A inconfundível calça cargo está de volta à cena fashionista. Inspirada no estilo militar com modelagens mais largas, elástico no calcanhar e grandes bolsos, a calça ganhou uma repaginada e se tornou queridinha entre celebridades do mundo todo.

Esse retorno trouxe novas modelagens e possibilidades para o público feminino, em uma versão mais justa e estruturada, com bolsos discretos e menores, além das variações de cores, texturas e tecidos, algumas até mesmo estampadas. Essa tendência mostra que veio com muita liberdade para mostrar sua personalidade e estilo na hora de combinar a peça.

Fabricada tradicionalmente em algodão e linho, a calça ganhou releituras até mesmo em cetim, apresentando um conceito elegante e moderno para ser usada não só no street style, mas em looks onde combinadas com uma sandália de salto fino, torna a peça chique.

O tecido e o modelo da peça vão ajudar a definir o estilo e a ocasião em que ela será usada, ornando com os demais itens do look, que devem seguir este mesmo conceito. Em ocasiões informais, investir na clássica t-shirt ou em croppeds e tops, são excelentes escolhas. Na hora de escolher o que ornar nos pés, vale optar por tênis, conturnos e, para um look mais elegante, vale investir até mesmo um scarpin.

_{Gigi Hadid na passarela da Fendi (Foto:Reprodução/Instagram)}

Confira algumas dicas e combinações para você se inspirar na hora de escolher o look.

T-shirt, camisetas e moletons

_{Calça Cargo ornando com moletons e camisetas (Foto: Destaque/Pinterest)}

Uma opção despojada, confortável, perfeita para o dia a dia é essa opção clássica. Na hora de montar o look, pense na melhor opção em que você se sinta bem.

Tops e Croppeds

_{Calça Cargo ornando com cropped e tops. (Foto:Destaque/Pinterest)}

Uma das combinações infalíveis traz equilíbrio ao visual quando junta uma peça mais sequinha, deixando um pouco de pele à mostra, com a calça cargo mais larga.

Jaquetas de couro

_{Calça Cargo ornando com jaqueta de couro (Foto:Destaque/Pinterest)}

A terceira peça é aquele truque que ajuda esquentar nos dias mais frios, mas a jaqueta de couro traz para o visual do look, muito estilo e personalidade.

Bonés, óculos e correntaria

_{Calça Cargo ornando com boné e correntes (Foto:Destaque/Pinterest)}

Complementar o look com alguns acessórios é sempre infalível, principalmente no estilo mais despojado da calça cargo.

Foto Destaque:Gigi Hadid na passarela da Fendi Reprodução/Instagram

No último mês, pudemos acompanhar os principais desfiles internacionais nas semanas de moda de Nova York, Londres, Milão e Paris, porém, novamente a pergunta se repete: onde estão as pessoas gordas dentre o casting das marcas?

Não é de hoje o surgimento dessa questão. Nos eventos anteriores da São Paulo Fashion Week, celebramos a diversidade e a inclusão, mas o mesmo está longe de acontecer nas apresentações pelo mundo. A falta de representatividade e inclusão nos desfiles internacionais é gritante. A cada edição é possível notar que a moda não está inclusa em todos os corpos como muitas marcas crescem essa bandeira.

Pessoas gordas têm estruturas corporais diferentes e isso precisa ser respeitado na hora de desenvolver as modelagens. “A diversidade de corpos é gigante e a indústria precisa entender isso, pensar de maneira ampla. O mercado plus é extremamente carente de tendências e informação de moda, isso precisa mudar”, pontua Rita Carreira, em entrevista à Vogue.

Grifes como Dior, Balenciaga, Chanel, Fendi, Coach, Tory Burch e outras possuem um casting composto apenas por modelos magras. Parece óbvia a resposta, mas o que falta para ocorrer essa mudança, já que temos um avanço em discussões a respeito do assunto? “As empresas não estão verdadeiramente engajadas com a moda democrática”, analisa Cíntia Felix, estilista à frente da marca brasileira AZ Marias, em entrevista à CAPRICHO. Para Cíntia, é uma falha do designer, por não estar reocupado com outros corpos. “Ele lê como um corpo belo que é esse corpo longilíneo, com curvas pouco acentuadas, que basicamente é um manequim estático. Só que a vida das pessoas não é assim”, declara.

Nos desfiles da Ester Manas, na França, e no da brasileira Karoline Vitto, podemos notar que algumas marcas contemporâneas estão mostrando um cuidado com esse tema. As marcas colocaram mulheres reais na sua estreia na capital da Inglaterra nesta temporada, mas apenas elas pensaram sobre a pluralidade de corpos, dentre tantas outras que estiveram presentes, o que nos faz observar que é um caminho bastante longo a ser percorrido nesse universo. “Uma mudança efetiva só vai acontecer quando a gente tiver mais diversidade no comando das cadeias das direções dos grupos de moda. Pessoas negras, trans, indígenas, gordas. Pessoas que sintam a falta de representatividade na pele e que saibam lidar com isso de uma forma verdadeira e não só pelo marketing”, afirma Flávia Durante, ativista e fundadora da feira de moda plus size Pop Plus, em entrevista à CAPRICHO.

