O Galo canta feliz finalmente. Sua casa foi estreada com uma vitória por 2 a 0 contra o Santos. Paulinho marcou duas vezes na nova arena. No entanto, o que prometia ser uma grande noite feliz, não aconteceu. Claro, o torcedor alvinegro tem o porquê estar feliz, entretanto, há o que criticar também. Reclamações de acesso à internet, problemas com o transporte e o estacionamento e até mesmo visibilidade de parte do campo foram feitas.
Transporte
Mesmo para os torcedores que chegaram cedo ao estádio, tiveram desafios no transporte. Muitos optaram por transporte público ou especial, que foi ofertado pelo Atlético. Já os que preferiram vir com seu transporte particular, tiveram dificuldades em estacionar, além de sofrerem com os preços altos dos terrenos particulares e dos “flanelinhas”.
Chegada de torcedores à Arena MRV (Foto: Reprodução/Dannyellen Paiva/GE)
Do metrô até a arena foi um caminho razoavelmente tranquilo, uma caminhada de dois quilômetros, porém, com sinalização e cones indicando uma faixa exclusiva para os torcedores.
Entrada antecipada no estádio
Como de costume, antes da partida começar, muitos torcedores pararam para tomar aquela cervejinha e comer aquele churrasco nos bares e ambulantes antes de entrar no estádio. Houve até mesmo show para a estreia da arena nova, contudo a chuva também apareceu para aproveitar a festa. Logo, os torcedores entraram antecipadamente no estádio para fugir da água que caía dos céus. E então, foi nesse momento que alguns problemas deram as caras. Os portões foram abertos às 12h para a esplanada.
Por conta da multidão nos portões, a internet não funcionou e o wi-fi prometido também não. Logo, isso desencadeou uma série de problemas, como torcedores que pagariam no pix para comer e beber (os preços eram compatíveis aos do Mineirão) e não conseguiam realizar o pagamento, além de muitos não conseguirem entrar de fato nas arquibancadas, já que o aplicativo a qual continha o ingresso não funcionava.
Falta de internet gerou problema para gerar QR Code de quem fez compra antecipada (Foto: Reprodução/Rodrigo Fonseca/GE)
Arena com ponto cego
No evento Lenda do Galo, já haviam comentado dificuldades de visibilidade ao gramado, alegando um “ponto cego” nos setores reservados aos cadeirantes. Dado isso, o Galo colocou seguranças e avisos no chão que a área era somente para circulação e não era permitida a permanência em pé no local.
Placas com alertas sobre circulação foram afixadas na arquibancada (Foto: Reprodução/Rodrigo Fonseca/GE)
Mesmo com parapeito sem torcedores, houve dificuldade para assistir o jogo. Os alvinegros sentados perdiam alguma parte do campo, próximo às linhas laterais ou de fundo. Aliás, essa situação também aconteceu com as pessoas que estavam posicionadas na primeira fila acima da área reservada para pessoas com deficiência.
Visão da primeira fileira acima da área destina a pessoas deficientes (Foto: Reprodução/Dannyellen Paiva/GE)
O espaço destinado à imprensa também foi motivo de reclamações. No local destinado à jornalistas, havia dificuldade para ver o banco de reservas e a linha lateral. Todavia, um tablado deve ser a solução. Já a internet e a falta de lugares deve ser pauta das próximas reuniões referentes ao novo estádio.
Gramado
O campo da Arena MRV era um “tapete” antes da bola rolar, contudo, foi questão de tempo até o “tapete” se desmanchar. Partes do piso se soltaram e, na segunda etapa, uma placa chegou a se soltar no local. A partida ficou paralisada por mais dois minutos para a manutenção do estádio.
Placa de grama que se soltou do gramado da Arena MRV durante o jogo entre Atlético-MG x Santos (Foto: Reprodução/Alessandra Torres/AGIF/GE)
Para 2024, já está planejado a troca do gramado natural pelo artificial, visto que uma agenda de shows fará parte da Arena MVR além dos jogos do Galo.
Foto Destaque: Escudo do Atlético-MG na Arena MVR. Reprodução/@arenamvr/Instagram