A primeira medalha do Brasil em Paris veio no judô. Na categoria até 66 kg, Willian Lima faz bela campanha até a final, mas acaba derrotado por tetracampeão mundial e fica com a prata. Em sua primeira participação olímpica, paulista de 24 anos supera adversidades e mira Los Angeles: “vou trabalhar para buscar a medalha de ouro.”

Campanha marcada por fortes emoções

O trajeto de Willian Lima até a final não foi nada fácil. O judoca paulista aplicou um waza-ari no fim para vencer o uzbeque Sardor Nurillaev na rodada inicial. Nas oitavas, passou por Serdar Rahimov, por conta do acúmulo de punições do turcomeno. Nas quartas, no golden score e com duas punições, aplicou outro waza-ari para derrotar Baskhuu Yondonperenlei, da Mongólia.

_{Willian Lima e o ippon que o garantiu uma medalha olímpica em Paris (Vídeo: Reprodução/X/@DataFutebol)}

Na semifinal, Willian enfrentou cazaque Gusman Kyrgyzbayev. Com um ippon no golden score, Willian foi à final e garantiu uma medalha. A grande decisão foi contra o tetracampeão mundial Hifumi Abe, do Japão. Willian acabou derrotado após dois waza-aris do japonês, ficando assim com a prata.

Foco agora é em Los Angeles

A bela campanha em Paris elevou o nível de confiança de Willian, pouco especulado entre os favoritos antes do início dos jogos. Com a medalha de prata, o judoca interrompeu uma sequência brasileira de 24 anos no masculino. O último brasileiro a chegar em uma final olímpica havia sido Tiago Camilo, prata em Sydney 2000. 

_{Willian agradeceu o carinho dos fãs brasileiros durante os jogos (Vídeo: Reprodução/Instagram/@judocbj)}

Em sua primeira participação olímpica aos 24 anos, Willian promete voltar ainda mais forte para os próximos jogos, em 2026, em Los Angeles. “Chegar em uma final olímpica é muito difícil. Vou trabalhar para buscar a medalha de ouro em Los Angeles. Tudo é possível.”, disse o judoca após a luta. Com a conquista, o Brasil chega a 26 medalhas no judô, modalidade em que o país mais subiu ao pódio.

Foto destaque: Willian Lima faz história e conquista a prata no judô masculino (Foto: Reprodução/X/@combate)

“O jogo que durou 4 horas.”. Essa foi uma das inúmeras manchetes após o confronto entre Argentina e Marrocos, nesta quarta (24), no primeiro dia de disputa das Olimpíadas. Com direito a gol nos acréscimos, invasão de campo, paralisação de duas horas e intervenção no VAR, as equipes voltaram a campo após o apito do árbitro, com o estádio vazio, em uma cena pouco vista anteriormente no futebol mundial.

Dobradinha de artilheiro da Champions e confusão no fim

Com estrelas como Achraf Hakimi, do PSG, e Julian Alvarez, do Manchester City, em campo, o homem do jogo foi Soufiane Rahimi. O atacante do Al Ain, campeão e artilheiro da Champions da AFC, competição mais importante do continente asiático, fez os dois gols do Marrocos na partida. Aos 23 do segundo tempo, Giuliano Simeone descontou para a Argentina, que iniciou uma pressão.

_{Soufiane Rahimi é figurinha conhecida no cenário internacional (Foto: Reprodução/X/@WallpapersHQ_)}

No final dos acréscimos de 15 minutos, veio o empate da Argentina com Julian Alvarez no último lance. Depois do apito final do árbitro, uma confusão com direito a invasão de campo e explosão de bombas. O VAR entrou e ação e invalidou o gol argentino, fazendo com que após duas horas de paralisação e o estádio vazio, o jogo tivesse reinício. Mais três minutos foram disputados e o Marrocos saiu vencedor.

Repercussão internacional sobre o caso

A volta dos times ao gramado após duas horas de paralisação repercutiu internacionalmente. Veículos de diversos países estamparam em suas manchetes a confusão do fim de jogo, gerando indignação principalmente entre os argentinos.

