Sobre João Victor Damacena

Redator e editor de texto das editorias de Notícias, Cinema/TV e Educação.

Disney apresenta conteúdo inédito de “Light Shop: Entre a Vida e a Morte” na CCXP24

O maior evento de cultura pop do mundo, a CCXP, começou sua 24ª edição no Brasil na última quinta-feira (5), repleto de lançamentos exclusivos sobre o que podemos esperar para ver nos próximos anos do universo cinematográfico. Durante a exibição do painel do Disney+, nesta sexta-feira (6), assistimos a um conteúdo inédito da nova série sul-coreana do canal de streaming, “Light Shop: Entre a Vida e a Morte”, aposta da plataforma que subverte o gênero do terror e mistério.

A trama de Light Shop

A história gira em torno de seis desconhecidos que moram em um beco sombrio, onde a única luz vem de uma loja de lâmpadas misteriosa que aparenta ser muito mais que um ponto de venda. No entanto, nenhum dos personagens se lembra de como foram parar lá, e terão que desvendar os segredos do passado para tentar escapar dos possíveis perigos que o lugar pode despertar. Confira o trailer: 


Nova produção do Disney+. (Vídeo: reprodução/X/@DisneyplusBR)


O K-drama é escrito por Kang Full e dirigido por Kim Hee-won, que já recebeu uma indicação de “Melhor Diretora” no 57º Baeksang Art Awards. A série conta com um elenco de destaque estrelado por Ju Ji-hoon (Kingdom), Park Bo-young (Scandal Makers), Bae Seong-woo (The King), Uhm Tae-goo (Coin Locker Girl), Lee Jung-eun (Parasita), Kim Min-ha (Pachinko) e a cantora e atriz, Kim Seol-hyun.

Primeiras impressões de Light Shop

A série começa em uma ambientação escura e sombria mostrando os seus personagens lidando com situações inusitadas e tendo experiências com o além vida, o que provoca uma tensão fragmentada e gera uma conexão entre os mortos e os vivos.

Sem recorrer a elementos clichês do seu gênero, como sustos repentinos e medo psicológico, “Light Shop: Entre a Vida e a Morte”, parece trazer algo diferente para o terror, misturando a espiritualidade com a complexidade da vida e suas conexões com o além. Mas o elemento central dessa produção está no único ponto de “luz” presente nestes cenários.

A loja de lâmpadas se torna o epicentro da série, e o que mais intriga é tentar descobrir qual a sua ligação com os personagens. Este mistério acaba criando uma caçada ao passado e contribui com uma história tensa repleta de segredos.

Os 4 primeiros episódios da série já estão disponíveis no Disney+. Os últimos episódios serão liberados no dia 18 de dezembro.

Foto destaque: Serie sul-coreana da Disney+ ganha exibição com conteúdo inédito. (Foto: Reprodução/Divulgação Disney+)

Prêmio Multishow: MC Hariel e Gilberto Gil vencem categoria Música Urbana do Ano

Hoje (3), está acontecendo a 31ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, uma das premiações mais importantes do mercado fonográfico do país. Diretamente do Rio de Janeiro, a cerimônia está sendo transmitida, pelo Multishow, desde 20h45, no horário de Brasília, na Rede Globo, após “Mania de Você” e no Globoplay, com sinal aberto para todos. Com apresentação de Tatá Werneck, Kenya Sade e Tadeu Schmidt, o Prêmio de 2024 conta com 23 categorias no total, abrangendo toda a diversidade da música nacional.

Música Urbana

A música “A dança”, de MC Hariel e Gilberto Gil, venceu a categoria Música Urbana do Ano no Prêmio Multishow. De acordo com uma entrevista concebida a Billboard Brasil, a composição é uma referência a ideologia e religião de Hariel. Confira o registro do recebimento do Prêmio: 


MC Hariel recebe o prêmio da categoria “Música Urbana do Ano”. (Vídeo: reprodução/Instagram/@Multishow)


Confira quem disputava a categoria

  1. A Dança – MC Hariel e Gilberto Gil (vencedor)
  2. Carta Aberta – MC Cabelinho
  3. Crack com Mussilon – Matuê
  4. La Noche – Yago Oproprio
  5. Purple Rain – Duquesa, Yunk Vino e Go Dassisti
  6. Você Parece Com Vergonha – Ajuliacosta

