Sobre Helmut Esser

Jornalista no portal Lorena R7.

Confira dicas para manter a saúde capilar no verão

Verão; época de muita umidade e calor. Condições que favorecem o surgimento de caspas, espinhas e outras doenças no couro cabeludo devido à exposição a umidade. É preciso protegê-lo da poluição, suor, radiação do sol e controlar a oleosidade e manter a saúde capilar em dia como qualquer outra parte do corpo.

A dermatite seborreica, popularmente conhecida como caspa, é uma inflamação no couro cabeludo proveniente do aumento da produção do fungo Malassezia pachydermatis sp., causando coceira, descamação e vermelhidão na pele. A caspa pode aparecer em outras partes do corpo como, sobrancelha, orelhas, tórax e canto do nariz geralmente em áreas com maior oleosidade. Esta reação pode ser agravada dependendo do estado emocional do individuo. Caso não seja tratada, feridas surgirão na pele no local da coceira e os ‘floquinhos de neves’ irão cair sobre seus ombros, gerando desconforto e constrangimento.

Este ambiente é favorável para o aparecimento de outras bactérias, como a Staphylococcus aureus., causando a inflamação no folículo piloso, são saliências vermelhas que podem ter pus. Conhecido como espinha, a inflamação decorre de uma lesão na pele, a obstrução dos poros e a produção de sebo. A foliculite aparece nas áreas com pelos como, cabeça, perna, braço, barba, virilha e axila, e o uso de lâminas de barbear, roupas justas e excesso de antibióticos podem agravar o quadro. Quando não tratada pode levar à perda permanente dos pelos do corpo, alopecia cicatricial, ou calvície.

Já a psoríase, é uma inflamação crônica sistêmica desencadeada pela presença de outras infecções, baixa temperatura e fatores emocionais. É identificada pelas manchas vermelhas ressecadas pelo corpo e, assim como a caspa, descamação da pele.

Ana Lísia Giudice, médica dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia da Bahia (SBD-BA), explica: “A ciência tem estudado formas e opções de detecção e controle. Algumas dermatoses não trazem risco de perda definitiva de cabelos como a dermatite seborreica, alopecia areata em placas, psoríase de couro cabeludo e as micoses de fios e de couro cabeludo. Outras trazem esse risco, como o lúpus cutâneo, alopecia frontal fibrosante, foliculite decalvante e líquen plano pilar. Hoje, temos algumas medicações tópicas, orais e injetáveis que nos trazem esperança de controle dessas doenças que tanto mexem com a autoestima dos pacientes”.


Atenção redobrada com a saúde capilar no verão. (Foto: Reprodução/ GettyImages)


CUIDADOS

Algumas orientações básicas para maior controle:

  • Use bonés e chapéus quando for ficar exposto ao sol. Os raios ultravioletas emitidos pelo sol danificam a queratina, oxidam e desbotam os fios podem levar a queimaduras e lesões;
  • Para pessoas calvas o uso de filtro solar é fundamental;
  • O sal e o cloro do mar e piscinas detonam o cabelo. Então, depois de mergulhar, leve os cabelos com água potável e hidratante;
  • Lava corretamente os cabelos: com água em temperatura ambiente utilize o xampu no couro cabeludo e o condicionador somente nas pontas; Enxague, retire o excesso do produto e seque o cabelo com a toalha;
  • Não durma com o cabelo molhado;

Importante ressaltar: não pratique a automedicação para não prejudicar a cicatrização. É necessário agendar uma consulta com a dermatologia, assim que observar qualquer alteração na saúde capilar.

 

Foto destaque: Apesar de não existir solução para a caspa, alguns cuidados podem ajudar a amenizar este problema. Reprodução/ shutterstock.

Conselho de Ética Médica aprova novo protocolo de tratamento contra LLA

Médicos e pesquisadores da área da oncologia se reuniram para  criar um novo protocolo de tratamento contra a leucemia linfoide aguda (LLA) na rede publica brasileira, a fim de aumentar as chances de cura sobre o câncer mais frequente em crianças. Especialistas acreditam que a demora do diagnóstico tem contribuído para o índice nacional estagnar próximo aos 70% há algumas décadas, mas compreendem que a falta de padronização nos tratamentos também tem sido de grande impacto. Em países desenvolvidos, como EUA, a taxa supera 90%.

