Sobre Josiane Martins

Jornalista no site Lorena R7.

Hamas acusa Israel de não “cumprir o acordo”, mas ainda liberta reféns

Com o cessar-fogo estabelecida pela trégua humanitária de quatro dias entre Israel e Hamas desde o dia 24, sexta-feira, já foi possível a libertação de 13 reféns neste sábado (25), o primeiro grupo, mesmo que com atraso, já que a ação deveria ter ocorrido às 16h de sexta. Para que o segundo grupo também fosse libertado, o Catar precisou intervir e mediar uma negociação, visto que, segundo o Hamas, Israel não estaria cumprindo com sua parte no acordo de trégua.

Entrave

As Brigadas al-Qassam, parte do grupo terrorista, declarou que Israel não permitiu que o norte da Faixa de Gaza recebesse a quantidade combinada de caminhões de ajuda humanitária, apenas 65 do número acordado, ou seja, menos da metade. O Hamas também questionou os critérios a serem considerados para a troca de reféns, provavelmente por conta de Israel afirmar que assassinos não terão a liberdade e não confirmar se todos os jovens, homens, até os 18 anos serão libertos. Até então, Israel só confirmou a libertação de mulheres e crianças que estão em duas de suas prisões.

Por sua vez, segundo informações concedidas ao jornal israelense Ynet, Israel ameaçou acabar com a trégua, caso o grupo terrorista não libertasse os seus reféns até a meia-noite deste sábado. O Ynet também repassou a declaração das forças israelense que ocorreu um atraso na chegada da ajuda humanitária ao norte de Gaza, por conta da redução do tamanho do cruzamento de Kerem Shalom, que fica na região de fronteira entre Israel, Gaza e o Egito.


Reféns Libertados (Foto: reprodução/AFP)


Liberdade

Após a negociação mediada pelo Catar e, com o auxílio do Egito, ficou estabelecido que na noite deste sábado (25), 39 civis palestinos teriam sua liberdade, assim como 13 detentos de Gaza que estavam em poder de Israel, entregues à Cruz Vermelha, e mais 7 estrangeiros.  

O acordo estabelecido na última quarta-feira (22), também estabeleceu que o total de reféns libertados deve chegar a 50 israelenses e 150 palestinos.

 

Foto Destaque: Soldados do Hamas (Reprodução/Litci)

Assassino de George Floyd é esfaqueado na prisão

A Associated Press, divulgou nesta sexta-feira (24) a informação de que Derek Chauvin, condenado pelo assassinato de George Floyd em 2021, após se envolver em uma briga com outro detento na prisão, foi esfaqueado e, encontra-se em estado grave.

Dos fatos

Segundo as informações divulgadas pela AP, Chauvin, que cumpria sua pena em uma prisão federal no estado do Arizona que, inclusive, tem sofrido com denúncias de falta de contingente e negligência na segurança, foi esfaqueado por outro preso durante uma briga e levado ao hospital. A prisão em questão teve sua visitação suspensa, e o FBI foi acionado sobre o caso.

Condenação

Após imagens divulgadas em 2020 de Chauvin, que atuava como policial em Mineápolis, asfixiando um homem negro imobilizado no chão em frente a uma loja de conveniência, perdeu seu posto na polícia e teve sua condenação decretada em julho de 2021. A sentença foi a 252 meses de detenção, mas teve sete meses retirado pelo juiz responsável pelo caso por conta de seu tempo de serviço prestados ao funcionalismo público, tendo de cumprir apenas 22 anos e meio.

Em dezembro de 2021, o condenado assumiu a culpa por privar Floyd de seus direitos civis ao imobilizá-lo no chão por cerca de 9 minutos, mas não pelo assassinato. Posteriormente, seus advogados entraram com recurso para livrá-lo de tal acusação, alegando que novas evidências confirmam que o ex-policial não teve culpa na morte de George, porém, na semana passada, o pedido foi recusado pela Suprema Corte dos Estados Unidos.


