Abel Ferreira é acusado de usar falas xenofóbicas contra indígenas
Após sofrer xenofobia de dirigente são paulino, Abel Ferreira relaciona indígenas à bagunça e é acusado de xenofobia. Técnico palmeirense se retrata através de nota

O técnico palmeirense, Abel Ferreira, fez uso de uma expressão xenofóbica ao realizar uma análise do esquema do Palmeiras durante a partida contra o Atlético Goianiense, nesta última quinta-feira no Brasileirão, jogando em casa no Allianz Parque.
Ao se expressar sobre os encaixes do clube, o treinador fez uma citação xenofóbica usando os indígenas como exemplo de desorganização.
“Porque isso não é uma equipe de índios. Há uma organização e dentro dessa organização há liberdade para eles criarem, para se ligarem e há princípios de jogo que nós temos, um deles é o equilíbrio, e o Aníbal é um desses pêndulos, esse motorzinho, que não só tem como tarefa ser a primeira cobertura, como também ligar jogo e pôr a equipe a jogar“, disse o técnico Palmeirense.
No Brasil, existe a Lei Federal 7.716/89, popularmente conhecida como Lei do Racismo, que prevê punição para quem cometer atos discriminatórios ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Abel se posiciona sobre o assunto
Através da assessoria de imprensa do Palmeiras, Abel se pronunciou dizendo que, não teve intenção de ofender ninguém e que teria utilizado uma expressão comum no mundo do futebol
“Vivo e trabalho no Brasil desde 2020 e tenho profundo respeito por todos os brasileiros. As pessoas já conhecem o meu caráter, as minhas condutas e as minhas ações sociais. Sabem também que eu repudio por completo toda forma de preconceito”, afirmou Abel Ferreira em nota.
Declaração de Abel Ferreira na coletiva de imprensa de Palmeiras 3×1 Atlético-GO (Vídeo: Reprodução/YouTube/TV Palmeiras/FAM)
Treinador também já foi vitima de xenofobia
Abel foi vítima de xenofobia vinda do dirigente são paulino Carlos Belmonte, que após uma partida durante o Paulistão tiveram um entrevero no túnel que leva aos vestiários. Belmonte chamou o técnico palmeirense de “português de m…”. O palmeirense cogitou processá-lo e Leila Pereira o considerou “persona non grata”. Carlos pediu desculpa, Abel aceitou. Um vídeo realizando o pedido de desculpas vindo de Belmonte foi gravado para amenizar a pena de 270 dias. No final de tudo, o dirigente teve que pagar uma multa de R$50 mil reais e não pode comparecer aos jogos do tricolor paulista até o final do Paulistão.
Foto destaque: Abel Pereira durante partida do Palmeiras (Reprodução Cesar Greco/Palmeiras)