Brasil perde chances de transplantes por recusa familiar em 45% dos casos

O Ministério da Saúde divulgou novos dados que acendem um alerta sobre a doação de órgãos no Brasil: quase metade das famílias ainda se recusa a autorizar o procedimento após a morte de um parente. O cenário revela entraves culturais e emocionais que desafiam o sistema de saúde e colocam em risco a vida de milhares de pessoas que aguardam na fila por um transplante. Especialistas destacam que o diálogo familiar e a conscientização são fundamentais para reverter esse quadro e salvar vidas.

Recusa familiar ainda é principal obstáculo

De acordo com o levantamento, 45% das famílias brasileiras recusam a doação de órgãos de parentes falecidos, índice que representa um dos principais obstáculos para ampliar o número de transplantes no país. Atualmente, mais de 80 mil pessoas aguardam por um órgão, muitas em situação crítica de saúde. Fatores emocionais, crenças religiosas e a falta de informação são citados como razões mais comuns para a negativa, mesmo diante da relevância social e humanitária do gesto.

Além disso, a recusa familiar compromete o planejamento e a logística do sistema de transplantes, que possui equipes especializadas e centros de referência distribuídos pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com infraestrutura adequada, a negativa impede que órgãos viáveis sejam utilizados, prolongando a espera de pacientes e aumentando o risco de óbitos entre aqueles que dependem de um transplante.

Campanhas e ações para ampliar a doação

Para enfrentar esse desafio, o ministério lançou uma série de campanhas de conscientização, com foco em incentivar que as pessoas expressem em vida seu desejo de ser doador. Também foi criada a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT), que inclui incentivos para equipes hospitalares que atuam no delicado momento do diálogo com familiares de possíveis doadores.


Foto ilustrativa de uma sala de cirurgia (Foto: reprodução/shapecharge/Getty Imagens Embed)

Entre as ações, destaca-se o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos (PRODOT), que premia equipes hospitalares que atingem metas de desempenho e confiabilidade no processo de doação. Além disso, a pasta trabalha em parceria com veículos de comunicação, redes sociais e organizações comunitárias para disseminar informações corretas sobre os benefícios e procedimentos da doação.

Impacto humano e social

O efeito da recusa familiar vai além das estatísticas: milhares de pessoas aguardando órgãos enfrentam risco constante de morte ou complicações graves. Especialistas enfatizam que a educação em saúde e o incentivo à conversa antecipada sobre a vontade de doar são essenciais para transformar a realidade do país e garantir que mais vidas sejam salvas.

Filho de Simone Mendes é internado com gastroenterite

Nesta quarta-feira (24), Kaká Diniz causou preocupação entre os seguidores ao publicar uma imagem de um braço recebendo medicação em um hospital, acompanhada da legenda “Off até amanhã”. A postagem gerou especulações sobre o estado de saúde de alguém próximo, levando fãs a questionarem o que havia acontecido.

A família costuma compartilhar momentos do dia a dia nas redes sociais, mostrando uma rotina marcada por afeto, fé e união. O casal é bastante querido pelo público que acompanha de perto o crescimento dos filhos e demonstra constante carinho e preocupação com a saúde e bem-estar da família.

Kaká Diniz revela internação

Mais tarde, Kaká esclareceu que o paciente era seu filho mais velho, Henry, de 10 anos, fruto do casamento com a cantora Simone Mendes. O menino foi diagnosticado com gastroenterite e precisou ser levado ao hospital para receber medicação e realizar exames.

Felizmente, o quadro de saúde de Henry não se agravou. De acordo com Kaká Diniz, o tratamento foi eficiente e o menino pôde voltar para casa em pouco tempo. “Ele teve uma gastroenterite, precisou ser medicado e fazer exames. Mas agora já está em casa e muito bem, graças a Deus”, declarou o empresário, encerrando o momento de preocupação e celebrando a recuperação do filho.


Story de Kaká Diniz (Foto: reprodução/instagram/@kakadiniz)

Henry é o primogênito de Kaká com a cantora Simone Mendes, com quem também tem a filha caçula, Zaya, de 3 anos.

Henry participa de lição de vida

Simone Mendes e Kaká Diniz promoveram uma reflexão sobre privilégios com o filho Henry, de 10 anos. Em uma dinâmica conduzida por Kaká, o casal comparou a infância do menino com a da cantora, destacando diferenças marcantes.

