Sobre Giovanni Saccilotto

Jornalista no site Lorena R7.

Sonda da Nasa, Pysche, começa longa jornada ao Cinturão de Asteróides

Após anos de relativa calma no campo da exploração espacial, os cientistas e pesquisadores da Nasa estão vivenciando uma verdadeira “explosão” em seus respectivos tópicos de pesquisa. 

O outono dos asteroides e a jornada de Psyche

Em outubro deste ano, por exemplo, ocorreu o lançamento da sonda Psyche, com o objetivo de estudar o asteroide 16 Psyche, um dos objetos com maior teor metálico já observados pela humanidade. Curiosamente, o lançamento ocorreu em um determinado espaço de tempo que foi batizado de “Outono dos Asteroides” pelos cientistas da agência espacial, já que outros dois projetos — a sonda Lucy, que está analisando oito asteróides em órbita de Júpiter e a sonda OSIRIS-REX, que voltou à Terra para entregar amostras do asteroide Bennu — também atingiram marcos significativos em suas jornadas.

A missão da sonda Psyche, por outro lado, está longe de ser concluída. Com previsão de durar cerca de seis anos, a árdua jornada deve percorrer aproximadamente 3,6 bilhões de quilômetros até chegar ao Cinturão de Asteróides, localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter. 

O objeto de estudo, Psyche 16, oferece uma boa oportunidade de estudo aos cientistas por, além de ser majoritariamente formado por metais — com um valor estimado de US$ 10 quadrilhões seguindo o mercado atual —, acredita-se também que o asteroide possa ser o núcleo de um planeta em formação, parecido com o núcleo da Terra. Estudo e análise posterior do objeto astronômico pode aprofundar o conhecimento dos cientistas não apenas a respeito de corpos celestes distantes, como também de nosso próprio planeta. 

A verdadeira idade da Lua

A recente missão da sonda Psyche não é a única notícia recente digna de nota. Pouco tempo atrás, por exemplo, pesquisadores utilizaram uma amostra de poeira lunar colhida durante a missão Apollo 17 em 1972 para estimar a idade da Lua de maneira mais precisa, chegando-se a conclusão de que o satélite natural é 40 milhões de anos mais velho do que imaginado originalmente, tendo cerca de 4,46 bilhões de anos — apenas um pouco mais jovem do que a Terra.

A descoberta foi possível por conta da análise de cristais de Zircão encontradas na amostra com o uso de uma sonda atômica, possibilitando determinar a idade do cristal e, portanto, alcançar um resultado aproximado da verdadeira idade da poeira lunar.

Atlas de galáxias 

Outro evento interessante no campo da astronomia foi a publicação do Siena Galaxy Atlas (SGA), um catálogo que conta com 400.000 galáxias já descobertas pela humanidade e localizadas em nossa vizinhança cósmica e disponibilizado ao público completamente de graça. 

As informações contidas neste expansivo repertório de informações vêm de uma série de pesquisas feitas entre 2014 e 2017 utilizando telescópios terrestres localizados no Chile e no Arizona com o objetivo de mapear a localização de galáxias dispersas ao longo do céu noturno utilizando tanto comprimentos de onda ópticos quanto infravermelhos.


Mosaico óptico de 42 das 400.000 galáxias disponibilizadas para visualização no catálogo SGA (Foto: reprodução/CTIO/NOIRLab/DOE/NSF/AURA/J. Moustakas)


De acordo com o líder do projeto, John Moustakas, as grandes galáxias em nossa vizinhança cósmica são de extrema importância pois “podemos analisá-las mais detalhadamente em comparação com outras galáxias mais distantes”. Além de serem extremamente belas, esses gigantescos aglomerados de estrelas podem auxiliar em nosso entendimento do processo de formação de galáxias e a evolução de nossa própria Via Láctea. 

Testes de viagem espacial continuam

A Nasa recentemente também concluiu de maneira bem-sucedida os testes do motor RS-25, que será futuramente utilizado nas missões tripuladas Artemis II e Artemis III, com destino à Lua. A Índia também teve sucesso durante o teste de um novo sistema de escape de emergência para cápsulas espaciais que serão utilizadas na missão Gaganyaan, cuja inauguração irá ajudar imensamente no Programa Espacial Indiano ainda em fases iniciais de desenvolvimento. 


O novo motor de foguete sendo testado pela Nasa, com planos de futuramente ser utilizado nas missões Artemis II e Artemis III (Foto: reprodução/Aerojet Rocketdyne/Nasa)


Por fim, o mundo também presenciou outros eventos astronômicos dignos de nota, como o eclipse solar que pode ser visto na América. O espetáculo durou cerca de cinco minutos, com a Lua cobrindo o centro do Sol e criando um anel brilhante de “fogo” ao seu redor. 

