Durante uma apresentação que ocorreu no último fim de semana, o cantor The Weeknd, antes de cantar a canção colaborativa com French Montana “Another One Of Me”, comentou com o público que estava ali presente que a faixa em questão poderia ser a última colaboração de sua carreira. A declaração desapontou alguns fãs, que esperavam um “Feat” do artista com Bruno Mars ou uma nova música com Lana Del Rey e Ariana Grande, duas artistas que ele costumava colaborar com frequência.

Confira o vídeo abaixo:

_{Apesentação em que The Weeknd fez as declarações (Vídeo: Reprodução/Twitter/@SiteTheWeekndBR)}

As colaborações de The Weeknd

Ao longo de sua carreira, The Weeknd acumulou diversas colaborações de sucesso com grandes nomes da indústria, como Kendrick Lamar, Drake, Daft Punk, Future, A$AP ROCKY e mais uma lista de artistas renomados. Algumas dessas colaborações chegaram ao top 10 na Billboard Hot 100, viraram trilha sonora de filmes e foram indicadas a prêmios, como a faixa “Starboy” com participação de Daft Punk, que foi indicada ao American Music Awards e venceu o Pop Music Awards (ASCAP). 

O que isso pode significar 

Recentemente, The Weeknd já havia expressado o desejo de dar um novo rumo a sua carreira adotando seu nome de batismo Abel Tesfaye, chegando a trocar o pseudônimo por ele nas redes sociais. Ele também assinou como Abel em “The Idol”, série criada por ele em parceria com Reza Fahim e Sam Levinson, em que ele também protagonizou. Depois disso, o canadense apareceu no álbum recém lançado “Utopia” do rapper Travis Scott assinando como The Weeknd em duas faixas.

É possível que tudo isso faça parte de um processo de transição do artista para adotar de vez o nome de batismo e deixar para trás o “final de semana”, pelo fato de ainda ter compromissos a cumprir utilizando o nome artístico. Considerando que a “After Hours Til Dawn Global Stadium Tour” está em andamento e durará até o final do mês de outubro, passando inclusive pelo Brasil nos dias 07, 10 e 11 do último mês da turnê, o nome deve permanecer pelo menos até lá. 

Foto Destaque: Última foto postada pelo cantor The Weeknd em seu Instagram. Reprodução/Instagram/@theweeknd

Depois do sucesso do álbum “Red Moon In Venus”, lançado em março deste ano, Kali Uchis lança o single “Muñequita”, em parceria com o rapper El Alfa e a integrante do duo de hip-hop “City Girls” conhecida como JT, que aparece ao lado de Uchis na capa da faixa que ainda não possui clipe. Em seu Instagram, Kali anunciou o início de uma nova era e agradeceu Alfa e JT, além de dizer que os admira muito e completou dizendo: “adoro reunir artistas que ninguém esperaria.”

Confira:

_{Kali Uchis divulga o lançamento de “Muñequita” (Reprodução/Instagram/@kaliuchis)}

Muñequita

“Muñequita” é uma mistura única de ritmos latinos e influências do hip-hop. Essa combinação de estilos, além de ter tudo para se tornar um grande hit, ainda mostra a capacidade da artista autodidata de se reinventar e surpreender sempre trazendo coisas diferentes e únicas em sua música.

A faixa entrega sensualidade, empoderamento e um refrão chiclete e começa com uma introdução cativante cantada por Kali Uchis, e logo se transforma em um ritmo envolvente e dançante com EL Alfa trazendo o flow do reggaeton dominicano, enquanto as rimas de JT completam a dinâmica da música com atitude e versatilidade misturando idiomas.  

_{Novo Single da cantora Kali Uchis (Vídeo: reprodução/Youtube/Kali Uchis)}

O sucesso de Kali Uchis

Karly Marina Loaiza é uma cantora multitalentos, colombiana-estadunidense que adotou o nome artístico Kali Uchis e lançou sua primeira mixtape intitulada “Druken Babble”, em 2012, na plataforma DatPiff. O projeto foi inteiramente desenvolvido por ela em seu MacBook e chamou ainda mais atenção com o lançamento do clipe da nona faixa da mixtape, “What They Say” também codirigido por ela.

