O América-MG enfrenta uma dura realidade, sendo o primeiro time a ter o rebaixamento confirmado para a Série B em 2024, com apenas 15 pontos em jogo, a equipe não pode ultrapassar os 36 pontos, pontuação inferior à do Bahia e do Vasco, os primeiros fora da zona de rebaixamento.
A trajetória do Coelho nesta temporada foi marcada por uma série de adversidades que levou a esse resultado final, como defesa frágil, elenco desajustado, polêmicas na diretoria, troca de técnico e foco em outras competições contribuíram para o declínio.
Jogadores do América em treino antes de partida contra Atlético-MG (Foto: reprodução/Mourão Panda/América/Instagram/@america_mg)
Defesa e contratações falhas
Desde o início do Brasileirão, a defesa do América-MG se mostrou permeável, sendo a pior da competição com 69 gols sofridos. O histórico negativo inclui a pior marca no primeiro turno onde a equipe igualou a marca negativa de 42 gols sofridos, tornando-se a pior defesa da história desde 2006, evidenciando um problema crônico na estrutura defensiva.
A ambiciosa reformulação do elenco, com 13 contratações em 2023, não trouxe os resultados esperados. Muitos reforços tiveram participação limitada, nomes como Aguerre, Burgos, Javier Méndez, Mikael, Kayzer e Paulinho Bóia, alguns com menos de 10 jogos, evidenciando um planejamento equivocado. A falta de titulares entre as novas aquisições reflete na instabilidade do time.
A diretoria do América-MG esteve envolvida em controvérsias ao longo da temporada. Contratações controversas, como Pedrinho e Marcinho, geraram desconforto na torcida. Além disso, decisões como a liberação de ingressos para torcidas visitantes e a venda de mandos de campo não foram bem recebidas.
Técnico do América-MG, Fabián Bustos em treino com os jogadores (Foto: reprodução/Mourão Panda/América/Instagram/@america_mg)
Troca do técnico
A transição de técnicos, com a entrada de Fabián Bustos, não foi suficiente para reverter o desempenho ruim. A troca tardia de Vagner Mancini não surtiu efeito, deixando o time na lanterna do Brasileirão. A defesa, que já era a pior, não mostrou melhorias.
Apesar do desempenho promissor em outras frentes, como Copa do Brasil e Sul-Americana, o América-MG negligenciou o Brasileirão. As eliminações nas competições secundárias, somadas à falta de concentração no campeonato principal, resultaram no desastre.
O América-MG volta ao campo no próximo final de semana, para competir contra o Vasco, no domingo (12), em São Januário, às 18h30.
Foto destaque: camisa do América-MG posta no gramado antes de partida (Reprodução/Mourão Panda/América/Instagram/@america_mg)