Sobre Malu Corecha

Redatora do lorena.r7

Incêndios nos Estados Unidos deixam um morto e mais de oito mil desabrigados

Os incêndios florestais que atingem o estado do Novo México, nos Estados Unidos da América (EUA), já deixaram uma pessoa morta e mais de 8 mil pessoas desabrigadas. As informações foram divulgadas pelo gabinete da governadora do estado, a democrata Michelle Lujan Grisham.

Segundo o governo, as estruturas das construções próximas às regiões afetadas pelos incêndios já estão comprometidas.


Incêndio no Novo México cobre o céu (Foto: reprodução/Rebecca Denis/CNN)


Cidades evacuadas

De acordo com informações oficiais os dois incêndios, South Fork Fire e Salt Fire, já fizeram com que cidades inteiras tenham sido evacuadas, além de outras cidades completamente destruídas pelo fogo.

A governadora também aproveitou a conversa com os repórteres para anunciar estado de calamidade em algumas regiões do estado.

South Fork Fire ainda não conseguiu ter nem uma parcela de sua área de atuação contida, e já cobre mais de 6000 hectares, o que equivale a mais de 5 mil estádios de futebol. Salt Fire, por sua vez, atinge uma região correspondente a 2600 hectares de terra.

As medidas atuais visam manter um controle da situação e monitorar o avanço das chamas, caso seja necessário evacuar mais pessoas ou mobilizar novas equipes de bombeiros.

Mudanças climáticas

Os incêndios no Novo México têm como origem a seca que vem assolando a região. No último ano, o Novo México vem passando pela chamada “Grande Seca”, que tornou a vegetação do local ainda mais seca e inflamável, facilitando que o fogo se espalhe. Contudo, a previsão de chuvas nos próximos dias traz esperança para a população local, uma vez que pode ajudar a controlar o fogo até então imparável.

O fogo pode continuar a queimar, contudo, caso as medidas propostas pelos governos mundiais para o combate ao aquecimento global não sejam postas em prática o mais rápido possível, visto que ajudariam a evitar secas e enchentes como as que assolam os EUA nos últimos tempos.

Foto destaque: Incêndio de South Fork, no Novo México (Reprodução/Jesus Figueroa/CNN Newsource)

Mauro Cid presta depoimento por mais de 2 horas na Polícia Federal

O ex-ajudante de ordens do ex-presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PL) Mauro Cid cedeu depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (18) durante aproximadamente duas horas e meia, dentro do caso das joias vendidas por ele nos Estados Unidos da América (EUA) enquanto Bolsonaro ainda era presidente.

O depoimento foi solicitado pela PF após a descoberta de uma nova joia possivelmente dada pelo governo Saudita ao governo Brasileiro na última semana.


O edifício Seybold, onde as joias foram cotadas e vendidas (Foto: reprodução/Mayleen Gonzalez/Racked Miami)


Informações incongruentes

Durante o depoimento, Mauro Cid afirmou desconhecer a joia recém-descoberta. Contudo, a joia estaria junto dos relógios e ornamentos vendidos por Cid e outros homens de confiança de Bolsonaro na loja “Goldie”/s”, localizada no complexo de lojas Seybold Jewelry em Miami, Flórida.

Cid, que ocupava uma das posições de maior confiança do ex-presidente, se tornou delator do caso após assinar acordo de colaboração premiada para tentar conseguir pena mais branda pelos crimes cometidos a mando de Bolsonaro, como a adulteração dos cartões de vacinação de Bolsonaro e parentes do mesmo.


Bolsonaro e o príncipe saudita Mohamed bin Salman (Foto: reprodução/Alan Santos/PR)


O inquérito

A PF investiga a apropriação indevida de presentes dados pelo governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro em 2022. As joias, por terem sido presentes dados ao governo, deveriam virar patrimônio nacional, mas foram vendidas e negociadas por ordens do próprio então presidente, fazendo com que ele absorvesse um valor que até então era da União.