 

Foto destaque: Uma representação ilustrativa do asteroide 16 Psyche sendo visitado por sonda enviada pela Nasa. Reprodução/Nasa/JPLCaltech/ASU

Qualcomm anuncia nova linha de chips Snapdragon com foco em IA

Em evolução constante, a Qualcomm anunciou, nesta terça-feira (24), uma nova linha de chipsets tanto para laptops quanto para smartphones, durante o evento Snapdragon Summit. O novo microprocessador para computadores é o chamado Snapdragon Elite X, enquanto o novo chip para smartphones dá continuidade ao Snapdragon 8 com sua 3ª geração. 

Novidades focadas na IA 

Os novos chipsets desenvolvidos pela Qualcomm prometem uma melhora já antecipada na performance em aplicativos pesados, como jogos de última geração, mas o foco é outro: entrando na onda da inteligência artificial generativa, a fabricante afirma que os novos chips foram idealizados para trabalhar com recursos oferecidos por essa tecnologia, como a geração procedural de imagens, textos e outros recursos oferecidos por produtos tais como o ChatGPT e o Midjourney. 

Durante o evento, também foi anunciada uma parceria com a Meta, dona do Facebook, para facilitar a utilização do modelo de linguagem Llama 2 em dispositivos usando os novos chipsets. Em termos práticos, isso significa que smartphones usando os novos microprocessadores já irão chegar de fábrica com a capacidade de gerar imagens através da inteligência artificial. 

Uma das vantagens que os novos chipsets trazem para o público é a possibilidade de utilizar a IA generativa diretamente através do dispositivo, promovendo um maior grau de privacidade, já que os aplicativos não irão necessitar do suporte de uma estrutura online para funcionar. 

Snapdragon 8 Gen 3 

O novo chipset para celulares da Qualcomm é um processador de 4nm e deve ser lançado dentro das próximas semanas para smartphones de marcas famosas e que já tenham parceria com a fabricante, como, por exemplo, Xiaomi, Asus, OnePlus, Oppa, dentre outras. 


Os dois novos chipsets produzidos pela Qualcomm: Snapdragon 8 Gen 3 e X Elite (Foto: reprodução/Canaltech/Wallace Moté)


Tal como mencionado acima, a nova geração do Snapdragon 8 conta com suporte local a modelos de linguagem de IA generativa, com a capacidade de criar imagens em menos de 1 segundo. O novo chipset conta com uma estrutura tão robusta que deverá poder executar até 20 tokens por segundo — aproximadamente 10 bilhões de parâmetros —, com um aumento de 98% de velocidade e até 40% a mais de eficiência em comparação com o Snapdragon 8 de 2ª geração, segundo a Qualcomm.

O chip também conta com suporte para vários tipos de interação entre inteligência artificial e o usuário, como text-to-speech, text-to-text, image-to-text e voice-to-image, sendo o primeiro a fornecer uma gama tão ampla de possibilidades.

Snapdragon X Elite

Desenvolvido nos mesmos moldes do Snapdragon 8 Gen 3, o novo chipset da Qualcomm para computadores possui um desempenho médio de 30 tokens por segundo (cerca de 13 bilhões de parâmetros), com uma NPU (Unidade de Processamento Neural) capaz de atingir 45 TOPS.

Assim como o novo chipset para smartphones, o X Elite conta com suporte a vários modelos de linguagem das empresas mais importantes no setor de IA.

Os primeiros notebooks utilizando o microprocessador devem chegar ao mercado ainda no próximo ano, segundo a Qualcomm, mas não temos informação a respeito dos fabricantes que irão utilizar o novo chip. 

A era da IA generativa

Cristiano Amon, o CEO da Qualcomm, parece positivo em relação aos novos chipsets. Durante o Snapdragon Summit, o empresário afirmou que a nova tecnologia empregada pela empresa no desenvolvimento dos chips terá um profundo impacto na maneira como as pessoas utilizam seus dispositivos, com uma maior integração na utilização da IA generativa. 

Em competição direta com a Apple, a Qualcomm parece certa de que seus novos chipsets são mais poderosos do que aqueles oferecidos pela concorrente.

Foto Destaque: Painel de apresentação durante o Snapdragon Summit promovido pela Qualcomm. Reprodução/Qualcomm/CNET.

Segundo análise do Itaú BBA, os shoppings lideram os FIIs

A chegada da pandemia da Covid-19 impactou negativamente inúmeros setores do mercado, mas um dos que mais sofreu foi os fundos imobiliários de shoppings. A necessidade de manter as portas do negócio fechadas praticamente arruinaram a rentabilidade deles nos últimos anos, mas a situação parece estar mudando aos poucos, conforme aponta o Itaú BBA.

