Sobre Bianca Penteado

Jornalista no site Lorena R7.

Lais Ribeiro lança projeto para a proteção de 400 hectares da Amazônia

Engajada em causas socioambientais, a supermodelo brasileira Lais Ribeiro apresentou para o público, nesta semana, o novo projeto em que é co-fundadora. Intitulada “Noite para a Amazônia”, a iniciativa investirá no reflorestamento e na proteção do bioma em território nacional. Ao todo, mais de 400 hectares serão contemplados pelo programa. 

O projeto é realizado em parceria com a ONG The Boa Foundation, que atua em conjunto com comunidades indígenas para preservar culturas, terras sagradas e saberes ancestrais dos povos originários.

Fundei o projeto para dar suporte às missões que são próximas às minhas raízes”, afirmou a top model em evento de lançamento do Noite para a Amazônia. “Ainda há muito a ser feito e estamos animados e investindo para sermos parte da transformação e para desenvolver formas que garantam a proteção e a preservação da Amazônia brasileira”.

Lais Ribeiro

Nascida em Miguel Alves, interior do Piauí, Lais Ribeiro sonhava em trabalhar como enfermeira. A vida, porém, tomou outro rumo: passando pelo concurso de modelos da JOY Management no Brasil, ela foi revelada ao mundo da moda em 2009 e não demorou muito para se consagrar recordista. Estrando no país na primeira temporada de 2011, acumulou 53 desfiles entre São Paulo e Rio de Janeiro.

No mercado internacional, a modelo também desfilou para grandes grifes. Entre os nomes de peso, é possível citar Gucci, Versace, Marc By Marc, Hermés, Christian Dior, Tom Ford, Givenchy e Dolce & Gabbana.


Evento de apresentação do projeto “Noite para a Amazônia”  (Reprodução/Instagram/@spotlightmedialive)


Ativismo

Em paralelo à carreira meteórica dentro das passarelas, Lais também se manteve engajada em causas socioambientais. Desde outubro de 2015, a modelo é embaixadora da Bottletop, marca de luxo eco-friendly que emprega mulheres artesãs da África e do Brasil na produção de acessórios feitos com material reciclável.

No Brasil, a piauiense ainda investiu na produção artesanal de tapeceiros nordestinos. Em 2022, em parceria com a “Trapos e Fios”, Lais lançou uma coleção limitada de tapetes arredondados, inspirados na cabaça – fruta cuja casca era usada para transportar água. A iniciativa empregou mais de 30 famílias nordestinas, ligadas à produção das peças, e reverteu 20% do lucro adquirido em projetos sociais.

Outra ação notável da modelo foi o empreendimento de construção civil ecologicamente sustentável chamado “Arte Clube”. Desenvolvido em Minas Gerais, o projeto conta com o uso de tijolos ecológicos, biodigestores, água da chuva reaproveitada e energia solar.

Foto Destaque: Lais Ribeiro e Piyanko Piyanko (Reprodução/Instagram/@laisribeiro)

Métiers d’art: Chanel faz aposta certeira em franjas e adereços de cabeça

Sob o comando de Virginie Viard, a Chanel apresentou a coleção pre-fall da grife na noite da última quinta-feira (7) com o desfile Métiers d’art 2023/24 em Manchester, no Reino Unido. 

Nas passarelas da cidade britânica, a estilista da Maison apostou em looks rebeldes. Na composição visual, a essência da moda da grife era encontrada e inovada nos detalhes. Entre eles, a franja utilizada pelas modelos foi um dos destaques.

Hair stylist

Inspirado pelas influências urbanas e culturais de Manchester, o desfile apresentou looks ousados e que fogem dos clichês encontrados na alta-costura da Chanel.

Nesta edição do Métiers d’art, temporada exclusiva da casa, os cabelos foram assinados pelo hair stylist James Pecis, que criou diferentes designs e montagens envolvendo presilhas, chapéus e outros acessórios.

Nas passarelas, as boinas passaram batidas e os grandes sucessos na cabeça das modelos foram três. 


Desfile Métiers d’art (Reprodução/Instagram/@chanelofficial)


Tendência no universo da beleza, as franjas tradicionais ganharam adaptações. Foram utilizados adereços nada discretos que imitavam o corte e também penteados “fakes”, que prendiam longas mechas de cabelo na lateral da cabeça com presilhas douradas e fingiam ser franjas.