Derek Chauvin e George Floyd (Foto: reprodução/Koko)


Assassinato de George Floyd

Floyd, de 46 anos, foi assassinado em maio de 2020 após ter tentado repassar uma nota falsa de US$ 20. Os policiais chamados para atender a ocorrência não tiveram resistência alguma por parte de Floyd, como mostram as imagens. Mas, mesmo assim, ele foi jogado no chão, e o então policial, Derek Chauvin, o manteve preso pela pressão de seu joelho no pescoço do ex-segurança por pouco mais de 9 minutos, o que acarretou no seu falecimento. 

O fato, que não é novidade em nenhuma parte do mundo, da violência com que muitos policiais agem, principalmente, quando se deparam com uma situação que envolve um homem negro e pobre. O que revoltou grande parte da população mundial, levando a vários protestos relacionados ao racismo. 


Policiais prendendo Genivaldo de Jesus do Santos no porta-malas da viatura policial (Foto: reprodução/UOL)


Em 2022, no Brasil, em Umbaúba, Sergipe, Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, um homem negro, foi assassinado, também asfixiado, por policiais da PRF, após ser preso dentro do porta-malas de uma viatura com gás lacrimogênio. A ação também teve suas imagens divulgadas e, como no caso de Floyd, Santos também não ofereceu resistência a abordagem policial.

 

Foto Destaque: Derek Chauvin, ex-policial (Reprodução/Reuters)

Javier Milei: conheça o presidente eleito na Argentina

No pleito do segundo turno das eleições para a presidência da Argentina, que ocorreu neste domingo (19), o economista de 53 anos de idade, Javier Milei, derrotou o atual Ministro da Economia do país, Sergio Massa, que, uma vez considerado culpado pela situação de calamidade em que se encontra a Argentina, não conseguiu convencer o povo de que seria capaz de resolver a situação.  

Vida e posicionamento de Javier

Natural de Buenos Aires, Milei nasceu em 22 de outubro de 1970, cresceu no bairro Palermo, no seio de uma família um tanto polêmica. Teve uma infância marcada pela violência, tanto dentro de casa, quanto fora dela e, costumava dizer que era órfão de pai e mãe. Afirmou ter sofrido bullying na escola, e chegou a ser conhecido como “o louco”. Adotou o cabelo desarrumado ainda na adolescência, quando participou de uma banda cover dos Rolling Stones.

Fã de Donald Trump e Jair Bolsonaro, declarou antipatia ao povo brasileiro depois do resultado da última eleição no Brasil. E, realmente, seu comportamento e discursos se assemelham muito ao dos dois ex-presidentes, dos EUA e do Brasil, citados respectivamente: extremista, controverso e com visível falta de decoro.


Javier Milei com um discurso agressivo de uma estratégia de campanha (Foto: reprodução/X/Blog do Noblat)


Com poucas propostas plausíveis durante a campanha, a estrela de talk shows e famoso entre os internautas, ateve-se mais em reafirmar seus pontos de vista que são: solteiro adepto do “amor livre”, não crê em monogamia ou no modelo de família tradicional mas, afirma que a educação sexual é uma maneira de acabar com a família e também, é extremamente contra o aborto e a favor da venda de órgãos humanos, criando a possibilidade do surgimento de um “novo mercado”. Ele prega o armamento da população, assim como que, o discurso sobre as mudanças climáticas – que tanto vêm assolando o mundo – são uma “farsa da esquerda”.

Crente no ocultismo, o presidente argentino eleito afirma consultar o tarô, jogado por sua irmã, Karina Milei, para ter orientação sobre seus passos na política, assim como sobre quem são seus companheiros de trabalho. Segundo várias declarações feitas em programas de TV, Karina é quem desempenhará o papel de primeira-dama, uma vez que não é casado, e sua irmã, além de sua “guru”, também é a melhor pessoa que conhece.

Como Javier chegou a presidência

Desconhecido no campo político até 2018, o economista com ideais libertários, ganhou notoriedade através dos meios de comunicação. Após começar a expor sua forma de pensar e agir nas redes sociais, Milei ganhou tantos seguidores que começou a ser convidado para participar de programas com foco em temas polêmicos. 

Em 2020, anunciou que se candidataria a presidência da Argentina em 2023 e, daí em diante, construiu uma trajetória de campanha muito parecida com a de Jair Bolsonaro. Admirado por muitos por falar o que pensa sem pudor ou restrições, de expor toda sua excentricidade com orgulho, ao mesmo tempo, em que chocou parte da população, também levou outros a não dar crédito a suas “bobagens”.