Durante a atividade, Kaká fez perguntas como: “Você teve lanche na escola?”, “Ganhou material escolar novo todo ano?”, “Teve tênis novo?”, “Sempre teve o que comer?”, “Comeu a primeira fatia da pizza?” e “Ganhou sua primeira bicicleta antes dos dez anos?”. A cada resposta afirmativa, Henry dava um passo à frente, evidenciando os privilégios que possui em relação à infância da mãe. A dinâmica, além de educativa, reforçou os valores que Simone e Kaká desejam transmitir aos filhos: empatia, gratidão e consciência social.

STF se preocupa com saúde de Bolsonaro e prisão domiciliar vira pauta

Condenado no último dia 11 de setembro por cinco crimes praticados na trama golpista, o ex-presidente Jair Bolsonaro teve sua saúde em pauta no STF durante os últimos dias.

Com a proximidade do encerramento do trânsito em julgado do caso, a Corte agora avalia se mantém o plano de prisão em uma cela especial na Papuda ou mantém a atual prisão domiciliar à qual Bolsonaro está submetido.

Bolsonaro tem problema na região abdominal

Bolsonaro tem se queixado desde a facada que sofreu durante a campanha eleitoral na qual foi eleito em 2018 e, desde esse período, foram pelo menos seis internações apenas por conta deste problema.

Na internação do início do mês, médicos especialistas ficaram mais preocupados por conta de falhas renais apresentadas e pelas internações se tornarem frequentes a ponto do quadro de saúde de Bolsonaro ser considerado delicado.


Saída do hospital do ex-presidente Bolsonaro (Vídeo: Reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Além disso, foi descoberto neste mês um câncer de pele onde algumas partes das lesões do tecido foram retiradas, mas que vão precisar de tratamento. Para os médicos, o câncer se deve a alta exposição aos raios UV vindos do sol sem a devida proteção.

Com esse cenário, o STF avalia internamente a possibilidade de manutenção da prisão domiciliar por conta da maior facilidade de deslocamento para o hospital, mas as constantes violações de regras da prisão domiciliar chamaram a atenção da Corte que ainda não tem posicionamento fechado sobre como Bolsonaro cumprirá os 27 anos e três meses de pena.

Apesar do cenário, a defesa de Bolsonaro se vê otimista em conseguir a manutenção da prisão domiciliar após o trânsito em julgado pela facilidade logística.

Base bolsonarista já pensa atuação de Bolsonaro nas eleições de 2026

Com todos os problemas de saúde, a condenação recente na trama golpista e a inelegibilidade que já vem desde 2023, a base de aliados de Bolsonaro já se planejam para não ter o ex-presidente em seu palanque já que não poderá se manifestar politicamente por conta da prisão domiciliar e provavelmente pela condenação recente.

Apesar disso, o bolsonarismo ainda sustenta que o ex-presidente será candidato nas eleições de 2026, mas a inelegibilidade que vem desde 2023 acaba com qualquer possibilidade disso e a condenação pela trama golpista muito provavelmente enterra de vez as chances do ex-presidente voltar ao Palácio do Planalto.

Para especialistas em política, a condenação de Bolsonaro deve criar uma disputa política pela chancelaria do mesmo à nomes da extrema-direita. Apesar do rótulo ter se desgastado nas eleições municipais de 2024, o selo de aprovação do ex-presidente ainda segue sendo ponto favorável dentro deste espectro político.


Bolsonaro está de tornozeleira eletrônica desde julho (Vídeo: Reprodução/X/@jnascim)

No entanto, os especialistas afirmam que a condenação pode ser um fator de enfraquecimento do bolsonarismo, afinal esta foi uma das grandes bandeiras para combater a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, que saiu vencedor do pleito de 2022.

Além disso, os escândalos das emendas PIX, o apoio ao tarifaço que Trump impôs ao Brasil e votações das PECs da Blindagem e da anistia que foram amplamente combatidas pela população tem colocado a extrema-direita em choque com o povo que vê na mesma uma legislação para “salvar a pele” de Bolsonaro.

Por fim, pautas como o fim da escala de trabalho 6×1 e o aumento da isenção de imposto de renda tem fortalecido para os especialistas um posicionamento mais a favor do povo para o governo e mostra que as pautas, sobretudo advindas das redes sociais, estão sendo observadas por um governo que nesta visão tem se mostrado mais próximo da população.