Sem poder deixar de mencionar, as toucas também marcaram presença. Elas incorporaram as torcidas organizadas britânicas e acabaram sendo responsáveis por composições que beiravam looks mais esportivos.

A coleção

Com uma direção artística impecável, Virginie Viard ampliou a cartela de cores da maison e trouxe peças de tons intensos, incluindo em neon. 

Sob esse olhar vibrante, a coleção apresentou looks que renovaram os itens imortalizados, como o clássico colar de pérolas e o tweed, agora confeccionado com padrões variados e enfeitado por bijus, joias e camélias – a flor que é referência da Chanel.

Métiers d’art

O desfile é apresentado todos os anos em dezembro e busca homenagear os ateliês que a grife começou a adquirir em 1984, com o objetivo de preservar o artesanato de moda de luxo.

 

Foto Destaque: As franjas fizeram sucesso nas passarelas da coleção Métiers d’art (Reprodução/Instagram/@chanelofficial)

Métier d’Art: Virginie Viard renova o clássico em desfile da Chanel

Para quem achava que a Chanel já não era mais capaz de surpreender, a grife provou exatamente o contrário na noite desta quinta-feira (7) com a coleção Métier d’Art 2023/24, apresentada em Manchester, no Reino Unido. No desfile, que abraçou o diálogo criativo entre a Grã-Bretanha e a maison comandada por Virginie Viard, o clássico ganhou uma nova releitura, dessa vez mais vibrante, pop e, às vezes, quase esportiva.

Métier d’Art

Realizado todos os anos em dezembro, o desfile Métier d’Art apresenta a coleção pre-fall da marca e homenageia os ateliês que a Chanel passou a comprar desde 1984 para preservar o know-how e o artesanato de moda de luxo.

Nesta edição, não foi à toa que Manchester foi escolhida para ser o palco do desfile. Segundo a maison, a cidade britânica é “uma das mais efervescentes da cultura pop e vanguardista, cujas bandas, abrangendo todos os gêneros, mudaram a história da música“. 

Com a direção artística impecável, a estilista Virginie Viard mostrou então que não tem medo de expor uma criação mais rebelde dentro da alta-costura, trazendo as influências urbanas e da cultura musical roqueira de Manchester para o design das peças. Tudo sem perder o DNA da marca.


Curta-metragem de divulgação do desfile feito por Sofia Coppola, embaixadora da Chanel (Vídeo: reprodução/Instagram/@chanelofficial)


Na coleção, o preto, branco e rosa claro tradicionais da Chanel foram reinventados. Viard ampliou a cartela de cores da grife e trouxe tons vibrantes, incluindo cores em neon.

O imortalizado colar de pérolas ganhou versões mais atuais e o tweed, uma das peças mais clássica da Chanel, recebeu padrões variados e foram enfeitados por bijus, joias e camélias – a flor que é referência na maison também foi atualizada e aplicada às peças seguindo a paleta monocromática do look.

Durante o desfile, as boinas e os laços em excesso quase caíram no clichê. Quase. Apesar da banalidade desses detalhes, a composição geral dos looks ainda surpreendia, com estampas curiosas, bermudas, bolsas em formato de caixinha de chá, agasalhos esportivos e bordados com imagens de vinis.

Visual

O cabelo e a maquiagem das modelos também não passaram despercebidos nas passarelas.

Grandes destaques na composição do visual, os cabelos foram assinados pelo hair stylist James Pecis e receberam diferentes designs e montagens. Enquanto as toucas faziam referência às torcidas organizadas inglesas, as modelos com os cabelos soltos traziam o espírito pop de Manchester.

Pecis apostou ainda em diferentes versões de franjas, que variavam entre acessórios de cabeça que imitavam o corte e franjas longas presas na lateral da cabeça com presilhas de pérola.

A beauty artist Lisa Butler, por sua vez, investiu em uma make de olho preto esfumado com tonalidades de vermelho, blush coral marcado no centro e batom de mesma cor.

Foto Destaque: look do desfile Métier d’Art (Reprodução/Instagram/@chanelofficial)

Batom vermelho: conheça a história e saiba das novas tendências do cosmético

O batom vermelho é um item indispensável na nécessaire de maquiagem. Ao ser aplicada nos lábios, a cor traz confiança, sensualidade e elegância para o visual. Mas, mesmo sendo um dos produtos de make mais antigos do mundo, o batom vermelho nem sempre foi popular ou socialmente aceito.