Foto destaque: MC Hariel e Gilberto Gil vencem categoria no Prêmio Multishow. (Foto: Reprodução/X/@Multishow)

Prêmio Multishow: “Nosso Primeiro Beijo” vence categoria de Samba/Pagode do Ano

Hoje (3), está acontecendo a 31ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, uma das premiações mais importantes do mercado fonográfico do país. Diretamente do Rio de Janeiro, a cerimônia está sendo transmitida, pelo Multishow, desde 20h45, no horário de Brasília, na Rede Globo, após “Mania de Você” e no Globoplay, com sinal aberto para todos. Com apresentação de Tatá Werneck, Kenya Sade e Tadeu Schmidt, o Prêmio de 2024 conta com 23 categorias no total, abrangendo toda a diversidade da música nacional.

Samba/Pagode do Ano

A composição “Nosso Primeiro Beijo”, de Gloria Groove, Rodrigo Oliveira e LineBG, venceu a categoria Samba/Pagode do Ano no Prêmio Multishow. Com esta vitória, a cantora se torna a primeira drag queen a ganhar nesta categoria. Em seu discurso, a artista comentou o feito histórico e falou sua evolução artística em seu último projeto, “Serenata da GG”. Confira: 


Discurso de Gloria Groove ao vencer categoria no Prêmio Multishow. (Vídeo: reprodução/X/@Multishow)


Confira os outros indicados na categoria

  1. Apaguei Pra Todos – Ferrugem e Sorriso Maroto
  2. Coração Partido – Menos é Mais
  3. Febre – Liniker e Thiaguinho
  4. Maliciosa – Ludmilla
  5. Me Bloqueia – Ferrugem
  6. Nosso Primeiro Beijo – Gloria Groove (vencedor)

Foto destaque: Gloria Groove vencer categoria “Samba/Pagode do Ano”. (Foto: Reprodução/X/@Multishow)

Prêmio Multishow: “Joga Pra Lua” vence categoria de Funk do Ano

Hoje (3), está acontecendo a 31ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, uma das premiações mais importantes do mercado fonográfico do país. Diretamente do Rio de Janeiro, a cerimônia está sendo transmitida, pelo Multishow, desde 20h45, no horário de Brasília, na Rede Globo, após “Mania de Você” e no Globoplay, com sinal aberto para todos. Com apresentação de Tatá Werneck, Kenya Sade e Tadeu Schmidt, o Prêmio de 2024 conta com 23 categorias no total, abrangendo toda a diversidade da música nacional.

Funk do Ano

A música “Joga Pra Lua” de Anitta, DENNIS e Pedro Sampaio, venceu a categoria Funk do Ano. A canção de sucesso já acumula mais de 87 milhões de streaming no Spotify e se tornou um hit instantâneo. Ao receber o prêmio, Anitta e Pedro agradeceram pela vitória, enquanto a cantora comentava sobre a sua turnê pela Europa e a inclusão da categoria de Funk no Prêmio Multishow. Confira: 


Discurso de Anitta e Pedro Sampaio após receber prêmio de “Funk do Ano”. (Vídeo: reprodução/X/@Multishow)


Veja quem disputava a categoria 

  1. Joga Pra Lua – Anitta, DENNIS, Pedro Sampaio (vencedor)
  2. MTG QUEM NÃO QUER SOU EU – Dj Topo, Mc Leozin, Seu Jorge, MC G15
  3. Recadin No Espelho – Mc Kevin O Chris e Luísa Sonza
  4. Rolé Na Favela de Nave – Oruam, Didi, Dj LC da Roça, MC K9, MC Smith, Mainstreet
  5. Te Maceto Depois do Baile – Dj Zigão, Dj Lafon do Md, Mc Rodrigo do CN, Mc Rf

Foto destaque: Parceria entre Anitta, DENNIS e Pedro Sampaio, vence categoria no Prêmio Multishow. (Reprodução/X/@Multishow)

Prêmio Multishow: Zaynara vence categoria “Revelação do Ano”

Hoje (3), está acontecendo a 31ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, uma das premiações mais importantes do mercado fonográfico do país. Diretamente do Rio de Janeiro, a cerimônia está sendo transmitida, pelo Multishow, desde 20h45, no horário de Brasília, na Rede Globo, após “Mania de Você” e no Globoplay, com sinal aberto para todos. Com apresentação de Tatá Werneck, Kenya Sade e Tadeu Schmidt, o Prêmio de 2024 conta com 23 categorias no total, abrangendo toda a diversidade da música nacional.

