Corinthians é denunciado por partida contra o Palmeiras na Copa do Brasil

O Corinthians foi denunciado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por incidentes ocorridos durante o clássico contra o Palmeiras, válido pelas oitavas de final da Copa do Brasil, no dia 30 de julho. O árbitro Wilton Pereira Sampaio relatou na súmula o arremesso de objetos em direção ao banco de reservas palmeirense, o que motivou a paralisação da partida.

Torcida lança objetos e jogo é paralisado

O lance que originou a denúncia ocorreu aos 39 minutos da etapa final, quando o árbitro teve que parar a partida por conta da atitude dos torcedores. Segundo a súmula, isqueiros, cigarros eletrônicos e copos foram lançados na direção dos jogadores do Palmeiras, que se encontravam na área técnica e realizando o aquecimento.

Wilton Pereira Sampaio esclareceu que o ocorrido afetou a segurança dos atletas e da comissão técnica adversária, configurando uma infração ao artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O dispositivo impõe punições aos clubes mandantes que não adotarem medidas para evitar desordens, invasões de campo ou lançamento de objetos.

Multa de até R$ 100 mil

Com a denúncia, o Corinthians poderá enfrentar uma multa que varia de R$ 100 a R$ 100 mil, conforme estipulado pelo artigo 213. Além disso, a Procuradoria do STJD avaliará se o clube implementou medidas de segurança apropriadas, como revistas na entrada do estádio e aumento no policiamento.

Caso fique comprovado que o Corinthians falhou na prevenção, a penalização tende a ser mais severa.


Partida entre Corinthians e Palmeiras pelas oitavas de final da Copa do Brasil (Foto: reprodução/Instagram/@copadobrasilcbf)

Palmeiras também é denunciado

O Palmeiras, por sua vez, também foi denunciado — mas por um motivo diferente. O clube foi citado por atraso no reinício da partida após o intervalo. Conforme o CBJD, a punição é de multa de R$ 1 mil por minuto de atraso, o que pode resultar em um valor total de até R$ 3 mil.

O STJD avaliará o caso em conjunto com a denúncia contra o Corinthians. Segundo informações obtidas pela imprensa, o atraso teria ocorrido por problemas na saída dos jogadores do vestiário.

O que diz o artigo 213 do CBJD

O artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punições a clubes que não coíbem atos de violência ou desordem. Ele estabelece multa de até R$ 100 mil em casos de invasão de campo, brigas nas arquibancadas ou lançamento de objetos. Embora o dispositivo raramente resulte em perda de mando de campo em competições nacionais, reincidências ou situações de risco grave à segurança podem aumentar o rigor da punição.

O julgamento do caso ocorrerá no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (31), e será conduzido pela Quinta Comissão Disciplinar do STJD. Tanto o Corinthians quanto o Palmeiras já foram notificados e poderão apresentar suas defesas antes da sessão.

Bruno Henrique é denunciado pelo STJD e poderá ser suspenso por até 2 anos

Nesta sexta-feira (1), a Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) acolheu a denúncia contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo e o tornou réu por provocar uma falta que culminou em cartão amarelo seguido de expulsão. O ato aconteceu na partida contra o Santos, em novembro de 2023, no Estádio Mané Garrincha.
A atitude do jogador beneficiou algumas pessoas que haviam apostado na penalidade em bets, seu irmãos e pessoas próximas. Se condenado, o atleta poderá ficar impedido de jogar futebol por até dois anos.

Expulsão contra o Santos

A partida em questão aconteceu contra o Santos, no estádio Mané Garrincha em 1º de novembro de 2023, no Campeonato Brasileiro. O cartão foi aplicado após falta de Bruno Henrique em Soteldo, aos 50 minutos do segundo tempo quando o Flamengo perdia pelo placar de 2 a 1. O jogador se dirigiu até o árbitro para reclamar e recebeu o cartão vermelho faltando três minutos para o término do jogo.