Caso esteja mentindo em relação à não saber sobre a joia recém-descoberta, Cid pode perder os benefícios que conseguiria com a delação acordada e ainda pode pegar de 2 a 4 anos de prisão. A peça foi descoberta em investigação conjunta da PF com o FBI (Federal Bureau of Investigation ou Departamento Federal de Investigação).

O kit já conhecido era composto por joias de ouro branco, artefatos religiosos e estátuas de valor intercultural. As primeiras peças foram descobertas quando aliados do ex-presidente tentaram entrar no país com joias não declaradas e, desde então, o caso está no radar da PF.

Foto destaque: Mauro Cid saindo da Polícia Federal após prestar depoimento (Reprodução/Gesival Nogueira/Ato Press/Estadão Conteúdo)

Novo estudo revela causas possíveis da Síndrome das Pernas Inquietas

Cientistas descobriram novas possíveis causas para a Síndrome das Pernas Inquietas, distúrbio caracterizado por “uma sensação mal definida de incômodo e desconforto nos membros inferiores, associada à uma necessidade irresistível de movimentação que alivia os sintomas”, de acordo com a Sociedade Beneficiente Israelita Brasileira. A  descoberta foi publicada na revista Nature Genetics no dia 5 de junho.

As novas informações podem ajudar a identificar a doença em pacientes mais rapidamente e ajudar a aliviar os sintomas da doença que não possui cura.


Centro médico da Universidade Tecnológica de Munique (Foto: reprodução/Booking Health)


Doença Comum

A Síndrome das Pernas Inquietas ou Doença de Willis-Ekbom, acomete cerca de 10% da população idosa mundial, dentre os quais aproximadamente 3% tem a versão mais severa da síndrome. Ainda que não se saiba a causa exata do problema, a medicina já foi capaz de identificar alguns fatores que facilitam o seu surgimento, como doenças psicológicas (ansiedade e depressão), problemas cardiovasculares, diabetes e hipertensão. Embora já se saibam regiões do genoma humano mais propícias a desenvolver a doença, não é possível identificar um marcador genético comum a todos os casos.

Pesquisadores da Universidade de Cambridge e do Instituto de Genética Humana da Universidade Técnica de Munique, realizaram o maior estudo já conhecido sobre a doença até hoje, no qual compararam dados de mais de 100 mil pacientes com a condição clínica e 1,5 milhão de pessoas que não a possuem, buscando descobrir um padrão que se repita somente nos acometidos pela síndrome.


Estudantes em frente ao Centro de Estudos Médicos da Universidade de Cambridge, uma das responsáveis pela pesquisa (Foto: reprodução/Stephen Bevan/Cambridge University)


Novas descobertas

Os resultados da pesquisa, ainda que não suficientes para curar a síndrome, são bastante revolucionários e inovadores, pois revelaram mais de 140 novas regiões do genoma em que a Síndrome tende a estar presente, além de confirmar a suspeita sobre maior incidência da Síndrome em pessoas do sexo feminino, uma vez que ela se manifesta em 3 regiões do cromossomo X, que está em duplicidade em pessoas desse grupo enquanto os indivíduos do sexo masculino possuem a formulação XY.

Os novos dados também tornam possíveis, a partir de uma combinação de análises, a previsão de quais são os indivíduos mais propensos a desenvolverem a doença em um futuro próximo, com cerca de 90% de acerto.

Foto destaque: Pernas em uma cama (Reprodução/Getty Images Embed/BBC)

Polícia Federal descobre nova joia saudita de Bolsonaro

Durante a investigação das joias sauditas recebidas pelo então presidente Jair Bolsonaro durante uma visita ao país em 2021, a Polícia Federal (PF) descobriu nesta segunda-feira (10), por meio de um depoente, a existência de outra peça que chegou a ser levada aos Estados Unidos da América (EUA) a mando de Bolsonaro para ser avaliada. A joia, contudo, não chegou a ser vendida na época. 