O “The Guardian”, da Inglaterra, estampou a palavra “caos” na manchete do jogo. O “As”, da Espanha, classificou o final da partida como “escândalo olímpico”. Já o “Olé”, da Argertina, foi além, classificando como “papelão histórico”.

_{Jornal argentino classificou o jogo como um “papelão histórico” (Foto: Reprodução/X/@DiarioOle)}

A situação repercutiu também dentro da seleção argentina principal, recém campeã da Copa América. Lionel Messi, campeão olímpico em 2008 e capitão da Argentina, demonstrou insatisfação com o resultado da partida. “Insólito”, disse o atacante do Inter Miami via Instagram. Já Rodrigo De Paul ressaltou união com o elenco argentino. “Mais do que nunca, estamos com vocês, podem contra todos.”, disse o meia também via Instagram.

Ambas as seleções voltam a campo no próximo sábado (27). A Argentina enfrentará o Iraque, enquanto o Marrocos jogará contra a Ucrânia.

Foto destaque: “Papelão histórico” é manchete de Argentina 1×2 Marrocos (Foto: Reprodução/X/@gazetaesportiva)

Jannik Sinner está fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Atual número 1 do ranking da ATP, o tenista italiano de 22 anos foi diagnosticado com amigdalite às vésperas das Olimpíadas. A desistência de Sinner foi anunciada através de uma nota em seu perfil oficial no “X”. Essa seria a primeira participação do italiano nos Jogos Olímpicos.

Expectativa era alta sob Sinner

Com um empolgante início de carreira, Sinner entrou no top-100 do ranking da ATP aos 18 anos. Aos 20 ingressou no top-10, até que em junho deste ano alcançou o 1° lugar após a lesão de Djokovic em Roland Garros. 

Nascido nos alpes italianos, Sinner se viu dividido na infância entre o esqui e o tênis na infância, mas a paixão pela raquete foi maior. Seu desempenho recente gerou bastante expectativa quanto a sua participação nos Jogos Olímpicos, o primeiro de sua carreira, e sua posição no ranking o colocou entre os postulantes ao ouro.

_{Sinner fez um post anunciando a desistência (Foto: Reprodução/X/@janniksin)}

“Perder os Jogos é uma grande decepção, pois era um dos meus principais objetivos para esta temporada. Mal podia esperar para ter a honra de representar o meu país neste evento tão importante.”, disse o tenista em nota. 

Com a ausência de Sinner, Andrea Vavassori, número 207 do ranking, foi convocado para ocupar sua vaga no simples. Nas duplas, Lorenzo Musetti e Luciano Darderi representarão a Itália.

Disputa eletrizante pelo pódio

Jannik Sinner não é o primeiro tenista top-10 do ranking da ATP a desistir das Olimpíadas de Paris. Se recuperando de uma amigdalite, curiosamente, o russo Andrey Rublev (6°) não competirá no saibro. Como a ausência do principal candidato ao título, a rivalidade entre Novak Djokovic e Carlos Alcaraz promete ganhar ainda mais força na disputa pelo ouro em Roland Garros.

_{Rivalidade entre os dois tênistas tem aflorado nos últimos anos (Foto: Reprodução/Instagram/@djokonorle)}

Como Djokovic e Alcaraz subiram uma posição cada na lista dos cabeças de chave, o chaveamento só permite o encontro entre os dois valendo medalha, seja na grande final ou na disputa pelo bronze. Do atual ranking mundial dos simples masculino, seis dos dez primeiros colocados estarão em Paris, incluindo o atual campeão, o alemão Alexander Zverev.

As disputa do torneio de tênis está prevista para acontecer entre os dias 27 de julho a 4 de agosto.

Foto destaque: Jannik Sinner, com amigdalite, está fora dos Jogos Olímpicos (Foto: Reprodução/X/@janniksin)

Finalmente Oscar Piastri conseguiu sua primeira vitória na Fórmula 1. No GP deste domingo (21), na Hungria, o australiano subiu ao lugar mais alto do pódio de maneira inédita em um dia especial para a McLaren. A corrida foi marcada ainda pela batida entre campeões e pela disputa entre Piastri e Norris pela vitória. Lewis Hamilton completou o pódio, chegando a uma marca inédita na categoria.