Iniciado em 2019, o novo protocolo formulado pelo Grupo Brasileiro para Tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (GBTLI), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), foi criado para classificar níveis de LLA e indicar intervalos entre exames e medicamentos. Concluído neste ano, os médicos analisam discutir os tratamentos por videoconferência em casos complexos.

Segundo pesquisas, a LLA representa 78.6% dos casos de leucemia no mundo e 26.8% dos cânceres infantis. Conforme o Instituto Nacional de Câncer (Inca), as mortes por leucemia no Brasil representam 3.1% do total de óbitos por câncer em 2017.

A Sociedade Americana de Câncer nos Estados Unidos, aponta que o numero de sobreviventes da LLA em 5 anos passou de 57% (em 1979) para 90% (em 2009) entre pacientes até 19 anos. Outros países também possuem a taxa acima de 90% entre 2010 e 2014 como, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Suíça e Holanda.


Índice nacional de sobrevida está estagnado próximo dos 70% (Foto: Divulgação/ Jornal do Comércio)


A médica Maria Lucia Lee, coordenadora do Serviço de Hematologia Pediátrica do Hospital A Beneficência Portuguesa de São Paulo explica: “Ainda não temos um tratamento uniforme para que todas as crianças sejam tratadas da mesma maneira, e isso é um enorme diferencial quando pensamos nos países desenvolvidos ou mesmo em países como Argentina e Chile”.

O novo protocolo, que já foi aprovado pelo Comitê de Ética Médica, tentará substituir diretrizes confusas e ser mais assertivo, incorporando o tratamento prestado pelos centros que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O impacto decorre de medidas de educação médica, padronização e aumento do acesso a exames específicos de alto custo, troca de experiência clinica, elaboração de diretrizes de manejo e identificação de problemas regionais e nacionais”, ressalta o médico Eduardo Magalhães Rego, professor da Universidade de São Paulo (USP).

 

Protocolo

Entenda a padronização do tratamento de leucemia linfoide aguda:

  • O protocolo foi desenvolvido estimando período de 120 semanas de tratamento;
  • O paciente que inicia o protocolo faz o diagnóstico. Com os resultados dos exames a doença é classificada como risco baixo, intermediário ou alto;
  • Após a classificação, o paciente recebe o plano terapêutico voltado para o tipo específico e pode iniciar o tratamento quimioterápico;
  • O tratamento de uma leucemia é dividido em quatro grandes fases: indução, conformação, intensificação e manutenção;
  • No primeiro dia de tratamento é feita a primeira sessão de quimioterapia;
  • No 19º dia, a criança seja reavaliada para que os médicos analisem qual tem sido a resposta do paciente ao tratamento;
  • A criança que é risco intermediário ou alto risco não pode tornar-se baixo risco nestes momentos de revisão. Ocorre apenas o contrário;
  • Nos 26 º e 49 º dia de tratamento, o paciente será avaliado novamente;
  • Resultado negativo, a criança está em remissão clínica completa e segue todo o tratamento desenhado para ela. Caso contrário, o processo pode ser redefinido;
  • O protocolo define reavaliações, chamados checkpoints, ao longo do tratamento bem pontuado para os centros oncológicos avaliarem;
  • Esses dias são definidos com base em estudos específicos e em protocolos adotados por outros países;
  • O objetivo é seguir esse mesmo protocolo formulado pelo GBTLI em todo o território nacional.

 

Foto Destaque: Novo protocolo tem como objetivo diminuir número de morte por leucemia. Reprodução/ Istockphoto

Dormir pouco aumenta risco de insônia segundo estudo

Segundo pesquisa publicada na ultimo quinta-feira, dia 17 de fevereiro, na revista Pediatrics, crianças e adolescentes que dormem poucas horas por dias têm mais chances de desenvolverem insônia quando adultos. Conforme o resultado, crianças de 9 anos de idade que dorme pouco tem duas vezes mais a chance de ter dificuldade de dormir; e adolescentes com 16 anos tem cinco vezes mais chances de ter a condição no futuro.