Entre os ideais polêmicos que defende, a base de sua campanha foi com propostas que visam a implementação do estado mínimo no país. Privatização das empresas públicas, o fim de ministérios como da saúde, educação e segurança pública; a troca do peso pelo dólar, moeda americana; assim como a desregulamentação do porte de armas, para facilitar o armamento da população e a passagem do controle das prisões para as forças armadas.

E, ainda em meio a uma crise econômica alarmante no país, onde 40% da população está abaixo do nível de pobreza e o desemprego impera no mercado, no campo trabalhista, Javier propõe acabar com as verbas rescisórias a fim de reduzir os custos para os empregadores.

O povo argentino, cansado da atual situação e dos velhos políticos, resolveu arriscar com o novo, na esperança de uma melhora de vida. Sergio Massa, após a derrota para Milei, já anunciou sua retirada da vida política.

 

Foto Destaque: Presidente eleito na Argentina, Javier Milei, com o povo durante a camapnha. (Reprodução/AFP)

Netanyahu não crê em capacidade de governar de Autoridade Palestina

Após Joe Biden, presidente americano, ter defendido a prerrogativa de governo da Autoridade Palestina sobre a Faixa de Gaza em artigo publicado recentemente no “The Washington Post”, Benjamin Netanyahu, disparou neste sábado (18), que o governo do território palestino deve ficar a cargo de Israel, por ter mais competência para tanto.  

Argumentos do primeiro-ministro israelense

Segundo Netanyahu, a justificativa para sua afirmação está, principalmente, no fato de que  Mahmoud Abbas, presidente do Fatah, principal partido da Autoridade Palestina, que também é a principal força contra o grupo terrorista Hamas dentro da região, não apenas não condenou os ataques do grupo a israel em 7 de outubro, como ainda celebrou. 

Além de criticar a fala do presidente americano, principal parceiro de Israel, porém, que sequer faz parte do conflito, para a autoridade israelense, o direito de governo é de Israel, porque é o seu exército que está lutando para livrar Gaza do Hamas. Principalmente porque, segundo Netanyahu, é a criação das crianças palestinas que leva aos ideais defendidos pelo Hamas, e esta só pode ser modificada se outra força orientar a educação, ou seja, Israel.


Joe Biden, presidente americano (Foto: reprodução/JIM WATSON/AFP)


Opinião do Parceiro

Mesmo defendendo o direito de Israel de defesa contra o Hamas, ou seja, a resposta do governo israelense à Faixa de Gaza, e oferecendo recursos para, Joe Biden, antes mesmo da publicação do artigo deste sábado (18), também já apelava junto a Netanyahu e à opinião pública, não por um cessar-fogo apenas, mas pelo fim definitivo de todos os conflitos na região, com o extermínio do Hamas, sem deixar de lado o direito humanitário, lutando para preservar vidas civis.

Pela criação de um Estado Palestino independente, entre Gaza e a Cisjordânia, e pelo comando deste estado nas mãos da Autoridade Palestina, revitalizada, pois, assim, o presidente americano acredita que os conflitos em toda a região pode ter fim, com o estabelecimento de dois Estados.

 

Foto Destaque: Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel (Reprodução/Ronen Zvulun/Reuters)

Conheça os sentimentos comuns que podem adoecer qualquer pessoa

É impossível alcançar o bem-estar ao cultivar mágoa e alimentar raiva. Segundo especialistas da área, para se livrar de tais sentimentos é necessário compreender seus impactos negativos em nossa saúde e buscar entender por que e como eles nascem em nossas mentes, se desenvolvem, e afetam nosso corpo e nossas emoções.

Como eles agem em nós

Segundo Victoria Vera Ziccardi, em La Nacion, tanto o ressentimento quanto a raiva são responsáveis por danos preocupantes em nossos cérebros. Desencadeados por discussões do dia a dia, por situações desagradáveis ou por remoer mágoas do passado, estes dois sentimentos desestabilizam nossas funções cerebrais.

A autora alerta para que, normalmente, é observado pelos especialistas que as pessoas que normalizam emoções negativas também têm a tendência a ter dificuldade de se livrar desses sentimentos, piorando a cada dia mais suas situações de mal-estar.