Uchis rapidamente foi notada por artistas já conhecidos como Snoop Dogg, que colaborou com ela em 2014 na faixa “On Edge”, e Tyler, the Creator, que além de colaborar com ela em várias faixas, ainda produziu o EP “Por Vida”, de Kali, em 2015, em parceria com outros grandes nomes como Diplo e o grupo BadBadNotGood. Em 2018, ela lançou seu primeiro álbum de estúdio intitulado “Isolation”, que foi aclamado pela crítica e popularizou ainda mais seu trabalho.

Desde então, ela tem feito bastante sucesso e chegou até ser indicada a um Grammy Latino por sua colaboração com Juanes na canção “El Ratico” e a duas categorias do Grammy Awards pela faixa “Get You“, com Daniel Caesar, e ganhou o prêmio pela faixa “10%”, parceria com o produtor Kaytranada. Em 2021, a faixa “Telepatia” se tornou a primeira música da cantora a entrar na lista da Billboard Hot 100.

Foto Destaque: Capa do single “Muñequita”. Reprodução/Instagram/@kaliuchis

A cantora Lizzo, sua companhia de produção Big Grrrl Big Touring, Inc. (BGBT) e a capitã do time de dança Shirlene Quigley estão sendo acusados de criar um ambiente de trabalho hostil e vários outros crimes envolvendo assédio. A NBC News teve acesso ao processo de 37 páginas na última terça-feira (01) e confirma a abertura do processo conjunto no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, onde as bailarinas relatam diversas situações de abuso no ambiente de trabalho.

Confira um resumo das acusações: 

_{Resumo das acusações feitas contra Lizzo e Shirlene Quigley. (Foto: Reprodução/Twitter/@PopCrave)}

Acusações contra Lizzo

Duas das dançarinas envolvidas no processo, Arianna Davis e Crystal Williams, começaram a trabalhar com Lizzo em 2021, após participarem do reality show da Amazon “Watch Out for the Big Grrrls”, e foram demitidas posteriormente. A terceira dançarina, Noelle Rodriguez, foi contratada no mesmo ano após atuar no vídeo “Rumors” e optou por sair da equipe no início deste ano (2023).

No relato de Arianna Davis no processo, ela conta sobre uma vez que Lizzo convidou a equipe para ir ao clube de striptease “Bananenbar”, que fica em Amsterdã, após uma apresentação que fizeram na cidade. Na ocasião, Lizzo supostamente “Começou a convidar os membros do elenco para se revezar tocando os artistas nus, pegando consolos lançados das vaginas dos artistas e comendo bananas saindo das vaginas dos artistas. Lizzo então voltou sua atenção para a Sra. Davis e começou a pressioná-la a tocar os seios de uma das mulheres nuas.” De acordo com Davis, ela recusou mais de uma vez, mas a cantora insistiu até que ela fizesse.

Depois disso, Lizzo supostamente teria insistido para que outro membro da equipe de segurança, subisse no palco e começou a gritar para que ele tirasse suas roupas. O processo diz que: “Os queixosos ficaram horrorizados com a pouca consideração que Lizzo demonstrou pela autonomia corporal de seus funcionários e daqueles ao seu redor, especialmente na presença de muitas pessoas que ela empregava”

Uma semana após o ocorrido em Amsterdã, Lizzo ainda teria convidado todos os membros da equipe de dançarinos para um bar de cabaré nu para que eles pudessem se inspirar artisticamente, mas sem mencionar o local que se tratava, assim “roubando-lhes a escolha de não participar”.

As acusações contra Lizzo também incluem body shaming. Davis relata no processo um episódio em que a cantora – conhecida pelo ativismo ligado ao corpo livre e a relação positiva das mulheres com seus corpos – criticou um suposto ganho de peso da dançarina. Sobre isso, o processo diz: “Na dança profissional, o ganho de peso de um dançarino é muitas vezes visto como aquele dançarino ficando preguiçoso ou pior como artista. As perguntas de Lizzo e da coreógrafa Tanisha Scott sobre o compromisso da Sra. Davis com a turnê eram preocupações veladas sobre o ganho de peso da Sra. Davis, para o qual Lizzo havia chamado a atenção anteriormente depois de perceber isso no festival de música South by Southwest”.

