Os países da América Latina possuem um papel muito importante para a história da Fórmula 1. Ex-pilotos como Ayrton Senna (Brasil) e Juan Manuel Fangio (Argentina) possuem 8 títulos mundiais juntos, sendo 5 desses para o argentino e 3 para o brasileiro, e são considerados lendas do automobilismo mundial. Porém, nos últimos anos o cenário da F1 passou a acolher mais pilotos dos continentes europeu, asiático e oceânico. E atualmente, somente o piloto mexicano Sergio Pérez, da Red Bull, nasceu em um país América Latina, enquanto há quase 35 anos atrás havia 4 ou 5 latinos correndo na principal categoria do automobilismo.
O bicampeão mundial de F1, Emerson Fittipaldi, comentou em entrevista a revista Veja, que a base de pilotos latinos é inferior ao grande acúmulo de pilotos europeus.
O último piloto a representar o Brasil em uma corrida de F1 foi Pietro Fittipaldi, neto de Emerson. O brasileiro é o piloto reserva da equipe Haas, e na ocasião substituiu por duas corridas o piloto Romain Grosjean, que havia se envolvido em um grave acidente no Grande Prêmio do Bahrein, em 2020. Mas o último piloto brasileiro titular foi Felipe Massa, em 2017.
Apesar de nos últimos anos o Brasil não ter um piloto titular na categoria, isso pode mudar em um futuro próximo. Na Fórmula 2, principal categoria de acesso à F1, os Brasileiros Felipe Drugovich e Enzo Fittipaldi (neto de Emerson e irmão de Pietro) estão conquistando resultados muito importantes para o país. Até o momento, Felipe é o líder do campeonato mundial de pilotos de F2, com 180 pontos, 21 à frente do 2º colocado, já Enzo é o 4º colocado no mundial de pilotos com um carro que é considerado por muitos um dos piores do campeonato.
Felipe Drugovich após vitória na Fórmula 2 (Foto:Reprodução/CNN Brasil)
Mesmo com pilotos promissores na categoria de acesso, ainda é necessário o apoio de patrocinadores e outras entidades para um jovem piloto latino se estabelecer na F1. "Felipe Drugovich, Pietro Fittipaldi e Enzo Fittipaldi são promissores. É difícil, mas espero uma turma grande de novos talentos. É preciso o apoio de empresas desde o início, no kart. Acho que em breve voltaremos a ter um representante brasileiro", concluiu Emerson na entrevista com a Veja.
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