Na última terça-feira (10) A ministra da saúde, Nísia Trindade, afirmou que a imunização contra a covid-19 vai entrar no calendário regular de vacinações do Brasil, algo que ainda não ocorre atualmente.

Esta medida faz parte de um plano do governo federal do qual dever iniciar em fevereiro, uma campanha nacional de reforço nacional de imunização contra diversas doenças, principalmente para crianças. Nísia acrescentou que também está normalizando o abastecimento de vacinas pediátricas contra o corona vírus, que estão em falta no país.

 “Já adquirimos vacinas do Instituto Butantan, estamos trabalhando com a Pfizer, garantindo que haja vacina. Além da vacina, tem que ter toda estratégia da vacinação, como a comunicação. Estamos falando não só de vacinação contra Covid. Temos tarefa de recuperar altas coberturas vacinais no Brasil.” disse a ministra em coletiva, segundo UOL.

_{Criança sendo vacinada. (Foto: Reprodução/BBC).}

Durante a primeira coletiva de imprensa, após ser nomeada ministra, Nísia Trindade deu um panorama das primeiras medidas a serem tomadas nos primeiros 100 dias de governo. Uma das primeiras providencias é a retomada da campanha de vacinação para retomar a taxa alta de cobertura vacinal que o país apresentava alguns anos atrás.

Ainda de acordo com a ministra, o governo fará um plano emergencial para reduzir filas de cirurgias e consultas em todo o País, além de trabalhar na recuperação do programa Farmácia Popular. Em 2022, o governo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, anunciou um corte de 59% da verba do programa para o Orçamento de 2023.

Os medicamentos ofertados pelo programa também deverá ser ampliado, mas ainda não há detalhes sobre a expansão.

De acordo com os dados do boletim epidemiológico divulgado na última segunda-feira (09) o Brasil registrou, em 24 horas, 21.236 novos casos de corona vírus e mais 11 mortos causadas pela doença. O boletim não traz os atualizados dos estados do Piauí e de Mato Grosso do Sul.

Foto Destaque: Ministra Nísia Trindade. Reprodução/Abrasco.

O Japão abateu mais de 9 milhões de frangos devido à disseminação da gripe aviária, que chegou a um escalão recorde no país, disse uma autoridade do Ministério da Agricultura nesta terça-feira (10), de acordo com a agência Reuters.

Com último caso de gripe aviária detectado em uma granja em Miyazaki, sudoeste do Japão, o número total de frangos abatidos é de aproximadamente 10,08 milhões, superando os 9,87 milhões abatidos entre novembro de 2020 e março de 2021. No Japão, o número de focos chegou a 57, superando o recorde da temporada de 2020 que, na época, registrou 52 focos.

Na última segunda-feira (9), Testuro Nomura, ministro da Agricultura japonês, emitiu um comunicado sobre o alto número de aves abatidas e pediu aos criadores que fiquem em alerta máximo e implementem medidas epidêmicas para prevenir o surto e a propagação da gripe.

_{Frangos em criadouros. (Foto: Reprodução/Dourados news)}

“Surtos em aves selvagens foram confirmados com mais frequência do que o normal, e especialistas alertaram que a concentração do vírus no meio ambiente é muito alta em todo o país”. afirmou Nomura, de acordo com O Globo.

Em dezembro, o governo japonês emitiu um alerta, orientando os avicultores das áreas afetadas a realizar a desinfecção com cal distribuída pelo governo. O primeiro surto nesta temporada foi detectado em outubro de 2022, e a temporada deve continuar até maio, afirma o funcionário do ministério.

O Japão não é o único país a registrar a influenzia aviária, mais de 70 países foram atingidos pela epidemia. Apesar de países vizinhos como Peru, Colômbia, Venezuela e Equador terem os registros da gripe aviária, Em nota, o ADAPAR (Agência de Defesa Agropecuária do Paraná), reforçou que o Brasil está livre da doença.

“Nunca houve, e não há o registro da doença aqui. Entretanto, há um quadro sensível de influenza aviária de alta patogenicidade no território sul-americano, desencadeado desde o fim de outubro (de 2022)”, confirma o comunicado, de acordo com o Gazeta.

Esta epidemia já foi responsável pelo chamado “sacrifício sanitário” de quase 140 milhões de aves ao redor do mundo durante o ano passado. O maior número acumulados nos últimos cinco anos.

Foto Destaque: Frangos. Reprodução/Globo rural.

