Os projetos contra a violência doméstica visam a prevenção e o combate a esse tipo de violência. Diversas iniciativas buscam potencializar o atendimento às vítimas, articular e organizar a rede de atendimento, e integrar dados para melhorar o atendimento e a formulação de políticas públicas. Alguns exemplos de projetos incluem a criação de sistemas integrados com dados de violência contra a mulher, programas de empoderamento e empreendedorismo, e redes de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher. Essas iniciativas buscam dimensionar o problema da violência doméstica e familiar, atingindo diversos espaços da vida social.
Uma mulher que transformou sua própria dor em missão. Assim pode ser definida a trajetória da escritora e palestrante Lúcia Aeberhardt, radicada na Suíça há quase quatro décadas. Por meio de ações artísticas impactantes, seu mais recente projeto busca dar visibilidade aos problemas da violência doméstica, abuso sexual e do feminicídio.
Batizado de “O Grito”, a iniciativa reúne nomes de destaque como a fotógrafa Magali Oliveira, a artista plástica Lionizia Goyá, Andrea Sigrist Agency e a estilista Val Nascimento. O objetivo é levar exposições itinerantes a diversos países, incluindo o Brasil, levando informação e conscientização para o público feminino.
“Cresci em um lar extremamente violento, onde o silêncio sobre a violência contra mulheres e meninas era a norma. Por isso decidi criar o ‘O Grito’, usando minhas experiências para ajudar outras mulheres”, conta Lúcia.
Ativismo internacional
Anna Maria Stegmann (Foto/Reprodução)
Com graduação em Publicidade e mestrado em Comunicação e Psicanálise, Lúcia desenvolve há 25 anos projetos pioneiros de enfrentamento da violência doméstica na Suíça. É também palestrante em renomadas instituições, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
“Por mais que tenhamos avançado muito, ainda há uma urgência em conscientizar a sociedade sobre a violência doméstica, assim como informar às mulheres sobre seus direitos e canais para buscar ajuda. O projeto ‘O Grito’ tem este papel”, analisa.
Arte como instrumento revolucionário
(Foto: reprodução/ Rolf Aeberhardt)
Lúcia Aeberhardt já publicou mais de 10 obras literárias, traduzidas para diversos idiomas. Seus livros abordam justamente o universo feminino e a violação de direitos sofrida por muitas mulheres e meninas.
“A literatura e as artes têm um poder revolucionário de transformação social. Por isso acredito tanto nesta forma de militância, que busca emocionar e provocar reflexão por meio da beleza e da poesia”, finaliza.
Saiba mais sobre o projeto “O Grito” pelo site e acompanhe o trabalho de Lúcia Aeberhardt por aqui.
Foto destaque: Jhey Correia