Estudos realizado na Universidade de New Hampshire, nos Estados Unidos, indicam que o ressentimento, o ato de guardar mágoa de algo ou alguém, é capaz de auxiliar a pessoa machucada a encontrar conforto na dor ao funcionar como uma espécie de escudo contra a raiva. 

Segundo os pesquisadores, assumir essa posição diante dos percalços da vida assim é um jeito de fugir de suas próprias responsabilidades, levando a pessoa, falsamente, a acreditar que está no controle das coisas, em segurança diante de situações que o deixam vulnerável.

Ziccardi tráz também os apontamentos do neurologista e especialista na área, Ramiro Fernández Castaño, que, além de concordar com o já dito, ainda afirma que o excesso de exposição a estes sentimentos também é capaz de modificar a forma como o cérebro funciona, ainda mais se este comportamento se repete desde os primeiros anos de vida, podendo levar a um adulto inseguro e dependente de fármacos para suportar as mínimas situações de desconforto. Segundo Castaño, problemas cardiovasculares também podem surgir, por conta do aumento da produção de cortisol que essas situações desencadeiam, assim como o aumento da pressão arterial e dos níveis de colesterol.


Neurônios (Foto: reprodução/Pixabay)


Já, um estudo que foi publicado no “International Journal of Psychotherapy Practice and Research”, diz que os prejuízos podem estar presentes também no corpo: sintomas físicos, como dores, fragilidade imunológica, até psicológicos, como ansiedade e depressão. Também traz dados que demonstram que cultivar a negatividade acarreta em morte de neurônios, enquanto que, com a positividade, origina novos neurônios. Ou seja, você mata com o negativo e dá vida com o positivo.

A psicóloga Angela Buttimer, da Piedmont, empresa de serviços de saúde norte-americana, afirma que a prática do perdão leva o sistema imunológico a um melhor funcionamento e a produção de serotonina e a oxitocina, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, além de diminuir os riscos cardíacos. E que, como é o cérebro é incapaz de discernir “o que é real e o que é imaginado”, ao relembrar dores do passado, é como se estivéssemos vivendo tudo novamente, e todo o mal causado volta a ocorrer. 

O que fazer

Segundo o Ministério da Saúde australiano, para se livra problema, devemos nos afastar de situações que nos desestabiliza, aceitar que “nem tudo são flores”, identificar o que nos “tira do sério”, praticar atividades físicas e desenvolver relações de confiança. 

A análise do problema é imprescindível para buscar saná-lo, dedicar-se a compreensão de si mesmo e do que lhe afeta negativamente, para então eliminar o que lhe faz mal. 

Como diz o velho ditado, ora atribuido a Buda, William, Albert Einstein e Shakespeare,Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”, por isso, “plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que lhe tragam flores” Shakespeare, seu bem-estar depende de você, de suas ações e de como observa a vida e lida com as situações, sendo assim, cuide-se bem.

 

Foto Destaque: sofrimento (Reprodução/Pixabay)

Campanha presidencial Argentina é encerrada e candidatos têm 50% de rejeição dos eleitores

Neste domingo (19), após uma campanha conturbada, em um dos momentos políticos mais críticos que a Argentina enfrenta, os eleitores, descontentes, e sem um favorito, irão às urnas eleger quem será o próximo governante do país. Javier Milei e Sergio Massa, os dois candidatos no páreo, sofrem com a rejeição e a desconfiança da maioria dos eleitores.

Rejeitados

Segundo Mariel Fornoni, analista política da Rede Globo, Milei e Massa juntos, até o momento, conseguem cerca de 50% da rejeição do eleitorado argentino. Desta forma, fica claro que praticamente metade do povo não acredita que nenhum dos dois possa ser capaz de resolver os problemas que a Argentina enfrenta na atualidade.


Javier Milei (Foto: reprodução/Jornal Nacional)


Javier Milei, concorrendo pela primeira vez, é economista ultraliberal e uma sensação nas redes sociais. Um tanto controverso, durante a campanha, o candidato não conseguiu expressar claramente nenhuma proposta relevante para o futuro do país. Chegado a uma polêmica, durante seus momentos de fala na campanha e em entrevistas que concedeu, ateve-se a defender sua visão das coisas, como: a total liberdade sexual e, em contrapartida, a total proibição do aborto.

