado parte dos registros.
No caso da Operação Penalidade Máxima, que investiga manipulação de resultados no futebol visando lucro atráves de apostas esportivas, que surgiu em 2023 e puniu jogadores envolvidos em esquemas de apostas esportivas, houveram suspensões de 360 a 720 dias e até banimentos do futebol para os condenados.
Foto destaque: Bruno Henrique em ação de divulgação do Flamengo (Reprodução/Instagram/@b.henrique)