O alto número de apostas feitas na penalidade e no jogador levou as casas de apostas a suspeitarem de uma possível manipulação de resultados. O valor que os apostadores ganhariam ficou retido e uma investigação foi aberta junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

Além de Bruno Henrique, seu irmão Wander Nunes Pinto Junior, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Claudinei Vitor Mosquete Bassan e Douglas Ribeiro Pina Barcelos também foram denunciados. A esposa de Wander e uma prima de Bruno Henrique não foram inclusas no processo.


Bruno Henrique poderá ser suspenso após manipulação em 2023 (Foto: reprodução/Instagram/@b.henrique)


Jogador vai responder no STJD e Justiça Comum

Bruno Henrique foi enquadrado em alguns artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) como o art. 243, §1º; art. 243-A, parágrafo único; art. 184 e art. 191, III e o artigo 65, II, III e V, do regulamento geral de competições da CBF de 2023.

O aceite da denúncia pela Procuradoria do STJD foi feito nesta sexta-feira (1), e prevê uma suspensão dos gramados que pode chegar a 720 dias e multas de até R$ 100 mil. Além disso, Bruno Henrique poderia pegar gancho de 12 a 24 partidas. A instrução e julgamento ainda serão agendados. O atacante responderá na justiça comum, já que também foi denunciado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).

Em caso de condenação, Bruno Henrique poderá ficar até dois anos suspenso do futebol. Enquanto o processo está em tramitação, o jogador pode seguir sua rotina normal junto a equipe do Flamengo nas próximas partidas.

STJD pune Santos com multa pesada após confusão na Copa do Brasil

O STJD resolveu impor uma penalidade de R$ 95 mil ao Santos em decorrência dos acontecimentos ocorridos no jogo contra o CRB, no dia 1º de maio, em duelo válido pela terceira fase da Copa do Brasil, na Vila Belmiro. A sanção surge em um período sensível para a equipe, que busca se reorganizar tanto administrativamente quanto esportivamente.

A sanção foi divulgada após a avaliação de gravações e depoimentos oficiais que indicaram distúrbios, lançamentos de objetos no campo e falhas na contenção dos torcedores. A diretoria do Santos foi considerada responsável por não garantir a segurança exigida pelo regulamento da competição, o que resultou em sanções previstas no Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

STJD endurece decisões sobre violência nos estádios

O valor da multa imposta ao Santos reflete a postura mais rígida adotada pelo STJD diante de casos de indisciplina e violência no futebol brasileiro. A corte desportiva tem intensificado as penalizações, visando coibir comportamentos agressivos nas arquibancadas e responsabilizar os clubes por eventuais falhas de gestão.


Torcedor quebra vidro ao tentar se deslocar de setor na Vila Belmiro após confusão (Vídeo: reprodução/X/@TNTSportsBR)

Além de medidas punitivas, o STJD tem incentivado os clubes a investirem em campanhas de conscientização e reforço da segurança. A ideia é que o futebol continue sendo um ambiente seguro e democrático para todos os torcedores, sem episódios que coloquem em risco atletas, comissões técnicas e o público.

Clube enfrenta momento conturbado dentro e fora de campo

A multa chega em meio a um cenário já turbulento para o Santos, que vive uma das fases mais difíceis de sua história recente. Com desempenho irregular, cobranças da torcida e crise administrativa, o clube tenta se reorganizar para evitar novas sanções e recuperar sua imagem.

Internamente, a diretoria estuda medidas para reforçar a segurança nos jogos futuros e evitar reincidência. A expectativa é de que os novos protocolos sejam apresentados nos próximos dias, com foco no controle de acesso, monitoramento por câmeras e diálogo com as organizadas.

A multa de R$ 95 mil ao Santos reforça a necessidade urgente de um posicionamento mais firme dos clubes diante de episódios de desordem. Mais do que uma penalidade financeira, a decisão do STJD ascende um alerta para o papel das instituições esportivas na promoção de um futebol seguro, civilizado e à altura da paixão que move milhões de brasileiros.