Pressão 12×8 é reclassificada e considerada como pré-hipertensão

A pressão arterial, também chamada de hipertensão, é considerada uma das maiores causas de mortes no Brasil em quase dez anos, é a maior causa de doenças como AVCs, infartos e problemas renais e pode ser evitada e controlada com hábitos saudáveis, visitas periódicas ao médico e atividades físicas. Congresso Brasileiro de Cardiologia anunciou hoje mudanças nas formas de medição e reclassificou a pré-hipertensão a 12×8.

Congresso Brasileiro de Cardiologia definiu novas mudanças

O Congresso Brasileiro de Cardiologia acontece de 18 a 20 de setembro de 2025, no Distrito Anhembi – São Paulo/SP, e reúne os principais médicos cardiologistas especializados da área, médicos americanos, argentinos, alemães, portugueses e brasileiros se reúnem para debater assuntos relacionados a saúde cardiovascular, e dentre esses, foram definidos as mudanças na forma de medir e reclassificar a pré-hipertensão fica agora classificada com  valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica). A mudança vai de encontro as diretrizes internacionais, como europeus, que já classificam essa medição como pressão alta.


 

O 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia | Reprodução: @sbc.cardiol

Causas do problema x cuidados com a saúde no Brasil

O problema é herdado em 90% dos casos pelos pais, de forma hereditária, e é uma doença crônica que pode se manifestar durante qualquer fase da vida, principalmente na adolescência para a fase adulta. A pressão arterial controla a forma como o sangue é distribuído pelo corpo, a forma como ela é distribuída pode afetar a saúde do corpo, aumentando risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e insuficiência renal e cardíaca. No Brasil, pelo menos 388 pessoas morrem por dia por problemas relacionados à hipertensão. As causas deste problema, além de hereditárias, podem variar, desde a má alimentação, como fast foods, mau uso ou uso excessivo do sal, ingestão de gorduras trans e saturadas, e uso excessivo do tabaco e o consumo de bebidas alcooólicas, mas que pode ser evitada e controlada com hábitos saudáveis como corridas, caminhadas, academia, dietas saudáveis e uma rotina com visitas médicas e seguindo as orientações e cuidados para o controle da doença.

Jair Bolsonaro apresenta quadro de pré-síncope; entenda o termo

A defesa de Bolsonaro informou ao STF que o ex-presidente apresentou quadro de pré-síncope, também conhecido como quase-síncope. Trata-se da sensação de que se vai desmaiar, mas sem que ocorra, de fato, a perda de consciência.

Nesta quarta-feira (17), também foi confirmado o quadro de câncer de pele de Jair Bolsonaro. De acordo com Cláudio Birolli, médico responsável pela equipe cirúrgica, diversas lesões foram removidas do ex-presidente.

Pré-sincope é um alerta

Trata-se de um alerta importante do corpo de que há algo errado, geralmente relacionado à diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. Esse quadro costuma durar de alguns segundos a poucos minutos e pode vir acompanhado de sintomas como fraqueza, suor excessivo, náuseas, palpitações, dor abdominal, visão turva ou a presença de pontos escuros na visão.

Embora a pessoa não chegue a desmaiar, a sensação é bastante desconfortável e pode ser um sinal de alerta para condições mais sérias, especialmente se ocorrer com frequência. Identificar os sinais precoces da pré-síncope é essencial para evitar complicações e buscar atendimento médico quando necessário.


Entenda o que é a pré-sincope (Vídeo: reprodução/YouTube/@Professor Emerson Marques)

A principal causa da pré-síncope é a queda repentina da pressão arterial, que compromete a irrigação sanguínea no cérebro. Situações como ansiedade intensa, medo, estresse emocional, desidratação e o uso de certos medicamentos para pressão podem desencadear o episódio.

Alguns fatores de risco aumentam a chance de uma pessoa apresentar pré-síncope. Entre os principais estão a hipertensão, o diabete, histórico de uso de produtos com tabaco, episódios anteriores de pré-síncope e o fato de ser do sexo feminino.