Revelação do Ano

A cantora e compositora paraense, Zaynara, venceu a categoria Revelação do Ano, um dos principais prêmios da noite que reconhece o trabalho de novos nomes da indústria. Este ano, a artista lançou hits como: “Quem Manda em Mim” e “Sou do Norte”. Confira seu discurso: 


Discurso de Zaynara ao vencer categoria no prêmio Multishow. (Vídeo: reprodução/Instagram/@Multishow)


Veja quem eram os concorrentes na categoria 

  1. Duquesa – Hip-Hop/rap
  2. Grelo – Musica regional brasileira
  3. Jota.pê – Pop
  4. Os Garotin – Pop
  5. Yago Oproprio – Hip-Hop/rap
  6. Zaynara – Pop (vencedora)

Foto destaque: Zaynara vence Revelação do Ano no Prêmio Multshow. (Foto: Reprodução/X/@Multishow)

Bienal do Livro: a importância da literatura na educação brasileira

Considerado o maior evento literário da América Latina, a Bienal Internacional do Livro iniciou sua 27ª edição de São Paulo na sexta-feira (6) e trouxe uma programação cultural com mais de duas mil horas de atividades educacionais, tanto para o público infantil quanto para os jovens e adultos. Durante os dez dias da feira, estima-se que mais de 700 autores, incluindo nomes nacionais e internacionais, passarão pelo Distrito Anhembi.

Organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o evento contribui para o incentivo à leitura e ao acesso a novas culturas, além de apresentar as principais tendências do mundo literário para os apaixonados por literatura. Com mais de 200 estandes este ano, a programação inclui sessões de autógrafos com autores, espaços imersivos, atividades de ativação e bate-papos com convidados especiais que conversam sobre temas diversos que refletem contextos e cenários da sociedade.

Por meio dessas experiências, a Bienal do Livro tem evidenciado cada vez mais a importância da literatura na educação brasileira, promovendo o conhecimento cultural e o acesso a conteúdos que representam a diversidade da população. Além disso, o evento proporciona um encontro entre leitores, autores e especialistas, engajando os participantes com assuntos relevantes e pertinentes à estrutura social. 

Formação de novos leitores

A Bienal Internacional do Livro contribui para a formação de novos leitores ao promover o incentivo à leitura por meio de palestras e atividades educacionais com temas variados que podem despertar o interesse de crianças, adolescentes e adultos para o mundo dos livros. Além das histórias inspiradoras e emocionantes apresentadas em cada página e nos novos lançamentos, o evento também oferece conhecimento cultural ao público. Neste ano, a Colômbia foi o país convidado e trouxe um estande com diversas obras que enriquecem a cultura sul-americana. O tema principal foi: “A selva e suas histórias possíveis”.  

Além disso, o estande da Colômbia apresenta a exposição “A árvore que devorou um mundo”, que aborda a exploração da borracha. A curadoria é de Erna von der Walde e Ximena Gama, com a museografia a cargo de Piedra Tijera Papel.



Bienal destaca a importância da literatura na educação brasileira. Marcadores de páginas da @livroscompaginas. (Arquivo pessoal/leitora/Lara Cuqui)


O papel da Bienal na educação brasileira

Ao promover o acesso a uma variedade de obras literárias e discutir temas contemporâneos em seus debates e palestras, o evento colabora diretamente com a formação crítica dos estudantes e a ampliação do repertório cultural, aspectos essenciais para melhorar a qualidade do ensino no Brasil. Esse contato direto com a literatura amplia as oportunidades de aprendizado, especialmente em um contexto em que o incentivo à leitura nas escolas públicas enfrenta desafios estruturais.

