CBF apresenta novo calendário com menos jogos e Copa Sul-Sudeste

Mudança no calendário reduz em média 15% no número de partidas dos clubes da Série A, mas mantém desafios históricos do futebol brasileiro

02 out, 2025
Presidente da CBF Samir Xaud | Reprodução/Instagram/@samir.xaud
Presidente da CBF Samir Xaud | Reprodução/Instagram/@samir.xaud

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira (1) o novo calendário do futebol nacional para o próximo quadriênio. As alterações afetam todas as competições organizadas pela entidade e incluem a criação da Copa Sul-Sudeste, torneio regional que se soma à Copa do Brasil, Copa Verde e Copa do Nordeste.

Segundo cálculos da CBF, os clubes da Série A terão em média 15% menos jogos por temporada. Em 2023, as principais equipes disputaram 67,4 partidas, com alguns times ultrapassando a marca de 75 compromissos. Agora, a previsão é que o limite chegue a 78 jogos por ano, 85 em caso de participação na final da Copa do Mundo de Clubes, em 2029. Antes, esse número poderia alcançar até 99 confrontos.

Impactos e limitações

Apesar da redução, a mudança não resolve problemas antigos do calendário. As rodadas imediatamente após as Datas Fifa seguem sem ajustes, e a CBF ainda não conseguiu eliminar a participação de clubes brasileiros na fase preliminar da Libertadores. O presidente da entidade, Samir Xaud, destacou que o diálogo com a Conmebol está em andamento e que há expectativa de avanços a partir de 2027, quando novos contratos comerciais da confederação sul-americana entram em vigor.


Detalhes sobre o novo calendário do futebol brasileiro (Foto: reprodução/Instagram/@samir.xaud)

O dirigente afirmou que o processo é gradual e depende de negociações com as entidades internacionais. Ele disse acreditar que 2027 ou 2028 podem trazer novidades, mas que não há garantias no curto prazo.

Nova competição

A principal novidade é a criação da Copa Sul-Sudeste, que contará com clubes dessas regiões em busca de maior equilíbrio e fortalecimento do futebol local. “Queremos fomentar o futebol em todos os estados, assim como já fazemos com outras competições regionais”, ressaltou Xaud.

As mudanças trazem alívio para os clubes da elite nacional, mas o calendário brasileiro ainda exige ajustes para reduzir desgastes e alinhar-se ao cenário internacional. O impacto real da reforma só será sentido nos próximos anos, especialmente com a estreia da Copa Sul-Sudeste e as possíveis mudanças na Libertadores.

Mais notícias