Há a possibilidade de o artefato ter sido mais um dos presentes recebidos do governo saudita, e atualmente busca-se saber onde está a joia.


O ex-presidente Jair Bolsonaro e Mauro Cid (Foto: reprodução/Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)


Alto valor comercial

Segundo o mesmo depoente, a peça era cravejada de brilhantes que, se retirados da mesma, poderiam ser vendidos por um alto valor. Suspeita-se que ela tenha estado junto da escultura de palmeira, feita de ouro, que Bolsonaro recebeu na mesma ocasião. Além dessas joias, o ex-presidente também recebeu relógios de marca, outros adornos e uma estátua de barco.

Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro, tentou vender os presentes em Miami, na Flórida, mas não conseguiu vender tudo, pois as estátuas eram feitas inteiramente de ouro.


Conjunto de joias recebido e devolvido por Bolsonaro (Foto: reprodução/Amanda Perobelli/Diário do Comércio)


Patrimônio cultural

As esculturas dadas a Bolsonaro também possuem valor cultural, uma vez que a palmeira é a planta oficial do Bahrein, e uma estátua como essa seria um artigo de museu. Uma estátua similar, mas em formato de árvore, é patrimônio da Organização das Nações Unidas (ONU) e fica exibida na página da entidade.

Ainda que não haja evidência da existência da joia, as buscas por ela seguem. Além disso, a joia não fez parte da operação na qual os aliados do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro viajaram às pressas para os EUA para recuperar a parcela dos bens que foi vendida, o que pode significar que ela continua no Brasil ou então que foi desfeita e vendida, o que pode agravar a situação de Bolsonaro no processo caso seja necessário devolvê-la.

Foto destaque: Jair Bolsonaro e o líder saudita (Reprodução/Clauber Cleber Caetano/PR/CP)

Extrema direita cresce na Europa mas mantém rostos conhecidos

Após ser praticamente renegada ao ostracismo após a Segunda Guerra Mundial, a extrema direita europeia vem demonstrando um crescimento de popularidade nos últimos anos, confirmado pela ascensão da ala nas eleições para o Parlamento Europeu, finalizadas no último domingo. 

O bloco mais extremista e conservador cresce em países marcados pelos movimentos ultraconservadores da metade do século XX, como Itália, Alemanha e França, e conseguiu 131 das 720 cadeiras disponíveis para o parlamento.


Bandeira da União Europeia hasteada em prédio diplomático (Foto: reprodução/Rick Barjonas/ONU)


Composição diversificada

Ainda que se apresente como um só bloco, a extrema direita europeia se manifesta em dois grandes grupos: os mais radicais, que visam implantar reformas mais conservadoras no bloco, e os mais mediadores, que buscam diálogo e medidas mais intermediárias. 

A maior representante dos conservadores é Marine Le Pen, ex-candidata à presidência francesa e que tentará o cargo novamente em 2027. Le Pen integra o bloco Identidade e Democracia, responsável pelas medidas mais radicais vistas nos últimos tempos ao redor da europa. Sua equivalente dentro do bloco mais moderado é Giorgia Meloni, que vem buscando dialogar com as potências tidas como mais progressistas dentro do continente, como a França.

Ainda que faça parte de um setor mais radical, Marine Le Pen pediu a exclusão do partido Alternativa para Alemanha (AfD) do bloco que concorreria às eleições por entender que o grupo está muito distante do que se prega.


Membro de manifestação na Alemanha segura placa em que se lê “Nazi Raus”, ou seja, “Fora Nazistas” (Foto: reprodução/Filip Singer/EPA)


Divergências em pontos centrais

Ainda que alinhada em diversos sentidos, a extrema-direita europeia diverge em pontos centrais do plano de ação do grupo. Por exemplo, Meloni, Le Pen e boa parte dos países integrantes do Parlamento tendem a tomar uma atitude mais conciliadore frente à Guerra da Ucrânia, enquanto o líder conservador Húngaro Viktor Orban declarou apoio total à Rússia.

