Joias roubadas do Museu do Louvre estão avaliadas em US$ 102milhões
Laure Beccau afirmou que as joias roubadas do Museu do Louvre estão avaliadas em US$102 milhões e que nada se compara com o dano histórico perdido

Em entrevista à rádio francesa RTL, a promotora de Paris, Laure Beccuau, falou sobre o assalto que ocorreu no último domingo no Museu do Louvre. Ela ainda ressaltou que o valor material, apesar de exorbitante, não é nada comparado ao dano histórico que esse roubo causou.
Ela comentou que cerca de 100 investigadores estão trabalhando no caso e em busca dos criminosos. O museu segue fechado para visitações, mas com a previsão de abertura nesta quarta (22), porém a Galeria Apolo, lugar onde o roubo ocorreu, permanecerá fechada.
Lauren afirmou que o valor das peças roubadas do museu foi estimado pela curadoria do próprio museu e ela ainda completou: “Essa quantia é de fato espetacular, mas devemos lembrar que esse dano econômico não tem nada de paralelo comparável ao dano histórico causado”.
Ela ainda alertou que caso os ladrões tenham a ideia de desmontar as peças para revender ou derreter os metais será uma péssima ideia, pois ainda que somadas, jamais conseguirão obter o valor estimado das peças inteiras.
O roubo
O roubo aconteceu no domingo (19) por volta das 9h30, horário local, e cerca de 30 minutos após a abertura do museu. Cerca de 4 pessoas participaram do roubo que durou por volta de 7 minutos.
Eles invadiram o museu pela fachada usando um guindaste acoplado a um caminhão e arrombaram uma janela que dava para a Galeria Apolo, onde fica um acervo de relíquias e tesouros da realeza francesa. Depois eles fugiram de moto. A ação foi muito bem calculada, não houve tiros nem feridos.
Foram roubados nove artefatos da era Napoleônica, incluindo peças usadas pela rainha Maria Amélia e a rainha Hortência. Mas logo após o roubo uma das peças foi recuperada em uma rua próxima ao museu. O Ministério Público da França acredita que os ladrões tenham deixado cair na fuga.
Entre as joias roubadas estão uma coroa com safiras e quase 2.000 diamantes, um colar com 8 safiras e mais de 600 diamantes da rainha Maria Amélia, um conjunto de colar e brincos da segunda esposa de Napoleão, com 23 esmeraldas e 1.138 diamantes e um broche com 2.634 diamantes que foi da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III.
Colar de esmeraldas do conjunto de Marie Louise (Foto: reprodução/Frederic SOULOY/Getty Images Embed)
O que se sabe até agora
Até agora ninguém foi preso ou identificado. Os investigadores estão analisando as imagens de câmeras de segurança e interrogando funcionários.
Todas as hipóteses estão sendo consideradas. Segundo Laure Beccuau, uma das linhas de investigações é que o roubo tenha sido encomendado por um colecionador. Também estão buscando saber se teve o envolvimento de algum trabalhador do museu que facilitou a entrada dos ladrões.
Beccuau também afirmou que não está descartada a participação do crime organizado, já que as jóias poderiam ser usadas em transações de lavagem de dinheiro.