Dobradinha da McLaren e recorde de Hamilton

Em uma largada agitada em Hungaroring, Lando Norris, que havia largado na pole, acabou ultrapassado por Oscar Piastri e por Max Verstappen, mas logo recuperou a segunda colocação do tricampeão mundial. A briga foi intensa pela terceira colocação, com Verstappen e Hamilton disputando o pódio durante todo o restante da prova. Na reta final da prova, após o heptacampeão não ceder a passagem do holandês, veio o choque. Com a batida, Verstappen acabou ultrapassado por Leclerc e acabou em quinto.

_{Australiano conquistou sua primeira vitória na F1 após estreiar na última temporada (Foto: reprodução/Instagram/@oscarpiastri)}

Em uma estratégia arriscada da McLaren na reta final, Norris foi chamado aos boxes antes de Piastri, que liderava, fazendo com que as posições se invertessem. Faltando três voltas para o fim, a equipe britânica deu a ordem para que Norris deixasse Piastri ultrapassá-lo de volta. 

De forma tensa, o pódio estava formado. Foi a primeira dobradinha da McLaren desde 2021, em Monza, com Daniel Ricciardo e Lando Norris. Hamilton, em terceiro, ainda alcançou a marca de 200 pódios na carreira, recorde absoluto.

Temporada marcada por equilíbrio

Passada pouco mais da metade da temporada, sete pilotos diferentes venceram até o momento, o que não acontecia desde 2012. Oscar Piastri, Lewis Hamilton, Max Verstappen, Lando Norris, George Russell, Charles Leclerc e Carlos Sainz subiram ao lugar mais alto do pódio nessa que é uma das temporadas mais equilibradas dos últimos anos.

_{Dobradinha da McLaren e recorde de Hamilton marcaram o pódio em Budapeste (Foto: reprodução/X/@MercedesAMGF1)}

Com apenas três pódios nas últimas seis corridas, o atual tricampeão Max Verstappen tem enfrentado dificuldades com o carro, se mostrando publicamente incomodado com a evolução das demais equipes e a acomodação da RBR. No GP da Hungria, Verstappen reclamou da estratégia da equipe no rádio, sendo retrucado em certo momento pelo engenheiro de pista, Gianpiero Lambiase. “Você é igual criança”, disse Lambiase.

Apesar da má fase, Verstappen segue liderando o campeonato, com 265 pontos, seguido por Lando Norris (189) e Charles Leclerc (162). Oscar Piastri aparece em quinto (149), enquanto Lewis Hamilton surge em sexto (125). Os pilotos voltam à pista no próximo domingo (28), em Spa-Francorchamps, na Bélgica.

Foto destaque: corrida marcada por erros de estratégia sagra primeira vitória de Piastri na Fórmula 1 (reprodução/Instagram/@oscarpiastri)

A expectativa para a próxima temporada da NBA é uma das maiores dos últimos anos. Pela primeira vez, pai e filho jogarão lado a lado, e cabe a LeBron James, astro do Lakers, e Bronny James, recém draftado pela equipe de Los Angeles, protagonizarem um feito histórico. No entanto, em ação nas quadras da Summer League, Bronny acabou criticado pelo atual MVP das finais e craque do Celtics, Jaylen Brown.

Declaração partiu em meio à conversa “flagrada”

Jaylen Brown compareceu no jogo entre Los Angeles Lakers, equipe de Bronny, e Boston Celtics. Ao lado de sua namorada, a agente-livre da WNBA Kysre Gondrezick, o astro foi flagrado em uma conversa informal. 

“Eu honestamente não acho que Bronny tem nível profissional”, disse o ala. “Eu acho que ele vai para o time da G-League, com certeza”, respondeu Gondrezick. “Eu não acho. Por causa do nome, ele fica nos Lakers”, afirma Jaylen.

_{Estrela dos Celtics justificou seus comentários nas redes sociais (Vídeo: reprodução/X/@FCHWPO)}

Devido à repercussão dos comentários, Jaylen Brown compartilhou o vídeo em que aparece falando de Bronny.

