Em entrevista ao ‘Fantástico’, exibido no último domingo (02), Alice Braga, Gabriel Leone e René Sampaio conversaram um pouco mais sobre o filme “Eduardo e Mônica”, rodado em 2018 e previsto para ser lançado em 20 de janeiro nos cinemas de todo o país, após adiamentos sequenciais em decorrência da pandemia do Coronavírus.
Inspirado em uma canção considerada um patrimônio da música brasileira, “Eduardo e Mônica”, de Legião Urbana, o filme homônimo traz rostos para o casal, há anos, íntimo do Brasil, Eduardo e Mônica, com Gabriel Leone e Alice Braga. Ele, com 16 anos e prestes a prestar vestibular, gostava de novela e jogava futebol-de-botão com seu avô, fazia cursinho de inglês. Já ela, universitária de medicina, gostava de Bandeira e do Bauhaus, de Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud, falava alemão. As tantas diferenças presentes na música, que poderiam afastar os dois, só serviram para mais uni-los.
Assista ao trailer de "Eduardo e Mônica". (Reprodução/YouTube)
Dois lados da moeda, Alice fica com "quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?", já Leone, questiona o contrário: "quem um dia irá dizer que não existe razão?" “Eduardo e Mônica” foi um encontro inédito entre os atores, que nunca tinham contracenado.
"Nosso encontro foi super especial, como é no filme também. O encontro de duas pessoas que se amam, que se admiram, que se respeitam. Tinha o desafio, tinha a responsabilidade de finalmente fazer esse personagem. Ao mesmo tempo, foi um processo maravilhoso.", começou o jovem veterano de 28 anos, Gabriel Leone.
"Quando me convidaram para fazer esse projeto, a primeira sensação foi de honra, de animação por poder dar vida a uma coisa que é tão parte da nossa cultura, da nossa música brasileira.", disse Alice.
Além da influência direta com a faixa de Legião, de quem Gabriel é muito fã, o contexto de Brasília nos anos 80 é o cenário que banha e faz parte da produção. O diretor do longa, René Sampaio, que também dirigiu “Faroeste Caboclo” e que viveu em meio ao contexto citado, falou um pouco sobre a forma em que isso se apresenta na trama:
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“Tem muito da minha história pessoal, também, de ser de Brasília. Em 1986, eu estava lá. Eu era um pouco mais novo do que o Eduardo, então acho que a gente fez um mix muito interessante, que traz muito a época, o contexto social e político. O Brasil saindo da ditadura, entrando na democracia. Como essa discussão é pertinente hoje, também entrou para o filme, assim como as liberdades individuais.”
Para Braga, o filme mostra que as pessoas devem lutar por suas próprias convicções de amor: “Eu realmente espero que as pessoas se inspirem no amor. A gente tá vivendo, no mundo e no Brasil, muito ódio, muita divisão, agressividade, celebração à morte. E eu acho que a gente tem que lutar com amor. e realmente espero que o filme traga essa mensagem, de respeitar as diferenças, crescer, se inspirar no amor. E eu acho que essa é uma mensagem tão bonita que o filme traz.”
Gravado em ano de eleição, 2018, quando Gabriel tinha seus 25 para 26 anos e Alice, 35, a estreia da trama, que era originalmente prevista para o ano de 2020, foi sendo adiada e jogada para datas mais a frente, até chegar em 20 de janeiro de 2022, também ano de eleições presidenciais.
Foto destaque: Gabriel Leone e Alice Braga como Eduardo e Mônica. Reprodução/Globo Filmes