Síncope é diferente da pré-sincope

Apesar da pré-sincope os sintomas trazerem escurecimento da visão, fraqueza e sensação de desmaio, na síncope o paciente chaga a de fato desmaiar, quando o fluxo sanguíneo do cérebro cai, causando o desmaio.


Médico explica sobre diagnóstico de Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/@UOL)

Especialistas relatam que a queda da pressão pode ser provocada por diversos fatores, entre os mais comuns estão a desidratação, o uso de medicamentos, sangramentos ou infecções graves, além da chamada hipotensão postural, que ocorre quando a pressão cai ao se levantar de forma abrupta.

Após se sentir mal e ser internado, Bolsonaro recebe alta hospitalar

O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, recebeu alta hospitalar nesta quarta-feira (17) em Brasília, depois de ter sido internado na terça-feira (16) em um hospital privado da cidade. Ele deu entrada com sintomas de vômitos, tontura e pressão baixa. Durante a internação, recebeu hidratação e medicamentos por via endovenosa e apresentou melhora dos sintomas e da função dos rins. Com a alta, Bolsonaro volta para a prisão domiciliar, onde continuará recebendo acompanhamento médico.

Para ir ao hospital, a defesa dele precisou informar à Justiça os motivos da saída. Segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro pode ir ao hospital em casos de emergência, desde que comprove o motivo em até 24 horas.

Lesões na pele e diagnóstico

No domingo (14), Bolsonaro passou por cirurgia para remover oito manchas na pele. O exame mostrou que duas delas eram câncer de pele, chamado carcinoma de células escamosas, localizado apenas na camada superficial. Esse tipo de câncer não é agressivo e não se espalhou para outras partes do corpo, por isso não será preciso fazer outra cirurgia. Mesmo assim, ele seguirá sendo acompanhado periodicamente pelos médicos para garantir que tudo esteja bem.

O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, explicou que o carcinoma de células escamosas é comum e geralmente aparece por causa do sol. Ele também destacou que esse tipo de câncer tem baixo risco de se espalhar, diferente do melanoma, que é mais perigoso.


Bolsonaro saindo do hospital (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ton Molina)

Cuidados futuros e acompanhamento

Com a melhora do quadro, Bolsonaro continuará em prisão domiciliar, com acompanhamento médico regular. Os cuidados incluem monitorar a função dos rins e verificar periodicamente as lesões de pele. A equipe médica afirmou que, apesar do diagnóstico de câncer, o ex-presidente está estável e não precisa de novos procedimentos por enquanto.

O caso mostra a importância de acompanhar a saúde da pele e de tratar rapidamente qualquer lesão, principalmente para quem já teve exposição prolongada ao sol, como Bolsonaro.

Jair Bolsonaro tem câncer de pele confirmado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu o diagnóstico de câncer de pele, conforme informou nesta quarta-feira (17) o médico responsável pela equipe cirúrgica, Cláudio Birolli, durante uma coletiva de imprensa. Conforme o especialista, foram removidas oito lesões. Entre elas, sete apresentavam suspeitas de câncer de pele.

Após a análise, duas confirmaram tratar-se de carcinoma de células escamosas, um tipo de tumor considerado intermediário em termos de agressividade. Com isso, trata-se, de fato, de uma forma de câncer de pele.

De acordo com Birolli, este câncer consiste em lesões que, neste momento, precisam apenas de avaliações e acompanhamentos, pois continuam em uma fase precoce. O médico ainda informou que há muitas lesões de pele e que não é possível retirá-las de uma vez. Algumas delas são ceratoses, ou seja, alterações na pele que precisam de vigilância, pois se não houver cuidado e tratamento, podem evoluir para câncer. Mas no momento não é necessário fazer cirurgia.

O Hospital DF Star também divulgou um boletim médico detalhando a situação do câncer de pele de Bolsonaro: “O laudo anátomo patológico das lesões cutâneas operadas no domingo (14/9) mostrou a presença de carcinoma de células escamosas ‘in situ’, em duas das oito lesões removidas, com a necessidade de acompanhamento clínico e reavaliação periódica. Recebe alta hospitalar, mantendo o acompanhamento médico.”


