O Ministério Público Federal (MPF), entrou com uma procuração junto a empresa Meta, big tech fundada por Mark Zuckerberg que é responsável pela gestão do Facebook, WhatsApp, Threads e Instagram, para entender as possíveis reverberações das mudanças anunciadas pelo CEO da empresa na noite dessa terça-feira, dia 7. Os procuradores buscam respostas da empresa que possam elucidar questões acerca de uma possível mudança no país com relação às dinâmicas de checagem de fatos. Vale ressaltar que o anúncio feito pelo criador do Facebook, será aplicado inicialmente nos Estados Unidos da América, em claro aceno favorável ao novo presidente eleito Donald Trump, do partido Republicanos. O MPF está preocupado em entender os possíveis choques com a legislação brasileira.
Entenda as mudanças
Em vídeo divulgado nas redes sociais do META, Mark Zuckerberg listou as mudanças que tem, segundo ele, o objetivo de restaurar a liberdade de expressão, combater a desinformação e o ódio. Dentre as alterações que buscam simplificar o sistema das redes, está a retirada dos fact-checkers (verificadoras de conteúdo) e a implementação de notas da comunidade, conforme feito no X de Elon Musk, no qual os próprios usuários fazem anotações nos posts. Outra política que vai mudar, é a retirada de restrições em diversos tópicos como imigração e gênero. A Meta também vai afrouxar suas políticas relacionadas a violações, agindo apenas no que o CEO classificou como violações gravíssimas, ao retirar os filtros de conteúdo e confiando essa tarefa aos usuários que deverão reportar os posts.
Mark Zuckerberg anuncia medidas para proteger a liberdade de expressão no Facebook e Instagram.
— Metrópoles (@Metropoles) January 7, 2025
Além da adoção de um sistema de notas de comunidades similar ao do X, diretor executivo da Meta afirmou que vai trabalhar com o governo Trump para repelir censura determinada por… pic.twitter.com/ZaC99h4b7M
Vídeo em que Mark Zuckerberg, CEO da META explica as mudanças (Vídeo: reprodução/Twitter-X/@Metropoles)
Aliança com governo Trump
No final do vídeo, Mark Zuckerberg afirma que será aliado do governo dos EUA no que diz ser uma luta pela garantia da liberdade de expressão mundialmente e das empresas americanas, que sofreriam com as censuras impostas pelos governos da América do Sul, da Europa e da China. O atual presidente eleito, Donald Trump, recentemente proferiu falas expansionistas de anexação de outros territórios, o que vem preocupando autoridades em todo o mundo. O Brasil recentemente teve problemas relacionados a sua legislação e redes sociais com o X de Elon Musk, que ficou banido durante um determinado período.
Foto Destaque: Meta e Mark Zuckerberg (Reprodução/Muhammad Alimaki/Shutterstock)