Relatório do Itaú BBA é promissor

O setor apresentou uma alta de aproximadamente 16% nos últimos 12 meses, segundo levantamento feito pela agência bancária, representando 9% do IFIX atualmente.

Conforme aponta o relatório divulgado pelo Itaú BBA na última quinta-feira (19), os fundos imobiliários de shoppings chegam a até mesmo superar os outros segmentos do mercado de maneira significativa, com uma alta de 4,5% em comparação com o “Fundo de fundos”, segundo maior colocado. Por outro lado, o fundo de escritórios registrou uma performance negativa de -4,4% nos últimos 12 meses.

Além disso, os analistas Marcelo Potenza e Larissa Gatti Nappo concluem, no relatório da organização, que “somente os fundos de shoppings estão conseguindo captar o montante inicial pretendido”, evidenciando a dificuldade que o setor está passando para angariar o capital esperado.

Desempenho acima do esperado

Parte da análise positiva vem do desempenho de FII acima do que era inicialmente previsto para este ano. 

O XP Malls (XPML11), por exemplo, arrecadou cerca de R$ 375 milhões na primeira operação encerrada em junho, acima dos R$ 200 milhões previstos. Isso se repetiu na segunda operação, cujo objetivo era arrecadar apenas R$ 450 milhões em cotas, mas resultou em uma captação de R$ 562 ao final de agosto.


Análise da progressão dos dividendos dos FIIs analisados pelo Itaú BBA em último relatório (Foto: reprodução/Itaú BBA)


O Hedge Brasil Shopping (HGBS11) também teve uma alta na arrecadação deste mês, atingindo o marco de R$ 607 milhões, significativamente maior do que a cifra de R$ 500 milhões inicialmente esperada. 

O Vinci Shopping Center (VISC11) também não ficou para trás, com um levantamento de R$ 353 milhões este mês, um pouco acima do esperado. 

Fundos de investimento recomendados pelo Itaú BBA

Com uma alta tão positiva nos últimos meses, não é surpreendente que a análise da agência financeira aponte os três fundos imobiliários supracitados: XPML11, HGBS11 e VISC11 como bons potenciais de investimento.

O XPML11, em especial, detém o melhor portfólio na qualidade técnica dos ativos oferecidos, bem como uma gama de ofertas generosas e um caixa saudável que pode auxiliar nas obrigações financeiras de curto prazo, segundo analistas. 

O VISC11 também é uma das prioridades nas recomendações dos analistas do Itaú BBA, também com um caixa confortável devido às últimas emissões e vendas recentes do FII. 

E, em conclusão, o crescimento significativo nos proventos e a reavaliação patrimonial justificam a recomendação do HGBS11. 

Foto destaque: O shopping Cidade São Paulo junto da Torre Matarazzo. Reprodução/Galeria da Arquitetura/Daniel Ducci

Estudo científico revela a idade da Lua com base em amostra coletada na missão Apollo 17

Coletada durante a última visita dos seres humanos à Lua na missão Apollo 17, em 1972, uma amostra de poeira do solo lunar pode indicar que o satélite que orbita a Terra é ainda mais antigo do que os cientistas originalmente imaginavam. Os resultados do estudo foram publicados na revista Geochemical Perspectives Letters nesta segunda-feira (23).

Análise da poeira lunar

A amostra estudada pelos cientistas foi coletada pelos astronautas norte-americanos Eugene Cernan e Harrison Schmitt durante a missão Apollo 17, totalizando 110,4 quilos de amostras de solo lunar. O material foi diligentemente analisado desde então, resultando em algumas descobertas memoráveis, mas nenhuma tão impressionante quanto a conclusão de que a Lua é, na verdade, 40 milhões de anos mais velha do que se imaginava, com uma idade total de 4,46 bilhões de anos, apenas um pouco mais jovem do que a Terra.

Essa descoberta foi parcialmente possível devido aos cristais de zircão encontrados nas amostras de poeira lunar. Conforme explica Philipp Heck, professor da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos e autor principal do estudo, isso é significativo, pois a formação desses cristais remonta a bilhões de anos atrás e, portanto, eles podem ser usados como ponto de referência para a cronologia da formação da Lua.

