Starlink vai bloquear internet de garimpo ilegal na Amazônia

O Ministério Público Federal firmou nesta semana um acordo inédito com a SpaceX para impedir o uso da tecnologia de internet via satélite por garimpeiros ilegais na Amazônia.
Para cumprir com o acordo, a empresa vai passar a exigir documentos de novos usuários, repassar dados de geolocalização para autoridades brasileiras e bloquear o sinal que está sendo usado para cometer crimes nos estados do Amazonas, Acre, Roraima e Rondônia.

MPF quer dificultar a comunicação de garimpeiros

O principal objetivo do acordo é dificultar a comunicação de garimpeiros ilegais na Amazônia Legal Brasileira.

Segundo o MPF, o garimpo ilegal tem usado a internet de alta velocidade produzida pela Starlink para melhorar a comunicação entre garimpeiros ilegais que atuam em terras indígenas e unidades de conservação ambiental.


Tecnologia da Starlink será usada para combater o garimpo ilegal (Foto: Reprodução/Instagram/@starlink_brasilbr)

O acordo começa a valer em janeiro de 2026, onde caso sejam identificados acessos nessas áreas e se comprovados uso para atividades ilegais, a empresa terá de bloquear de forma instantânea o uso de sua internet nessas áreas onde está sendo usada para fins ilícitos.

A Starlink também colocará em seu contrato de adesão e em seus termos de uso dos serviços, cláusulas proibindo o uso da tecnologia para atividades criminosas.

Acordo prevê uso de material apreendido

O acordo ainda traz outra novidade que é a utilização dos equipamentos da Starlink apreendidos nas operações de combate ao garimpo ilegal e outros crimes ambientais, seja utilizado para ações de fiscalização contra esses crimes após a apreensão.

De acordo com desembargadores que trabalham com o garimpo ilegal, afirmam que o acordo é importante para combater a rápida expansão do crime organizado nessas áreas e fazer com que os órgãos públicos consigam combater de forma rápida o crime organizado.

 

Trump manterá Starlink na Casa Branca apesar das desavenças com Elon Musk

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (09) que não há planos para remover os serviços de internet via satélite Starlink na Casa Branca, mesmo após o recente rompimento com o bilionário Elon Musk. “Talvez eu mude um pouco o Tesla de lugar, mas acho que não faremos isso com o Starlink. É um bom serviço”, afirmou Trump para jornalistas, referindo-se à empresa que fornece acesso à banda larga de alta velocidade e é uma unidade da SpaceX de Musk.

Começo das tensões

O relacionamento entre Trump e Musk complicou-se publicamente após o empresário criticar duramente um projeto de lei sobre impostos e gastos do presidente. Musk classificou o projeto como uma “abominação repugnante”, o que levou Trump a expressar sua decepção e sugerir o fim dos subsídios e contratos governamentais das empresas de Musk.

Apesar das tensões, Trump indicou que não há intenção de desfazer a parceria com a Starlink. “Tivemos um bom relacionamento, e eu apenas desejo o melhor para ele”, disse Trump, acrescentando que não teria problemas se Musk telefonasse.

Sistema é visto como ativo de segurança e comunicação

Desde a sua implementação, a Starlink tem sido utilizada por diversas agências governamentais dos EUA para garantir conexão de alta velocidade em regiões isoladas ou de difícil acesso. A rede ganhou destaque especialmente após ser usada em áreas de conflito, como na Ucrânia, e durante desastres naturais.


Elon Musk apresentando a Starlink (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)

Assessores próximos à campanha de Trump ressaltam que, apesar da distância com Musk, a prioridade é garantir o acesso a tecnologias confiáveis. “O presidente Trump está comprometido com a segurança e a conectividade do país. Ele não tomará decisões com base em disputas pessoais, mas sim no que for melhor para os americanos”, afirmou um porta-voz.

A decisão de manter o serviço de internet via satélite na Casa Branca destaca a importância estratégica da Starlink para o governo dos EUA, especialmente em áreas remotas e em situações de emergência. A continuidade do serviço reflete a prioridade dada à conectividade e à segurança nacional, independentemente das disputas pessoais entre os líderes empresariais.