O estudo analisou exames de sono de 502 crianças com 9 anos de idade durante sete anos. Depois adolescentes com 16 anos e quinze anos após, já como adultos. Essa é a primeira pesquisa em longo prazo realizada, conseguindo traçar a trajetória de desenvolvimento da infância à vida adulta com o surgimento dos sintomas do distúrbio.

A primeira bateria de exames laboratoriais, entre 2000 e 2005, e a segunda entre 2010 e 2013, os cientistas monitoraram o sono em ambiente escuro, das 21h às 23h, e em ambiente claro, das 6h às 8h. E a terceira aconteceu entre 2018 e 2021 com os participantes adultos relatando que dormiam entre 3 a 11 horas diárias. Foram avaliados ondas cerebrais, frequência cardíaca, movimentos dos olhos e das pernas e nível de oxigênio no sangue.


Evite ingerir qualquer tipo de estimulante antes de dormir. (Foto: Reprodução/ Harry Cunningham / Unsplash)


De acordo com psicólogo clínico Júlio Fernandez-Mendoza, principal autor do estudo, “(…) com base em estudos anteriores nossos e de outros, não esperávamos que os sintomas de insônia persistissem em cerca de 40% dessas crianças de aproximadamente 9 anos de idade até a idade adulta jovem“, disse à CNN.

Para o médico pediátrico de medicina do sono Robin Lloyd o estudo é pertinente pois aborda a necessidade de buscar alternativas de tratamento para uma disfunção que não é apenas física, mas também influencia a saúde mental. “Tem uma relação bidirecional, em que as pessoas que têm mais problemas de saúde mental tendem a ter mais problemas de sono; pessoas que têm mais problemas de sono tendem a ter mais problemas de saúde mental“, destaca.

COMO PREVENIR A INSÔNIA

A principal dica é dormir as horas necessárias para sua idade:

Bebês Recém-nascidos: 14 a 17 horas

Crianças pequenas: 11 a 14 horas;

Crianças de 3 a 5 anos: 10 a 13 horas;

Crianças de 6 a13 anos: 9 a 11 horas;

Adolescentes de 14 a 17 anos: 8 a 10 horas;

Adultos entre 26 a 64 anos: 7 a 9 horas;

Idosos (65 +): 7 a 8 horas;

Evite estimulantes, como chás, café e enérgicos; e tirar cochilos durante o dia porque isso reduzir a qualidade do sono noturno. Outra dica é não fazer uso de telas iluminadas na cama: celulares, televisão, notebooks e jogos portáteis – pois interfere na liberação de melatonina, hormônio responsável por regular o sono.

 

Foto Destaque: Crianças e adolescente não estão isentas do distúrbio. Reprodução/ Istock

Ômicron domina as amostras em Pernambuco

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do estado de Pernambuco (SES-PE), todas as amostras coletadas entre 19 de janeiro e 3 de fevereiro detectaram a linha da variante Ômicron do Coronavírus. Os 43 genomas analisados foram sequenciados pelo Instituto Aggeu Magalhães (IAM-Fiocruz-PE) e divulgados na sexta-feira (18). As cidades nordestinas com mais incidência da variante são Recife (10), Vitória de Santo Antão (6) e Araçoiaba e Petrolina (3).

Conforme resultado da SES-PE, em nenhum teste, a subvariante BA.2 foi identificada até o momento. A linhagem da BA.2 se diferencia da cepa original, pois contém grande número de mutações, não só se espalhando mais rápido e mais fácil, como também causando doenças mais graves e combatendo as principais armas contra a Covid-19, como indica a nova pesquisa de um laboratório japonês.


Diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus: “A pandemia está longe do fim“. (Foto: Reprodução/Evan Schneider/ONU).


Ao redor do mundo, a subvariante BA.2 foi identificada em 57 países e, nas ultimas seis semanas, o número de pessoas contaminadas pela nova linhagem aumentou 50% em vários países. Em território brasileiro, os primeiros casos foram identificados em fevereiro, dois no Rio de Janeiro (RJ) e um em Santa Catarina (SC). O Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Friocruz) deu a confirmação  a partir do sequenciamentos das amostras. O Ministério da Saúde notificou atenção para mais sete casos, outros três em São Paulo (SP) e mais um no Rio de Janeiro (RJ).