Isso corrobora a teoria-chefe da formação do satélite, que sugere que a Lua começou a se formar enquanto a Terra ainda era jovem, no início do Sistema Solar, após a colisão de um objeto enorme do tamanho de Marte com nosso planeta. Esse impacto teria sido tão intenso que a energia gerada por ele foi suficiente para derreter as rochas que se desprenderam da superfície terrestre, as quais, mais tarde, viriam a se tornar a superfície da Lua. “Enquanto a superfície estava derretida de tal modo, não haveria espaço para os cristais de zircão se formarem. Portanto, todo e qualquer cristal na superfície da Lua teria se formado após o resfriamento do magma lunar”, apontou Heck. “Pois caso contrário eles teriam sido derretidos e quaisquer sinais remanescentes se perderiam”. 

Evolução da tecnologia

O estudo científico é um campo que passa por constantes mudanças, principalmente com o avanço crescente da tecnologia. Embora a poeira lunar usada durante a análise tenha sido coletada há meio século, nenhuma pesquisa conclusiva a respeito da idade da Lua havia sido realizada até então. 

Bidong Zhang, que é coautor da pesquisa mais recente, já havia analisado esse tópico anteriormente, chegando até a sugerir uma possível idade para o astro. Contudo, esta é a primeira vez em que os pesquisadores utilizaram a tomografia por sonda atômica para fazer a análise, um método que tornou possível estimar a idade do cristal lunar mais antigo que temos em mãos. 


Uma amostra de zircão vindo da lua analisada sob microscópio (Foto: reprodução/Jennika Greer/Revista Galileu)


Para determinar a idade dos cristais, a equipe de pesquisadores mediu a quantidade de urânio e chumbo presentes nas amostras. Como o processo de degradação natural do urânio eventualmente o transforma em chumbo ao longo do tempo, é possível observar as proporções para estimar a idade do cristal.

A conclusão desse estudo não beneficia apenas o conhecimento humano a respeito da Lua, como também pode auxiliar os cientistas na análise do passado terrestre, especialmente porque a formação de nosso satélite foi um momento pivotal na criação da superfície terrestre como a conhecemos hoje.

Foto destaque: Eugene Cernan na Lua durante a missão Apollo 17. Reprodução/NASA/Harrison Schmitt

Segundo estudo, IA e Agenda ESG serão os grandes destaques de 2024

A inteligência artificial promete marcar significativamente o desenvolvimento de empresas ao longo do próximo ano, aponta estudo. O “Panorama 2024” é uma pesquisa promovida pela Amcham Brasil em parceria com a Humanizadas. O estudo coletou as opiniões de 694 empresários brasileiros para analisar as possíveis tendências de mercado.

Resultados da pesquisa

Cerca de 60% dos executivos entrevistados mencionaram a inteligência artificial como um importante fator para o mercado, seguida de perto pela agenda ESG, que foi mencionada por 51% deles. 

Também vale ressaltar que embora essas duas tendências estejam no topo dos tópicos discutidos pelos entrevistados, outros fatores também se destacaram. 

Dentre eles está a digitalização de produtos e serviços, mencionada por 41% dos entrevistados; big data, mencionada por 40% dos entrevistados; manutenção do trabalho híbrido e remoto, mencionada por 34% dos entrevistados e, por fim, investimentos em energia renovável, que foi mencionado por 31% dos entrevistados. Como a pesquisa não conta com um limite de escolhas, muitos dos empresários comentaram a respeito de múltiplas opções disponibilizadas pela Amcham durante a pesquisa. 

IA já tem grande taxa de adesão

Empresas brasileiras já parecem estar dispostas a adotar a tecnologia de inteligência artificial generativa, tendo em vista que 68% das companhias entrevistadas já utilizam a tecnologia de algum modo. De acordo com Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, a utilização da IA ainda permanece dispersa entre diversos setores, com foco principal na automação de processos repetitivos (38%), melhoria de eficiência operacional (28%), análises de dados e insights preditivos (28%), suporte ao cliente (22%), auxílio à tomada de decisão (20%) e, por fim, no marketing e vendas (20%).


O Chat GPT e outros aplicativos feitos com IA generativa já estão sendo amplamente utilizados no ambiente de trabalho, para facilitar processos repetitivos e até mesmo auxiliar na tomada de decisões (Foto: reprodução/Shutterstock/Ascannio/Olhar Digital)


Neto acredita que a inteligência artificial virá a desempenhar um papel fundamental no futuro, principalmente quando começar a ser utilizada de maneira mais estratégica no desenvolvimento de produtos. 

Inovação no mercado 

Além de analisar as tendências do mercado, o estudo feito pela Amcham também categorizou a prontidão das empresas em adotar práticas inovadoras, avaliando seis fatores importantes: transformação digital, gestão, estratégia da empresa, modelo de negócio e, por fim, produto e serviço.