Carlos Bolsonaro fala sobre a saúde do pai (Vídeo: reprodução/YouTube/@Metrópoles)

Carcinoma de células escamosas

O carcinoma de células escamosas é um tipo de câncer de pele que se desenvolve nas camadas mais externas da pele, geralmente em áreas do corpo constantemente expostas ao sol, como rosto, pescoço, braços e pernas. Também chamado de carcinoma espinocelular ou epidermoide, esse tumor pode ser apresentado como uma lesão avermelhada ou amarronzada, de superfície áspera, que não cicatriza. O tratamento varia de acordo com fatores como o tamanho e a profundidade do tumor, sua localização, além da idade e do estado geral de saúde do paciente.

Entenda a pré-sincope apresentada por Bolsonaro

Há menos de 48 horas, o ex-presidente já havia comparecido ao hospital, entretanto, precisou voltar após o quadro de vômitos, soluços e pré-sincope. Esse quadro é uma sensação de quase desmaio, ou seja, você tem a sensação de que irá desmaiar, mas o fato não ocorre. Pode ser apresentado também um quadro de perda de consciência, além de fraqueza, suor, estômago embrulhado, palpitações cardíacas e visão turva.


Flávio Bolsonaro atualiza estado de saúde de Jair Bolsonaro (Vídeo: reprodução/YouTube/@Record News)

Causa da pré-sincope

A causa deste quadro pode ser associada à falta de fluxo sanguíneo para o cérebro, principalmente associada à queda de pressão. As principais causas podem ser ansiedade, eventos traumáticos ou perturbadores, medo, desidratação e até medicamentos para pressão, problemas cardíacos e outras condições.

O diagnóstico depende de uma análise clínica detalhada, medição da pressão em diferentes posições e exames como o eletrocardiograma. O tratamento envolve medidas simples como hidratação e uso de meias de compressão, até intervenções médicas específicas quando há suspeita de doenças.

Ozempic e Mounjaro podem mudar percepção do sabor dos alimentos

Um novo estudo apresentado na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), em Viena, revelou que medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro podem alterar a percepção do paladar. Segundo os pesquisadores, cerca de 20% dos pacientes que utilizam esses fármacos relataram sentir os alimentos mais doces ou mais salgados do que antes do tratamento.

A pesquisa envolveu 411 voluntários, dos quais 148 utilizavam Ozempic, 217 Wegovy e 46 Mounjaro. Apesar de o efeito não ter sido universal, a constatação chamou atenção pela consistência entre os relatos de diferentes grupos. Isso abre novas discussões sobre como a relação entre paladar, apetite e perda de peso pode ser mais complexa do que se imaginava.


Médico fala sobre os efeitos colaterais do Ozempic. (Vídeo: Reprodução/Instagram/@drmateusfreitasg)

Entre os participantes, 21,3% disseram sentir os alimentos mais doces e 22,6% mais salgados. Curiosamente, a percepção de amargor e acidez não apresentou alterações relevantes, reforçando que os efeitos parecem concentrar-se em sabores mais intensos, ligados diretamente à sensação de recompensa alimentar.

Impactos no apetite e na saciedade

Além da mudança no paladar, o estudo apontou uma conexão entre essa alteração e a redução do apetite. Mais da metade dos pacientes relataram sentir menos fome ao longo do dia, o que pode ser um fator-chave para o sucesso dos tratamentos no controle de peso.

Os dados mostraram que pessoas que perceberam o sabor mais doce ou salgado também tinham até duas vezes mais chances de relatar maior saciedade. Isso sugere que os medicamentos não apenas influenciam mecanismos fisiológicos ligados ao intestino e ao cérebro, mas também modulam como os sabores são percebidos.

De acordo com o professor Othmar Moser, da Universidade de Bayreuth, que liderou a pesquisa, compreender essa ligação pode ajudar médicos a oferecer orientações nutricionais mais precisas. A percepção de mudanças no paladar, por exemplo, pode servir como um indicador complementar de resposta ao tratamento.

O que os resultados significam na prática

Embora as descobertas sejam promissoras, os especialistas alertam para algumas limitações do estudo. Os dados foram autorrelatados e coletados por meio de questionários online, o que pode introduzir vieses. Além disso, ainda não há comprovação de causalidade direta entre o uso dos medicamentos e as alterações no paladar.

Mesmo assim, os resultados abrem espaço para novas linhas de investigação. Se confirmada, essa relação poderá ajudar médicos a ajustar doses e acompanhar a evolução do tratamento de forma mais personalizada. Também pode indicar que a percepção do sabor tem um papel mais relevante do que se pensava na regulação do apetite.

