Sobre Matheus R. Silva

Redator do lorena.r7

“Coringa: Delírio a Dois” é a pior avaliação já registrada no CinemaScore em filmes do gênero

Com lançamento na última quinta-feira (3), “Coringa: Delírio a Dois”, sequência de “Coringa” (2019), não agradou a crítica nem o público. No site “CinemaScore”, os espectadores avaliaram o filme com uma nota D. Com isso, se tornou o longa com a pior avaliação da história para um filme no universo dos heróis. Vale destacar que o “CinemaScore” é uma empresa que realiza pesquisas para determinar a nota final e funciona desde 1978, se denominando como líder da indústria no setor.

Os outros filmes com avaliações ruins contam pelo menos com um C-. É o caso de “Batman e Robin” (C+), “Madame Teia” (C+), Morbius (C+) e Quarteto Fantástico (C-). 

Repercussão

No agregador de notas “Rotten Tomatoes”, o filme também conta com notas baixíssimas: 32% para crítica e para o público. Dessa forma, a bilheteria também deve ser prejudicada. A expectativa de US$50 milhões pode cair para US$45 milhões, e o que foi arrecadado na pré-estreia – US$7 milhões – representou queda de 47% quando comparado ao primeiro filme, lançado em 2019. Além da nota baixa, “Coringa: Delírio a Dois” é uma grande decepção devido ao sucesso do seu antecessor, que garantiu 11 indicações ao Oscar e venceu em duas categorias.


Lady Gaga é par romântico de Phoenix na sequência de Coringa (Foto: reprodução/@jokermovie/Instagram)


Coringa: Delírio a Dois

A grande novidade no elenco do filme é a estrela Lady Gaga, responsável por interpretar a vilã Arlequina. Assim como no longa original, Todd Phillips é diretor, produtor e roteirista. Emma Tillinger Koskoff retorna como produtora e Scott Silver como roteirista. Mesmo com a manutenção dos nomes, o filme se propõe com o gênero de suspense musical, uma grande novidade. 

Após o sucesso do longa de 2019, a confirmação de uma sequência aconteceu em maio de 2021. Gaga confirmou sua presença em agosto de 2022. A história continua de acordo com os acontecimentos do primeiro filme, com Arthur Fleck enfrentando as consequências dos seus atos perante a justiça e esperando seu julgamento em Arkham. É justamente nesse momento que ele conhece a psiquiatra Harleen Quinzel, que se interessa por sua história. 

Foto Destaque: Joaquin Phoenix e Lady Gaga estrelam “Coringa: Delírio a Dois” (Reprodução/@jokermovie/Instagram)

Tribunal de Contas da União aprova monitoramento para entender efeitos das bets

Os últimos dados relacionados as gasto dos cidadãos com apostas esportivas ligou o alerta do governo para o setor. O Tribunal de Contas da União (TCU) anunciou nesta quarta-feira (2) a aprovação de um monitoramento do impacto das bets na saúde pública e na economia brasileira. O órgão apontou que esse mercado pode movimentar até R$ 130 bilhões só em 2024. De acordo com relatório da XP Investimentos, as apostas já correspondem a 1% do PIB do Brasil.

Apesar de ser legalizado desde 2018, o setor só teve regulamentação aprovada no fim de 2023. O hiato de tempo entre os acontecimentos já foi criticado por Fernando Haddad. O Ministro da Fazenda também afirmou que o tratamento com apostas deve ser o mesmo do cigarro, escancarando que o problema é tratado como questão de saúde pública. 

Gasto com Bolsa Família

De acordo com o Banco Central, R$ 3 bilhões destinados ao beneficiários do Bolsa Família foram gastos nas bets no mês de agosto. O número reflete uma questão de dependência e que gera impacto na economia. A Corte de contas chamou a atenção para a meta do monitoramento do TCU e sua importância perante praticais que fogem a lei: 

“A ação do governo federal que será fiscalizada pelo TCU tem como objetivo estabelecer políticas, procedimentos e controles internos de prevenção a ilícitos como lavagem de dinheiro, roubo de dados dos apostadores e envolvimento de menores de idade”, afirma o ministro Bruno Dantas, presidente do TCU.