Ainda assim, pode-se elencar características comuns que unem esses partidos em um só bloco, como a rejeição à políticas ambientais, imposição de medidas mais restritivas para a imigração e manutenção de costumes tradicionais.

Foto destaque: Giorgia Meloni e Marine Le Pen em 2015  (Reprodução/Alessandro Serrano/Sipa)

Esteticista suspeita de homicídio em clínica se entrega à polícia

Natalia Fabiana de Freitas Antonio, conhecida nas redes sociais como Natalia Becker e dona do estúdio de estética de mesmo nome, se apresentou nesta quarta-feira (05) em uma delegacia de São Paulo após ser reconhecida como suspeita do homicídio de Henrique Silva Chagas, empresário de 27 anos.

O dono de pet shop morreu após um procedimento de peeling de fenol feito por Natalia no Studio Natalia Becker, em Campo Belo, bairro da capital paulista.


A esteticista Natalia Becker (Foto: reprodução/Instagram/@studionataliabecker)


Relembre o caso

Na ocasião, Henrique foi até o estúdio de Natalia acompanhado pelo parceiro, Marcelo Camargo, para realizar um peeling de fenol, procedimento que consiste na aplicação de um composto químico mais ácido que o álcool etílico com o intuito de remover a camada externa da pele do rosto e rejuvenescer a pessoa.

A suspeita é de que Henrique fosse alérgico ao composto químico, o que fez com que a aplicação do produto lhe causasse uma reação alérgica seguida de choque anafilático. Vale ressaltar que associações médicas vêm reforçando a importância de tal procedimento ser realizado em centros cirúrgicos, não somente pelo caráter perigoso como também pela necessidade de sedação do paciente. 

Investigação de homicídio

Ainda que, a princípio, o caso fosse investigado como morte suspeita, a polícia de São Paulo logo atualizou o status da investigação para homicídio. No entanto, resta definir se foi homicídio doloso, quando há intenção no ato ou quando o assassino assume o risco de matar, ou se foi culposo, somente por desconhecimento do procedimento.

De acordo com Marcelo, a esteticista não pediu nenhum exame prévio de Henrique para realizar o procedimento, o que indica que a médica assumiu a responsabilidade de causar algo mais grave no paciente, uma vez que além de ser um produto que pode causar alergia, o fenol também é conhecido por alterar a atividade cardíaca, podendo levar quem o usa a uma parada cardiorrespiratória e até a óbito.

Foto destaque: a esteticista Natalia Becker na delegacia onde se apresentou (Reprodução/Jessica Bernardo/Metrópoles)

PEC das praias gera comoção no Senado Federal

A chamada PEC das Praias, que visa mudar a cobrança de tributos pagos à Marinha do Brasil em terrenos litorâneos, chegou ao Senado Federal após ser aprovada na Câmara dos Deputados em 2022 em dois turnos.

A proposta é defendida veementemente por partidos de direita e por alguns deputados da esquerda que compõe partidos PCdoB, PT e PSB.


Manifestação contra a PEC das Praias no Senado (Foto: reprodução/Waldemir Barreto/Agência Senado)


Privatização de praias

O texto, apresentado em 2011 pelos deputados Arnaldo Jordy (PPS-BA), José Chaves (PTB-PE) e Zoinho (PR-RJ), que previa uma atualização na cobrança da taxa paga por donos de terrenos à beira-mar.

Ao passar pela Comissão de Constituição de Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara em 2015, o texto recebeu parecer favorável do relator Alceu Moreira, e foi aprovado pela Câmara ainda no mesmo ano, mas só chegou ao debate no Senado este ano.

Com o debate sobre a privatização das praias, o líder da oposição Flávio Bolsonaro viu a necessidade de fazer uma alteração no texto deixando explícito que o acesso às praias seguirá permitido ao público em geral.