Depois de muita pressão popular ao longo dos anos, ficou mais explícita a valorização de corpos plurais nas últimas edições da SPFW. Marcas como Isaac Silva, Dendezeiro, Meninos Rei, AZ Marias vem trazendo representatividade às suas criações. “O meu papel como criadora é de levar essas mulheres com protagonismo, e que as mulheres que não estão nas passarelas, quando acabe o desfile da AZ Marias, me mandem uma mensagem e falem: ‘Eu vi esse desfile e me vi naquela passarela, eu me senti representada, eu me senti pertencente pela primeira vez a toda essa indústria e esse sistema da moda’. Isso é o meu papel como estilista, para além da questão da sustentabilidade, do impacto social, das costureiras, o impacto social com as minhas modelos e com as mulheres que eu visto”, enfatiza Cíntia.

A pandemia trouxe à tona discussões sobre o excesso de consumo e de atenção à estética, fazendo algumas prioridades mudarem, mas não podemos esquecer que existem extremos: para cada mudança há uma onda de contramudança, mas a diversidade e inclusão são caminhos sem volta.

Flávia Durante deposita esperança nas gerações futuras, pois quem  está no comando ainda é uma geração muito antiga, “Na medida em que as pessoas de novas gerações com uma nova mentalidade forem assumindo as cabeças do comando da cadeia da moda, provavelmente isso vai mudar cada vez mais”, declara.

Foto Destaque: Fernanda Liberti:Destaque/Armand.da Silva/Instagram

A segunda edição do Afrolab Moda by Instituto C&A, realizada este ano pelo Instituto em conjunto com a PretaHub: Azulerde, Tropicana, Adajo Aworan e Ímpar Ateliê, uniu as marcas Dendezeiro, Isaac Silva Brand, Nalimo e KF Branding, com quatro afros empreendedores que atuam no ramo de joias e bijuterias: Azulerde, Tropicana, Adojo Aworan e Ímpar Ateliê.

As marcas passaram os últimos três meses em um processo de desenvolvimento, aprendizagem e capacitação. Todos os participantes receberam o convite para expor suas marcas e produtos no Festival Feira Preta, em São Paulo, que vai acontecer nos dias 3 e 4 de dezembro.

“Identidades é um projeto inédito que utiliza da C&A como ferramenta para potencializar o trabalho de inclusão produtiva que o Instituto realiza. Ele foi pensado para atender dois grandes objetivos. O primeiro é a democratização do acesso a marcas autorais lideradas por pessoas que contribuem para o desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas – sejam pautadas por questões raciais, territoriais ou de culturas e crenças. O segundo é oferecer para elas a visibilidade e novas possibilidades, a qual é a essência do nosso trabalho”, afirma Gustavo Narciso, diretor-executivo do Instituto C&A em entrevista a UOL.

Inspirado na escritora Maria Carolina de Jesus, Isaac Silva Brand e Tropicana criaram suas coleções. Já Nalimo e Ímpar Ateliê produziram uma criação que teve como base as mulheres originárias de Abya Yala, do Panamá e noroeste da Colômbia; enquanto Dendezeiro e a Azulerde produziram looks agêneros, inclusivos e modelagens que se adequassem a todos os tipos de corpos. Numa pegada ecossustentável, características das joias da Adajo, a KF Branding, junto à marca, apostou na releitura dos best sellers.

_{Peças da coleção Identidades (Foto: Divulgação:Reprodução/Instagram)}

“O processo criativo foi um dos pontos altos do projeto Identidades. A troca de conhecimento foi muito rica, intensa e profunda para que o desenvolvimento conjunto dos produtos ocorresse de forma a potencializar as histórias contadas na coleção principal. Os acessórios complementam as histórias contadas pelas quatro duplas, trazendo uma versatilidade de matérias-primas que vão desde que tem o metal, as miçangas, a cerâmica até o upcycling”, afirma Narciso.

A coleção Identidades está disponível no aplicativo, site e cerca de 30 lojas físicas selecionadas da varejista C&A, com preços que variam de R$69,99 a R$399,99 e tamanhos que vão do PP ao GG. Parte das vendas da coleção serão direcionadas para a PretaHub, espaço de inovação e criatividade liderado pela Adriana Barbosa, CEO do Instituto Feira Preta.

Foto Destaque:Divulgação:Reprodução/Instagram

A moda é um meio de traduzir uma reação à realidade em forma material. Não é apenas uma reação ao mundo ao nosso redor, mas, em última análise, a moda é projetado para se encaixar, para se tornar parte de uma realidade que reflete. A coleção Miu Miu primavera/verão 2023, de Miuccia Prada, ressalta e explora a ideia de transferência de sentimento e resposta em resultado.
A moda em si, faz parte da realidade e tem um propósito de uso, tanto para vestir o corpo quanto para expressar sentimentos mais amplos, temas maiores, em torno do indivíduo e da cultura. A nova coleção traz noção de utilidade, de benefício e serviço da moda, influenciando a expressão física: os bolsos, exemplo de utilidade, são usados ​​em diferentes peças de vestuário, transgredindo as fronteiras entre decoração e função.