1% do PIB brasileiro é resultado de apostas, de acordo com XP Investimentos (Foto: reprodução/joelfotos/Pixabay)


Regulamentação do setor

Com a Lei 14.790/2023, aprovada no ano passado, as bets devem se enquadrar ao que é solicitado. Na última terça-feira (1), O Ministério da Fazenda divulgou uma lista com as empresas que podem continuar operando no Brasil. As que não foram citadas – cerca de 600 – devem ser banidas neste mês de outubro.  O TCU também argumenta com um estudo do Itaú, apontando que os R$ 68,2 bilhões gastos em apostas entre julho de 2023 e julho de 2024 resultaram em perda de R$ 23,9 bilhões. 

Foto Destaque: TCU estudará impacto das bets na saúde e economia (Reprodução/Leopoldo Silva/Agência Senado)

Bloqueio temporário do Pix para casas de apostas é proposto por Federação de Bancos

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se reuniu com o Ministro da Fazenda Fernando Haddad e propôs a suspensão temporária do Pix em apostas online. A reunião aconteceu nesta quarta-feira (2), e reflete o período turbulento para as casas de apostas. Com a regulamentação aprovada no fim de 2023, diversos sites que não estejam de acordo com a lei deverão ser banidos do país já na próxima semana.

A preocupação do governo envolve o uso dos recursos de programas assistencialistas em casinos. Só em agosto, R$ 3 bilhões de beneficiários do Bolsa Família foram transferidos para os sites de apostas por meio do Pix.

Justificativa da Febraban

Com o Pix sendo o principal método de transferência monetária do país, uma possível suspensão para sua utilização em apostas visa diminuir o impacto negativo proporcionado pelas bets. A questão já é vista como um problema de saúde pública pelo governo. Isaac Sidney, presidente da Febraban, comentou o pedido ao governo (via G1):

“Nós temos defendido que os meios instantâneos de pagamento, há exemplo do PIX, mas não são só esses, os meios instantâneos de transferências possam temporariamente ficar suspensos para o pagamento de apostas… Também estamos cogitando propor ao governo a criação de uma força-tarefa multigovernamental, multissetorial, para aprofundar os impactos da atividade de bets no Brasil”.


Apostas online ganharam popularidade no Brasil nos últimos anos (Foto: reprodução/eGamingImagery/Pixabay)


Boom das apostas

O setor de apostas cresceu rapidamente no Brasil. A categoria subiu 721% desde 2021. De acordo com dados da SimilarWeb, é o país com o maior número de acessos no mundo em sites de apostas esportivas. Dessa forma, o Brasil enfrenta uma “epidemia” de apostas, algo que o governa busca maneiras de coibir. A regulamentação aprovada no ano passado foi o primeiro passo, ainda que o setor seja legalizado desde 2018. O Banco Central e o Senado realizaram um estudo e constaram que alguns cidadãos gastam mais do que possuem com apostas. 

Foto Destaque: bloqueio do Pix para apostas é reflexo de “epidemia das bets” (Reprodução/Mariakray/Pixabay)

Portuários dos EUA entram em greve; empresas se preocupam e Biden prega negociação

Rota marítima importante no comércio mundial, a Costa Leste dos Estados Unidos passa por um período de greve. O movimento começou à meia-noite desta terça-feira (1), e conta com 50 mil membros da Associação Internacional de Estivadores (ILA). A depender do tempo que perdure, pode ser a maior paralisação do país em décadas, afetando importações e exportações.

Quase todos os portos do Maine ao Texas terão greve. A costa afetada possui saída desde o Golfo do México (Texas) até o Oceano Atlântico (Maine). Os produtos comercializados são variados: alimentos (bebidas alcoólicas e frutas), itens de casa e peças de fábricas, além de muitos outros.

A greve

Essa é a primeira paralisação de portos na Costa Leste desde 1976. A “United States Maritime Alliance (USMX)” é a aliança marítima que representa as principais rotas de navegação. Existe distância entre sua oferta de contrato e aquilo que o sindicato julga ser justo. Em declaração, o presidente da ILA Harold Daggett apontou a razão da greve (via CNN):

“A USMX iniciou essa greve quando decidiu manter-se firme com as transportadoras marítimas de propriedade estrangeira que lucram bilhões de dólares nos portos dos Estados Unidos, mas não compensar os estivadores americanos da ILA que realizam o trabalho que lhes traz riqueza… Estamos preparados para lutar o tempo que for necessário… para obter os salários e as proteções contra a automação que nossos membros da ILA merecem.”