“É um feito ter seu filho junto com você na NBA. Isso reflete sua grandeza e longevidade. Bronny tem todas as ferramentas ao seu redor para ser bem-sucedido. Estou ansioso para ver seu crescimento.”, acrescentou o “homem mau” em sua conta oficial no X, sem desmentir as falas.

Atuações discretas favorecem discurso de Brown

Selecionado na 55° escolha geral do draft deste ano, Bronny, de 19 anos, teve uma curta e discreta carreira universitária. Durante o período de treinamentos com a USC, em julho do ano passado, Bronny passou por uma parada cardíaca que o afastou das quadras até dezembro. 

De perfil atlético e habilidades defensivas, James Jr. foi selecionado no último ano para o McDonald”/s All-American, jogo amistoso que reúne os melhores do basquete universitário, por seu bom desempenho no ensino médio.

_{LeBron e Bronny estarão lado a lado nas quadras da NBA a partir da próxima temporada (Foto: reprodução/Instagram/@lakers)}

Pela University of Southern California (USC) foram 25 partidas, com médias de 4.8 pontos, 2.8 rebotes e 2.1 assistências por jogo. Agora, ao lado do pai em nível profissional, Bronny tem tudo para cultivar uma longa carreira na NBA.

Foto destaque: Jaylen Brown afirma que Bronny James “não tem nível profissional” (Reprodução/X/@CelticsUnite18)

O novo astro Lamine Yamal vestirá um novo número para a temporada 2024/25. O jovem atacante de 17 anos, campeão europeu com a Espanha no último domingo, assumirá a camisa 19, a mesma usada na Eurocopa, que pertencia a Vitor Roque. A mudança de número alimenta os rumores de uma possível saída do brasileiro, que teve poucos minutos na última temporada sob o comando de Xavi.

Ascenção meteórica representada em uma numeração histórica

As brilhantes atuações na Eurocopa renderam a Yamal o prêmio de melhor jogador jovem do torneio. Líder de assistências na competição (4) com direito a passe para o gol de Nico Williams na final, o jovem atacante vive dias dourados em Barcelona. Berço de grandes craques, o clube catalão trata a joia da La Masia com muito carinho, investindo pesado na formação do atleta. 

_{Lamine Yamal foi um destaques da Espanha no título da Eurocopa (Foto: Reprodução/Instagram/@lamineyamal)}

Apesar de incomum para jogadores titulares, o número 19 tem uma história em Barcelona. Ela foi a segunda camisa usada por Messi, maior ídolo culé, durante sua passagem no clube. Vestindo a camisa de 2005 a 2007, epoca em que a 10 pertencia a Ronaldinho Gaúcho, Messi conquistou duas Supercopas da Espanha, duas La Ligas e uma Liga dos Campeões.

Vitor Roque tem futuro incerto no Barcelona

A mudança de número alimentou ainda mais os rumores de uma possível saída de Vitor Roque do Barcelona. Com poucos minutos sob o comando do ex-técnico Xavi, o atacante brasileiro recebeu sondagens de outros clubes e pode deixar o clube. 

No entanto, a demissão do espanhol e a chegada do técnico Hansi Flick fazem Roque sonhar com um recomeço no clube, que desembolsou cerca de R$400 milhões para tirá-lo do Athletico-PR no ano passado. Segundo Xavi, o motivo por trás da não-utilização do atacante de 19 anos é o pouco tempo de casa, sendo quase sempre preterido por outras promessas da base catalã ou por jogadores mais experientes.

_{Vitor Roque teve média de apenas 22 minutos na última temporada (Foto: Reprodução/Instagram/@vitor_roque9)}

“Há um debate que, para mim, não faz sentido. Vitor Roque é um jogador em formação. Tem jogadores que estão à frente dele e por isso joga menos, é como entendo.“, disse o ex-técnico.

Durante a temporada, o atacante brasileiro disputou apenas 16 partidas, marcando 2 gols.

Foto destaque: Lamine Yamal terá novo número no Barcelona (Foto: Reprodução/Instagram/