A última atualização do monitoramento realizado pelo CDC (Centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos) mostra que 40% dos casos de covid-19 no EUA são provocados pela subvariante da Ômicron XBB.1.5. O percentual chama atenção pela velocidade de crescimento, uma vez que no início de dezembro a sublinhagem representava apenas 1,3% das infecções.

Neste mesmo período, as versões BQ.1.1 e BQ.1 da Ômicron, que predominam hoje no Brasil, de acordo com o relatório do ITPs (Instituto Todos Pela Saúde), caíram em mais de 50% dos casos sequenciados para cerca de 40%.

A XBB.1.5 foi identificada pela primeira vez no EUA e é uma derivada da XBB, subvariante que provocou uma alta nos casos em setembro de 2022 na Índia e em Cingapura, e também já foi registrada no Brasil. A sublinhagem é resultado de uma recombinação de outras versões da Ômicron.

_{Vacina contra Covid-19. (Foto: Reprodução/ICTQ)}

A subvariante cresceu e se tornou predominante nos dois países asiáticos ao mesmo tempo em que a BQ.1 crescia em outros lugares, como Brasil e o Estados Unidos. Ambas surgiram em períodos semelhantes e apresentaram mutuações que aumentam o seu potencial de escapar dos anticorpos conferidos pela infecção prévia e pelas vacinas, e consequentemente de provocar casos de reinfecção.

Um estudo publicado na revista científica “Cell” por pesquisadores da Universidade de Columbia, no EUA, em laboratório, mostrou que essas duas versões da Ômicron (BQ e XBB) são as com maior escape imune identificado até o momento, com a XBB tendo uma resistência maior às defesas, até 40 vezes superior à da linhagem BA.5, que predominou durante boa parte de 2022.

Segundo o Globo, pesquisadores destacam a emergência das novas sublinhagens está ligada à alta circulação do coronavírus, e que demanda um monitoramento das autoridades de saúde para que se compreenda até que ponto essas novas versões podem aumentar também os casos graves da doença e quais são mais resistentes aos tratamentos disponíveis hoje, como os antivirais.

Foto Destaque: Corona Vírus. Reprodução/Paho.

Na última segunda-feira (02) a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o primeiro medicamento injetável de uso semanal para obesidade e sobrepeso, o Wegovy (Semaglutida 2,4mg). Segundo estudos, a injeção, que deve ser aplicada semanalmente, promoveu uma redução média de 17% do peso corporal nos pacientes.

O Wegovy tem o mesmo princípio ativo do Ozempic, a diferença é que o novo medicamento deve ser usado apenas no tratamento de sobrepeso e obesidade, enquanto o Ozempic é usado no tratamento para diabetes tipo 2.  O uso do Ozempic contra a obesidade é “off label”, ou seja, médicos reconhecem um benefício não previsto na bula indicam o uso porque a medicação é segura.

A semaglutida é análogo ao hormônio GLP-1, que temos no intestino. Toda vez que uma pessoa se alimenta, a semaglutida sinaliza para o cérebro que é hora de reduzir o apetite, retardar o esvaziamento do estômago e aumentar a produção deinsulina, da qual promove a absorção da glicose nas células.

_{Pessoa sobrepeso (Foto: Reprodução/Laboratório Oswaldo Cruz)}

“O nosso hormônio dura 10 minutos, já a semaglutida dura uma semana. Aquela sensação de “/comi e perdi a minha fome”/ é dada pelo GLP-1, e a semaglutida é um medicamento que imita essa ação. O paciente tem a sensação de que está sem fome. E, se ele come, para de comer porque o estômago enche rápido”, explicou o endocrinologista João Eduardo Salles em entrevista ao G1.

A aprovação da Anvisa foi baseada nos estudos do programa de ensaios clínicos da STEP (Semaglutide Treatment Effect in People with obesity). Os pacientes que utilizaram o Wegovy conseguiram perda de peso corporal média de 17% em 68 semanas, contra 2,4% do grupo placebo. Um em cada três pacientes perdeu 20% do seu peso corporal e 83% dos pacientes alcançaram uma redução de 5% ou mais com a utilização do medicamento contra 31% do grupo placebo.

Sobre a comercialização, De acordo com a farmacêutica Novo Nordisk, ainda não há uma data definida para que a semaglutida chegue ao mercado brasileiro.

Foto Destaque: injeção Wegovy – Reprodução/Jornal Pequeno.