Ainda não houve resposta da USMX, mas a mesma vem indicando que o sindicato não age com boa-fé. Ontem, propôs 50% de aumento em contrato de 6 anos, o que foi negado. Pontos a serem observados são os Portos de Nova Iorque e Nova Jérsei, terceiro maior do país, e o Port Wilmington, maior responsável pela rota marítima das bananas nos EUA. É a fruta mais popular do país.


Com saída para o Oceano Atlântico, estado de Nova Iorque possui atividade portuária importante (Foto: reprodução/scratsmacker/Pixabay)


Consequências e desdobramentos

A escassez ocasionada pela greve seria o pior cenário possível, que resultaria no aumento de preços dos produtos importados após melhora do quadro econômico propiciado pela pandemia. Ainda assim, as compras de fim de ano não estão ameaçadas. Isso se deve pelo fato das lojas se preocuparem em obter seus produtos justamente nessa época do ano e, como a greve já vem sendo anunciada há algum tempo, foi possível se organizar. Porém, itens perecíveis já podem ter sua comercialização afetada na semana que vem, mesmo que o Departamento de Agricultura dos EUA não enxergue efeitos a curto prazo.  

A questão financeira conduzida pelo pedido no aumento do salário não é a única causa da greve. Também há uma disputa que envolve a automação dos portos e, dessa forma, redução dos empregos. Mais de duzentas empresas já se comunicaram com a Casa Branca com receio acerca do que irá acontecer. O presidente Joe Biden disse não pretender usar da lei (Taft-Hartley) para manter os portos abertos, acreditando ser uma negociação coletiva.

Foto Destaque: situação portuária causa apreensão nos EUA (Reprodução/TravelScape/Freepik)

China apresenta trajes que serão usados pela tripulação na primeira ida até a lua do país

A China anunciou que pretende levar astronautas à lua até 2030. Com isso, realizou uma apresentação no último sábado (28), mostrando o traje que será utilizado por eles, em um momento que, caso aconteça, será histórico.

Homem mais rico do mundo, Elon Musk comentou a novidade chinesa. Ele é fundador da SpaceX, empresa do setor aeroespacial.

“Enquanto isso, de volta à América, a [Administração Federal de Aviação (FAA)] está sufocando o programa espacial nacional com uma papelada kafkiana!”, disse Musk em sua página do X. A fala é uma crítica a burocracia ofertada Administração Federal de Aviação dos EUA.

O traje

Majoritariamente branca, a roupa possui detalhes em vermelho, cor da bandeira do país. Existem diversas ferramentas inseridas visando uma viagem pra lua: câmera de curto e longo alcance, console de operações e, no capacete, um visor à prova de brilho.

O material do traje também suporta temperaturas extremas. Vale destacar que no satélite natural é registrado até 120°C durante o dia e -200°C à noite. Além disso, suporta poeira e radiação; isso tudo permitindo que os astronautas não sejam limitados no quesito movimentação, até porque os mesmos deverão pisar na lua.


Apresentação de traje chinês que será utilizado em missão para pisar na lua (Foto: reprodução/espacocientifico/Threads)


Histórico e repercussão

O envio de astronautas até a lua não é apenas uma missão destacada da Agência Espacial Tripulada da China (CMSA). Na verdade, é mais uma tarefa dentre várias lançadas nos últimos anos, visando se tornar o segundo país a colocar humanos na superfície lunar. Os primeiros foram os Estados Unidos, em um marco na guerra fria no ano de 1969.

No geral, a mídia chinesa – estatal e restritamente controlada – recebeu com bem os trajes e a meta da missão. A estética foi elogiada, assim como a tecnologia instalada no equipamento. A nave que será utilizada foi nomeada como “Navio dos Sonhos”. O país asiático também tem como objetivo a instalação de uma estação de pesquisa lunar internacional no polo sul do satélite até 2040.

Foto Destaque: missão chinesa pode ser primeira vez do país pisando na lua (Reprodução/Ponciano/Pixabay)

Desemprego em trimestre terminado em agosto é de 6,6%, menor já registrado no período

O desemprego no trimestre correspondente a junho, julho e agosto foi de 6,6%; os dados são referentes a uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira (27). A marca é a menor já computada na história do período, algo realizado desde 2012 (Pnad contínua).

Previamente, o desemprego mais baixo registrado no trimestre que se encerra em agosto havia sido em 2014, com 7%. Ano passado, o número era de 7,8%. O menor percentual já registrado, medido por trimestres, é de 6,3% e foi computado em dezembro de 2013. Ao todo, 7,28 milhões estão desempregadas neste momento, menor número desde janeiro de 2015.