A pesquisadora Marilda Siqueira, da Fiocruz, comenta: “(…) a subvariante ainda é muito nova, em termos de circulação, para tirarmos grandes conclusões. Os resultados ainda são um pouco conflitantes devido à amostragem utilizada nas pesquisas. Têm vários grupos de pesquisa onde o vírus está circulando com um número maior de casos trabalhando para buscar melhor entendimento.”

Até o momento, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não confirma como e onde as subvariantes da Ômicron se originaram e evoluíram.

Foto Destaque: Genomas sequenciados. José Fernando Ogura/ AEN.

Conheça os efeitos colaterais da pílula anticoncepcional

A pílula anticoncepcional é o método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres. O medicamento, feito à base de hormônio, deve ser usado diariamente a fim de reduzir a chance de gravidez. Mesmo sendo comercializado e usado amplamente, falar sobre o assunto ainda é considerado tabu na sociedade. Ainda assim, algumas coisas devem ser ditas para o conhecimento geral: você sabia que a pílula anticoncepcional tem efeitos colaterais?

A ginecologista e obstetra Eloisa Pinho, pós-graduada em ultrassonografia ginecológica e obstétrica pela CETRUS, conta que o medicamento traz muitos benefícios, como regulação do ciclo menstrual, diminuição das cólicas, combate às espinhas e reduz o risco de anemia devido à perda de sangue no período menstrual. Mas nem tudo são flores. O uso da pílula traz uma diversidade de efeitos colaterais e reações adversas.

É comum sentir dores de cabeça, abdominais, náuseas, ganho de peso, retenção de líquido e perda da libido nas primeiras semanas do uso da pílula anticoncepcional. E no começo, é normal ocorrer sangramentos fora da menstruação devido ao aumento da fragilidade do útero causado pelo medicamento. A especialista destaca: “O problema é especialmente comum em mulheres que ainda não se adaptaram ao uso correto da pílula e acabam esquecendo de ingeri-la diariamente“.


Alternativa para método contraceptivo. (Foto: Reprodução/Getty Images)


Sobre a acne, Pinho explica que o medicamento provoca a produção de oleosidade da pele, criando o ambiente perfeito para o surgimento dos pequenos indesejáveis cravos e espinhas. O uso do medicamento também traz riscos à saúde, como a chance de trombose. Inflamando as paredes do vaso sanguíneo o uso não é indicado às mulheres com predisposição ao problema. Eloisa nos ajuda a entender melhor, diz “Isso ocorre porque a quantidade de hormônios presentes nas pílulas anticoncepcionais é capaz de alterar a circulação, aumentando o risco de formação de coágulos nas veias profundas”.

Segundo a obstetra outro ponto que se deve ter atenção é a endometriose. O tratamento para tal condição é justamente a pílula anticoncepcional, pois ela controla e alivia os sintomas. No entanto, muitas mulheres que sofrem da doença, e tomam a pílula, desconhecem a condição podem agravar o quadro, evoluindo para infertilidade.

Alternativas de contraceptivos

A famosa camisinha, tanto masculina quanto feminina, é o único contraceptivo que evita doenças sexualmente transmissíveis, porque oferece uma proteção física contra a entrada do esperma. O diafragma é uma cúpula de silicone que é colocada dentro da vagina antes da relação sexual impedindo que o esperma fecunde o óvulo, o conceito parecido com a camisinha. E por fim, o DIU de cobre tem o formato de T e é colocado no útero da mulher para dificultar a fecundação.

A especialista recomenda que seja combinado um método preservativo com um medicamento para proporcionar maior eficácia na contracepção.

 

Foto Destaque: Conheça os efeitos colaterais e reações adversas. Reprodução/Getty Images

Saiba o que podem ser as dores no lado esquerdo do peito

Fazemos a relação direta entre dor no peito com infarto, muitas vezes por causa de filmes e seriado de televisão, mas sabia que essa associação não é inteiramente certa? Sim, problemas cardíacos apresentam sintomas como dores no lado esquerdo do peito, pressão no meio do peito, formigamento que se irradia pelo braço, no entanto, não é somente isso.

