Robôs competem em Olimpíada inédita na China

Primeiro jogos mundiais de robôs humanoides reúnem mais de 500 máquinas em Pequim, para competirem e mostrarem os avanços da tecnologia

18 ago, 2025
Atletismo dos Robôs | Reprodução/Lintao Zhang/Getty Images Embed
Atletismo dos Robôs | Reprodução/Lintao Zhang/Getty Images Embed

A cidade de Pequim foi palco da edição inaugural dos Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, que reuniu mais de 500 robôs de 280 equipes de 16 países em competições que englobam esportes desde o atletismo ao futebol para provar as habilidades. Apesar da tecnologia futurista, foram as quedas inesperadas e os defeitos que marcaram o evento, isso transformou o torneio em um espetáculo divertido para os espectadores.

Com o show que a tecnologia proporcionou

As competições mostraram tanto avanços quanto limitações que a tecnologia possui. Como em partidas de futebol, que os choques entre robôs geraram cenas cômicas e em provas de corrida que alguns competidores caíram antes mesmo da linha de chegada. Isso fez a plateia reagir com gargalhadas e aplausos, principalmente quando os robôs conseguiam se levantar sozinhos, arrancando admiração por sua capacidade de recuperação aos desafios.

Apesar das falhas, o objetivo dos organizadores foi cumprido, eles conseguiram testar em ambiente real as habilidades de percepção, coordenação e tomada de decisão dos robôs, habilidades que podem ser aplicadas futuramente em indústrias e até em tarefas domésticas.

Investimento bilionário e ambições globais

A China vem consolidando seu protagonismo no setor de robôs. Somente no último ano, o país destinou mais de US$ 20 bilhões para pesquisas em inteligência artificial e robótica. Além disso, Pequim já anunciou a criação de um fundo de 1 trilhão de yuans (cerca de US$ 137 bilhões) para apoiar startups e impulsionar inovações na área.


Competição de futebol entre Robôs (Foto: reprodução/NASA/Handout/Getty Images Embed)

Segundo analistas, o evento também teve caráter estratégico de mostrar ao mundo que a China pretende liderar a corrida global pela robótica. Para especialistas da Morgan Stanley, a grande adesão do público sinaliza que “a inteligência incorporada” começa a se tornar parte do cotidiano chinês.

Próximos passos

As empresas que participaram destacaram o valor científico da competição. Como o time alemão HTWK Robots, que afirmou que eles vieram para competir e ganhar, mas também para aprender. Já companhias como a Booster Robotics ressaltaram que modalidades como o futebol ajudam os robôs a treinar percepção e decisão, fundamentais para aplicações em fábricas e ambientes domésticos.

A primeira edição encerrou-se com a promessa de continuidade. A próxima edição dos World Humanoid Robot Games já está marcada para agosto de 2026, com expectativa de atrair ainda mais equipes e público.

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