Oscar vai premiar dublês a partir de 2028, no centenário da Academia

Oscar vai premiar dublês pela primeira vez em 2028, com a criação da categoria de Melhor Design de Dublês

11 abr, 2025

Após décadas nas sombras, os heróis invisíveis do cinema finalmente terão seu momento de glória. Em 2028, ano em que o Oscar completa 100 anos, os dublês serão reconhecidos com uma categoria própria, celebrando o talento, a coragem e a paixão de quem transforma ação em arte.

Reconhecimento merecido: Oscar cria categoria para dublês

Após décadas de lutas pelo reconhecimento, os dublês finalmente terão um lugar no palco do Oscar. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou nesta quinta-feira (10) que, a partir da 100ª edição da premiação, em 2028, será instituída a categoria de Melhor Design de Dublês, em homenagem ao trabalho dos profissionais que tornam possíveis as cenas mais eletrizantes do cinema.

A nova categoria, criada em 2027, atende a uma demanda antiga da indústria, impulsionada pelos sucessos de ação como John Wick, Missão: Impossível, Mad Max e outros, que destacam o talento, a coragem e a criatividade desses profissionais.

“Desde os primórdios do cinema, o design de dublês tem sido parte integrante da produção cinematográfica”, afirmaram o CEO da Academia, Bill Kramer, e a presidente, Janet Yang, em comunicado oficial. “Temos orgulho de homenagear o trabalho inovador desses artistas técnicos e criativos, e os parabenizamos por sua dedicação até este momento memorável.”

O regulamento oficial da centésima edição do Oscar será divulgado em 2027. Aproximadamente 100 dublês profissionais já integram o Departamento de Produção e Tecnologia da Academia, o que demonstra o progresso do reconhecimento interno.

A última vez que a cerimônia incluiu uma nova categoria foi recentemente, a de Melhor Elenco, que terá início na edição de 2026 e abrangerá filmes lançados em 2025.


Anúncio feito pela The Academy da nova categoria do Oscar de “Melhor Design de Dublês” (Reprodução/Instagram/@theacademy)


Um Oscar histórico para o Brasil

A última edição do Oscar também marcou um feito inédito para o cinema brasileiro. O longa Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres, alcançou o primeiro Oscar do Brasil, na categoria de Melhor Filme Internacional. O filme também foi premiado nas categorias de Melhor Filme e Melhor Atriz, consolidando seu impacto global.

O grande vencedor da noite foi Anora, dirigido por Sean Baker, que obteve cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Atriz para Mikey Madison. Baker, por sua vez, quebrou um recorde ao receber quatro prêmios por um único filme — um feito inédito na história da premiação.

Outro destaque da noite foi O Brutalista, que deu o Oscar de Melhor Ator para Adrien Brody, bem como os prêmios de Melhor Fotografia e Trilha Sonora. Já Duna: Parte 2, Wicked e Emilia Pérez garantiram duas estatuetas cada.

Foto Destaque: Tom Cruise como Ethan Hunt no filme “Missão Impossível” (Reprodução/Paramount Pictures)

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