Tsunami alcança EUA e Japão após forte terremoto na Rússia

Nesta terça-feira (29), um tsunami atingiu a costa leste da Rússia após um terremoto atingir a região.  Japão, Estados unidos, México, Chile e Equador são alguns dos países do Pacífico que entraram em alerta. O terremoto atingiu a magnitude 8.8. 

Um terremoto de grande magnitude atingiu a Península de Kamtchatka, no extremo leste da Rússia, com epicentro localizado a aproximadamente 125 km da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, segundo dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor foi registrado a cerca de 19 km de profundidade, característica que pode contribuir para a formação de tsunamis.  

De acordo com autoridades russas, ondas de até quatro metros alcançaram a costa da região, levando o governo a classificar o fenômeno como um tsunami perigoso e intenso. Há registros de danos em diferentes pontos do território russo, incluindo feridos leves em locais como aeroportos, conforme divulgou a agência estatal Tass. 


 

Vídeo mostra avanço da água e destruição após terremoto de magnitude 8,8 (Vídeo: reprodução/YouTube/Uol)

O impacto do evento ultrapassou as fronteiras russas. Os Estados Unidos emitiram alertas para a possibilidade de ondas perigosas em diversas áreas, abrangendo partes do Japão, Havaí e praticamente toda a faixa litorânea do continente americano, com destaque para países como México, Chile e Equador. No Japão, a emissora pública local confirmou a chegada do tsunami ao norte do país, mas as ondas não ultrapassaram um metro de altura. Já o Centro de Alerta de Tsunami do Pacífico confirmou que o Havaí também foi atingido pelas ondas na madrugada. 

O terremoto 

Petropavlovsk-Kamchatsky, cidade com 165 mil habitantes localizada no extremo leste russo, na Baía de Avacha, fica a cerca de 125 km da região central do terremoto.

A profundidade do tremor foi de 19,3 km, que, apesar de considerada rasa, pode favorecer a formação de ondas. 

De acordo com o Ministério do Interior da Rússia, logo após o terremoto, ondas de até cinco metros atingiram a cidade de Severo-Kurilsk, resultando em alagamentos nos portos e na destruição de várias embarcações. O alerta de tsunami para a área, no entanto, já foi suspenso. 

 No distrito de Yelizovo, as autoridades registraram ondas que chegaram a quatro metros de altura. Em pronunciamento nesta quarta-feira, o Kremlin informou que não houve vítimas fatais em decorrência dos tsunamis. A presidência destacou ainda que os sistemas de alerta funcionaram de forma eficiente durante a emergência. 

Localizada no Círculo de Fogo do Pacífico, a Península de Kamtchatka, assim como outras áreas do Extremo Oriente russo, está inserida em uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica. 

Entenda como um terremoto forma um tsunami 

Ao acontecer a movimentação e choque das placas tectônicas da Terra, a energia é acumulada e liberada, gerando assim um terremoto. 

Com essa movimentação, o fundo do mar se desloca, e bilhões de litros de água acima dele se movem, gerando um tsunami que se propaga a partir do epicentro e ganha força ao se transformar em uma grande onda. 

O tremor ocorreu no Pacífico, e é o mais forte desde 2011. Regiões banhadas pelo oceano Pacífico como o Havaí e Japão foram afetados pela onda. 

Um tsunami é definido pelo movimento além do epicentro, que é formado pelo terremoto.  



O que caracteriza um tsunami não é necessariamente a altura das ondas, mas sua extensão e capacidade de se deslocar por grandes distâncias a partir do ponto onde o terremoto ocorre. Mesmo com pouco mais de um metro de altura, como neste caso, as ondas eram longas e se espalharam por milhares de quilômetros, alcançando diversos países.  

Embora neste episódio específico ainda não se tenha todos os detalhes, sabe-se que, no fundo do oceano, um tsunami pode atingir velocidades semelhantes às de um avião a jato, ultrapassando 800 km/h, e apresentar um comprimento de onda de centenas de quilômetros, ou seja, a distância entre uma crista e outra da onda. 

Terremoto na Rússia faz vulcão entrar em erupção

O vulcão Klyuchevskaya Sopka entrou em erupção após terremoto que ocorreu na Rússia. O caso aconteceu no território de Kamchatka, extremo leste da Rússia, nessa quarta-feira (30). Imagens do vulcão foram flagradas no momento exato da erupção, mas o episódio não espantou os turistas.