Shirlene Quigley, BGBT e outras acusações

Outra acusação presente no processo cita a capitã do time, Quigley, que ao descobrir que Davis era virgem, começou a falar do assunto de forma recorrente em entrevistas e nas redes sociais. Além de frequentemente tentar converter os dançarinos para sua religião e se referir a Rodriguez como “descrente”. O processo não diz se Lizzo sabia sobre as queixas envolvendo a capitã do time, mas os queixosos acreditam que ela estava ciente de todas as acusações.

As acusações ligadas a companhia de produção BGB,T segundo o processo, são relacionadas à quando os ex-dançarinos pediram uma compensação de 50% em seu pagamento semanal por seu tempo de inatividade e um contador da companhia teria respondido de forma rude, de acordo com as palavras do processo: “Apenas o elenco de dança – composto por mulheres negras de corpo inteiro – foi falado dessa maneira”.

Lizzo também está sendo acusada de promover ensaios exaustivos de 12 horas, descritas pelos dançarinos como “excruciante”, com o pretexto de não estar satisfeita com a performance do grupo, e acusá-los de beber em ambiente de trabalho. Segundo o processo, Williams chegou a responder em defesa dos dançarinos e cinco dias depois teria sido demitida pelo gerente da turnê de Lizzo, no saguão de um hotel no dia 26 de abril.

Ao saber da demissão, Rodriguez teria questionado ao gerente publicamente sobre a decisão, e Lizzo não teria visto a atitude com bons olhos, convocando uma reunião com a equipe de dançarinos para o dia seguinte e levando esse ponto em vários momentos, além de agir com hostilidade. Antes de Lizzo sair da reunião, Rodriguez disse a ela que se sentia desrespeitada e que renunciaria, diz o processo. Em resposta, a cantora teria usado palavrões para dizer que a dançarina “teve sorte”. Quando Rodriguez saiu da sala, Lizzo ainda teria levantado os dedos do meio e gritado algo calunioso.

Durante essa mesma reunião, a produtora de Lizzo é acusada de cárcere privado por parte de Davis, que teria sido mantida em uma sala por membros da equipe de segurança após a reunião, para que eles pudessem procurar no celular dela uma gravação da mesma.

Nenhum réu no processo se pronunciou sobre as acusações presentes até o momento. Os representantes da cantora foram procurados pela revista Variety mas optaram por não responder ao pedido de comentário.

Foto Destaque: Foto da cantora Lizzo em show com sua equipe de dança. Reprodução/Twitter/@ThePopTingz

A banda paulista Restart pode estar ensaiando uma volta. No último domingo (30), os integrantes Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas reacenderam as esperanças dos fãs com ainda mais força ao mudarem suas fotos de perfil do Instagram para fotos iguais, mas com cores diferentes.

^{Participantes da banda mudaram suas fotos de perfil (Foto: Reprodução/Twitter/@tracklist)}

O quarteto já havia alimentado essa esperança antes, quando se reencontraram em agosto de 2022 e compartilharam o reencontro nas redes sociais. No início desse ano, eles animaram os fãs mais uma vez quando Pe Lu comemorou o retorno da banda NX Zero e soltou uma indireta em seguida. Confira o tweet abaixo.

^{Pe Lu sobre a possivel volta da banda (Reprodução/Twitter/@eupelu)}

A banda Restart 

Com suas calças coloridas e uma temática mais profunda nas letras, Restart era uma banda de Power pop diferente de tudo que ouvíamos na época, aqui no Brasil. Depois de viralizarem no MySpace, os meninos assinaram contrato com a Radar Records em 2009, quando lançaram seu primeiro single “Recomeçar” que faria parte do primeiro álbum de estúdio da banda, intitulado “Restart”, lançado no ano seguinte.

Em 2010, a banda recebeu vários prêmios nacionais pela Vídeo Music Brasil nas categorias: “Revelação”, “Pop”, “Artista do Ano”, “Hit do Ano” (com “Levo Comigo”) e “Videoclipe do Ano” (com “Recomeçar”). Os hits “Levo Comigo”; “Pra Você Lembrar” e “Ao Teu Lado” ficaram conhecidos na internet e a banda chamava cada vez mais a atenção da grande mídia, principalmente após o episodio do cancelamento da tarde de autógrafos na Avenida Paulista que contou com mais de 3.000 pessoas e acabou sendo cancelada pela banda por razões de segurança. A atitude foi bastante criticada, inclusive pelos fãs que estavam no evento. Uma reportagem sobre o ocorrido acabou viralizando e gerando vários memes.

