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Abel Ferreira é acusado de usar falas xenofóbicas contra indígenas

Após sofrer xenofobia de dirigente são paulino, Abel Ferreira relaciona indígenas à bagunça e é acusado de xenofobia. Técnico palmeirense se retrata através de nota

12 Jul 2024 - 12h00 | Atualizado em 12 Jul 2024 - 12h00
Abel Ferreira é acusado de usar falas xenofóbicas contra indígenas  Lorena Bueri

O técnico palmeirense, Abel Ferreira, fez uso de uma expressão xenofóbica ao realizar uma análise do esquema do Palmeiras durante a partida contra o Atlético Goianiense, nesta última quinta-feira no Brasileirão, jogando em casa no Allianz Parque.

Ao se expressar sobre os encaixes do clube, o treinador fez uma citação xenofóbica usando os indígenas como exemplo de desorganização.

"Porque isso não é uma equipe de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipe a jogar", disse o técnico Palmeirense.

No Brasil, existe a Lei Federal 7.716/89, popularmente conhecida como Lei do Racismo, que prevê punição para quem cometer atos discriminatórios ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. 

Abel se posiciona sobre o assunto

Através da assessoria de imprensa do Palmeiras, Abel se pronunciou dizendo que, não teve intenção de ofender ninguém e que teria utilizado uma expressão comum no mundo do futebol 

"Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, as minhas condutas e as minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio por completo toda forma de preconceito", afirmou Abel Ferreira em nota.


Declaração de Abel Ferreira na coletiva de imprensa de Palmeiras 3x1 Atlético-GO (Vídeo: Reprodução/YouTube/TV Palmeiras/FAM)


Treinador também já foi vitima de xenofobia 

Abel foi vítima de xenofobia vinda do dirigente são paulino Carlos Belmonte, que após uma partida durante o Paulistão tiveram um entrevero no túnel que leva aos vestiários. Belmonte chamou o técnico palmeirense de “português de m…”. O palmeirense cogitou processá-lo e Leila Pereira o considerou "persona non grata". Carlos pediu desculpa, Abel aceitou. Um vídeo realizando o pedido de desculpas vindo de Belmonte foi gravado para amenizar a pena de 270 dias. No final de tudo, o dirigente teve que pagar uma multa de R$50 mil reais e não pode comparecer aos jogos do tricolor paulista até o final do Paulistão.

Foto destaque: Abel Pereira durante partida do Palmeiras (Reprodução Cesar Greco/Palmeiras)

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