Existem outras condições que podem causar a dor no peito, como ansiedade, pneumonia, tromboembolismo, gastrite, esofagite, dor ósseo-muscular ou um simples mal jeito. Consultar um profissional de saúde no momento do incômodo é de grande ajuda para o diagnóstico correto.

Um em cada dez pacientes que sofreu uma parada cardíaca relatou falta de ar e não a dores no peito. Segundo a pesquisa, apresentada no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, indivíduos com sintomas respiratórios costumam receber menos atendimento médico de emergência e, por isso, têm maior risco de morte.


Alimentação balanceada e atividade física melhorar a qualidade de vida. (Foto: Reprodução/ GettyImage)


Junto do médico, pedidos de exames como: eletrocardiograma, ecocardiograma e raio-x do tórax ajudaram melhor a desvendar a causa das dores. Outros que também podem ser cruciais são enzimas cardíacas, ultrassonografia do abdômen e colonoscopia. Como todos estes dados em mãos o médico poderá indicar o melhor tratamento para por fim as dores e até prevenir outras condições.

A fim de preservar a saúde do corpo, algumas alterações do cotidiano devem ser feitas. Evite o sedentarismo; realize atividades físicas regularmente, sem exagero e sem esquecer-se de fazer alongamento. Uma simples caminhada melhora muito a qualidade de vida. Tente, 10 minutos por dia é o suficiente para iniciantes.

Outra prática que deve incluída no cotidiano é a dieta alimentar. Não precisa ser radical. Com o tempo evite frituras, gorduras, açúcar e refrigerantes e consuma mais folhas, fibras, grãos, castanhas-do-pará, verduras, legumes e frutas. E claro, beba bastante água.

Não se automedique. Consulte seu médico periodicamente.

 

Foto Destaque: Dor do lado esquerdo do peito pode não ser problemas cardíacos. Reprodução/ GettyImage

Estudo revela que caminhar lento pode ser sinal de incapacidade funcional

Um estudo realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em coparticipação com a Universidade de Londres, no Reino Unido, descobriram que a vagareza no caminhar pode ser indício de perda da capacidade funcional nos idosos. A pesquisa que foi publicada no jornal da Cachexia e Sarcopenia and Muscle analisou a condição física e velocidade do caminhar em 3 mil idosos com mais de 60 anos e perceberam que a lentidão pode estar relacionada com a perda da capacidade em atividades mundanas, desde levantar da cama à usar o transporte publico.

A condição é chamada de síndrome da fragilidade e manifesta na população idosa, dificultando a realização de tarefas antes simples aumentando o risco de queda, internação e óbito.

O professor do Departamento de gerontologia da UFSCar, Tiago da Silva Alexandre conta: “Nosso estudo mostrou que medir apenas a velocidade da caminhada já é suficiente para ter um preditor eficiente de perda de capacidade funcional em idosos. Os dados da nossa pesquisa mostra que a lentidão da marcha precede em alguns anos essa perda. É uma constatação importante, pois ela facilita o monitoramento do problema. Além disso, a descoberta possibilita que, além de fisioterapeutas, médicos e gerontólogos, qualquer profissional de saúde possa detectar o risco”.


A fragilidade afeta atividades comuns como levantar da cama. (Foto: Reprodução/ PMG)


Além de medir a velocidade da marcha outros parâmetros são levados em consideração também como, a força da mão, nível de atividade física, o cansaço e perda de peso no ultimo semestre.

O pesquisador explica “A fragilidade é um fator de risco para incapacidade, mas não é sinônimo. Utilizamos cinco elementos para medir a síndrome. Se a pessoa tem um ou dois desses elementos, ela é pré-frágil. Se tem três ou mais, é frágil”.

Com objetivo de descobrir qual dos cinco componentes demonstrava melhor índice do processo de incapacidade, cada um foi estudado separadamente. Concluíram que o caminhar é o melhor componente para denunciar o risco de fragilidade em ambos os sexos. Dayane Capra de Oliveira comenta que, esse indicador é precoce. O profissional de saúde deve investigar o que mais está causando essa lentidão.