O fim da banda

A popularização da banda não traria apenas consequências positivas. Restart passou a ser alvo de duras criticas por parte da mídia, bandas de rock tradicionais que faziam sucesso antes da ascensão do “Emo” e por uma parcela do público que não aceitava o estilo adotado pela banda.

As críticas levaram o grupo à uma repaginada geral, e as calças coloridas foram substituídas por jeans comuns e uma tentativa de trazer um som mais tradicional com o lançamento do álbum “Geração Z”, em 2011. A ideia era mostrar o amadurecimento da banda, mas isso não foi muito bem recebido pelo público.

Em 2013, o Ep “Renascer” marcava o último suspiro da banda, com músicas mais lentas e até um clipe em preto & branco, abandonando de vez a identidade inicial que havia tornado eles conhecidos e possivelmente a última banda do gênero que fez sucesso no pais. Após três anos sem lançamentos originais, em 2015 a banda anunciava seu fim e desde então, os fãs fiéis da banda aguardam um reencontro.

Foto Destaque: Foto dos integrantes da banda Restart. Reprodução/Google/Revista Cifras

Travis Scott liberou na madrugada de hoje (28) o tão aguardado álbum “Utopia”. Cinco anos após o lançamento de “Astroworld” (2018), o projeto anunciado pela primeira vez em julho de 2020 através de uma postagem simples no Instagram, “Utopia”, chega nas plataformas digitais com 19 faixas e a participação de nomes de peso da indústria musical como Beyoncé, SZA, The Weeknd, Young Thug, Drake, Playboi Carti, Future, e outros.

O disco lançado pela Cactus Jack, gravadora de Travis em parceria com a Epic Records, uma divisão da Sony Music Entertainment, também carrega grandes nomes em sua produção, além de BNYX®, Boi-1da, e Jahaan Sweet, Mike Dean é o responsável pela engenharia de masterização e mixagem de “Utopia”, e Kanye West é creditado em algumas faixas em produção e composição. Guy-Manuel de Homem-Cristo, ex-Daft Punk, também é creditado na produção de uma das faixas.

“K-POP” 

A faixa parceria com The Weeknd e Bad Bunny, “K-POP” precedeu o lançamento do álbum como single de estreia no dia 21 deste mês e já mostrava um pouco do que o rapper traria no novo projeto. A música ainda possui um clipe com a presença de SZA, que apesar de não cantar nessa faixa em especifico, aparece em vários momentos do álbum.

Confira:

_{Single de estreia de “Utopia” (Vídeo: reprodução/Youtube/Travis Scott)}

Colaborações em “Utopia” 

A participação de Beyoncé, que aparece de surpresa na nona na faixa, intitulada “DALRESTO (ECHOES)” aumentou ainda mais as expectativas dos fãs acerca do projeto. Ela ainda divide alguns versos com Justin Vernon, conhecido como vocalista da banda Bon Iver. Enquanto em “TELEKINESIS”, além de SZA dar voz a faixa, ela ainda aparece como letrista junto com Kanye West, que também é creditado na composição.

The Weeknd, além de marcar presença no single de estreia, também canta em “Circus Maximus”, o mesmo nome do filme anunciado por Scott no último dia 25, que será codirigido por ele ao lado do renomado cineasta Gaspar Noé.

_{Travis Scott anuncia filme (Reprodução/Twitter/@trvisXX)}

Na música “Skitzo” com Young Thug, Scott aproveita para declarar sua lealdade ao ex-cunhado Kanye West na letra, fazendo referência à sua candidatura à presidência dos Estados Unidos. Para quem não sabe, muitos artistas cortaram laços com West após escândalos envolvendo comentários antissemitas por parte do rapper, mas isso não afetou sua relação com Travis, que sempre faz questão de deixar bem clara a sua proximidade com ele.

Foto Destaque: foto da capa do álbum “Utopia”, de Travis Scott. Reprodução/Twitter/@tracklist