Vermelho icônico

As histórias sobre o surgimento do batom vermelho ainda divergem. Enquanto muitos pesquisadores consideram que os antigos sumérios inventaram o produto, em 3500 A.C., outros estabelecem que os responsáveis pela criação foram os egípcios.

Nos anos de Cleópatra, o cosmético era feito com uma mistura de carmim, ocre vermelho, gordura ou cera. Visto como símbolo de status na alta sociedade, o batom vermelho era utilizado tanto por homens quanto por mulheres.

Séculos mais tarde, na Idade Média, a popularidade do produto despencou. Na Inglaterra, entre 1830 e 1900, a rainha Victoria proibiu o uso desta maquiagem e as mulheres que usassem o batom vermelho poderiam até ser julgadas por bruxaria. Entre as leis criadas na época, uma ainda determinava que as mulheres eram culpadas por seduzir homens para o casamento através do uso do cosmético.


É difícil encontrar quem não ame usar o batom vermelho (Reprodução/Instagram/@maccosmeticsbrasil)


Depois de muitos altos e baixos, o batom vermelho foi ressignificado novamente em 1912, quando feministas aplicaram a cor nos lábios para a marcha sufragista em Nova York. Em meio a luta do direito feminino ao voto, o produto passou a ser considerado sinônimo de empoderamento.

E, por meio das telonas, a paixão do público pelo cosmético emplacou de vez. Nas décadas de 1920 e 1930, a intensidade do batom vermelho se destacava mesmo nos filmes em preto e branco. Favorito de Marilyn Monroe, que utilizava uma técnica própria para contornar e aumentar o volume dos lábios, o produto acabou se tornando também um ícone da sensualidade feminina.

Tendência

Para 2023, algumas tendências predominaram entre os usuários do batom vermelho. Muitos apostaram no degradê, que consiste em aplicar um batom mais escuro para delimitar a boca e um mais claro no centro desta. 

Outros ainda preferiram reviver a moda dos anos 2000, misturando a intensidade do vermelho com o brilho de um gloss. A técnica proporciona o efeito de preenchimento, passando a sensação de uma boca mais carnuda.

Foto Destaque: batom vermelho (Reprodução/Pixabay/@anncapictures) 

Know-how: conheça estratégias utilizadas por grupos do mercado de luxo

O know-how é um termo que se refere ao conhecimento prático que um indivíduo ou organização tem para realizar uma atividade específica. Desde os anos 2000, grandes grifes investem em estratégias para preservar e transmitir o próprio “savoir-faire” (saber fazer) de excelência e garantir a presença de artesãos no mercado de luxo. 

Atualmente, diante do movimento de relocalização industrial, mudança dos padrões de consumo e de compromissos de Responsabilidade Social Empresarial, essas grifes colhem os frutos da implementação dessa prática. Em entrevistas exclusivas, publicadas na última sexta-feira (24), a jornalista Anne Gaffié da revista L’Officiel questionou sobre a estratégia empregada por algumas dessas marcas.

LVMH

Considerado o maior conglomerado mundial de marcas de luxo, o Grupo LVMH está no mercado há 36 anos e engloba mais de 70 marcas diferentes, incluindo Louis Vuitton, Christian Dior e Givenchy. 

Em 2014, o conglomerado fundou o Instituto dos Negócios de Excelência, um programa de estudos e trabalho em luxo que oferece formação em criação, experiências do cliente e negócios de artesanato. Desde que foi lançado, o Instituto já é considerado líder na transmissão de um know-how de excelência. Ao todo, a organização conta com 280 negócios, 500 aprendizes e 6 setores de atividade.

Da sustentabilidade à inovação, nós devemos garantir que os know-hows de amanhã sejam ao menos tão vivos quanto seus antecessores”, afirmou  Alexandre Boquel, diretor de excelência empresarial do grupo LVMH, à L’Officiel. 


Colaboração artística entre Ghizlane Agzenaï e a marca Guerlain, pertencente ao Grupo LVMH (Foto: reprodução/Instagram/@lvmh)


Prada

O Grupo Prada também aderiu às estratégias para a preservação do “saber fazer”, implementando um plano de financiamento para desenvolver a infraestrutura de produções locais próprias. Fundada no início dos anos 2000, a Prada Group Academy é uma escola que forma novos talentos, encarregados de dar continuidade ao artesanato de excelência das marcas do conglomerado.