_{Miu Miu (Foto:Reprodução/ImaxTree)}

Apresentada em um elenco de todos os gêneros, um desafio à convenção e uma aceitação da nossa nova realidade. Em uma colaboração com o artista Shuang Li, o hipoestilo do Palais d”/Iena, mostrava tubarões em 3D, cabos de transmissão de informação e hélices de energia eólica. “Toda mensagem é uma tradução, mas nada jamais foi traduzido”, diz a artista. Mais uma vez estes aliam o desfile à comunicação e à tradução. A intervenção artística é completada por uma paisagem sonora criada pelo músico Eli Osheyack, concebida como uma sequência de mensagens perdidas, comunicados não entregues, portanto, nunca ouvidos.

Na passarela, as peças foram apresentadas em algodões, sedas e caxemiras em cores refletidamente sutis, e tricô de nylon em tons mais nítidos. Em uma continuidade às duas temporadas anteriores, peças como jaquetas de alfaiataria, casados, camisas, suéteres foram reiteradas à nova coleção, elaboradas em couro ou jeans lavado.

_{Miu Miu (Foto:Reprodução/ImaxTree)}

Com a proposta da “moda não é apenas físico, mas psicológico”, o desfile apresentou esse objetivo de impacto emocional em junção das cores, animação de superfície criada por elas, sapatos esculpidos para expor a pele e na decoração de forma ante ostentação. O elenco de personagens incluiu Esther McGregor abrindo o show, com Ísadora Barney, Lindsey Wixson, Ethel Cain, Miranda July, Sibyl Buck, Emily Ratajkowski, Bella Hadid e FKA Twigs que fecharam o show.

Foto Destaque: Passarela Miu Miu:Reprodução/ImaxTree

A influenciadora e comediante brasileira, natural da Paraíba, está em Paris para cobrir a Semana de Moda na cidade, uma das principais do planeta. Entre fotos, vídeos e conteúdos postados em suas redes sociais, Gkay vem compartilhando com seus seguidores sua passagem por Paris, como já de costume faz no seu dia a dia e em suas viagens. A influenciadora vem investindo na área da moda, consumindo mais sobre esse mercado, e se tornado cada vez mais um ícone fashion, mostrando seu lado sobre a arte de se vestir.

No último sábado (01), Gkay se surpreendeu ao receber um convite mais do que especial e inesperado: a grife Balenciaga enviou a influenciadora, o convite para assistir ao desfile de sua nova coleção na primeira fila. Gkay apareceu muito emocionada em seus stories, na sua rede social: “Eu só faço chorar”, afirmava em um dos vídeos, mostrando o convite e várias caixas da grife, que enviou todo o look para a influenciadora comparecer ao evento que aconteceu no domingo (02).

_{Gkay  (Foto: Igor Melo:Reprodução/Instagram)}

A grife Balenciaga é uma queridinha da influenciadora, que já compareceu em eventos com roupas e acessórios da mesma, além de usar no seu dia a dia. Pelo Instagram, a influencer compartilhou detalhes da produção: um look totalmente vermelho, complementado com uma clutch em formato de coração toda cravejada em cristais vermelhos e um par de óculos dourado. “Aconteceu! Acredite em você mesmo quando o mundo não acredita! Nordeste, Paraíba, Solânea, no exterior, na primeira fila da Balenciaga”, afirmou ela.

_{Gkay faz publicação sobre o evento. (Foto: Reprodução/Instagram)}

“Não consigo descrever como foi, estou anestesiada… Foi algo tão surreal… Não sei explicar. Queria muito agradecer o apoio de vocês… Meu coração está disparado aqui. Por isso que continuo batendo na tecla: acredite em você mesmo que o mundo não acredite. Só eu sei das muitas vezes que fui humilhada… Isso que aconteceu comigo fala minhas origens, da onde eu saí. Sai da Paraíba sem recursos sem nada. Fazia muito tempo que não chorava assim de felicidade… Ainda não tenho como falar sobre isso, são muitas questões”, disse em um dos seus vídeos após o desfile.

_{Gkay e Khoé Karsashian (Foto:Reprodução/Instagram)}

Gkay ainda compartilhou fotos com o diretor criativo da Balenciaga, Demna Gvasalia e Khloe Kardashian. “Vocês têm noção que eles me colocaram na primeira fila? Estou com muita vontade de chorar, não sei o que fazer… O povo fica elogiando meu povo toda hora e eu parada só ‘thank you, thank you… ’ Nunca fiquei tão nervosa na vida.”

Foto Destaque: Gkay:Reprodução/Igor Melo/Instagram