Saúde

o que se sabe sobre a nova subvariante da Ômicron XBB.1.5 que cresce nos EUA

A XBB.1.5 foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos e é uma derivada da XBB, subvariante que provocou uma alta de casos em setembro do ano passado em Cingapura e na Índia, e já foi registrada no Brasil.

04 Jan 2023 - 19h54 | Atualizado em 04 Jan 2023 - 19h54
o que se sabe sobre a nova subvariante da Ômicron XBB.1.5 que cresce nos EUA Lorena Bueri

A última atualização do monitoramento realizado pelo CDC (Centros de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos) mostra que 40% dos casos de covid-19 no EUA são provocados pela subvariante da Ômicron XBB.1.5. O percentual chama atenção pela velocidade de crescimento, uma vez que no início de dezembro a sublinhagem representava apenas 1,3% das infecções.

Neste mesmo período, as versões BQ.1.1 e BQ.1 da Ômicron, que predominam hoje no Brasil, de acordo com o relatório do ITPs (Instituto Todos Pela Saúde), caíram em mais de 50% dos casos sequenciados para cerca de 40%.

A XBB.1.5 foi identificada pela primeira vez no EUA e é uma derivada da XBB, subvariante que provocou uma alta nos casos em setembro de 2022 na Índia e em Cingapura, e também já foi registrada no Brasil. A sublinhagem é resultado de uma recombinação de outras versões da Ômicron.


Vacina contra Covid-19. (Foto: Reprodução/ICTQ)


A subvariante cresceu e se tornou predominante nos dois países asiáticos ao mesmo tempo em que a BQ.1 crescia em outros lugares, como Brasil e o Estados Unidos. Ambas surgiram em períodos semelhantes e apresentaram mutuações que aumentam o seu potencial de escapar dos anticorpos conferidos pela infecção prévia e pelas vacinas, e consequentemente de provocar casos de reinfecção.

Um estudo publicado na revista científica “Cell” por pesquisadores da Universidade de Columbia, no EUA, em laboratório, mostrou que essas duas versões da Ômicron (BQ e XBB) são as com maior escape imune identificado até o momento, com a XBB tendo uma resistência maior às defesas, até 40 vezes superior à da linhagem BA.5, que predominou durante boa parte de 2022.

Segundo o Globo, pesquisadores destacam a emergência das novas sublinhagens está ligada à alta circulação do coronavírus, e que demanda um monitoramento das autoridades de saúde para que se compreenda até que ponto essas novas versões podem aumentar também os casos graves da doença e quais são mais resistentes aos tratamentos disponíveis hoje, como os antivirais.

Foto Destaque: Corona Vírus. Reprodução/Paho.

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