Como proposta, entre as mudanças radicais, julgada por ele necessárias, prometeu acabar com o peso e adotar o uso do dólar no país, assim como privatizar a educação e a saúde – essa que voltou atrás na reta final da campanha.


Sergio Massa (Foto: reprodução/Jornal Nacional)


Já Sergio Massa, o atual ministro da Economia do governo kirchnerista, culpado pelo povo do aumento de 140% da inflação e por cerca de 40% da população chegar ao nível de pobreza, não parece convencer de que, uma vez presidente, conseguirá colocar ordem na casa. Nem com promessas dirigidas ao livre-comércio, com menor intervenção do estado na economia, parece ter ganhado a confiança nem dos grandes empresários.

Primeiro turno

Massa, que agora é apoiado por Patricia Bullrich (terceira colocada na disputa), ficou apenas um pouco à frente de Milei nas urnas, tendo 36% dos votos, enquanto o segundo candidato angariou 30%. Além do apoio de Bullrich, Massa também acabou por conquistar o de seus apoiadores também, principalmente, diante dos crescentes ataques, muito parecidos com os que ocorreram no Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro, do candidato adversário ao Congresso Nacional, à Justiça e a democracia como um todo. 

Crise no país

Em um de seus momentos mais críticos economicamente, a Argentina enfrenta uma queda drástica da valorização de sua moeda, o peso, muito por conta do aumento desenfreado da inflação. O desemprego e a alta nos preços dos alimentos, 138% só nos últimos 12 meses, que levou a um número enorme de argentinos em situação de pobreza, chegou a levar os supermercados a sofrerem saques recentemente. 

O país ainda vive uma dependência muito grande da moeda americana, o que só agrava mais a situação da inflação. E o povo argentino se vê tendo que optar entre criar uma estabilidade monetária, ou buscar encontra um caminho para o equilíbrio fiscal.

Nas últimas pesquisas eleitorais realizadas, parece haver a possibilidade de um empate entre os dois candidatos no segundo turno, porém, mesmo com toda a controvérsia e extremismo, Milei ainda apresenta uma pequena vantagem em relação ao atual ministro da economia. Parece que uma pequena parte da população ainda prefere arriscar com o “novo” do que dar uma segunda chance ao já conhecido.

 

Foto Destaque: candidatos à Presidência Argentina, Sergio Massa e Javier Milei (Reprodução/Luis Robayo/AFP)

MEC anula questão no caderno do Enem de 2023 utilizada em 2010

Novamente ocorreu de, questões já utilizadas em edições passadas do exame, reaparecerem no caderno de provas, mas, assim que constatada a gafe, o ministro da Educação, Camilo Santana, declarou neste domingo (12) que o Inep já havia anulado a questão de matemática que fez parte da edição de 2010.

Questão anulada

Antes de serem cobrados, Santana e Palácios, presidente do Inep, organizaram uma coletiva onde já anteciparam os esclarecimentos sobre os fatos que chamaram a atenção neste domingo, o segundo dia da aplicação de provas do Enem de 2023.

Além de comentem sobre o vazamento das questões do caderno amarelo de provas antes do horário permitido, também comentaram sobre a anulação da questão 177 de matemática que já havia sido usada em 2010, sobre os números da gripe e A-H1N1.


Questão 177 da prova amarela do Enem 2023 (Foto: reprodução/G1)


Porém, alguns dos professores que realizaram o exame este ano, afirmaram que também houve a reutilização de outra questão, a 168 do caderno amarelo, muito parecida com uma usada em 2003 no vestibular da Universidade Estadual de Goiás (UEG) e que pode ser encontrada com facilidade em bancos de questões para os alunos se prepararem para o Enem. 


Questão 168 da prova amarela do Enem 2023 (Foto: reprodução/G1)


Entretanto, o Inep não demonstrou a intenção de que esta possa ser anulada também. Segundo o órgão, se trata de uma “habilidade frequentemente avaliada”, “semelhanças” que podem ocorrer.

