Leucovorina é defendida por Trump para tratar autismo
Substância é usada em quimioterapia e mostra bons resultados no tratamento de deficiência de folato cerebral, onde estudos mostraram relação ao autismo

Nesta segunda-feira (22), o governo de Donald Trump destacou a leucovorina como um tratamento promissor ao autismo, estudos mostraram que a aplicação da “droga” em pessoas autistas pode ajudar a melhorar a linguagem, a comunicação e o comportamento de crianças com autoanticorpos contra o receptor de folato. No entanto, estudo mostrou que o medicamento não funcionaria em todos os casos, pois o autismo é multifatorial: não existe uma“solução única” para todos os casos.
Leucovorina é usada em quimioterapias
Leucovorina é um medicamento atualmente aprovado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) para aliviar os efeitos colaterais de vários tipos de quimioterapia, usados em tratamentos de leucemia. O comissário da FDA, Dr. Marty Makary, disse nesta segunda-feira, que irá acelerar o processo na mudança no rótulo do medicamento para ajudar crianças que sofrem com a deficiência de folato no cérebro, que segundo estudos feitos por ele, pode causar atrasos no desenvolvimento de crianças e características do autismo, incluindo dificuldade de se comunicar, falar e comportamental, com essa mudança, programas estaduais poderão distribuir melhor o medicamento, e a administração se disse comprometida a realizar mais pesquisas e estudos sobre seu uso terapêutico, que respeite os limites da criança, supervisão médica e familiar e inclua:
- Sono reparador
- Saúde do eixo intestino-cérebro
- Otimização de neuro nutrientes
- Modulação do nervo vago, da neuro inflamação e regulação de processos de estresse oxidativo.
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Presidente Trump e comissários em coletiva de imprensa. (Foto: Reprodução/Saul Loeb/Getty Images Embed)
Trump relaciona Tylenol ao autismo
Na mesma coletiva de imprensa em que o comissário da FDA anunciou sobre a leucovorina, Trump relacionou o uso de Tylenol como causador do autismo, e alertou os pais sobre a vacinação dos filhos. Sem provas o presidente americano causou preocupação generalizada e críticas de muitos da comunidade do autismo, inclusive em uma declaração, a OMS (Organização Mundial da Saúde), desmentiu a declaração do presidente e afirmou não haver evidências do uso do medicamento na gravidez tenha ligação com o desenvolvimento do autismo, porém alertou sobre sérios riscos de se automedicar durante a gravidez, e recomendou que grávidas sigam os concelhos dos profissionais da saúde e tenham cautela.
Comunidade internacional reage a declarações
A Comissão Europeia também se manifestou contra as falas do presidente após a repercussão negativa, diversos especialistas foram ouvidos no Brasil pelo portal G1, e afirmaram que não há evidências científicas que comprovem esta relação de causa e efeito. O princípio ativo do Tyletol é o paracetamol, um medicamento muito popular e usado em todo o mundo para tratar dores e febres.