Uma análise das empresas que participaram do estudo colocam o meio empreendedor brasileiro numa pontuação de 62%, com destaque principal para a transformação digital, que foi mencionada por 75% dos executivos entrevistados. 

De acordo com Neto, embora esse seja um resultado positivo, a reavaliação do “modelo de negócio” por parte das empresas que participaram do estudo apresentou um baixo grau de adoção, apenas 54%. O empresário acredita que esse deve ser um dos focos das empresas daqui em diante e que mais medidas devem ser tomadas para a atualização no modelo de negócios. 

Em conclusão, 2024 promete ser um ano positivo para as empresas que participaram do estudo. Cerca de 56% dos empresários entrevistados acreditam em um crescimento de pelo menos 10% para o mercado brasileiro, advindo da estabilidade política, do avanço tecnológico e no aumento do investimento em infraestrutura. 

A pesquisa Panorama 2024 foi realizada entre 30 de agosto e 18 de setembro, englobando empresas que, em sua totalidade, empregam quase 1 milhão de funcionários, com um faturamento anual de R$ 755 bilhões.

Foto destaque: Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil, durante entrevista. Reprodução/Agência Brasil/Fabio Rodrigues-Pozzebom.

Elon Musk anuncia nova assinatura Premium para rede social X

Nesta sexta-feira (20), o empresário Elon Musk anunciou que o X — anteriormente conhecido como Twitter — passará por uma mudança em seu sistema de monetização, adotando duas novas opções de assinatura Premium com diferenciais baseados no preço para os usuários da plataforma. 

A novidade foi divulgada através de um post no perfil pessoal de Musk na plataforma, explicando um pouco a respeito da mudança. 

Monetização motivada por Bots

De acordo com o bilionário, o X passará a ter dois níveis de assinatura Premium para os usuários pagantes. Uma das opções terá um custo reduzido e contará com todos os recursos do serviço, mas sem redução de anúncios de patrocinadores, enquanto a segunda opção será mais cara, mas dará a possibilidade do usuário navegar sem ser incomodado pelos anúncios. 


Post feito por Elon Musk em sua conta pessoal na plataforma X, explicando a nova monetização. (Foto: reprodução/X/@elonmusk)


Mais detalhes a respeito da precificação das assinaturas ainda não foram divulgados, mas é apenas questão de tempo. 

Há algumas semanas, Musk já havia mencionado durante entrevista que tinha a intenção de introduzir uma nova forma de monetização ao X durante conversa com Benjamin Netanyahu, ex-primeiro-ministro de Israel. A ideia, segundo o empresário, não é cobrar caro pelo serviço, mas sim apenas uma pequena quantia de dinheiro, com o intuito de “combater os inúmeros bots que assolam a plataforma”

A medida chega em um momento conturbado para a plataforma, que há anos enfrenta problemas com a disseminação de discursos de ódio e outras opiniões preconceituosas e nocivas, muito por conta de contas falsas criadas com o intuito de justamente espalhar “fake news”. 

Perda de usuários

Essa não é a única forma de monetização proposta por Musk, cuja plataforma já começou a testar uma taxa de US$ 1 para todos os usuários do site e/ou aplicativo que quiserem fazer publicações ou comentar nos posts de outros usuários. A medida foi aplicada em apenas alguns países por enquanto, mas a ideia é reduzir o número de bots ou contas fraudulentas. 

Parte dessas medidas podem ser atribuídas à enorme perda de usuários que o X sofreu desde que Musk assumiu em outubro do ano passado. Como resultado de uma série de medidas controversas por parte do bilionário – entre elas a demissão de uma grande parte da equipe de moderadores da plataforma -, estima-se que o antigo Twitter terá uma perda de receita de até US$ 1,3 bilhão em 2023.

Ainda é incerto se essas medidas serão o suficiente para cativar a atenção dos anunciantes que cortaram laços com a plataforma devido à falta de moderação, mas Musk permanece esperançoso.

Atualmente, a assinatura premium do Twitter pode ser adquirida por R$ 42 ao mês, ou R$ 440 anualmente. Ela dá ao usuário uma maior priorização de visibilidade ao algoritmo, redução de 50% nos anúncios, o selo de verificação e a possibilidade de fazer postagens mais longas, além de monetizar as postagens através da plataforma.

Foto destaque: Elon Musk ao comparecer no evento Met Gala. Reprodução/AFP/Angela Weiss/G1.

Conheça uma das mansões mais luxuosas do mundo em Hong Kong

Possuir uma casa de luxo é um dos grandes prazeres de magnatas ao redor do mundo, mas as residências mais prestigiosas estão sempre mudando. Tal como a tecnologia, os conceitos de beleza, design e arquitetura estão sempre em constante mudança, evoluindo com o passar das décadas. Aos que desejam acompanhar o ritmo das mudanças e viver no mais luxuoso conforto, o preço pode ser bastante elevado, como atesta uma das casas mais caras do mundo. 

