De acordo com os dados da Agência Nacional de Cinema (Ancine), o Brasil lidera na América Latina em números de serviços de streaming em operação, está muito à frente do segundo colocado, a Argentina, com 53 serviços de streaming em funcionamento. O Chile vem em seguida com (50), seguido pelo México (45), Colômbia (43), Peru (42), Uruguai e Equador (38), Honduras (36), Guatemala (34), El Salvador e Panamá (33), Costa Rica e Venezuela (31), Nicarágua (24), República Dominicana e Bolívia (16) e Paraguai (15). No total, são mais de 139 mil filmes e mais de 32 mil séries disponíveis nas diversas plataformas de streaming em território brasileiro. Esses dados foram obtidos por meio de um estudo conduzido pelas agências BB Media, DEG Internacional e BASE, que analisaram fenômenos relacionados ao cenário global de entretenimento.

Vale destacar também que entre esses 137 serviços de streaming, 56 são de origem nacional. No entanto, a maior parte do conteúdo consumido pelos brasileiros provém dos Estados Unidos, que contribuem com 11% do total de material assistido. Em sequência, figuram a Índia, Reino Unido, França e, por fim, o Brasil.

Preferência nacional

Quanto à popularidade entre os usuários brasileiros, a Netflix desponta como plataforma mais amplamente adotada, sendo utilizada por 29% dos consumidores. Logo após, temos o Prime Video, com 22% de adesão, a Disney+ com 12% e, ocupando o última posição, a Globoplay com 11%.

Falando em Netflix, a plataforma se destaca por oferecer 161 títulos de produções audiovisuais brasileiras, seguida por Globoplay e Amazon Prime Video. Somente no último ano, foram lançados pelo menos 39 títulos de produção local, com a maioria sendo proveniente da Netflix e Disney+. Além disso, há planos para o lançamento de 50 produções locais nos próximos meses. A produção brasileira tem atraído a atenção das principais plataformas de streaming, como Paramount+, HBO Max e Star+, que estão expandindo seus catálogos com produções latinas.

_{“Sintonia” é uma produção nacional que se destaca na Netflix, ocupando a 1° posição do streamings no Brasil na última semana. Foto: (Reprodução/Terra/Netflix)}

Novidades

Este ano, o mercado de streaming brasileiro recebeu a adição de várias novas plataformas, como o UFC Fight Pass, Bloomberg Originals, Canela Kids e EiTV Play.

Pirataria

Apesar da ampla variedade de serviços e dos valores mais baixos em comparação com outros países da América Latina, bem como das novas opções de streamings com anúncios a preços reduzidos ou até mesmo gratuitos, a pirataria continua a ser um desafio. Os dados revelam que cerca de 3 em cada 10 consumidores admitiram ter acessado conteúdo de forma não oficial, o que representa 29% da amostra total de pessoas que foram consultadas.

Foto destaque: A Netflix ainda é o streaming mais acessado entre todas as plataformas no Brasil, além de disponibilizar o maior número de produções nacionais. Reprodução/Itapema FM.

O aguardado documentário “Sly”, que narra a vida e a carreira do renomado astro Sylvester Stallone, foi selecionado para encerrar o prestigiado Festival Internacional de Cinema de Toronto deste ano. Conforme relatado pelo The Hollywood Reporter, essa produção da Netflix terá sua estreia mundial no icônico Roy Thomson Hall em 17 de setembro. Confira abaixo um teaser da produção:

_{Teaser Oficial do documentário “Sly” que narra a carreira e a vida de Sylvester Stallone (Reprodução/YouTube/Netflix)}

É importante ressaltar que, devido a sua natureza documental, o filme não está sujeito à restrição do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA), que proíbe os membros de fazerem aparições públicas para promover projetos durante a greve. Isso sugere a possibilidade de que Stallone esteja presente na grandiosa noite de estreia, embora essa presença não esteja confirmada.

Sobre “Sly”

A sinopse de “Sly” oferece um vislumbre envolvente da vida do ator, escritor, diretor e produtor indicado ao Oscar, que por quase cinco décadas cativou milhões com personagens icônicos e franquias de sucesso, incluindo “Rocky”, “Rambo” e “Os Mercenários”. O documentário, dirigido por Thom Zimny (conhecido por dirigir a biografia “O Dom: A Jornada de Johnny Cash” e o documentário “Springsteen on Broadway”) e produzido por Sean Stuart (que participou da produção de “What’s My Name: Muhammad Ali”, de 2019), explora a inspiradora trajetória do ator e a conexão profunda entre essa jornada e os personagens memoráveis que ele trouxe à vida.