Representatividade LGBTQIA+

Autores e autoras LGBTQIA+ têm ganhado cada vez mais destaque com obras que tratam de questões importantes como identidade, aceitação, direitos e as diferentes vivências da comunidade. Além disso, o evento promove bate-papos com escritores que compartilham suas experiências pessoais e discutem o impacto da literatura na construção de uma sociedade mais inclusiva.

Foto destaque: Mural de livros da editora Arqueiro/Arquivo pessoal/João Victor Damacena/LORENA R7

Intersexo: entenda a condição de boxeadora nas Olimpíadas de Paris

Imane Khelif é a representante da Argélia no boxe feminino acima de 78 kg. Após vencer a italiana Angela Carini, que desistiu da luta em menos de 50 segundos, os telespectadores do esporte olímpico começaram a questionar a identidade de gênero da atleta, alegando que ela é uma mulher transgênero e, por isso, poderia ter alguma vantagem na competição. No entanto, esse questionamento não passa de uma desinformação sobre sua condição intersexo, termo usado para descrever quando as características biológicas típicas não correspondem aos corpos estritamente masculinos ou femininos.

A boxeadora Angela Carini também se pronunciou e revelou que sentiu um desconforto no nariz e dificuldades para respirar, razão pela qual decidiu deixar a disputa. Além disso, ela comentou sobre o debate nas redes sociais relacionado à sua desistência e sua oponente, “Não sou ninguém para julgar e não tenho nada contra a minha adversária. Eu tinha uma tarefa e a executei mesmo que ela não conseguisse”, disse a italiana em entrevista.

O que é Intersexo

Intersexo é um termo usado para descrever pessoas que nascem com variações biológicas em suas características sexuais, como cromossomos, genitais, hormônios ou outras características sexuais que não se encaixam tipicamente nas definições binárias de masculino ou feminino.



Símbolo da bandeira intersexo. (Foto: reprodução/site/minhavida/CNN)


No caso da boxeadora Imane, ela nasceu com os cromossomos sexuais XY, que representam o sexo masculino; no entanto, também nasceu com órgãos genitais femininos.

O que significa transgênero

Transgênero é um termo usado para descrever pessoas cuja identidade de gênero é diferente do sexo que lhes foi atribuído ao nascer. A identidade de gênero é o sentido interno e individual de uma pessoa de ser homem, mulher, ambos, nenhum ou outra identidade de gênero, independentemente do sexo biológico.

Neste sentido, Imane já revelou que se identifica como mulher e, por isso, o termo “/transgênero”/ não se aplica a ela. Por essa razão, o comitê olímpico permitiu sua participação nas Olimpíadas de Paris 2024 na categoria feminina.

Foto destaque: Boxeadora Imane Khelif. (Foto: Reprodução/redes sociais/Instagram/@imane_khelif_10)

Tirzepatida pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares, mostra estudo clínico

Nesta quinta-feira (1), a empresa farmacêutica, Eli Lilly and Company, divulgou os resultados de um estudo clínico em fase 3, denominado de SUMMIT que mostra a eficiência da molécula Tirzepatida, na redução dos sintomas de insuficiência cardíaca e risco de morte cardiovascular.

Tirzepatida é um componente de medicamentos usados no controle de peso, como Mounjaro e Zepbound, frequentemente prescritos para tratar obesidade e diabetes tipo 2.

A pesquisa teve como objetivo principal avaliar a segurança e eficácia de Tirzepatida em adultos com ICFEp, uma síndrome clínica indicativa de possível insuficiência cardíaca, em que o coração não bombeia sangue de forma eficiente por todo organismo.

Realização da pesquisa

A pesquisa envolveu 731 pacientes de 10 países diferentes, incluindo o Brasil. Os participantes foram randomizados para receber doses de Tirzepatida de 5 mg, 10 mg, 15 mg ou placebo ao longo de 104 semanas.

Durante o período do estudo, os participantes experimentaram uma melhora nos sintomas associados a doenças cardíacas, como falta de ar, tontura, dores nas extremidades, dificuldades para realizar exercícios, cansaço, entre outros.

Resultados obtidos pelo estudo

O estudo mostrou que Tirzepatida reduziu em 38% os casos relacionados a problemas cardiovasculares e melhorou os sintomas de insuficiência cardíaca. Além disso, contribuiu para melhorias na capacidade física dos participantes.