Mercado aquecido

A menor taxa de desemprego está associada ao recorde de pessoas empregadas: 52,9 milhões. É a maior marca trimestral registrada desde 2012, além de contar com 2,9% se comparada ao trimestre anterior (março, abril e maio). Destaque na redução do desemprego, o setor privado conta com o maior número de trabalhadores já registrado e com a absorção de 2,5 milhões de pessoas no período de um ano. Com 12,8 milhões de empregados, número de funcionários no setor público também é recorde. Vale destacar o setor de comércios, que impulsionou os dados com 368 mil novos contratados e bateu o maior contingente da história. 


Setor de comércio registrou 19,5 milhões de profissionais, máxima histórica (Foto: reprodução/Alexas_Fotos/Pixabay)


Aumento nos salários

De acordo com o IBGE, R$ 3.228 foi o rendimento médio dos brasileiros no trimestre. Se comparado ao período de junho, julho e agosto de 2023, houve crescimento de 5,1%. Lembrando que esse é um número frio, sem levar em conta a inflação nos últimos 12 meses. Diversos setores da economia apresentaram aumento médio na remuneração. O top-3 é representado pela indústria (7,3%), serviços (6,7%) e construção (6,3%). 

Na obtenção dos dados, o IBGE se utilizou da PNAD contínua, iniciada em 2012. A ferramenta é a forma de medição do Instituto, trabalhando com um espaço de tempo de três meses (trimestre). O estudo cobre todo o Brasil e, para o desemprego, considera aqueles que buscam por emprego e não conseguem trabalhar. Ou seja, pessoas que não tem interesse em estar empregadas são excluídas do cálculo.

Foto Destaque: setor industrial contou com maior aumento de salário do trimestre (Reprodução/Emir Krasnic/Pixabay)

Carros elétricos representarão 65% das vendas zero km em 2035; motor a combustão terá 14%

Uma pesquisa feita pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e divulgada na última sexta-feira (27) mostrou que 65% dos carros vendidos no Brasil até 2035 serão elétricos. O estudo vale para automóveis zero km; para sua realização, foram ouvidos CEOs de montadoras, 3 mil consumidores e 40 clientes em todo o país.

O estudo aponta que no próximo ano 13% das vendas corresponderão aos carros elétricos, sejam eles totalmente elétricos ou com sistema híbrido de propulsão. Aqueles com motor a combustão – 87% projetados para 2025 – deverão corresponder a apenas 14% das vendas em 2040. O modelo mais vendido será o “100% elétrico”, seguido pelo híbrido leve e híbrido pleno.

Modelos elétricos

Ainda que se entenda por carro elétrico um único modelo, a categoria se diferencia em quatro exemplares: Híbrido leve, Híbrido pleno, Híbrido plug-in e 100% elétrico. Este último é o mais famoso e corresponde a maior parte das vendas. Os outros se distinguem pela utilização de suas baterias. O Híbrido plug-in é capaz de fazer 40 km/l, enquanto o Híbrido pleno marca 20 km/l e o Leve 13 km/l.

A Anfavea também prevê que, mesmo com a crescente nas vendas dos elétricos, a maioria dos carros que circularão em 2040 devem ser movidos a combustão. O veículo flex (etanol e gasolina), com 40% da fatia, corresponderá ao modelo mais famoso entre os brasileiros.


Brasil possui 4.230 pontos de recarga públicos para carros elétricos (Foto: reprodução/michael_marais/Unplash)


Opinião do especialista

Vice-presidente da Anfavea, Luis Carlos Moraes apontou quais são os desafios com a ampliação das vendas de carros elétricos:

“A gente tem um grande desafio, que é a infraestrutura no Brasil. Hoje cerca de 90% dos proprietários de carros elétricos fazem as recargas em casa… Por outro lado, a indústria vem desenvolvendo novas tecnologias de recarga mais rápida e baterias maiores, que podem estimular a segurança dos novos consumidores.”

Moraes também destacou a necessidade do Brasil produzir os modelos elétricos internamente, já que o país possui dificuldades financeiras apenas importando. Não há uma grande fábrica de carros elétricos no Brasil.

Foto Destaque: 78 mil carros elétricos circulam no Brasil segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (Reprodução/Joenomias/Pixabay)

Daniel Radcliffe se despede de Maggie Smith, lenda do cinema britânico

Famoso por interpretar “Harry Potter” nas telonas, o ator Daniel Radcliffe, por meio de um comunicado, prestou homenagem à Maggie Smith, que faleceu nesta sexta-feira (27) em Londres aos 89 anos. A atriz fazia o papel de Minerva McGonagall, professora de Hogwarts, e atuou em todos os oito filmes da série. Apesar de sua rigidez, era uma personagem que contava com muito carinho dos fãs.