De acordo com Massimo Vian, diretor industrial do Grupo Prada, o desenvolvimento de capacidades industriais próprias sempre foi uma prioridade para o conglomerado.

A indústria do luxo como um todo sofre de uma falta de artesãos e com uma concorrência feroz para contratá-los”, explica Vian à jornalista Anne Gaffié. “O treinamento interno de novos talentos valerá a pena a médio e longo prazo, é nisso que estamos apostando”.

Recentemente, o Grupo inaugurou um novo ramo dedicado ao savoir-faire de artigos de couro na comuna italiana Scandicci, próximo à Florença.

 

 

Foto Destaque: peça da Prada sendo costurada à mão (Reprodução/Instagram/@prada)

Catherine Dior: conheça a história da mulher que foi musa da grife francesa

Com previsão de estreia para 14 de fevereiro de 2024, a Apple TV irá lançar uma série de dez episódios sobre a carreira do designer francês Christian Dior durante a Segunda Guerra Mundial. “The New Look”, que conta com Juliette Binoche, Ben Mendelsohn e Maisie Williams no elenco, também vai retratar a vida de Catherine Dior, irmã do estilista que atuou na Resistência contra o regime nazista.

Vida e morte

Musa inspiradora de Christian Dior, Catherine nasceu na cidade de Granville, na França, em 1917. Caçula de cinco irmãos e doze anos mais nova que o designer, conseguiu o primeiro emprego na capital francesa trabalhando em uma boutique como vendedora de luvas. 

Traçando o próprio destino, foi em Paris que também conheceu Hervé des Charbonneries, um homem casado e pai de três filhos, enquanto comprava um rádio para ouvir as notícias da guerra. Charbonneries não apenas acabou sendo o grande amor da vida de Catherine, como também foi quem a recrutou para a Rede de Resistência F2, um dos maiores grupos europeus que confrontavam o regime de Adolf Hitler.

Junto à causa, Catherine percorreu o país coletando informações e fotografando agentes nazistas. De volta à capital e vivendo com o irmão, ela foi capturada pela Gestapo em 1944 enquanto reunia dados para o Dia D, a operação militar responsável pelo desembarque das tropas Aliadas na Normandia. 


Perfume Miss Dior inspirado em Catherine Dior (Foto: reprodução/Instagram/@historiamody)


Nas mãos dos agentes nazistas, Catherine foi torturada na Rue de la Pompe e enviada para o campo de concentração feminino de Ravensbrück, na Alemanha. Foi somente meses depois, em abril de 1945, que ela conseguiu escapar desse pesadelo, durante a evacuação da SS causada pela chegada dos Aliados na região próxima à Dresden.

Ao retornar à Paris, Catherine estava muito diferente de quando foi levada, mas tentava retomar a própria vida, dessa vez como florista. Anos mais tarde, ela recebeu medalhas e títulos, entregues pela Grã-Bretanha e França, pelo trabalho que exerceu durante a guerra.

Catherine Dior faleceu aos 90 anos, em 17 de junho de 2008.

A musa de Dior

Membro da resistência na Segunda Guerra Mundial e também grande fonte de inspiração para Christian Dior, muitos afirmam que Catherine foi a musa para duas grandes criações da grife: o emblemático perfume e o vestido de mil flores, ambos chamados Miss Dior.

Foto Destaque: fotos e objetos de Catherine Dior expostos na DIOR Galerie (Reprodução/Instagram/@historiamody)

Naked Dress: o uso de peças transparentes como emancipação feminina

Não é novidade que peças transparentes fazem sucesso entre as celebridades que cruzam o tapete vermelho em eventos e premiações. O look já foi escolhido por Dua Lipa, Madonna e Rihanna, sempre causando rebuliço entre o público por deixar as curvas do corpo à mostra.

Sobre a potência de um look transparente

Evidenciando principalmente os seios, o naked dress é uma tendência que segue cada vez mais em alta, conforme a autoaceitação e a emancipação do corpo feminino avançam na sociedade como pautas do movimento feminista. Levantando a bandeira da frase “meu corpo minhas regras”, o uso de peças transparentes bate de frente com os ideais conservadores e patriarcais, assim como vai contra a censura midiática que derruba fotos de mamilos de mulheres postadas nas redes sociais. 