Estudo revela que Tirzepatida pode contribuir com a melhora do condicionamento físico. (Foto: reprodução/PEAKSTOCK/SCIENCE PHOTO LIBRARY/sciencephoto/imagem ilustrativa)


Os resultados foram avaliados utilizando o Kansas City Cardiomyopathy Questionnaire (KCCQ) Clinical Summary Score (CSS), demonstrando uma eficácia de 24,8 pontos para Tirzepatida em comparação com 15 pontos para o placebo.

Adicionalmente, Tirzepatida proporcionou uma redução de peso corporal de 15,7%, enquanto o placebo apresentou apenas 2,2%.

Melhora da qualidade de vida dos pacientes

Os resultados promissores do estudo indicam que Tirzepatida pode ajudar a reduzir hospitalizações relacionadas à insuficiência cardíaca, uma condição que afeta aproximadamente 64 milhões de pessoas globalmente, além de melhorar a qualidade de vida e proteger o coração.

Foto destaque: Medicamento usado para obesidade ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares. (Foto: Reprodução/ajtimages/imagem ilustrativa) 

Protestos contra o Novo Ensino Médio: entenda os motivos

A última quarta-feira (19), foi marcada por manifestações de estudantes na Câmara dos Deputados contra o PL 5230/23, que protocola mudanças no Novo Ensino Médio (NEM). Um discente, apontado pela Universidade de Brasília (UnB) e pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) como Caio Sad, aluno do curso de geografia, levantou um cartaz durante a sessão (ato considerado proibido pela Comissão Diretora) pedindo a revogação do projeto de lei que estabelece novas medidas acadêmicas. O jovem acabou sendo expulso do local pela polícia legislativa após se recusar a baixar o cartaz.

Os protestos contra o Novo Ensino Médio vêm acontecendo desde março do ano passado (2023), quando alunos e professores da rede pública de educação bloquearam a Avenida Paulista pedindo a anulação da nova reforma prevista pela Medida Provisória 746, que determina o aumento da carga horária total das disciplinas obrigatórias para a formação escolar. A medida foi criada durante o governo de Michel Temer (MDB).

Algumas organizações também se declararam contra a reforma do Novo Ensino Médio, como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Campanha Nacional pelo Direito à Educação (Campanha), União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Rede Escola Pública e Universidade (REPU).

O que muda com o Novo Ensino Médio

De acordo com o novo relatório redigido pela professora e senadora Dorinha Rezende (União-TO), propõe-se que a carga horária das disciplinas obrigatórias de Formação Geral Básica (FGB) seja aumentada para 3 mil horas totais, com pelo menos 2,4 mil horas destinadas à formação geral básica e 600 horas para disciplinas optativas. Além disso, o texto sugere uma nova modalidade curricular de formação técnica, exigindo 2,2 mil horas de formação geral básica, que podem ser estendidas para 3 mil horas a partir de 2029.

Antes, o Ensino Médio tinha uma carga horária total de 2,4 mil horas ao longo dos três anos de formação, ou seja, 800 horas por ano. Agora, essa carga horária será aumentada para 3 mil horas ao longo dos três anos.

Por que os estudantes protestam contra o Novo Ensino Médio

Um levantamento feito pelo Instituto Todos pela Educação, mostra que grande parte dos estudantes brasileiros da rede pública, trabalham fora de casa para ajudar a família ou para sua formação. Além disso, muitos alunos enfrentam desafios socioeconômicos e estruturais que dificultam sua permanência prolongada na escola. A proposta de ampliação da carga horária do Novo Ensino Médio levanta preocupações sobre a exclusão desses estudantes do sistema educacional.

Segundo relatos de alunos ouvidos pelo Lorena R7, o novo modelo do Ensino Médio fragiliza a etapa final da formação escolar ao estabelecer itinerários formativos na base curricular, dificultando o acesso ao conhecimento básico essencial para a conclusão do nível secundário.

