Chanel trás reinterpretação de movimentos artísticos em nova fase da grife
Grife anunciou sua coleção de primavera/verão 2026 na Paris Fashion Week e surpreendeu ao trazer diversos movimentos artísticos do século 20 como inspiração

Na última segunda feira (6), a marca de luxo Chanel anunciou sua coleção de primavera/verão 2026 com um desfile inovador na Paris Fashion Week, também sendo o debute de Matthieu Blazy como diretor artístico da grife.
Contendo 77 peças voltadas para o público feminino, os amantes da marca podem encontrar saias, vestidos, blusas, tops, conjuntos de alfaiataria, bolsas e acessórios, todos com malhas leves, camadas e sobreposições.
Quando a moda se torna arte viva
O que mais chamou a atenção na coleção foi, sem dúvidas, a inspiração de diferentes movimentos artísticos do século 20. Revisitando as tradições da grife e as adaptando para a modernidade, o novo diretor criativo utilizou de Art Deco para realizar uma interpretação através de linhas geométricas, contraste preto e branco e referência tanto a arquitetura, quanto a embalagem da própria Chanel.
Blazy também utilizou da pintura moderna com flores “naturalistas”, como magnólias e camélias, as transformando de uma forma abstrata em estampas e bordados, fazendo referência a natureza: “Você pode olhar para esses códigos e usá-los da forma que estão, ou pode olhar para eles por outra perspectiva” disse.
Passarela vira galáxia
“Eu adoro tudo que está lá em cima: o céu, a lua; acredito nas estrelas” — foi através dessa citação de Gabrielle Chanel que Matthieu Blazy decidiu que rumo o desfile seguiria: “Para o meu primeiro desfile da Chanel, eu queria fazer algo que transcendesse o tempo e estava fascinado pelo universo das estrelas, um tema já querido pela casa”, comentou. “Todos observarmos o céu, acho que ele provoca as mesmas emoções em nós”.
Apresentado no Grand Palais Éphémère, o desfile que ocorreu na capital francesa deixou de ser apenas mais um entre os demais na semana da moda, mas sim, uma experiência visual e sensorial.
Desfile completo (Vídeo: reprodução/YouTube/CHANEL)
A passarela foi transformada em uma galáxia, chamada de “cosmos flutuante”, com planetas suspensos, luzes refletidas e um cenário que parecia espelhar o céu, celebrando a liberdade da criação artística.
Ao que tudo indica, a cenografia teve como inspiração as vanguardas artísticas do século 20, como o surrealismo e o construtivismo. As modelos demonstravam as peças e pareciam flutuar entre os planetas, passando a sensação para os que estavam na plateia de uma imersão entre o clássico e o contemporâneo.