Ministério Público prende fundador da Ultrafarma por suspeita de corrupção

Aparecido Sidney de Oliveira, de 71 anos, fundador da rede de farmácias Ultrafarma nos anos 2000, foi preso na manhã desta terça-feira (12) em São Paulo. Natural de Nova Olímpia, no interior do Paraná, onde nasceu em 15 de novembro de 1953, começou a trabalhar no ramo ainda criança, com 9 anos, fez sucesso com a criação da linha de vitaminas que leva seu nome “Sidney Oliveira”.

O empresário é alvo de uma operação do Ministério Público paulista que investiga um suposto esquema de corrupção envolvendo auditores da Secretaria da Fazenda do Estado. A detenção de Sidney ocorreu em sua residência atual, uma chácara em Santa Isabel, na Grande São Paulo.

Segundo o site da Ultrafarma, os preços competitivos da rede são resultados da atuação direta de seu fundador, Sidney Oliveira, que negocia pessoalmente com fornecedores para garantir acesso aos medicamentos. “Todas as pessoas têm direito a uma vida saudável e cada uma delas está presente em nosso coração”, afirma o texto institucional.

Decisões da Fazenda sob suspeita de beneficiar grandes varejistas

As investigações apontam que o empresário teria pago propina a um auditor da Secretaria da Fazenda de São Paulo (Sefaz) para manipular processos administrativos e facilitar a quitação de débitos tributários da empresa. O esquema, segundo o Ministério Público, era operado por um grupo criminoso estruturado e envolve outras companhias do setor varejista, cujos nomes ainda não foram revelados.

De acordo com o Ministério Público de São Paulo, o esquema investigado teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propinas, favorecendo empresas do setor varejista por meio de decisões fiscais irregulares.

A operação cumpre três mandados de prisão temporária, entre eles, o de um auditor fiscal apontado como o principal articulador do esquema, além de dois empresários que seriam sócios de companhias beneficiadas pelas fraudes.

Os crimes atribuídos aos envolvidos incluem corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. A investigação está longe de terminar, e novas ações podem ser deflagradas a qualquer momento.


Sidney Oliveira é fundador e presidente da Ultrafarma (Foto: Reprodução/Estadão/JoséPatrício)

Auditor fiscal e executivo da Fast Shop são alvos de investigação

O auditor Artur Gomes da Silva Neto, responsável pela fiscalização direta de tributos, também foi preso durante a operação. Segundo nota oficial, a Secretaria da Fazenda do Estado informou que instaurou um processo administrativo para apurar com rigor a conduta do servidor e solicitou formalmente ao Ministério Público o compartilhamento das informações da investigação.

Outro alvo da operação é Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, detido em um apartamento na Zona Norte da capital paulista. A reportagem entrou em contato com a empresa, mas não obteve resposta até o momento.


Foram achados pacotes com esmeraldas e muito dinheiro em ação do MP (Foto: Reprodução/TV Globo/G1)

As apreensões evidenciam a dimensão do esquema investigado pelo Ministério Público. Em Alphaville, foram encontrados pacotes de esmeralda e dinheiro vivo. Já em São José dos Campos, um auditor guardava R$ 330 mil, 10 mil dólares e 600 euros. Os valores indicam uma rede de corrupção fiscal altamente articulada. As investigações continuam.

Loja sueca de fast fashion H&M chega ao Brasil

A H&M, uma das maiores varejistas de moda do mundo, está finalmente chegando em terras brasileiras. A primeira loja está marcada para inaugurar em 23 de agosto no Shopping Iguatemi São Paulo, com foco exclusivo em moda feminina, acessórios, underwear e básicos, trazendo a coleção de verão que já fez sucesso no hemisfério norte no primeiro semestre do ano. O e-commerce nacional se inicia no mesmo dia.

A segunda unidade abrirá as portas em 4 de setembro no Shopping Anália Franco, também em São Paulo, em um espaço duas vezes maior, expandindo para as linhas masculina e infantil.

Estratégia de entrada

Além das duas primeiras unidades confirmadas, a marca planeja inaugurar mais duas lojas ainda em 2025: uma no Morumbi Shopping, em São Paulo, e outra no Shopping Parque Dom Pedro, em Campinas. Esta última, será a primeira a incluir a linha H&M Home, que traz itens de decoração e de utilidade para a casa.


Loja H&M no Fashion Valley em San Diego, Califórnia (Foto: reprodução/Kevin Carter/Getty Images Embed)

Para já chegar adaptada às particularidades do mercado local, a H&M fechou uma parceria com o Dorben Group, que possui experiência na gestão de marcas de luxo na região. O centro de distribuição em Extrema, Minas Gerais, operado pela ID Logistics, garantirá a eficiência na logística. E para otimizar custos, a empresa planeja até mesmo produzir parte de suas coleções localmente, um movimento para driblar impostos e flutuações cambiais.

Expectativas de mercado

A chegada da H&M deve intensificar a concorrência com nomes já consolidados no segmento de fast fashion como Renner, C&A, Riachuelo e Zara. Apesar da expectativa de preços populares, experiências anteriores de outras varejistas internacionais mostraram que impostos e custos operacionais elevam significativamente os valores praticados, como foi com a Forever 21. Para dar uma ideia dos preços, a marca adiantou que os vestidos custarão a partir de R$199,99. Analistas preveem que a H&M se posicionará com preços competitivos, buscando uma faixa similar à da Renner, e possivelmente mais acessíveis que os da Zara.

A H&M destaca seu compromisso com a sustentabilidade e a transparência da sua cadeia de produção global, pontos cada vez mais valorizados pelos consumidores. A marca também já iniciou um plano robusto de contratações, com mais de 2 mil vagas abertas para diversas funções, gerando empregos no país. O sucesso da H&M no Brasil dependerá da sua capacidade de ofertar moda acessível, mantendo a qualidade e a relevância para o público brasileiro.