Uma das mansões mais luxuosas

Sendo vendida em Hong Kong, na China, a mansão de 11 quartos e oito banheiros está localizada em Repulse Bay, uma área residencial bastante exclusiva e luxuosa, na costa sul da ilha. A residência está avaliada em cerca de R$ 1,4 bilhão (US$ 280 milhões), tornando-a mais cara até mesmo do que o luxuoso apartamento com cobertura localizado no Central Park em Nova Iorque, a propriedade norte-americana oficialmente listada pelo maior valor no momento.


Um dos oito banheiros da mansão (Foto: reprodução/Habitat Property/SCMP)


A residência, que ocupa mais de 1600 metros quadrados, foi finalizada ainda em 2019, mas a pandemia do Covid-19 fez com que o dono do terreno preferisse esperar para vendê-la. De acordo com Victoria Allan, Diretora-Executiva da Habitat Property — atual responsável pela venda —, a espera ainda pode ter diminuído o valor de venda da propriedade, mas a expectativa é que a mansão arrecade uma soma considerável de dinheiro, tendo em vista seu tamanho e a proximidade à praia, além do belo design usado na construção. 

Construída com detalhes clássicos

O terreno da propriedade era originalmente ocupado por um complexo de apartamentos antes de ser comprado pelo First Group Holdings, em 2014, por US$ 44.7 bilhões. O prédio original foi posteriormente demolido, abrindo espaço para que o terreno fosse usado na construção da luxuosa mansão, que emprega um estilo clássico mesclado ao moderno. 

O tom que predomina na residência é o branco, desde as paredes pintadas ao chão de mármore, como pode ser visto nas imagens. A parte central da mansão pode ser acessada por uma grande escadaria, mas ela também conta com um elevador. Na listagem da residência, ela é descrita como “perfeita para famílias”, pois também tem um grande espaço aberto, com visão da praia e uma piscina. 


Visão da escadaria principal da residência (Foto: reprodução/Habitat Property/SCMP)


A propriedade ainda não encontrou um comprador, mas deve ser apenas uma questão de tempo e possivelmente uma renegociação do preço, caso o valor do terreno continue caindo em razão dos tempos difíceis que Hong Kong enfrentou ano passado.

Foto destaque: Visão da entrada da mansão em Repulse Bay, Hong Kong. Reprodução/Habitat Property/Bloomberg

Bilionários americanos usam a filantropia para evitar impostos em heranças

Se alguns séculos atrás as fundações da sociedade estavam sendo abaladas por indivíduos com “dinheiro novo” — que não foi herdado, mas geralmente conquistado através do comércio ou durante o surgimento das grandes indústrias —, parece que o dinheiro americano de atualidade está, em sua grande maioria, concentrado na geração antiga. Cerca de US$ 93 trilhões, que corresponde a dois terços do tesouro familiar norte-americano, está nas mãos dos “baby boomers”, pessoas que nasceram entre 1945 e 1964.

Grandes heranças e o governo americano

É esperado por analistas que cidadãos de classe-média venham a falecer após terem gastado grande parte de suas economias, não deixando herança para os familiares. Contudo, a enorme quantidade de ativos concentrada nas mãos dos americanos mais ricos certamente será herdada por filhos, netos, bisnetos, cônjuges ou outras pessoas de interesse, algo que é de grande interesse para o governo americano, cuja renda é composta por uma parte significativa de impostos arrecadados sobre heranças. 

No papel, o governo americano impõe um severo imposto de 40% sobre heranças em território nacional, mas isso foi alterado ao longo de décadas de revisão na lei e outras políticas que diluíram o sistema. Como resultado, apenas 0,04% das heranças passam por algum tipo de tributação, em comparação com os 2,18% na virada do século. Um dos motivos para essa queda drástica são as mudanças anuais que o Congresso realiza. Por exemplo, nos anos 2000, casais podiam transferir apenas U$ 1,35 milhão em patrimônio para herdeiros sem imposto. Já em 2023, esse número subiu para US$ 26 milhões; um aumento significativo, mesmo se considerado o índice de inflação. 

Mas esse número ainda pode não ser o bastante para os grandes bilionários, que possuem fortunas ainda mais vastas e expansivas. Como resultado, muitos acabam adotando certas estratégias para evitar os impostos. 

