Censura nos EUA: Trump ameaça anular licenças de TV que foram contra ele

Trump quer retirar licenças de TV que foram contra ele na última campanha eleitoral. Sem provas, o presidente afirmou que 97% de emissoras foram contra ele

18 set, 2025
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Reprodução/Instagram/@donaldtrump
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump | Reprodução/Instagram/@donaldtrump

O presidente americano Donald Trump ameaça retirar licenças de TV que foram contra ele na época das eleições de 2024. Mesmo sem provas, Trump afirma que 97% das emissoras de televisão americanas foram contra sua candidatura. A decisão aconteceu após um dia em que o programa de comediante Jimmy Kimmel foi retirado do ar após comentários sobre a morte de Charlie Kirk, apoiador e influenciador pró-Trump. Em uma nota aos repórteres, o presidente afirmou: “Li em algum lugar que as emissoras estavam 97% contra mim novamente, 97% negativas, e mesmo assim eu venci, e com facilidade. Acho que talvez a licença deles devesse ser retirada. Caberá a Brendan Carr decidir”, afirmou.

Presidente de comunicação de Trump comenta caso de comediante

O presidente da comissão de Comunicação de Trump, Benny Show, comentou em um podcast que Jimmy Kimmel é “um sem talento” e fez duras críticas à mídia americana: “Uma licença concedida por nós traz consigo a obrigação de operar no interesse público. (…) Temos uma regra no livro que interpreta um padrão de interesse público que diz que a distorção de notícias é algo proibido. Da mesma forma, temos uma regra que trata de fraudes em transmissões. E assim, novamente, ao longo dos anos, a FCC se absteve de aplicá-la. E não acho que tenha beneficiado ninguém. Basta olhar para a credibilidade dessa mídia tradicional. Ela está completamente destruída”.


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Donald Trump (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images News)

Trump pede indenização bilionária ao The New York Times

Trump pediu uma multa bilionária de R$ 79 bilhões ao jornal americano “The New York Times” após uma publicação de um livro da editora Penguin e incluiu quatro jornalistas do veículo. O presidente disse em sua rede social Truth Social que o jornal fez publicações mentirosas sobre ele, sua família, seus negócios e sua vida política, e ainda ajudou na campanha afavor de Kamala Harris, candidata que concorreu às eleições americanas junto a Trump em 2024. O jornal “The Wall Street Journal” também foi citado em processos movidos por Trump por revisitar reportagens que ligam o presidente a polêmicas como o caso do abusador de menores, Jeffrey Epstein, em que o jornal mostra relação de amizade que os dois tinham, e ao ser perguntado sobre o caso do estuprador que foi morto em 2019, Trump disse que o caso estava encerrado.

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