Críticas

O Ministro da Educação também fez questão de comentar sobre os apontamentos de alguns parlamentares sobre assuntos tratados na prova do primeiro dia, onde, segundo eles, o agronegócio teria sido retratado de forma negativa. Segundo Santana, o atual governo não interfere na elaboração das questões da prova, são “professores independentes”, selecionados a partir de edital público, os únicos responsáveis.

Nesta edição, apenas cerca de 2,6 milhões dos 3,9 milhões de realizaram as provas. O segundo dia de aplicação do exame teve 32% de abstenções, e 28,1% no primeiro. Ainda, cerca de 6.510 candidatos foram eliminados nos dois dias de prova por portar equipamentos eletrônicos não permitidos, sair antes do horário permitido do local de prova e por não obedecer às orientações fiscais.

 

Foto Destaque: Cadernos de Prova Enem 2023 (Reprodução/Shutterstock)

 

MEC aciona PF para investigar sobre segunda foto vazada do Enem

O ministro da Educação do atual governo, Camilo Santana, declarou neste domingo (12) que a Polícia Federal já foi cobrada pelo MEC quanto a investigação sobre o segundo vazamento do caderno de questões do Enem em 2023. 

Pela segunda vez

Como aconteceu no primeiro dia da aplicação da prova do Enem (5), o questionário circulou pela internet novamente antes do horário permitido para que, os alunos que terminassem a prova, pudessem levar o caderno para casa. 

Os candidatos puderam começar a sair a partir das 15h30, porém, a prova só poderia sair dos locais de aplicação após as 18h. Desta forma, não há explicação para como suas questões já estivessem circulando próximo às 17h, ou seja, enquanto a prova ainda era aplicada. Por esta razão, a PF teve de ser acionada, para investigar como a circulação ocorreu antes do horário permitido.

No primeiro dia do processo de avaliação do ensino médio (5), as imagens das questões foram divulgadas em grupos do WhatsApp. Já neste domingo (12), foi um arquivo em PDF que continha as questões do caderno amarelo. 


Força Policial em Patos e Santa Luzia, durante segundo dia de prova do Enem 2023 (Foto: reprodução/Patos Verde)


Ações da PF

Ainda na tarde deste domingo, enquanto ocorria a aplicação da prova, a Polícia Federal informou que, além de já ter identificado as oito pessoas que haviam divulgado indevidamente as imagens da prova do primeiro dia, também já haviam colhido seus depoimentos e ainda realizavam diligências em diversos estados para apurar o ocorrido.

A PF declarou ainda que os materiais que podem acusar fraude durante o exame, também foram aprendidos pelos investigadores em Maceió (AL) e Vitória da Conquista (BA), dados que deverão ser analisados na sequência.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), no dia 5, foram mobilizados cerca de 31,4 mil agentes de segurança pública de todo o país, enquanto no dia 12, o contingente foi reforçado, inclusive, ocorrendo o monitoramento das redes sociais.

De acordo com as informações do Inep, não ocorreu vazamento antes do início da aplicação da prova, o que, conforme colocou Santana, não acarreta prejuízo para os candidatos.

 

Foto Destaque: Presidente do Inep, Fernando Palácios, e ministro da Educação, Camilo Santana (Reprodução/Cristiano Mariz/O Globo)

Detalhes sobre recrutamento para ataques a judeus no Brasil são revelados por investigado

Um dos investigados por planejar ataques a judeus no Brasil, que não teve o nome revelado, mas já se sabe que não se trata de réu primário, pois já foi detido outras três vezes e respondeu a processo por sequestro, prestou depoimento à Polícia Federal na última sexta-feira (10) e forneceu detalhes de como foi recrutado pelo grupo Hezbollah, inclusive da viagem que fez ao Líbano no início deste ano, em fevereiro.

Depoimento

Preso em Goiás e interrogado por videoconferência, segundo reportagem exibida pelo Jornal Nacional neste sábado (11), o investigado contou à Polícia Federal como foi sua viagem ao Líbano, em fevereiro deste ano (2023). Segundo ele, ao se encontrar com quem seria o chefe da organização, o brasileiro foi questionado quanto a sua capacidade de matar, pois suas atribuições perante o grupo envolveriam a morte de seus “desafetos”, trabalho pelo qual receberia cerca de US$ 200 mil, e incluiria um prêmio de US$ 500 mil. Também lhe foi dito que, diante de seu perfil, ele poderia organizar sua própria estrutura, com subordinados a ele, para cumprir com suas obrigações.