Filantropia é uma das opções 

Uma das estratégias que alguns bilionários adotam para evitar os impostos sem serem duramente criticados são as práticas filantrópicas. Andrew Carnegie — ex-bilionário americano que era a favor da taxação de grandes heranças —, doou cerca de 90% de seu patrimônio antes de falecer em 1919, um valor que hoje em dia seria equivalente a US$ 6 bilhões. Os outros 10% foram para uma organização sem fins lucrativos chamada Carnegie Corp.

Em 2016, a organização filantrópica Giving Pledge foi fundada por Warren Buffett em parceria com Bill Gates e sua esposa, Melinda. O objetivo da organização é criar uma rede de bilionários disposta a doar sua riqueza para causas filantrópicas, seja durante a vida ou após a morte. Até o momento, 104 bilionários americanos já fazem parte dessa organização, que conta com um patrimônio líquido de US$ 1,5 trilhão. 

Opinião dos bilionários

Barry Diller, fundador do conglomerado de internet e mídia IAC, acredita que o código tributário norte-americano não é justo para com pessoas mais pobres. Ele é um dos 104 participantes do Giving Pledge, mas já afirmou que pretende deixar uma parte de seu dinheiro para os filhos. Apesar disso, o bilionário não se arrepende de ter usado ferramentas legais para conseguir pagar menos impostos. Segundo ele, “é necessário obedecer o código tributário. Se a lei permite que uma pessoa faça algo de determinada maneira, que indivíduo sensato agiria de outra forma?”.

Phil Knight, um dos fundadores da Nike, não acredita que o governo consiga usar o dinheiro dos impostos de maneira eficaz, preferindo acreditar em instituições de caridade. O bilionário já doou mais de U$ 3 bilhões para ações filantrópicas, em especial à Universidade de Oregon e a de Stanford. 


Phill Knight, cofundador da Nike, com um patrimônio de US$ 40 bilhões (Foto: reprodução/Getty Images/Steve Dykes/Forbes)


Até mesmo Harold Hamm, um dos grandes magnatas do setor de petróleo e gás, não confia no governo americano para cuidar do dinheiro da população. Grande parte de suas doações até o momento, um montante de cerca de US$ 200 milhões, foram para a pesquisa sobre diabetes e institutos de energia.

Enquanto a evasão de taxas e outras práticas ilícitas por vezes praticadas pelos grandes bilionários e magnatas norte-americanos dificilmente seja razão de orgulho, é difícil negar que a doação para causas filantrópicas seja algo ruim. 

Nesse ponto, a transferência de riqueza e o processo de herança pode se tornar um grande benefício aos americanos mais pobres, que carecem de dinheiro e da oportunidade para subir de vida.

 

Foto destaque: Barry Diller e Diane von Furstenberg, sua esposa, no tapete vermelho durante a celebração do Oscar de 2017 em Beverly Hills. Reprodução/Prensa Internacional/ZUMA Wire/Fox Business

Activision Blizzard é oficialmente adquirida pela Microsoft após aprovação do CMA

Em anúncio feito nesta sexta-feira (13), a Microsoft revelou que a aquisição legal da desenvolvedora de jogos Activision Blizzard, responsável por franquias consagradas no mercado como Call of Duty, Diablo e Warcraft, foi finalmente aprovada pelo Reino Unido. 

Microsoft precisou fazer concessões

Desde que a negociação de aquisição da Activision Blizzard foi anunciada em janeiro de 2022, a Microsoft enfrenta uma dura batalha nos tribunais, tanto nos Estados Unidos quanto em outras nações, como o Reino Unido. A preocupação de um possível monopólio por parte da gigante de tecnologia era extrema e, até então, a Autoridade de Concorrência e Mercado do Reino Unido (CMA) era um dos últimos órgãos reguladores que ainda não havia aceitado as propostas da Microsoft para obter a aprovação da compra. 

Tratava-se de um problema gravíssimo para a Microsoft, já que o acordo com a Activision Blizzard já havia sido firmado, mas a compra não pôde ser concluída sem a aprovação absoluta das instituições responsáveis ao redor do mundo.

Em uma tentativa de apaziguar o CMA, que já havia bloqueado o acordo em abril deste ano, a Microsoft aceitou vender os direitos de streaming de jogos desenvolvidos pela Activision para uma de suas rivais no mercado, a Ubisoft.

Momento de celebração para a Microsoft

A concessão, além de outras promessas que a Microsoft já havia feito anteriormente em tribunal para assegurar os órgãos reguladores de que não exerceria um monopólio sobre o mercado de videogames, parece ter surtido efeito. Em setembro, a CMA anunciou uma aprovação provisória para a aquisição, que foi concluída nesta sexta-feira. 