Os fãs podem esperar ver “Sly” na Netflix a partir de novembro, em uma data a ser anunciada. Vale destacar que o Festival Internacional de Cinema de Toronto 2023 está agendado para ocorrer de 7 a 17 de setembro.

Além disso, a Netflix também possui uma série documental de três partes sobre o amigo de Stallone e ex-rival de bilheteria, Arnold Schwarzenegger, intitulada “Arnold”.

Sobre Sylvester Stallone

Sylvester Gardenzio Stallone nasceu em Nova Iorque (Estados Unidos) em 6 de julho de 1946. Quando Stallone nasceu, fruto de um parto complicado, a equipe médica usou um fórceps, o que deixou consequências para o resto da vida do ator, pois danificou um nervo em sua face.

Em 1970, fez sua estreia como ator em um filme adulto chamado “The Italian Stallion” (“O Garanhão Italiano”, em português). Também começou a aparecer em alguns filmes de Woody Allen até ganhar um papel de destaque no filme “Juventude à Solta” (1974).

Mesmo assim, o sucesso e o dinheiro não vieram facilmente; com dificuldades financeiras, Stallone foi obrigado a vender seu cachorro Butkus, da raça bullmastiff, por US$ 40 a um desconhecido.

Uma luta entre Muhammad Ali e Chuck Wepner inspirou Stallone a escrever o roteiro de “Rocky”. A condição colocada pelo artista foi que ele também interpretasse o papel do protagonista; o roteiro acabou sendo vendido por US$ 35 mil dólares, dos quais Stallone desembolsou US$ 15 mil para ter Butkus de volta. Valeu a pena, pois o cachorro pôde ser visto junto com o protagonista no filme “Rocky”. O filme foi um sucesso e gerou cinco sequências (“Rocky II”, “Rocky III”, “Rocky IV”, “Rocky V” e “Rocky Balboa”) e o spin-off “Creed”, que já se tornou uma trilogia.

Muito além de “Rocky”, Stallone já protagonizou diversas outras produções de sucesso, como as franquias “Rambo” e “Os Mercenários”.

Foto destaque: Sylvester Stallone, aos 77 anos, assumindo os cabelos brancos. Reprodução/Melhor com Saúde

O Brasil amanheceu de luto nesta segunda-feira (07) com a notícia do falecimento da atriz Aracy Balabanian, que nos deixou aos 83 anos após uma breve luta contra um câncer de pulmão. No entanto, além de lamentar a perda, devemos prestar homenagens e relembrar os melhores momentos de sua carreira brilhante, marcada para sempre na teledramaturgia brasileira. Veja aqui uma breve retrospectiva de suas participações mais lembradas:

_{Elenco do musical “Hair”. Foto: (Reprodução/Memória EBC)}

Origens e Primeiros anos de carreira

Aracy era filha de imigrantes armênios e nasceu em 22 de fevereiro de 1940 em Campo Grande – MS. Durante a pré-adolescência, mudou-se para São Paulo com a família e decidiu se tornar atriz ao assistir a uma peça de Carlo Goldoni encenada pela companhia de Maria Della Costa. No entanto, sofreu resistência do pai, que desaprovou a escolha. Anos depois, ela foi convidada por Augusto Boal (diretor do Teatro de Arena) para um teste no Teatro Paulista do Estudante. No qual passou e o seu primeiro trabalho foi a peça “Almanjarra”, de Arthur Azevedo, rendendo uma série de elogios dos críticos Décio de Almeida Prado e Sábato Magaldi.

Aos 18 anos, ingressou na Escola de Arte Dramática de São Paulo e em Ciências Sociais na USP. Na segunda delas, acabou abandonando no terceiro ano para se dedicar 100% ao teatro, participando de grandes espetáculos como: “Os Ossos do Barão”, o musical “Hair” e a adaptação da tragédia grega de Sófocles, “Antígona”, em um teleteatro da TV Tupi.

_{Aracy Balabanian com o elenco de “Vila Sésamo”. Foto: (Reprodução/O Tempo/TV Cultura)}

Carreira na Televisão

Foi nesse momento que Aracy iniciou sua carreira na televisão. Nos anos 60, participou das novelas “Marcados pelo Amor” e “Antônio Maria” na TV Record, papéis importantes para conquistar a aprovação de seu pai.

