Condições de saúde podem negar visto americano de imigrantes
O Departamento de Estado dos EUA busca “proteger os contribuintes americanos” de imigrantes que não possam arcar com seus próprios custos médicos
Confirmada, nesta quarta-feira (12), uma nova diretriz emitida pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos determina que estrangeiros que solicitam vistos para residir no país podem ter seus pedidos negados caso apresentem determinadas condições médicas, como diabete ou obesidade. Segundo o governo Trump, essa regra visa evitar que imigrantes se tornem um “fardo” para o contribuinte americano.
Por trás do visto
Em 1952, o Ato de Imigração e Nacionalidade (INA) foi aprovado nos Estados Unidos por um Congresso de maioria democrata. Mas, o país já enfrentou por outros momentos associados à imigração e ainda enfrenta.
Desde a Lei da Zona Proibida Asiática em 1917 até as deportações feitas pelo governo Trump neste ano, os Estados Unidos possui uma extensa história com a entrada de estrangeiros no seu território.
Visto americano enfrenta mudanças nas suas regras (Foto: reprodução/Instagram/@jamaicagleaner)
As alterações feitas por essa nova diretriz, segundo as fontes, são para “proteger os contribuintes americanos” de imigrantes que não possam arcar com seus próprios custos médicos e “que esperem que os contribuintes americanos paguem por eles”. Antes, havia a verificação de doenças contagiosas e histórico médico para público-saúde. Agora, a diretriz inclui doenças crônicas.
Governo Trump e imigração
“Não é segredo que o governo Trump está colocando os interesses do povo americano em primeiro lugar. Isso inclui a aplicação de políticas que garantam que o sistema de imigração não seja um fardo para o contribuinte americano”, afirmou o porta-voz adjunto do Departamento de Estado americano, Tommy Pigott.
Presidente Donald Trump sobre a Imigração (Foto: reprodução/Instagram/@aljazeeraenglish)
As novas restrições se somam a outras medidas adotadas recentemente: a obrigação de intercambistas de ter o perfil público nas redes durante o processo de solicitação do visto; o aumento da taxa para emissão do visto, de US$ 185 para US$ 250; e a obrigatoriedade de entrevista presencial. Para alguns, essa mudança ocorreu devido “uma campanha agressiva para deportar e desestimular a imigração”.