Imagens do vulcão são flagradas mas não intimida turista

A filial de Kamchatka do Serviço Geofísico Unificado da Academia Russa de Ciências compartilhou imagens do momento exato em que o vulcão entrou em erupção.

Turistas que estavam viajando pela região não foram intimidados, nem cancelaram seus passeios; pelo contrário, permaneceram no local para assistir de perto ao fenômeno natural, informou a agência de notícias estatal da Rússia (RIA).


Imagem do vulcão Klyuchevskaya Sopka em erupção nesta quarta-feira (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

Um dos vulcões mais alto do mundo não é confiável

Embora receba diversos visitantes todo ano, Klyuchevskaya Sopka é um dos vulcões mais altos do mundo, medindo cerca de 4.750 metros de altura. Mas, segundo a RIA, as condições do vulcão não são confiáveis.

Frequentemente sujeito a situações imprevisíveis, o local enfrenta ventos fortes, além de temperaturas extremamente baixas e grande cobertura de neve em altas altitudes. Em setembro de 2022, oito pessoas vieram a óbito após uma expedição de escalada ao vulcão.

Terremoto na Rússia

Um dos maiores terremotos do extremo oriente da Rússia atingiu a região de Kamchatka na manhã desta quarta-feira (30), com magnitude de 8,8 na escala Richter. Esse é considerado o mais forte do mundo desde o ano de 2011, quando ocorreu no Japão um abalo de magnitude 9,0, e ocupa a sexta posição entre os mais intensos já registrados.

O terremoto desencadeou um tsunami com ondas de até quatro metros.  O centro de Alerta do Pacífico emitiu um alerta para o Havaí, que pode receber impactos do fenômeno. Outros países como EUA e Japão também estão em alerta. Moradores das regiões costeiras da Rússia foram retirados do local.

Oprah libera estrada no Havaí durante alerta de tsunami

Diante do alerta de tsunami emitido após um terremoto de grande magnitude na Rússia, a empresária e apresentadora Oprah Winfrey autorizou o uso de uma estrada privada em sua propriedade, localizada na ilha de Maui, no Havaí. A medida visou facilitar a evacuação de moradores de áreas costeiras, que precisavam se deslocar com rapidez para zonas mais seguras.

A apresentadora chegou a ser duramente criticada por não liberar as estradas para a população ir para um lugar seguro após os alertas, obrigando eles a fazerem um contorno maior que já se encontrava engarrafado pelo fechamento da via.

Acusações nas redes sociais

Muitos internautas questionaram se a demora na liberação da via não teria colocado em risco moradores que tentavam escapar de áreas ameaçadas pelas ondas. Em resposta às alegações, o porta-voz de Oprah negou que ela tenha se recusado a colaborar e garantiu que a apresentadora entrou em contato com a polícia e com a agência federal de emergência (FEMA) assim que tomou conhecimento da situação. De acordo com a nota oficial, a estrada foi aberta rapidamente e passou a ser controlada por agentes para garantir segurança no tráfego.


Oprah Winfrey rebate críticas em nota oficial (Foto: Reprodução / Randy Brooke/ Getty Images Embed)

A polícia de Maui também confirmou que o acesso foi autorizado e está sendo monitorado pelas autoridades, com liberação para um número limitado de carros por vez, para evitar congestionamentos e acidentes.

O tremor, que atingiu 8,8 na escala Richter, ocorreu na península de Kamchatka, provocando temor de ondas gigantes em diversos países banhados pelo Oceano Pacífico. O Havaí, por estar no trajeto previsto pelo fenômeno, entrou em estado de alerta e iniciou imediatamente procedimentos de evacuação nas regiões mais vulneráveis.

Casos anteriores

Esta não foi a primeira vez que Oprah disponibilizou sua propriedade em momentos de emergência, em ocasiões anteriores, como durante os incêndios florestais que atingiram a ilha, ela já havia permitido que a estrada fosse usada para facilitar o trabalho de socorristas e a saída de moradores.

As autoridades havaianas seguem monitorando o risco de novas ondas e recomendam que moradores fiquem atentos às atualizações oficiais. Enquanto isso, a estrada permanece liberada para quem precisar deixar as áreas de risco, com o apoio da polícia local e da equipe da apresentadora.