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[Crítica] "O Último Ônibus" emociona e mostra que não há fronteiras para uma promessa de amor

O Último Ônibus, protagonizado por Timothy Spall, acompanha o idoso Thomas Harper em uma longa viagem repleta de desventuras para realizar a promessa que fez para sua falecida esposa. Confira nossa crítica.

31 Mai 2023 - 20h30 | Atualizado em 31 Mai 2023 - 20h30
[Crítica] 'O Último Ônibus' emociona e mostra que não há fronteiras para uma promessa de amor Lorena Bueri

Quanto você arriscaria para jamais quebrar uma promessa? Quais são as fronteiras para o amor? "O Último Ônibus", drama inglês, responde os questionamentos anteriores com altas doses de emoção, ternura e uma atuação pra lá de humanizada de Timothy Spall. O longa-metragem contrapõe a solidão que move Thomas Harper e a admiração de milhares de pessoas que o faz virar o herói dos ônibus na internet.


Assista ao trailer de "O Último Ônibus", com distribuição Pandora Filmes (Reprodução/YouTube)


Após um evento traumático, o jovem casal Thomas e Mary decide se mudar de Land 's Ends, extremo sul da Inglaterra, e viajam para um local a 1350km de distância, John O'Groats, na pontinha da Escócia, onde viveram até a velhice, na tentativa frustrada de se curarem de uma grande perda. A vida passou como um flash. Décadas e décadas sob a penumbra da dor e da saudade, mas pontuada pela parceria do casal que escolheu enfrentar a solidão juntos. 

Com a descoberta de um câncer inoperável em Mary, Tom a faz uma promessa que jamais descumpriria, sob hipótese alguma. Com poucos recursos, saúde frágil e idade avançada, mas lotado de amor e coragem, Thomas Harper se aventura e se desventura de ônibus em ônibus, com seu passe sênior e sua maleta inseparável. A máxima que diz “tempo é dinheiro” não se faz verdadeira em “O Último Ônibus”, nele, tempo é vida, e o protagonista não aceita desperdiçar uma gota sequer. 


Mary e Tom (Foto: Reprodução/Pandora Filmes)


Embora se trate de um drama, o roteiro de Joe Ainsworth e direção de Gilles MacKinnon é adorável e o contraste entre tristeza e a sensação de conquista a cada obstáculo que o senhor cheio de peculiaridades vence é o fio condutor que abastece o longa por cerca de 90 minutos. Por suas atitudes honestas e altruístas, Tom passa a ser filmado por internautas que começam a chamá-lo de “herói dos ônibus” e o enviam energias positivas durante todo o longo e árduo percurso. Ao pegar o ônibus que finalmente o leva até seu destino, Tom é recebido por diversos admiradores em Land’ s End e pode cumprir sua promessa ao amor que cultivou a vida inteira.


Timothy Spall como Thomas Harper (Foto: Reprodução/Pandora Filmes)


O filme não se alonga mais que deveria. De diálogos curtos e planos abertos, a simplicidade da trama é o que dá seu charme e valor. Dispensa grandes efeitos visuais e conquista pela emoção. Timothy Spall abraça o público e deixa claro como água os sentimentos mistos de agonia, tristeza, saudade, confusão e até mesmo teimosia de Tom, como boa parte dos idosos. Assim como os internautas, o espectador se compadece e sente empatia por Harper e  “O Último Ônibus” gera uma crescente vontade de ver aquele obstinado senhor alcançando seu objetivo, seja lá qual for ele. E, descobrir qual é sua promessa, no ato final, faz toda a caminhada fazer sentido. Mistura ternura, saudade, amor, angústia e tristeza na medida certa para encantar e emocionar (muito) o público. 

Nota: 9,0

 

Foto destaque: Thomas Harper no pôster de "O Último Ônibus". Reprodução/Pandora Filmes 



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