Em 1972, a atriz estreou pela Rede Globo na novela das sete em preto-e-branco “O Primeiro Amor”, em seguida, interpretou Gabriela no marcante programa infantil “Vila Sésamo”.

Em 1988, Aracy foi para a Rede Manchete e participou das novelas “Mania de Querer” e “Helena”.

_{Aracy Balabanian vive dona Armênia em “Rainha da Sucata” e “Deus nos Acuda”. Foto: (Reprodução/UOL/Nelson Di Rago/Memória Globo)}

Rede Globo (em definitivo)

Em 1989, Aracy Balabanian foi novamente para a Rede Globo e não quis sair mais, seu retorno foi marcado pelo papel de Maria Fromet em “Que Rei Sou Eu?”.

Nos anos 90, interpretou duas vezes a mesma personagem, a controladora e inesquecível dona Armênia nas novelas “Rainha da Sucata” (1990) e “Deus nos Acuda” (1992), famosa pelo bordão “na chon!”.

Em 1995, ela deu vida a personagem Filomena na novela “A Próxima Vítima”. O papel lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte.

_{Aracy Balabanian com Miguel Falabella em “Sai de Baixo!”. Foto: (Reprodução/Observador/Tv Globo)}

“Sai de Baixo!”

Este programa merece um capítulo à parte. Aracy Balabanian interpretou a eterna Dona Cassandra no sitcom “Sai de Baixo!”, que foi ao ar de 1996 a 2002, além de um “remember” em 2013 e mais um filme em 2019. O programa misturava TV e teatro de uma forma inovadora para a época, reunindo as duas paixões de Aracy.

Cassandra era uma socialite em decadência, contentada em aplicar golpes para tentar manter o padrão de vida junto de sua filha, Magda (Marisa Orth) e o genro Caco Antibes (Miguel Falabella), a principal vítima de seus golpes era seu irmão, Vavá, vivido pelo inesquecível Luis Gustavo, falecido em 2021. Outros atores que tinham papéis recorrentes e marcantes no sitcom eram Tom Cavalcante (Ribamar), Cláudia Rodrigues (Sirene), Marcia Cabrita (Neide) e também a falecida Cláudia Jimenez, a divertida empregada doméstica Edileuza.

_{Aracy Balabanian interpreta dona Bubu no remake de Saramandaia. Foto: (Reprodução/Virgula/Tv Globo/Saramandaia)}

Outros Trabalhos da Artista

Muito além de “Sai de Baixo”, Aracy também participou de outras produções. Ela foi a governanta Germana em “Da Cor do Pecado” (2004), viveu Gemma na novela “Passione” (2010), interpretou a ucraniana Máslova Tilman em “Cheias de Charme” (2012), fez o papel de dona Bubu no remake de “Saramandaia” (2013) e Iracema em “Geração Brasil” (2014). Também participou das novelas “Sol Nascente” (2016) e “Pega Pega” (2017), sendo homenageada em “Malhação: Vidas Brasileiras” de 2018.

Seu último trabalho como atriz foi como dona Rosa no especial de fim de ano “Juntos a Magia Acontece” de 2019.

Morte e Legado

Aracy Balabanian faleceu nesta segunda-feira (07), aos 83 anos, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. A artista tratava um câncer de pulmão desde o fim do ano passado, mas maiores detalhes da morte não foram revelados.

Durante sua vida, foram mais de 50 anos de carreira, além de 30 novelas e espetáculos de teatro. Apesar de não ter tido filhos, ela tinha 6 irmãos e vários sobrinhos que lamentaram profundamente a morte da histórica atriz.

Foto destaque: Aracy Balabanian faleceu hoje (07) aos 83 anos. Reprodução/Globo/RD1.

Graves acusações contra a Disney surgem durante a greve do sindicato SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists), que representa os atores de Hollywood. Segundo reportagem divulgada na última quarta-feira (2) pela NPR, a Disney e a Marvel Studios realizaram escaneamento completo do rosto e corpo de diversos figurantes durante as gravações da série “WandaVision”.

Alexandria Rubalcaba, uma das figurantes que recebeu o pagamento do salário sindical da SAG-AFTRA de US$187 por dia (cerca de R$912 na cotação atual), afirma ter sido instruída pela equipe de produção a se dirigir a um reboque.

Dezenas de outros figurantes foram levados ao mesmo local, onde, um por um, foram orientados a se posicionar em frente a uma série de câmeras em suportes de metal atrás de vidro.