De acordo com Manu Carvalho, especialista em moda e comportamento, em entrevista à Glamour publicada no último sábado (18), é a evolução causada pelas lutas feministas que faz as mulheres se sentirem potentes para escolher o que vestir – seja um visual oversized ou transparente.

O avanço do feminismo inspira e sustenta esse movimento do corpo mais à mostra”, afirmou. “Ao mesmo tempo, mostrar tem a ver com autoestima, liberdade de escolha, praticar o belo e, para completar, servir de inspiração de moda”.


Dua Lipa usou um naked dress na premiere do filme Barbie (Reprodução/Instagram/@themetgalaofficial)


Moda e corpo feminino

A especialista ainda analisa que o corpo feminino historicamente exerce o papel de protagonista quanto ao avanço da moda e da própria mulher. 

Desde os anos 1920, quando passamos a ver tornozelos e, nas décadas seguintes, com a Revolução Industrial, a criação do prêt-à-porter e a massificação das peças, o corpo da mulher ganhou cada vez mais holofote”, ponderou.

Nas últimas décadas, alguns looks compostos pelo naked dress tornaram-se ícones. É o caso do vestido usado por Marilyn Monroe, escolhido para cantar “Happy Birthday, Mr. President” para John F. Kennedy, em 1962.  Outra marcante peça transparente foi o “topless filantrópico”, trajado por Madonna durante o desfile do estilista francês Jean Paul Gaultier, em 1992.

Foto Destaque: Rachel Brosnahan vestindo uma peça transparente no Met Gala 2023 (Reprodução/Instagram/@themetgalaofficial)

Geração Z e Y: jovens preferem comprar imitações baratas do que produtos originais

Se em algum momento imitações baratas de produtos luxuosos foram motivo de vergonha, hoje já não é mais assim. De acordo com um relatório recente publicado pela consultoria YPulse, especialista na análise de comportamento das gerações mais novas, a Gen Z e a Gen Y (os millennials) preferem comprar cópias baratas ao invés de artigos originais de maior qualidade.

O que os dados apontam

O estudo, realizado em novembro de 2022 e agosto de 2023, levou em consideração uma amostra representativa de 1.500 pessoas na faixa etária de 13 a 39 anos, nos Estados Unidos e Canadá. 

Entre os resultados constatados, os números revelam que 60% dos consumidores norte-americanos e canadenses, entre 13 e 17 anos, estão mais propensos a adquirirem produtos falsificados. Em comparação, 41% desses compradores investem em produtos de luxo.

As tendências permanecem as mesmas entre os entrevistados mais velhos. Ainda que possivelmente já tenham uma fonte de renda própria e, consequentemente, um maior poder de compra, 67% dos consumidores de 18 a 24 anos e também de 25 a 39 anos afirmam já ter adquirido uma falsificação. Nessas faixas etárias, por sua vez, 54% e 61% dos jovens, respectivamente, já compraram pelo menos um artigo original de luxo.


Relatório aponta que as gerações mais jovens preferem comprar imitações do que artigos originais (Foto: reprodução/Instagram/@louisvuitton)


Mudança de perspectiva

Atualmente, tanto a geração Z quanto os millennials enxergam o mercado de luxo de maneira diferente dos mais velhos. Segundo a YPulse, esses jovens encaram como produtos luxuosos aqueles oferecidos por marcas notáveis, mesmo que não sejam facilmente identificáveis. 

A forma como a Gen Z e a Gen Y definem “/luxo”/ é influenciada pelos acontecimentos mundiais que moldaram a sua realidade, mas não foram apenas as recessões e a incerteza econômica que influenciaram as suas percepções sobre preço”, afirmou o relatório.

A felicidade causada pela experiência de pagar menos por algo que parece de luxo também reflete no levantamento. Para além de recorrer às imitações por causa do custo mais em conta, 69% dos entrevistados consideram que os produtos falsificados trazem a sensação de estarem usando artigos originais sem grandes gastos financeiros.