Segundo a pesquisa ainda, as mulheres pré-frágeis apresentam mais incapacidade nas atividades comuns do que os homens, no entanto, tanto homens quanto mulheres, na condição de frágil, demonstram maior dependência nas atividades ao passar do tempo. Isso ocorre, nos homens, devido hábitos pouco saudáveis como consumo de cigarro, álcool e trabalho pesado. Diferente das mulheres que convivem mais tempo com doenças como hipertensão, artrose e depressão.

As pessoas analisadas fazem parte do English Longitudinal Study of Aging (ELSE), estudo longitudinal que assessora a saúde de idosos da comunidade inglesa.

 

Foto Destaque: Pesquisadores ingleses descobriram que a lentidão ao caminhar pode ser sinal de fragilidade. Reprodução/Rovena Rosa/Agência Brasil

Brasil registra 140.234 novos casos de covid-19 neste sábado

A nova onda da pandemia do coronavírus fez o Brasil registrar 140.234 novos casos de Covid-19 neste sábado (12), totalizando 27.425.743 infecções, segundo o Ministério da Saúde. O número de óbitos também subiu, com 896 novas mortes por coronavírus, sendo o total de 638.048 em todo o país.

A alta da doença deve-se ao avanço da variante Ômicron, descoberta em novembro de 2021. A variante é mais contagiosa do que a Delta, no entanto, menos letal, mantendo o número de óbitos em patamares inferiores em relação ao pico da pandemia.

Segundo dados coletados pelo Observatório FioCruz, disponível publicamente na internet, em abril de 2021 o Brasil chegou ao maior número de mortes registrada em um único dia, 4.148 vitimas da Covid-19. Vale ressaltar que a variante Ômicron foi identificada em novembro de 2021.


O número de pessoas vacinas tem crescido a cada dia. (Foto: Reprodução/Gettyimage)


Por outro lado, o índice de vacinação tem crescido a cada dia. Em território brasileiro, o número de pessoas que tomaram ao menos uma dose da vacina é de 173.402.815, equivalente a 81,8%; pessoas que tomaram as duas doses são de 152.092.266, 71.6%; e 55.852.904 pessoas tomaram a dose de reforço, 26.3%.

No inicio de fevereiro, a coordenadora do Programa de Imunização, Regiane de Paula, disse que o governo de São Paulo cogitava aplicação da 4ª dose da vacina contra a Covid-19 para toda a população. Para pessoas imunossuprimidas, a dose extra já é permitida desde o dia 21 de dezembro de 2021.

As capitais brasileiras que apresentam maiores taxas de vacinação entre crianças de 5 a 11 anos contra a Covid-19 são São Paulo e Belém, segundo o levantamento de dados feito pelo GLOBO.

A fim de expandir a campanha de vacinação infantil, diferentes tipos de abordagens estão sendo adotadas. Belo Horizonte e Campo Grande, por exemplo, implementaram a vacinação nas escolas, outras estão abrindo as unidades médicas de saúde aos fins de semana.

 

Foto Destaque: O avanço da doença deve-se ao avanço da variante Ômicron. Reprodução/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Bill Gates lançará livro como prevenir futuras pandemias

A quarta pessoa mais rica do mundo, Bill Gates, publicou através do seu blog na ultima terça-feira (8), que lançará um livro chamado “How to Prevent the Next Pandemic”, ou em tradução literal: “Como Prevenir a Próxima Pandemia”. O co-fundador da Microsoft compartilhará como foi financiar a pesquisa de vacinas da Moderna e da AstraZeneca contra o coronavirus e conversas com representantes da OMS (Organização Mundial da Saúde) funcionário de doenças infecciosas, Dr. Anthony Fauci, e o diretor-geral Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Em sua nova obra Gates descreve como prevenir para futuras pandemias e fornecer os cuidados necessários à pessoas em todo o mundo através das lições aprendidas com a pandemia de Covid-19 nos anos de 2020 e 2021. O filantropo bilionário reserva uma parte do livro para falar sobre experiência pessoal de virar alvo de teoria da conspiração como, rastrear as pessoas usando microchips injetados junto com a vacina.


A Fundação Bill e Melinda Gates foi fundada em 1997 com foco em saúde global. (Foto: Reprodução/ shutterstock)


Em um post em seu blog Bill Gates escreve: “O objetivo de não haver mais pandemias é ambicioso, mas o progresso que fizemos nos últimos dois anos…já nos colocou no caminho do sucesso. O mundo agora entende o quão sério devemos encarar as pandemias, e o momento está do nosso lado”.