“Deixe as mãos para fora. Coloque as mãos para dentro. Olhe para cá. Olhe para lá. Mostre seu rosto assustado. Mostre seu rosto surpreso”, lembra Rubalcaba sobre as instruções que recebeu, processo que levou em torno de 15 minutos para cada figurante.

Dom Lubsey, um ator de Los Angeles que trabalha principalmente como figurante, relata que também foi escaneado para um programa de televisão sobre basquete:

“Queriam que eu fizesse comemorações. Tive que fazer caras de raiva. Pediram para eu fazer gritos de guerra. Fiz tudo”, disse ele, em um processo muito similar ao relatado por Rubalcaba.

O problema é que nenhum dos figurantes recebeu pagamento por isso, e também não assinaram contratos permitindo o uso de suas imagens digitais futuramente. O temor é que a Inteligência Artificial substitua os atores de apoio, e talvez, futuramente, os atores principais. Por isso, o uso de IA se tornou um dos temas centrais na atual greve dos atores com os estúdios, sendo o maior conflito trabalhista em Hollywood desde a década de 1960.

A reportagem ainda destaca que o uso de tecnologia para criar grandes multidões, conhecido como “crowd tiling“, não é novidade, sendo usado em grandes produções como “O Senhor dos Anéis” e “Game of Thrones“. No entanto, com o uso de novas técnicas de IA, não são apenas multidões e exércitos que serão criados digitalmente, mas também indivíduos que poderão aparecer falando e se movimentando na tela.

_{Alexandria Rubalcaba e Dom Lubsey, Rubalcaba aparece usando uma camiseta em apoio à greve do sindicato SAG-AFTRA. Foto: (Reprodução/GBH/NPR/NPR/Grace Widyatmadja)}

Motivos da greve dos atores de Hollywood

Os membros do Sindicato dos Atores de Hollywood, conhecido como SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists), estão reivindicando melhorias salariais, ajustes nas remunerações provenientes das plataformas de streaming e proteção contra o uso de inteligência artificial na indústria do entretenimento.

Sobre a série “WandaVision”

“WandaVision” é a primeira série da Marvel Studios lançada no streaming Disney+ em janeiro de 2021. A série funciona como uma “ponte” que sucede e também antecede eventos do Universo Cinematográfico Marvel (MCU) e foca na poderosa Wanda Maximoff, que cria sua própria realidade para escapar e esquecer a morte do seu marido, o Visão, ocorrida durante os eventos do filme “Vingadores: Guerra Infinita”, de 2018. Na série, Wanda tem filhos com Visão e finalmente parece ter uma família estruturada e feliz, mas as coisas começam a dar errado quando Wanda percebe estar sendo manipulada por outra poderosa feiticeira. O resultado catastrófico dos acontecimentos de “WandaVision” pode ser visto no filme “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”, de 2022.

Foto Destaque: atriz Elizabeth Olsen interpretando Wanda Maximoff em cena da série “WandaVision”. Reprodução/Cinema com Rapadura/WandaVision/Disney+.

Na última segunda-feira (31), o jovem ator Angus Cloud faleceu com apenas 25 anos. Contudo, Angus deixou três trabalhos póstumos, que vão servir como uma espécie de “testamento” do trabalho do ator, conforme informações do Omelete. Abaixo, há mais informações sobre cada um deles:

“Freaky Tales”

Escrito e dirigido pela talentosa dupla Anna Boden e Ryan Fleck, conhecida por seu trabalho em “Capitã Marvel”, este drama conta com um elenco de peso, incluindo Pedro Pascal, Ben Mendelsohn, Dominique Thorne e Normani. Situadas na Califórnia do final dos anos 1980, a história se desenrola em quatro tramas interconectadas. A data de estreia ainda não foi divulgada.

“Your Lucky Day”

Neste thriller do diretor e roteirista estreante Dan Brown, somos apresentados a uma história intrigante estrelada por Jason O”/Mara e Jessica Garza. O enredo gira em torno de um bilhete premiado de loteria no valor de incríveis US$156 milhões que é encontrado em uma loja de conveniência. A data de estreia ainda será definida.

Filme sem título, originalmente chamado de “A Filha do Drácula”

Contará com a participação de Chad Villella, do trio Radio Silence, conhecido por trabalhar em “Pânico 5 e 6”, como produtor do novo projeto. A equipe de produção inclui William Sherak, Paul Neinstein e James Vanderbilt, que já trabalharam com a equipe em “Pânico”. Tripp Vinson, que colaborou com a Radio Silence em “Casamento Sangrento”, também fará parte da produção.

