Em entrevista concedida na manhã desta terça-feira (20) para a “Valencia Capital”, rádio da Espanha, Manuel Izquierdo, advogado de um dos torcedores do Valência acusados de racismo contra Vinicius Junior, comentou a respeito da situação envolvendo o seu cliente e o craque brasileiro.
Para os jornalistas, o advogado disse estar indignado com a decisão do clube de punir o seu cliente e declarou que o gesto teria sido mal interpretado. “Ele coçou as axilas. Estão acusando o meu cliente [de crime de ódio] por isso. Fico revoltado com o clube por ser responsável por estragar a vida de um jovem de 18 anos de idade”, disparou Izquierdo para a rádio valenciana.
No início deste mês, uma pena com valor de cinco mil euros foi aplicada a três torcedores do Valencia por conta dos insultos racistas. Criada para a punição de denúncias de racismo no esporte espanhol, uma comissão do governo do país definiu os valores e, além disso, proibiu esses torcedores multados de frequentarem os estádios nacionais por 12 meses.
Vini Jr. aponta gesto racista de torcedor do Valencia. (Foto/Reprodução/EBC)
As punições foram em função de situações ocorridas em duas oportunidades diferentes. Além de tratarem do confronto contra o Valencia, outro episódio no dérbi da capital da Espanha contra o Atlético de Madrid também foi incluído no julgamento. Ambas as partidas aconteceram pela disputa do Campeonato Espanhol 2022/23.
Esses não foram os únicos casos de delitos de ódio direcionados a Vinicius Junior desde que chegou à Espanha. Nas vésperas de um clássico madrilenho, torcedores do Atlético já haviam agido de maneira racista e xenofóbica.
Abaixo de uma faixa com os dizeres “Madrid odia al Real” (“Madrid odeia o Real”), um boneco com uma camisa com nome e número de Vini Jr. foi pendurado em uma ponte pelo pescoço. Nesse caso, quatro pessoas foram acusadas pela realização do ato e foram punidas com multa de 60 mil euros e 24 meses de banimento dos estádios da Espanha.
Foto destaque: Vini Jr. Reprodução/MDF