Esportes

Apesar dos resultados desfavoráveis, COB mantém confiança para os Jogos Olímpicos

Em 2023, os resultados ficaram aquém das expectativas, com atletas enfrentando lesões, fadiga e desafios de saúde mental em um ciclo olímpico notavelmente mais curto, de apenas três anos

04 Set 2023 - 21h30 | Atualizado em 04 Set 2023 - 21h30
Apesar dos resultados desfavoráveis, COB mantém confiança para os Jogos Olímpicos Lorena Bueri

O ano de 2023 não tem sido muito favorável para o esporte brasileiro, com um número reduzido de conquistas em Campeonatos Mundiais, totalizando apenas sete medalhas até o momento. Esse desempenho contrasta com o ano anterior, quando o Brasil celebrou 23 medalhas em competições globais. Além disso, a nação tem enfrentado desafios com algumas de suas estrelas esportivas, que se encontram afastadas devido a lesões ou estão voltando após um período de recuperação.

Expectativas não atingidas

Isaquias Queiroz, um dos maiores nomes do esporte brasileiro, que possui quatro medalhas olímpicas na canoagem, e Alison dos Santos, campeão mundial em 2022 nos 400m com barreiras, recentemente não conseguiram alcançar o pódio nos Campeonatos Mundiais. Isaquias terminou em sexto lugar, enquanto Alison ficou em quinto. O ano de 2023 foi peculiar para Isaquias, que praticamente tirou um ano sabático, treinando menos e dedicando a maior parte de seu tempo à família. Por outro lado, Alison passou cinco meses se recuperando de uma lesão.

Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), expressou sua visão sobre a situação, destacando que essas flutuações nos resultados não são motivo para alarme, mas sim algo natural no esporte. Ele observou que alguns resultados negativos eram esperados e enfatizou a importância de compreender o momento de cada atleta. Wilson destacou que atletas jovens e inexperientes podem obter resultados positivos, enquanto os mais experientes, que já conquistaram consistentemente, em algum momento podem precisar redefinir seus objetivos e focar em áreas específicas de desenvolvimento. A resiliência e o planejamento são elementos cruciais nesses períodos de altos e baixos no mundo esportivo.


Isaquias Queiroz durante prova C1 500m (Foto: Reprodução/@isaquias_lx/Instagram)Isaquias Queiroz durante prova C1 500m (Foto: Reprodução/@isaquias_lx/Instagram)


Nomes ilustres como Mayra Aguiar, uma atleta multimedalhista no judô, e Bruno Fratus, que esteve no top 10 do ranking mundial de natação por uma década, ainda não tiveram a oportunidade de competir em 2023. Enquanto isso, Ana Marcela, uma das estrelas da natação em águas abertas, enfrentou meses de recuperação de uma lesão e conseguiu um quinto lugar no Campeonato Mundial.

Tempo muito curto

O ano incomum vivenciado por algumas das principais estrelas do esporte brasileiro abre uma discussão relevante sobre os desafios que os atletas enfrentam ao lidar com um ciclo olímpico mais curto, reduzido a apenas três anos entre 2021 e 2024. Normalmente, após os Jogos Olímpicos, os atletas têm a oportunidade de dar uma pausa para recuperar suas energias no primeiro ano, preparando-se para os desafios restantes do ciclo. No entanto, com um ciclo de apenas três anos, essa oportunidade de descanso foi praticamente eliminada.

Do ponto de vista emocional, essa mudança tem um impacto significativo nos atletas. Eles não têm mais um ano para relaxar após os Jogos Olímpicos; imediatamente após o ciclo anterior, eles já estão pensando em como construir o novo ciclo. Isso implica em um planejamento mais enxuto, onde os erros são menos tolerados, aumentando a pressão e a ansiedade. Os atletas precisam manter um equilíbrio delicado entre a autoexigência e a capacidade de gerenciar as expectativas.

Carla Di Pierro, psicóloga do esporte, observa que o planejamento tornou-se mais restrito, e a margem para erros diminuiu, o que pode gerar pressões adicionais sobre os atletas. No entanto, Ney Wilson, diretor de esportes de alto rendimento do Comitê Olímpico do Brasil (COB), expressou otimismo, afirmando que a equipe está trabalhando duro para ter um desempenho excelente nos Jogos Pan-Americanos e se preparar de forma sólida para os Jogos Olímpicos, mantendo o padrão de resultados alcançados nos dois ciclos olímpicos anteriores. O desafio é real, mas a determinação e o comprometimento dos atletas e equipes de apoio podem ser cruciais para superá-lo.

Foto destaque; Isaquias Queiroz durante competição. Reprodução/@isaquias_lx/Instagram

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