Radcliffe relembrou o primeiro contato com Maggie, ainda em 1999, na adaptação “David Copperfield” produzida pela BBC (via Deadline):

“ … Eu tinha nove anos, e estávamos lendo cenas para David Copperfield, meu primeiro trabalho. Eu não sabia quase nada sobre ela, a não ser o fato de que meus pais ficaram impressionados ao saber que eu trabalharia com ela. A outra coisa que eu sabia sobre era que ela era uma dama, então a primeira coisa que perguntei a ela quando nos conhecemos foi ‘você gostaria que eu a chamasse de dama?’ ao que ela riu e disse algo como ‘não seja ridículo!”/.”

Maggie Smith

A artista é um dos grandes nomes do cinema britânico, com amplo reconhecimento. Apesar de ter estreado no teatro na Universidade de Oxford aos 18 anos, a primeira aparição profissional foi na Broadway, Nova Iorque, quatro anos depois. Além de uma filmografia impecável, Maggie coleciona diversos prêmios ao longo da carreia. Inclusive o Oscar de Melhor Atriz em 1970, por seu trabalho em “Primavera de uma Solteirona“. Foi justamente neste momento em que ganhou reconhecimento mundial.

Radcliffe, em tom emocionante, afirmou sua importância na indústria, além de entregar detalhes da personalidade (via Deadline):

“Ela tinha um intelecto feroz, uma língua gloriosamente afiada, conseguia intimidar e encantar ao mesmo tempo e era, como todos dirão, extremamente engraçada. Sempre me considerarei incrivelmente sortudo por ter podido trabalhar com ela e passar tempo com ela no set. A palavra lenda é usada em excesso, mas se se aplica a qualquer pessoa em nossa indústria, então se aplica a ela. Obrigado, Maggie”.

Maggie Smith ainda voltaria a ganhar outra Oscar. Dessa vez, o de Melhor Atriz Coadjuvante no longa “Califórnia Suite“, em 1978. Também venceu quatro prêmios Emmy e três Globos de Ouro, além de diversas nomeações. Recebeu o título de “Dame” pelo Império Britânico em 1990, uma estilização de honra.


Maggie Smith e Daniel Radcliffe na saga Harry Potter (Foto: reprodução/Instagram/@danielradcliffeofficially)


Outras homenagens

Não foi só Daniel Radcliffe que lamentou o falecimento de Maggie. Outros colegas de elenco, que interpretaram grandes amigos de Potter na franquia, prestaram suas homenagens. Emma Watson, que deu vida a Hermione Granger, disse em seu Instagram que “não sabia da importância de Maggie quando era mais nova. Fui sortuda em trabalhar com ela… Ela era real, honesta, engraçada e virtuosa… Obrigada por toda sua gentileza. Sentirei sua falta.”

Além dos atores, J.K. Rowling, criadora da saga, realizou postagem no X de despedindo da atriz. “De alguma forma achei que ela viveria para sempre. Descanse em paz, Dame Maggie Smith”, disse a escritora. Fãs da franquia se reuniram no castelo de Hogwarts na Disney e também prestaram homenagens nesta sexta-feira (27). 

Foto Destaque: Maggie Smith faleceu em hospital nesta sexta-feira (27) (Reprodução/Angel Weiss/Getty Images Embed)

Gasto do Bolsa Família com apostas online é tema em nota de Ministro

O alto valor desembolsado em apostas online chama a atenção do governo brasileiro. De acordo com o Banco Central, R$ 3 bilhões foram gastos por beneficiários do Bolsa Família no setor apenas em agosto, em forma de Pix. A principal crítica é feita justamente por este ser um auxílio voltado para necessidades básicas, algo totalmente distante das apostas. 

Wellington Dias, Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, chamou a atenção para o fato em nota divulgada nesta quarta-feira (25), no site do governo:

“A prioridade sempre será combater a fome e promover a dignidade para quem mais precisa.”

