Israel anuncia pausa humanitária em Gaza, mas ataques continuam

Israel anuncia pausa humanitária em Gaza para permitir ajuda e respiro às vítimas, mas combates seguem em outras áreas e crise continua grave

27 jul, 2025
População de Gaza desesperada por ajuda alimentícia | Reprodução/X/@MuhammadSmiry
População de Gaza desesperada por ajuda alimentícia | Reprodução/X/@MuhammadSmiry

No último sábado (26), as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram uma pausa humanitária nos bombardeios em determinadas áreas da Faixa de Gaza, especialmente nas regiões mais povoadas. A interrupção iniciou-se neste domingo (27), conforme o horário local de Israel.

Segundo o comunicado oficial, embora os ataques cessem temporariamente em algumas localidades, as operações militares continuarão em outras áreas consideradas estratégicas e com menor densidade populacional.

Contexto do anúncio

O que para muitos aparenta ser um alívio momentâneo para a população de Gaza, na verdade, é resultado da intensa pressão internacional sobre as ações israelenses, amplamente criticadas pela alta taxa de mortes por fome no território. As IDF reconheceram que a decisão pela pausa foi motivada por essas pressões, mas enfatizaram que os objetivos seguem a todo vapor e sem chance de cessar: resgatar todos os reféns sequestrados e exterminar o grupo armado Hamas, classificado por Israel e outros países como organização terrorista.

Ação humanitária

Com a suspensão parcial dos bombardeios, Israel também anunciou a abertura de corredores para a entrada de ajuda humanitária coordenada pelas Nações Unidas, além da autorização para lançamentos aéreos de suprimentos destinados à população civil.


Pressionado, Israel pausa combate e deixa ajuda humanitária entrar no território de Gaza (Vídeo: reprodução/Instagram/@cidade_de_guarulhos)

Apesar da medida, o cenário em Gaza permanece crítico. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, ao menos 127 pessoas morreram por fome ou desnutrição, incluindo crianças e idosos. Entre os casos mais recentes está o de um bebê de cinco meses que faleceu nos braços da mãe na última sexta-feira (25). Hospitais enfrentam superlotação, falta de insumos e profissionais de saúde exaustos; há relatos de médicos que chegam a desmaiar de fome enquanto tentam salvar pacientes.

Novas provisões prometem apaziguar a situação da região, enquanto novos acordos de paz não são firmados entre as nações envolvidas.

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