Senador Flávio Bolsonaro presidindo debate na CCJ (Foto: reprodução/Waldemir Barreto/Agência Senado)


Votação do texto

Em 2022, ao ser votado na Câmara em primeiro momento, o texto foi aprovado por 377 votos favoráveis contra 93 contrários e uma abstenção. Ao ser votado no mesmo dia em segundo turno, o texto recebeu 91 votos contrários, e passou com 389 votos favoráveis.

O que surpreendeu a comunidade política não foi a votação unânime dos partidos de direita a favor da PEC, mas o fato de alguns políticos da esquerda votarem contra a orientação de seus líderes. Foi o caso de Helder Salomão, Merlong Solano e Odair Cunha, do Partido dos Trabalhadores.

Agora, o texto segue em debate no Senado Federal e ao passar por votação, precisará de três quintos dos votos favoráveis dos senadores, o que significa que 49 dos 81 senadores precisam dizer “sim” para a PEC.

Foto destaque: praia de Copacabana, na orla do Rio de Janeiro (Reprodução/Rafael Catarcione/RioTur)

Morte de empresário após procedimento estético é investigada como homicídio

A morte do empresário Henrique Silva Chagas, de 27 anos, após passar por um procedimento de peeling de fenol passou a ser investigada como homicídio pela polícia de São Paulo, segundo informação divulgada pela Secretaria de Segurança Pública do estado nesta terça-feira, 4 de junho.

O procedimento foi realizado no Studio Natalia Becker em Campo Belo, bairro de São Paulo capital. 


A influencer Natalia Becker (Foto: reprodução/Instagram/@studionataliabecker)


Possível negligência

Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que se apresenta como Natalia Becker nas redes sociais, afirma ser profissional experiente e é esteticista. O procedimento, contudo, precisa ser realizado por médicos e em hospitais ou centros médicos que possuam salas de procedimento do tipo centro cirúrgico, uma vez que é arriscado e precisa ser realizado com o paciente sedado.

O local do crime foi interditado para perícia e investigação de possível negligência e realização de procedimento sem autorização. Ainda na clínica, o marido de Fabiana, que é sócio-proprietário do local, afirmou que não era necessária uma estrutura específica para a realização do peeling por se tratar de um procedimento superficial.


Antes e depois do peeling de fenol (Foto: reprodução/TikTok/Dr. Fábio Guimarães)


O que é o peeling de fenol

O procedimento de peeling de fenol consiste na apliacação de fenol (composto químico similar ao etanol/álcool etílico, porém mais ácido) no rosto do paciente. O produto, então, gera uma reação química na pele do paciente que faz com que a pele “descasque” após alguns dias. 

O procedimento é extremamente agressivo e a recuperação leva de 7 a 15 dias, período no qual o paciente não pode ser exposto ao sol e à poluição atmosférica e precisa de aplicação constante de hidratantes na pele. Em adição, o rosto do paciente fica vermelho e extremamente inchado.

A toxina usada, além disso, pode causar reações negativas no coração do paciente e chegar a originar uma parada cardíaca, o que torna a necessidade de uma equipe médica completa e do ambiente de centro cirúrgico ainda maior.

Foto destaque: O empresário Henrique Silva Chagas (Reprodução/Facebook/Rick Chagas)

Carteira de Identidade Nacional é mais segura e aposenta o RG

A Carteira de Identidade Nacional (CIN) é um documento aprovado em janeiro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e unifica os documentos de identificação anteriormente exigidos. Ele possui o Cadastro de Pessoa Física (CPF) é o número principal do documento e serve para unificar as bases de dados do país.

A CIN substitui o Registro Geral (RG) e torna a busca por documentos mais precisa, uma vez que o CPF é um registro a nível nacional.