Foto Destaque: “Holliday Season” da Louis Vuitton (Reprodução/Instagram/@louisvuitton)

Sou de Algodão: movimento faz tributo ao jeans na SPFW

Na 56ª edição da São Paulo Fashion Week (SPFW), o movimento “Sou de Algodão” preparou uma homenagem ao jeans, que completa 150 anos de história em 2023. Para o tributo, o movimento realizou na última quinta-feira (9) um desfile centrado na peça.

Grandes nomes da moda brasileira assinaram o desfile, com direção criativa e produção de Paulo Borges, criador e diretor da SPFW, beleza por Ricardo dos Anjos e styling por Paulo Martinez. No total, 28 parceiros do movimento, entre marcas e estilistas, como Heloísa Faria, Amapô, Dendezeiro e David Lee, produziram juntos 40 looks exclusivos.

Desfile

Ainda que inicialmente associado a uma estética mais jovial e rebelde, não demorou muito para que o jeans fosse considerado um estilo atemporal e versátil. No Brasil, a peça é um dos itens must have que compõem a moda nacional. E não à toa, recebeu o desfile em sua homenagem.

Nas passarelas, a coleção marcou a volta dos looks all jeans, inclusive do jeans remendado. Entre as peças que mais chamaram a atenção, estava uma saia midi casada com uma jaqueta de crochê e uma bota de cano médio na mesma tonalidade. 

Eu quis ressignificar o jeans”, afirma Theo Alexandre, estilista da Thear Vestuário, que também assinou o desfile. “Nessas peças desmanchamos as tramas para refazer um novo tecido a partir do jeans”.


Fila final do desfile em homenagem ao jeans (Reprodução/Instagram/@soudealgodao)


Sou de Algodão

De acordo com o movimento, o desfile foi pensado para não apenas fazer um resgate histórico da peça, mas também relembrar o jeans com um tecido democrático, que envolve toda uma cadeia de trabalho coletivo. 

Além disso, existe outra razão fundamental para a escolha do tema do desfile: o algodão é a matéria-prima fundamental para a confecção do jeans, que é composto de 70% a 100% da fibra.

O movimento “Sou de Algodão” nasceu em 2016 com o objetivo de despertar a consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável.

Foto Destaque: peças do desfile (Reprodução/Instagram/@soudealgodao)

SPFW: Ícaro Silva fala sobre moda e expressão da identidade

O ator e músico Ícaro Silva, de 36 anos, é uma das personalidades que esteve presente nas passarelas da 56ª edição do São Paulo Fashion Week (SPFW), na última sexta-feira (10). Ele desfila no evento desde 2018 e, neste ano, cruzou as passarelas para a marca paulista Greg Joey, que abriu o terceiro dia de desfiles da SPFW com looks da moda agênero, inspirados na cena de São Paulo.

Em entrevista à Vogue Brasil, publicada na sexta-feira (10), Ícaro comentou sobre o aumento das representações da cultura brasileira dentro da moda.

Tenho visto ideias criativas, através da nossa própria potência cultural, ou seja, algumas marcas que trazem regionalismo, histórias… vejo também um senso criativo brasileiro que se dissocia das marcas internacionais e acho isso super positivo“, ponderou.

Moda e expressão 

Conhecido por apostar em looks originais, com diferentes formas de modelagem e silhuetas, o ator encara o universo fashion como uma narrativa artística e forma de expressão. Ele ainda conta que encontrou nos desfiles uma nova forma de se divertir.

O que me atrai na moda é que é uma ferramenta de extensão da sua identidade, uma forma de colocar um pouco mais da sua identidade no mundo, e isso tem tudo a ver com a arte“, afirma.

Entre fatores que o inspiram e que considera importantes na hora de combinar peças e montar um visual, Ícaro tende a buscar pelo conforto. Para o músico, porém, ainda é necessário levar em conta o ambiente e a atmosfera de cada lugar, que pedem diferentes maneiras de compor o look.  


Bastidores do desfile para a marca Greg Joey (Foto: reprodução/Instagram/@icaro)


Autocuidado

A relação entre a moda e o autocuidado ainda é apontada pelo ator: “A gente vai amadurecendo e aprendendo mais a ter amor próprio e a querer construir, ou lapidar, a melhor versão de você mesmo“.

Cuidar da própria beleza é um ato que estaria intimamente ligado à cuidar da saúde, assim como do bem-estar físico e mental.

Foto Destaque: Ícaro Silva (Reprodução/Instagram/@icaro)