A comprovação de que se tratava do grupo islâmico Hezbollah, com quem o investigado teria se encontrado, e pelo qual foi recrutado, veio quando este reconheceu a insignia do grupo terrorista, como parte do vestuário dos indivíduos a quem teve acesso no Líbano. O homem também teria recebido cerca de US$ 5 mil para retornar ao Brasil.


Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (Foto: reprodução/Agência Brasil)


Operação Trapiche

Segundo o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a Operação Trapiche, força tarefa que tem por objetivo angariar provas sobre o recrutamento de brasileiros para realizar a prática de atos extremistas em território nacional, por conta do surgimento da suspeita de movimentos nesta direção no país, as informações foram concedidas pelo sexto alvo da operação fazem parte de uma série de interrogatórios quem vêm sendo realizados pela Polícia Federal.

Desde a última quarta-feira (08), já foram cumpridos cerca de 12 mandados: sete em Minas Gerais, um em São Paulo, um em Goiás e três também no Distrito Federal. Segundo a PF, dois suspeitos ainda se mantêm detidos e outros dois estão foragidos. O sexto investigado foi liberado após prestar os esclarecimentos.

 

Foto Destaque: agentes da Polícia Federal em atuação na Operação Trapiche (Reprodução/Correio do Brasil)

 

Brasileiros que estavam em Gaza chegam ao Egito e aguardam retorno ao Brasil

Após a promessa quebrada do chanceler de Israel, Eli Cohen, anunciada na sexta-feira (3) pelo representante do Itamaraty, Mauro Vieira, de que os brasileiros que permaneciam em Gaza poderiam passar por Rafah para, através do Egito, retornarem ao Brasil, no máximo, até quarta-feira passada (8), a situação se encaminha para um desfecho. 32 dos 34 brasileiros e familiares que ainda se encontravam na Faixa de Gaza, desde o início do conflito entre Israel e Hamas, no dia 7 de outubro, já estão no Egito, desde esta manhã domingo (12), segundo informações do Ministério das Relações exteriores brasileiro. Os outros dois “decidiram permanecer em Gaza”.

Frustração inicial

A promessa de Cohen foi quebrada por conta dos acontecimentos que sucederam os novos ataques aéreos do Hamas no último domingo (05) a Israel. Ao responder com um poder de fogo ainda maior, bombardeando intensamente a cidade de Gaza, como ainda não havia feito desde o início do conflito e, mesmo diante de todos os apelos internacionais por uma trégua humanitária, insistiu na afirmação de que enquanto o grupo terrorista mantivesse reféns não haveria cessar-fogo, o Hamas passou a impedir a passagem dos refugiados pelo Rafah, impossibilitando, desta forma, que a palavra do chanceler israelense fosse cumprida.


Brasileiros no Rafah que devem ser repatriados (Foto: reprodução/Mohammed Abed/AFP)


Volta para casa

Enquanto o avião presidencial brasileiro aguarda seus cidadãos no Aeroporto do Cairo, na capital egípcia, a embaixada do Brasil no país ainda decide como trazer os 32 brasileiros ao Cairo, para, finalmente, poderem dar início a viagem, que os trará de volta ao lar, que deve ser acompanhada por uma médica oficial da Aeronáutica, e deve durar cerca de 12 a 14 horas.

Paulino Carvalho Neto, embaixador brasileiro no Egito, anunciou que há duas possibilidades: o grupo pode permanecer no Egito ainda este domingo, com intuito de descansar antes de seguir para o Cairo ou, ir hoje mesmo e sair de lá na manhã de segunda-feira., algo que ainda será decidido.

De volta ao lar

Ao chegarem em Brasília, o grupo repatriado deve permanecer na capital ainda por dois dias para se recuperar e descansar, com o auxílio de uma equipe médica e psicológica, antes de seguir viagem para suas casas, para aqueles que já são cidadãos brasileiros e já vivem no país. Para os palestinos, deverá ser providenciada a documentação necessária para passarem a viver no Brasil.

Foto Destaque: grupo de brasileiros prestes a embarcarem para o Egito, neste domingo, 12 (Reprodução/Hassan Rabee/G1)