Phil Spencer celebrando a aquisição em sua conta no X (Foto: Reprodução/X/Phil Spencer)


Phill Spencer, CEO do Xbox, também afirmou que a empresa já está dando os primeiros passos para trazer as franquias amadas pelo público para o console da Microsoft. 

“[…] Hoje damos oficialmente as boas-vindas à Activision Blizzard e suas equipes ao Xbox. Agora trabalharemos para trazer as amadas franquias da Activision, Blizzard e King para o Game Pass e outras plataformas”, afirmou Spencer durante comunicado, celebrando a aquisição.

Sem mais empecilhos bloqueando a compra, isso significa que basta a finalização dos últimos trâmites legais para que a Activision Blizzard, comprada pelo valor histórico de US$ 68,7 bilhões, seja inteiramente de propriedade da Microsoft.

Foto destaque: Homem segurando tablet com logo da Activision na tela. Reprodução/Getty Images/Ina Fassbender/Kotaku

Axiom Space anuncia parceria com Prada para a criação de novo traje espacial

Em anúncio surpreendente, a Prada — uma das marcas de moda mais famosas da Itália — recentemente informou ao público de sua nova parceria com a Axiom Space para desenvolver os novos trajes espaciais que serão usados pelos astronautas na missão Artemis III, cujo objetivo é levar a humanidade à Lua uma vez mais. Segundo o anúncio, a ideia é que a marca de luxo participe e auxilie no processo de design do traje, buscando criar uma vestimenta elegante e confortável. 

Sobre a missão Artemis III

A missão lunar Artemis III, que foi inicialmente idealizada em 2017 como Exploration Mission-3 antes de ser rebatizada ao ter seus parâmetros alterados, pretende levar a humanidade de volta para a Lua. Em parceria com empresas privadas que vieram a alcançar renome no setor durante os últimos anos, a Nasa pretende realizar o lançamento até dezembro de 2025, após uma série de atrasos na construção do foguete que fará a viagem.

E embora a jornada até o solo lunar ainda esteja comparativamente distante para nós, os preparativos já estão sendo feitos de antemão. 

Axiom Space e a parceira com a Prada

Financiar um programa espacial do porte necessário para lançar um foguete até o satélite natural orbitando nosso planeta não é uma tarefa fácil, principalmente com os cortes que o orçamento da Nasa sofreu ao longo das décadas, desde o auge da corrida espacial na década de 70. Entre construir o veículo responsável pela viagem, treinar os astronautas que farão parte da equipe e uma miríade de outras responsabilidades, é impossível que a agência americana consiga fazer tudo sozinha.

Em busca de tornar essa tarefa algo mais concreto, a Nasa entrou em parceria com a Axiom Space — uma empresa privada com raízes no Texas e que pretende ser dona da primeira estação espacial comercial até 2025 —, para cuidar do desenvolvimento do traje que os astronautas irão usar durante a missão. Esta, por sua vez, agora  anunciou uma parceria com a Prada, que irá cuidar dos detalhes de design e conforto do equipamento. 


Protótipo inicial do AxEMU, traje espacial da Axiom Space, inicialmente revelado em 2022 (Foto: Reprodução/Axiom Space)


A experiência da Prada com materiais, técnicas de fabricação e conceitos inovadores de design vão garantir não apenas o conforto dos astronautas na superfície lunar, mas também outros fatores humanos extremamente importantes e que, até então, estavam ausentes nos antigos trajes espaciais”, afirmou Michael Suffredini, CEO da Axiom Space, durante comunicado sobre a parceria.

A ideia é que engenheiros e especialistas em design da marca de grife italiana trabalhem em conjunto com a equipe de Axiom Space para desenvolver o novo traje espacial, acompanhando o processo de desenvolvimento de modo a auxiliar os materiais corretos, bem como definir as características necessárias de uma vestimenta que será usada em solo lunar, podendo enfrentar os desafios que uma missão desse porte proporciona, mas sem sacrificar o conforto dos astronautas. 

Os novos trajes devem oferecer uma maior flexibilidade ao corpo, além de proteção aprimorada ao ambiente hostil da Lua. Além do mais, também contarão com ferramentas apropriadas para uma exploração científica mais aprofundada enquanto a equipe estiver pousada no satélite natural.

A missão Artemis III deve ser presumivelmente lançada até 2025, mas existe a possibilidade dela ser adiada novamente devido aos problemas enfrentados pela SpaceX — outra parceira da Nasa nessa empreitada — para finalizar a construção do foguete Starship, responsável pelo lançamento.

Foto destaque: Jim Stein, engenheiro-chefe da Axiom Space, demonstrando o protótipo do novo traje espacial feito pela empresa. Reprodução/Associated Press/David J. Phillip