A Fundação Bill e Melinda Gates foi fundada em 1997 com foco em saúde global. Em pouco tempo se tornou a entidade privada de caridade mais importante do mundo e, hoje, uma das maiores forças na luta contra a Covid-19 financiando o desenvolvimento de vacinas e outras pesquisas sobre tratamentos.

Em carta anual da fundação de 2021 Gates diz: “(…) para evitar que as adversidades do ano passado voltem a acontecer, a preparação para uma pandemia deve ser levada tão a sério quanto levamos ameaças de guerra”.

O livro “How to Prevent the Next Pandemic” será lançado em 3 de maio pelas editoras Knopf e Penguin Random.

 

Foto Destaque: Bill Gates acredita ter encontrado formas de conter novas pandemias. Reprodução/ gatesnotes.com

Segundo a OMS, casos de Covid longa disparam

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a cada cinco infectados pela Covid-19, um apresenta sintomas depois de se recuperar da fase aguda. A organização estima que  os sintomas da covid longa se prolongam em até três meses após a infecção. Entre os médicos e cientistas, os efeitos da infecção pelo Sars-Cov-2 ainda são cheios de incertezas.

Nicole Oliveira contraiu o vírus em dezembro do ano passado, demonstrando sintomas parecidos com os de gripe e se recuperou em casa. Dois meses depois de curada, a jovem apresenta fraqueza e está em busca de neurologistas e necessita fazer alguns exames. “Entrei na covid com 29 anos e estou saindo com 59. Não me reconheço no meu corpo”, diz Nicole. A variante Ômicron aumentou o número das infecções e gera alerta para novos pacientes que apresentam sintomas prolongados.

Vacinada com as duas doses, Nicole, de 29 anos, afirma ter crises de ansiedade e dificuldade para pegar o trem para o trabalho. “Tenho uma fraqueza absurda e muita tremedeira, tontura e enxaqueca”, afirma Nicole.

As reclamações mais recorrente nos consultórios são fraqueza, perda de memória e dificuldade de concentração. A gerente médica dos serviços de reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein, Milene Ferreira acrescenta, “causa impacto em ações de maior complexidade, como fazer transação bancária ou tomar decisões no trabalho”.


OMS estima que  os sintomas da covid longa prolongam três meses após a infecção. (Foto: Reprodução/ Reuters) 


O médico Regis Rosa, pesquisador do tema pelo Programa de Desenvolvimento Institucional do SUS aponta que “é plausível que a nova onda com a Ômicron aumente bastante o número de pessoas com covid longa. Mesmo que a pandemia acabe, vamos ficar com milhões de pessoas com sequela”. Em São Paulo, 27,2 mil pacientes continuam sendo acompanhados após internação segundo a Prefeitura. Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Existem registros comprovando sintomas físicos e mentais após um ano de internação.

Uma pesquisa realizada em Israel, com 3 mil participantes, chegou a conclusão que pessoas vacinas que contraíram o vírus relataram menos dores de cabeça e musculares após a infecção em comparação aos que não se vacinaram. O motivo para isso é o tempo de resposta ao vírus, direcionando a resposta imune para atacar o vírus e não outras partes do corpo.

A participação da Ômicron na covid longa ainda é uma interrogação, pois poucos estudos foram concluídos desde sua identificação em novembro. Os médicos da linha de frente relatam que algumas queixas mudaram como: a perda de olfato e formigamentos nas mãos, poupando o sistema nervoso periférico.

Segundo o governo de São Paulo, os pacientes com sequelas da covid são encaminhados para as Unidades Básicas de Saúde. (UBS). Já os casos mais severos são encaminhados para os centros especializados. Em nota, o Ministério da Saúde, em dezembro de 2021, ampliou a capacidade de serviços da Rede de Cuidados à Pessoas com Deficiência, no total de 268 centros especializados em reabilitação e 47 oficinas ortopédicas.

 

Foto Destaque: Quanto maior o tempo de hospitalização do paciente, maior são os riscos de sequelas. Reprodução/Mario Tama/ Getty Images