Declarações no Senado

O documento reformulado do Novo Ensino Médio. foi escrito pela professora e senadora Dorinha Rezende, que afirma que o projeto é resultado de uma construção coletiva, no qual foram ouvidas, instituições de ensino, professores e alunos, “nós organizamos um texto que fortalece o ensino médio. O texto amplia a carga horária da formação geral básica, mas mais do que isso os itinerários formativos passam a ter uma orientação que deve ser definida pelo Conselho Nacional de Educação.” disse a política. No entanto, ela ressalta os desafios estruturais e a falta de investimento na educação, “o texto não atende a todos os desafios, precisamos de mais investimentos nas escolas de educação básica”, concluiu a relatora. 



Deputada e professora Dorinha Rezende. (Foto: reprodução/Najara Araújo/Agência Câmara)


A PL também promete abrir novas possibilidades no currículo escolar do aluno, oferecendo oportunidades que atendam às demandas específicas das comunidades às quais os estudantes pertencem. O projeto assegura a inclusão dos alunos de baixa renda ingressados em programas como Pé-de-Meia, Prouni, cotas e escolas comunitárias. A proposta que pode defini o Novo Ensino Médio, agora vai para a validação do Plenário. 

Foto destaque: Manifestação contra o Novo Ensino Médio. (Foto: Reprodução/site/otrabalho.org/CNTE/simtedaquidauana)

Comissão de Educação e Cultura aprova projeto de lei que estabelece Novo Ensino Médio

Nesta quarta-feira (19), em uma votação protocolar, a Comissão de Educação e Cultura do Senado aprovou o projeto de lei 5230/23, que estabelece novas mudanças acadêmicas no Novo Ensino Médio. A proposta é baseada no documento enviado pelo governo ao Congresso Nacional em outubro de 2023 e foi aprovada pela Câmara dos Deputados em março deste ano. O texto agora segue para validação do plenário.

O relatório aprovado foi escrito pela professora e senadora Dorinha Rezende (União-TO) e prevê 2,4 mil horas de carga horária para disciplinas obrigatórias de formação geral básica (FGB), incluindo língua portuguesa, matemática, biologia, física, história, química, geografia, sociologia, artes, filosofia e inglês. Além dessas matérias, a política adicionou espanhol como aula obrigatória do Novo Ensino Médio, conforme mencionado em um texto apresentado na semana passada e lido pelo senador Marcos Rogério (PL-RO) na última terça-feira (18).

Relação sobre o Ensino Médio Técnico

De acordo com o texto aprovado pela Câmara, serão necessárias 2,2 mil horas de formação geral básica para o Novo Ensino Médio Técnico a partir de 2025. O antigo texto solicitava 2,1 mil horas e 900 horas para matérias distintas.

No entanto, conforme o documento, a partir de 2029 a carga horária total será ampliada de 3 mil horas para 3,2 mil, 3,4 mil e 3,6 mil. Esses aumentos correspondem aos cursos técnicos com duração de 800, 1 mil e 1,2 mil horas, respectivamente.

Manifestação contra o Novo Ensino Médio

Durante a apresentação do projeto na Câmara, um estudante de geografia, identificado como Caio Sad pela Universidade de Brasília (Unb) e o Diretório Central do Estudantes (DCE), manifestou contra o Novo Ensino Médio segurando um cartaz que pedia a revogação da PL junto com outros estudantes. Entretanto, policiais presentes na sessão legislativa retiraram o discente após solicitar que o mesmo baixasse o cartaz.



Estudante é retirado da câmara após protestar contra o Novo Ensino Médio. (Foto: reprodução/Edilson Rodrigues/Agência Senado)


Em nota, o Senado informou sobre a proibição de segurar cartazes como ato de protesto durante a sessão. Regra mantida pela comissão diretora. Contudo, o senador Flávio Arns (PSB-PR), mostrou o seu descontentamento com a ação, “Na comissão existe a manifestação de alguma pessoa com alguma placa. A segurança pede para não ter isto. Então, da minha parte também a pessoa não estava atrapalhando, nem vi que ele estava com a placa”. Arns também lamentou o ocorrido e afirmou que se reunirá com a segurança do recinto para discutir a implementação de outras medidas nessas situações.

Foto destaque: Comissão do Senado aprova projeto de lei do Novo Ensino Médio. (Foto: Reprodução/Ed Machado/Folha de Pernambuco)