Poucas imagens são tão imediatamente reconhecíveis na cultura pop brasileira quanto o ruivo acobreado de Marina Ruy Barbosa. Ao longo de duas décadas, a atriz transformou essa cor em identidade, alinhando-a a personagens, campanhas e fases pessoais. O ruivo, no caso dela, não funciona como adorno; funciona como presença.
Do brilho apimentado ao cobre suave
No início da carreira, o ruivo de Marina tinha um aspecto mais espontâneo, como se acompanhasse o movimento dos fios na luz. Era um cobre quente e delicado, que crescia com ela em cena. Com o passar do tempo, a tonalidade ganhou mais intenção e intensidade. Em 2014, período de papéis centrais, surgiu o ruivo apimentado, mais vivo e profundo, que se tornou referência em novelas e editoriais. Era uma cor que chamava atenção pela energia e pela afirmação visual que transmitia.
Algumas das nuances que ficaram famosas por conta da atriz (Foto: reprodução/Instagram/@15anos_cz)
Anos depois, Marina começou a experimentar leituras mais suaves desse acobreado. Algumas versões se aproximavam do strawberry blonde, com reflexos dourados que criavam uma vibração leve e luminosa. Outras traziam um fundo castanho amendoado, resultando em um efeito mais maduro. Essas mudanças refletem não apenas escolhas estéticas, mas também o modo como ela entende sua imagem ao longo do tempo, ajustando temperatura, brilho e textura conforme seus momentos profissionais e pessoais.
Retorno: reencontro com a identidade
A transição para o loiro, recente e pensada para um papel, funcionou como desvio temporário. O retorno ao ruivo, porém, veio renovado. Hoje, a cor aparece com um acabamento mais aveludado, nuances pêssego e um acobreado claro que destaca os traços sem esforço. A escolha carrega significado. Como a atriz já afirmou, trata-se de voltar a um lugar de força. É a cor que traduz o que ela reconhece em si: equilíbrio, familiaridade, presença.
Marina Ruy barbosa (Vídeo: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)
Marina mostrou que cores podem contar histórias. Seu ruivo acompanha fases, marca lembranças e evolui junto da imagem pública. Ao revisitá-lo, ela reafirma uma identidade que não se esgota na estética: é trajetória, memória e continuidade.
