O Lollapalooza 2025 foi palco de uma das apresentações mais marcantes da carreira de Jão na noite desta sexta-feira (28). O show, que começou 40 minutos após o horário inicialmente previsto devido à instabilidade na previsão do tempo, reuniu uma multidão ansiosa que não se deixou abalar pela espera. Com uma energia contagiante, o público transformou o atraso em expectativa, recebendo o cantor com gritos e cantorias que ecoaram pelo festival.
A performance, repleta de momentos emocionantes, não apenas fechou a era "Super", mas também marcou a última aparição de Jão nos palcos antes de uma pausa anunciada em entrevista ao "Fantástico" em janeiro deste ano, deixando os fãs com o coração apertado e, ao mesmo tempo, extasiados.
Repertório que atravessou eras e emocionou o público
A abertura veio com uma versão acústica de “Acontece”, do álbum "PIRATA", que imediatamente conectou a plateia à vulnerabilidade característica do cantor. Em seguida, “Santo” manteve o clima introspectivo, mas foi com “Me Lambe”, do quarto álbum do artista de Américo Brasiliense, que o público explodiu, cantando a plenos pulmões cada verso.
Em seguida, “Idiota” levou os fãs a um estado de êxtase coletivo, com gritos ensandecidos ecoando pelo festival. O show, que contou com participação de um corpo de balé, trouxe ainda a potente “Se o problema era você, por que doeu em mim?”, mostrando a evolução artística de Jão e sua capacidade de traduzir sentimentos complexos em música.
Um dos pontos altos da noite foi a apresentação da banda, quando Jão, declarou: “Eu sou o Jão e tô muito feliz de estar de volta”. Mais tarde, a multidão entoou o já tradicional coro de “Jão, tesão, bonito e gostosão”, arrancando risos e aplausos.
O setlist seguiu com “Alinhamento milenar” e uma surpresa especial: “Linger”, clássico do The Cranberries, precedida por um discurso tocante. “Essa próxima música ela está aqui porque eu quero cantar pra vocês. E porque ela é uma das músicas favoritas de uma pessoa que eu gosto muito”, disse ele, deixando os fãs curiosos e emocionados.
Jão performando "O triste é que eu te amo" (Vídeo: Reprodução/Instagram/@globoplay)
Despedida em chamas e um até breve agridoce
O show ganhou ares nostálgicos com “Nota de voz 8”, do álbum Anti-herói, que Jão não cantava há cinco anos, e continuou com a dobradinha arrebatadora de “Acidente” e “Não te amo”. A temperatura subiu ainda mais com “Religião”, uma performance visceral que parecia incendiar o palco.
O encerramento trouxe uma sequência avassaladora: “Doce”, “Meninos e meninas”, “O triste é que eu te amo” e “Essa eu fiz pro nosso amor”, que prepararam o terreno para um final apoteótico embalado por "Rádio". Literalmente pegando fogo — com direito a um show de pirotecnia impressionante —, Jão se despediu do público em um momento que ficará gravado na memória de quem esteve presente.
Foto destaque: Jão em show histórico no Lollapalooza 2025 (Reprodução/X/@conexaojao)
