Nesta Olimpíada de Paris veremos números iguais de homens e mulheres em corridas, arenas e campos, onde um total de 10.500 vagas estão preenchidas por 5.250 homens e 5.250 mulheres. Aliás, o contingente brasileiro terá pela primeira vez mais mulheres que homens: entre os 277 atletas que disputarão 39 categorias esportivas, há 153 mulheres, 55% do total. Foi uma longa jornada de direitos conquistados, até a chegada em Paris.
O que diz uma vencedora
“Para mim é uma honra poder fazer parte dessa porcentagem de mulheres que vão estar nos Jogos“, pontua a ginasta Rebeca Andrade, a qual é dona de medalhas de ouro e prata nas Olimpíadas, duas das 37 conquistadas pelas brasileiras.
Rebeca Andrade, grande possibilidade de ouro para o Brasil (Foto: reprodução/Ezra Shaw/Getty Images Embed)
E foi a partir de 1932, quando Maria Lenk se tornou a primeira nadadora sul-americana a disputar as Olimpíadas de Los Angeles, que tudo começou. Mas foi só em Atlanta, em 1996, que surgiram as primeiras premiações: a medalha de ouro no vôlei de praia de Jackie e Sandra. Este ano, o número aumentará significativamente. A previsão é que atletas brasileiras conquistem 15 das 22 medalhas que o país espera.
E o grande motivo disso são os esportes carros-chefes, os esportes nos quais o Brasil deve conquistar mais medalhas, como o judô, e elas devem vir com as mulheres.
As equipes brasileiras chegam a ultrapassar a marca dos 50% nos Jogos Olímpicos deste ano. Durante as partidas, haverá estrelas do Brasil que iluminarão os estádios, aptas a conquistar medalhas e enternecer corações. Assim como a atacante Gabi, medalhista de prata pela seleção de vôlei de 2021, que lembra que a batalha continua. O número de pódios do Brasil nos mundiais de 2022 e 2023, nas mais variadas categorias, mostra que as brasileiras devem conquistar mais medalhas do que os homens em Paris.
Principais chances
No boxe, o principal nome é Beatriz Ferreira. No skate, Rayssa Leal. Na ginástica artística, tem a Rebeca Andrade como nome para conquistar no mínimo quatro medalhas: no solo, novamente no salto, no individual geral, na trave e no seu aparelho favorito, as barras assimétricas.
Na categoria até 57 kg, Jucielen Romeu tem chances de medalhas no boxe. Rayssa amadureceu no skate nos últimos três anos e é capaz de manobras ainda mais incríveis do que as que mostrou em 2021.
No Judô: Rafaela Silva voltou a lutar no fim de 2021 e tem enfileirado pódios do Circuito Mundial. O vôlei feminino, tem nova oportunidade com uma história de grandes títulos, como o bicampeonato olímpico em Pequim 2008 e Londres 2012.
Na Vela, Martine Grael e Kahena Kunze têm chances. A ginástica rítmica tem evoluído claramente em técnica na modalidade; na esgrima, no taekwondo, na marcha atlética e atletismo, com Erica Sena e Viviane Lyra.
Foto destaque: Delegação brasileira para Paris 2024 com maioria de mulheres (Reprodução/Divulgação/COB)