Posto para emissão de identidades do Detran-RJ (Foto: reprodução/Agência O Globo)


Emissão gratuita

Atualmente, os cidadãos de até 50 anos podem emitir o documento sem a necessidade de pagar taxa de renovação ou DUDA, e não é necessário esperar que o documento anterior expire o prazo de validade. O RG modelo antigo será aceito até 2032, mas a ideia é que os cidadãos brasileiros já comecem a migrar para a CIN.

O novo documento é obrigatório e é emitido pelas Secretarias de Segurança Pública de cada estado. Para obtê-la, o cidadão deve portar a certidão de nascimento ou casamento original, seja física ou digital, e o CPF. O documento será impresso em papel, e caso o cidadão deseje a versão em plástico, deverá pagar uma taxa variável de acordo com sua Unidade Federativa (UF).


Coleta de digital para emissão de RG antigo no Pará (Foto: reprodução/Marco Santos/Agência Pará)


Mais segurança

A CIN é emitida com um QR Code que permite consultar se aquele documento foi roubado ou extraviado, o que facilita a detecção de golpes. Além disso, o estabelecimento do CPF como único número de registro oficial facilita a busca por pessoas, uma vez que no sistema anterior, era possível que a mesma pessoa possuísse 27 diferentes números de RG, um para cada UF. Como o CPF é um cadastro do Governo Federal, todas as UFs terão acesso a um registro unificado dos cidadãos.

O documento ainda possui um código MRZ, utilizado em passaportes e outros documentos, que é uma maneira de verificar a autenticidade de um documento oficial muito aprovada por ser de difícil falsificação. 

Foto destaque: Modelo da nova identidade (Reprodução/DETRAN-RJ)

Elaborador do Brexit declara candidatura ao Parlamento Inglês

Nigel Farage, responsável por arquitetar o movimento separatista do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (UK), conhecido como Brexit, declarou nesta segunda-feira (03) intenção de concorrer nas eleições gerais do UK, que ocorrem no dia 4 de julho, com intenção de assumir o cargo de Premier do país.

Farage concorrerá pelo Partido Reformista, considerado de direita e tem apoiado medidas protecionistas para o país.


O Parlamento Inglês em sessão deliberativa (Foto: reprodução/UK Parliament)


Pressão política

A candidatura de Farage pressiona o tradicional Partido Conservador, do primeiro-ministro Rishi Sunak. O líder do Brexit já tentou a eleição por sete vezes sem sucesso, mas devido ao clima político europeu atual, teme-se que a direita vença as eleições no país. 

Partindo do Brexit, todas as propostas do partido de Farage seguem na linha de se fechar para o resto da Europa e priorizar o povo dos quatro países que formam o UK: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte.


Protestos anti Brexit no Reino Unido (Foto: reprodução/Dan Kitwood/Politico)


Processo eleitoral

Diferentemente do Brasil, no Reino Unido as eleições são indiretas: os cidadãos votam nos representantes que vão compor a Câmara dos Comuns. Cada um dos 650 distritos do Reino Unido elege um representante para si, que comporá a Câmara dos Comuns, setor mais baixo do Parlamento Inglês, criado originalmente para se opor à Câmara dos Lordes, formada por nobres e aristocratas.

Após a eleição, separa-se o Parlamento entre o Partido Conservador e o Partido Reformista. Aquele que atingir pelo menos 51% da composição do Parlamento se torna maioria, e o líder do partido em questão assume o cargo de Primeiro-Ministro.

Vale ressaltar que o Reino Unido é uma monarquia parlamentar e que, segundo os preceitos desse regime, cabe ao Primeiro-Ministro as decisões políticas mais importantes do país. Os monarcas ainda existentes servem de balizador moral e guia político para o povo, mas não possuem fala efetiva nas decisões do Parlamento, ainda que possam revogá-las e convocar o fechamento do órgão caso julgue que o país está sendo mal gerido. 

Foto destaque: Nigel Farage em fala pública (Reprodução/PA Wire)