Este projeto promete trazer novas histórias inspiradas nos clássicos monstros da Universal, como Drácula e Frankenstein. A trama emocionante segue um grupo de jovens que é sequestrado, sem saber que um deles é a filha do próprio Drácula. O elenco contará com a participação de talentos como Melissa Barrera e Dan Stevens. A estreia do filme está prevista para abril de 2024.

_{Angus Cloud interpretando Fezco, melhor amigo de Rue Bennett, personagem de Zendaya, na série Euphoria (Foto: Reprodução/O Globo/Euphoria/HBO Max)}

A morte do ator

As causas da morte do ator ainda não foram esclarecidas e estão sob investigação. No entanto, há suspeitas de overdose, uma vez que Cloud já teve problemas com o vício em drogas. Ele também falava abertamente sobre seus problemas de saúde mental e enfrentava um duro luto pela morte de seu pai, que havia falecido na semana passada.

Angus Cloud ainda não havia gravado sua participação para a terceira temporada de “Euphoria”, prevista apenas para 2025. Sua partida deixou em aberto como a série vai lidar com a perda do ator que interpretava o carismático traficante. Angus deixou um breve, porém marcante, legado na indústria do entretenimento.

Além de seu papel em “Euphoria”, Angus Cloud também participou do filme de drama e comédia “North Hollywood” em 2021, estrelado por Ryder McLaughlin, Miranda Cosgrove e Vince Vaughn.

Foto destaque: Angus Cloud em evento de divulgação da série “Euphoria”, primeiro trabalho na carreira do ator. Reprodução/New Stars Education & Migration

Segundo o Variety, Carol Lombardini, presidente da AMPTP (Alliance of Motion Picture and Television Producers, ou Aliança de Produtores de Cinema e TV, em português) entrou em contato com o sindicato dos roteiristas (WGA – Writers Guild of America, ou Associação de Escritores da América) para tentar pôr fim à greve que começou no dia 1° de maio e, antes mesmo da greve dos atores de Hollywood, já havia paralisado produções importantes, como a quinta temporada de “Stranger Things”, da Netflix, a série “Ruptura”, da AppleTV+ e a nova temporada de “The Last of Us”, da HBO Max.

Uma nova rodada de negociações está prevista para começar na próxima sexta-feira (04), com a participação de Carol Lombardini e Ellen Stutzman, a principal negociadora do WGA. Vale destacar que este é o primeiro contato entre as duas partes desde 1º de maio.

_{Carol Lombardini (esq.) e Ellen Stutzman (dir) vão se encontrar para tentar negociar o fim da greve nesta sexta-feira (04) (Foto: Reprodução/AMPTP/Vernon T. William/Deadline/Dominic Patten)}

Motivos que levaram à greve

O sindicato apresentou diversas demandas, incluindo mudanças no cálculo dos pagamentos residuais para roteiristas relacionados à exibição contínua de suas obras na TV e streaming, regulamentação da estrutura das salas de roteiristas televisivas e proteções contra o uso de inteligência artificial na produção de filmes e séries, o que parece ser sua principal preocupação no momento.

Greve dos atores de Hollywood

Diante deste pequeno avanço para o fim da greve dos roteiristas, surge a pergunta sobre a possibilidade de também encerrar a greve do sindicato SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists), que representa os atores de Hollywood. Até o momento, essa negociação envolve apenas os estúdios de Hollywood e o WGA, o que é natural, considerando que eles entraram em greve antes e, mesmo com um avanço no fim da greve dos roteiristas, isso não encerra imediatamente a greve dos atores. No entanto, pode indicar um caminho a ser seguido em relação às negociações com a SAG-AFTRA também.

Vale lembrar que a SAG-AFTRA, representando 160.000 artistas, entrou em greve em 14 de julho, unindo-se aos roteiristas para pressionar os estúdios a aumentar as taxas de pagamento e os pagamentos residuais para conteúdo de streaming e desenvolver regras e proteções em torno do uso de inteligência artificial na TV e no cinema. As greves simultâneas dos sindicatos de roteiristas e artistas, a primeira em Hollywood desde 1960, paralisaram a maioria das produções de TV e cinema, adiando várias produções e premiações, como o Emmy 2023, e devem esvaziar grandes eventos que costumam contar com a participação de grandes estúdios e atores promovendo suas produções, como a San Diego Comic-Con.

Foto destaque: Manifestação dos roteiristas durante a greve em Hollywood. Reprodução/Reuters/Mike Blake