Bolsa Família

Programa de assistência social criado em 2003 durante o primeiro governo Lula, o Bolsa Família foi uma ampliação dos programas desenvolvidos por Fernando Henrique Cardoso no governo anterior. Desde 2023, as famílias beneficiadas contam com um piso mínimo de R$ 600. Tratando-se de algo feito justamente para combater a pobreza, ter o recurso gasto com apostas apresenta um problema profundo, algo comentado por Dias: 

“É importante lembrar que os programas sociais de transferências de renda foram criados para garantir a segurança alimentar e atender às necessidades básicas das famílias, das pessoas em situação de vulnerabilidade.”


De acordo com pesquisa da “Klavi”, 30% dos brasileiros buscaram empréstimos para aposta nos últimos 12 meses (Foto: reprodução/AidanHowe/Pixabay)


Regulamentação do setor

Ainda que o mercados de apostas online seja legalizado no Brasil desde 2018, uma regulamentação só foi sancionada no fim de 2023. Esse tema é visto com cuidado também para combater o mal uso do Bolsa Família. Inclusive, é o que comenta Wellington Dias em sua nota:

“Tenho certeza de que o governo federal, ao tratar desse tema, levará em consideração a proteção dos mais vulneráveis e os impactos sociais que possam surgir… Nosso foco permanece firme: garantir que o Bolsa Família continue sendo um instrumento eficaz de combate à pobreza e à insegurança alimentar. Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que esse objetivo se mantenha”.

As apostas online atravessam um momento de alta no país. Inclusive, especialistas apontam que o cenário é como uma “epidemia de vício”. O setor é divulgado em diversos meios de comunicação, e as opções variam entre apostas esportivas e jogos de azar. Em agosto, via Pix, R$ 20 bilhões foram gastos por brasileiros. Em 2023, apenas Estados Unidos e Inglaterra consumiram mais no mercado que o Brasil, figurando em terceiro no ranking mundial. De acordo com o Datahub, o crescimento apresentado no setor entre abril de 2021 e abril de 2024 é de 734,6%.

Foto Destaque: Wellington Dias comentou o gasto nas bets com uso do Bolsa Família (Reprodução/@celsopansera/Instagram)

Apostas online serão regulamentadas como cigarros, aponta Haddad

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira (25) que as bets – apostas online – serão inseridas na mesma regulamentação do cigarro. Dessa forma, a prática seria enquadrada como uma questão de saúde, distante do entretenimento. Inclusive, o Ministro cita uma dependência psicológica ao abordar a questão:

“Você vai impedir a pessoa de apostar com cartão de crédito, você vai ter CPF por CPF de quem está apostando. Tudo sigiloso. Ninguém vai abrir essa conta. Vamos poder ser um sistema de alerta em relação a pessoas que estão já revelando uma certa dependência psicológica do jogo”.

O pronunciamento foi feito na “J. Safra Brazil Conference 2024”, evento anual do Banco J. Safra realizado em São Paulo com foco no mercado financeiro.

Legalização e regulamentação

Ainda que tenham sido liberadas em 2018, a lei que regulamentou as apostas online no Brasil só foi sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Lula. Dessa forma, empresas e apostadores passaram a ser passíveis de tributação, além da inclusão de outras regras.

Fernando Haddad também reclamou da demora entre o período da legalização e da regulamentação. Era algo, previsto em lei, para ser resolvido em dois anos. Sendo assim, as empresas ainda não pagam impostos, apenas deve vir a acontecer a partir de 2025 (12% sobre a arrecadação).

“Ninguém fez nada, nem em dois, nem em quatro anos. Nós mandamos uma medida provisória no primeiro semestre de 2023, que caducou… Está zerado o imposto, ninguém está pagando nada. Virou uma espécie de Perse”, disse Haddad no evento.


Jogos de azar também possuem espaço online (Foto: reprodução/eGamingImagery/Pixabay)


Boom das apostas

Boa parte dos brasileiros, se não apostou, ouviu falar em alguma casa de apostas nos últimos anos. Elas estão sendo amplamente divulgadas na internet, nas redes sociais e na televisão. Além das apostas esportivas, os jogos de azar também ganharam espaço.

Em pesquisa do Banco Central, foi apontado que, neste ano, entre 18 e 21 bilhões de reais já foram gastos por brasileiros em casas de apostas; esse valor se refere exclusivamente ao Pix. Entre junho de 2023 e junho de 2024, a prática das apostas correspondeu a 0,62% do PIB do Brasil, um aumento considerado bastante significativo.

Foto Destaque: mercado de apostas esportivas cresceu 731% desde 2021, segundo Datahub (Reprodução/besteonlinecasinos/Pixabay)