Faustão passou um ano na fila: o que a lista de transplantes revela sobre o sistema
Apresentador realiza dois transplantes na mesma semana, no Hospital Albert Eisntein em São Paulo, após estar na lista de espera

Com cerca de um ano na lista de espera, Faustão passou recentemente por um transplante de fígado e retransplante de rim nesta semana. Ele ficou aguardando por um doador compatível durante esse tempo para poder finalmente fazer o procedimento cirúrgico. Vale lembrar que ele havia passado por um transplante de coração em 2023 e de rim em 2024. O apresentador está internado no Hospital Albert Einstein desde o dia 21 de maio desse ano. A espera de um ano reforça o motivo de compreender o funcionamento da lista de espera para transplantes.
Como o sistema funciona
No Brasil, existe apenas uma lista de espera nacional para transplantes, que atende tanto pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto da rede privada. Essa lista é gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), responsável por assegurar que os órgãos disponíveis sejam distribuídos de forma justa e técnica.
A posição de um paciente na lista não depende apenas do tempo de inscrição. A distribuição dos órgãos segue critérios clínicos rigorosos como: compatibilidade sanguínea e imunológica, características físicas, como peso e altura e a gravidade do quadro clínico (casos mais delicados têm prioridade). Se dois pacientes atendem aos mesmos critérios técnicos, a prioridade é definida pela ordem de inscrição.
É importante destacar que o Brasil já realizou mais de 5 mil procedimentos cirúrgicos desse tipo em 2025, sendo a maioria de rins (quase 4 mil) e logo atrás o de fígado (1500).
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Faustão falando da importância da doação (Vídeo: reprodução/Instagram/@faustosilvaofcial)
Espera pode ser longa
O tempo de espera varia conforme o órgão necessário e a quantidade de doadores compatíveis. No caso de fígado, coração ou rim, a fila costuma ser longa porque há mais pessoas aguardando do que doadores disponíveis. Além disso, não basta existir um órgão, ele precisa ser adequado para aquele paciente específico.
Além de existir uma enorme exceção, no qual são os pacientes que possuem um grande risco de morte, passam na frente para as cirurgias. No caso de Faustão, em 2024, ele obteve um transplante em cerca de seis meses após o primeiro procedimento e agora mais de um ano depois. O apresentador está em tratamento há dois anos.