Esportes

A Copa do Mundo no Qatar e suas diversas polêmicas

O mundo entra oficialmente em clima de Copa com o sorteio da competição nesta sexta-feira(01/04); antes do evento, veja algumas das diversas controvérsias que rodeiam a Copa do Mundo do Qatar.

31 Mar 2022 - 22h25 | Atualizado em 31 Mar 2022 - 22h25
A Copa do Mundo no Qatar e suas diversas polêmicas Lorena Bueri

Apesar da Copa do Mundo no Qatar ter início apenas em 21 de novembro, o clima da competição aumenta conforme o período restante até a bola rolar se afunila. E esta sexta-feira(01), será talvez o dia mais próximo que teremos em questão de clima de Copa desde o término da última edição em 2018, graças ao tão esperado sorteio. Com a grande maioria dos clubes classificados já definidos, saberemos como as seleções estarão separadas nos oito grupos e já poderemos analisar quais confrontos poderão nos proporcionar grandes partidas já na fase de grupos.

Porém, não é só de alegrias que é feita esta edição da Copa do Mundo. Assim como quase todas as edições até aqui, esta também tem suas controvérsias, porém, nenhuma outra Copa teve tantas polêmicas rodeando o evento.

Clima

Essa foi uma das primeiras polêmicas envolvendo esta edição de Copa, tendo destaque na mídia mundial desde o momento em que a cidade sede foi anunciada.

Geralmente a Copa do Mundo ocorre durante o verão do hemisfério norte, época do ano em que o clima no Qatar seria uma questão preocupante, se tratando das altas temperaturas locais, chegando normalmente a mais de 50 graus. Dois médicos especialistas em esportes do Qatar deram uma entrevista em novembro de 2010 e disseram que o clima seria um grande problema, afetando o desempenho dos atletas. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, a princípio não deu ouvidos aos as alertas, mas em setembro de 2013, voltou atrás, junto ao comitê executivo da Fifa, para avaliar a possibilade de um evento de inverno ao invés do verão. Pouco tempo depois foi confirmado que, pela primeira vez na história, teremos uma Copa do Mundo realizada entre novembro e dezembro.


As altas temperaturas no Qatar forçaram a alteração do calendário para a próxima Copa do Mundo. (Foto:Reprodução/Mercado e Eventos)


Corrupção

A Imprensa britânica (The Sunday Times, BBC) faz fortes acusações de corrupção envolvendo Fifa e Copa do Mundo.

Em agosto de 2012, se iniciou uma investigação sobre o processo de escolhas das sede dos Mundiais recentes. Após longos processos, no fim de 2014, uma denúncia foi apresentada à justiça suíça, gerando uma investigação que percorre até os dias atuais. A investigação aponta esquemas de lavagem de dinheiro e gestão desleal.

Embora o Qatar tenha a maior atenção no momento, a Copa de 2018, realizada na Rússia e a de 2010, realizada na África do Sul também geram suspeitas de corrupção nas escolhas dos países-sede.

Péssimas condições de trabalho

Talvez essa seja a maior e mais famosa polêmica envolvendo a próxima Copa. Em 2013, o jornal britânico The Guardian publicou um dossiê completo, escancarando um dos maiores escândalos já vistos envolvendo o maior torneio do futebol mundial, revelando as péssimas condições de trabalho nas obras do voltadas para a organização da Copa no Qatar. As informações eram sobre a possível “exploração” dos trabalhadores imigrantes que poderia ser qualificada como “escravidão Moderna”, segundo as palavras do jornal.

Muita discussão e investigações ocorreram e foram acompanhadas e escancaradas pela mídia desde então, piorando a situação de todos os orgãos envolvidos com a competição, gerando até mesmo ameaças de boicotes de algumas seleções que brigariam por uma vaga no torneio deste ano. Além disso, seleções como Noruega, Bélgica, Holanda e Alemanha realizaram gestos simbólicos durante partidas das Eliminatórias, comprometendo a popularidade da próxima edição da competição.


Manifestação realizada pela seleção alemã antes de partida oficial. (Foto:Reprodução/Markus Gilliar/GES/picture alliance)


Chegamos ao dia do tão esperado sorteio dos grupos para a Copa do Mundo e, paralelo a isto, o Sindicato Internacional dos Trabalhadores da Madeira e da Construção (IBB) pede a organização de um “Centro de Trabalhadores Migrantes” para que esses erros não voltem a ser cometidos no Qatar.

Polêmicas antigas

Essas informações são apenas a ponta de um gigantesco iceberg de controvérsias envolvendo a próxima edição da Copa do Mundo, porém as polêmicas envolvendo o Qatar já são antigas.

Em 2015, uma equipe de quatro jornalistas da emissora inglesa BBC foram a convite do governo do Qatar, visitar o país. Ao produzirem reportagens denunciando toda a péssima a condição de trabalho no país, foram presos e mantidos sobre custódia no páis por dois dias.


Trabalhadores envolvidos nas polêmicas obras para a Copa do Mundo no Qatar. (Foto:Reprodução/Tiago Leme/Yahoo)


No mesmo ano, foi revelado pelo The Wall Street Journal dos Estados Unidos, que mais de 1.200 trabalhadores morreram enquanto trabalhavam em projetos relacionados à Copa do Mundo, enquanto o governo do Qatar negava qualquer morte. Pouco tempo depois, a BBC revelou que esses números, na verdade, representavam as mortes de todos os nepaleses e indianos que trabalham no Qatar, e não de todos os trabalhadores e operários envolvidos na preparação para a Copa do Mundo. Ou seja, o indicativo é que este número assustador seja muito maior do que o estimado inicialmente pela mídia.

 

 

Foto destaque: Presidente da FIFA e sheiks contrastam com a realidade de trabalhadores que sofreram em obras para a realização da Copa do Mundo. Reprodução/ESPN

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