Na prática clínica, monitorar mudanças no paladar de pacientes em uso de Ozempic, Wegovy ou Mounjaro pode oferecer pistas valiosas sobre o progresso da terapia. Ainda que o paladar não seja o principal fator de perda de peso, sua influência sobre saciedade e desejos alimentares mostra que o impacto desses medicamentos vai além do controle da glicose e da fome.

Mounjaro recebe doses mais altas no Brasil em setembro e outubro

Nesta segunda-feira (15), a farmacêutica Eli Lilly anunciou a chegada das dosagens mais altas de Mounjaro ao mercado brasileiro. Segundo a empresa, canetas com 7,5 mg e 10 mg de concentrações de tirzepatida, o princípio ativo do medicamento, estarão disponíveis nas farmácias na segunda quinzena de setembro e na segunda metade de outubro.

Estamos entusiasmados de poder trazer as novas dosagens para o mercado local. A Lilly é uma empresa com mais de 100 anos de história e experiência em cardiometabolismo e por isso sabemos o impacto do tratamento para os pacientes com diabetes tipo 2, e obesidade, que agora devem contar com doses ainda mais potentes para atender suas necessidades médicas individualizadas”, afirmou Felipe Berigo, Diretor Executivo de Cardiometabolismo da Lilly no Brasil, por meio de um comunicado divulgado à imprensa.

As doses

Serão quatro doses de Mounjaro disponíveis, 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg e 10 mg, todas foram estudadas e aprovadas em segurança e eficácia, vale lembrar que desde setembro de 2023, o medicamento já contava com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para tratamento de diabetes tipo 2 e somente neste ano, foram inclusos o tratamento de sobrepeso e obesidade.

A tirzepatida atua como agonista duplo de receptores metabólicos, atuando em GIP e GLP-1, essa ação dual permite que a tirzepatia melhore o controle glicêmico e ajude na perda de peso, promovendo a saciedade e reduzindo a fome.


Dose de 2,5 mg de Mounjaro (Foto: reprodução/X/@IainDale)

Os valores

Segundo a Eli Lilly, as duas novas dosagens se encontrarão disponíveis pelo Programa Lilly Melhor Para Você, com o valor máximo de R$ 2.699,00 (7,5 mg) e R$ 3.099,00 (10 mg) em lojas físicas e R$ 2.599,00 (7,5 mg) e R$ 2.999,00 pela internet, considerando o mês de tratamento, composto de uma caixa com quatro canetas autoinjetoras. Já compras realizadas fora do programa terão os valores máximos de R$ 3.175,00 (7,5 mg) e R$ 3.645,00 (10 mg).

Ainda pelo comunicado, a farmacêutica se posiciona como comprometida com o abastecimento do produto no mercado brasileiro, visando atender com sucesso a demanda, possuindo mais de US$ 50 bilhões investidos desde 2020 para aumentar a capacidade de produção de incretinas, com novas plantas e a ampliação de outras já existentes em diferentes países.

Bolsonaro recebe diagnóstico de anemia e quadro residual de pneumonia após exames em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta do Hospital DF Star, em Brasília, na tarde do último domingo (14), após passar por procedimentos para a retirada de lesões cutâneas. Além da intervenção dermatológica, exames laboratoriais apontaram que Bolsonaro apresenta um quadro de anemia por deficiência de ferro e sinais residuais de uma pneumonia recente por broncoaspiração. O boletim médico foi divulgado pela unidade de saúde e confirmado pela defesa do ex-presidente.

O que é a anemia por deficiência de ferro

A anemia ferropriva é a forma mais comum de anemia e ocorre quando o organismo não tem reservas adequadas de ferro, mineral fundamental para a produção dos glóbulos vermelhos. Essas células são responsáveis por transportar oxigênio para os tecidos e órgãos. Quando a produção cai, o corpo sofre com baixa oxigenação, o que compromete funções essenciais.

Os sintomas mais relatados incluem cansaço persistente, falta de disposição, irritabilidade, perda de apetite, palpitações ao realizar esforço físico e palidez visível em lábios e palmas das mãos. Em quadros mais prolongados, a doença pode afetar inclusive a cognição, reduzindo concentração e memória.


Jair Bolsonaro (Foto:reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

O Ministério da Saúde recomenda atenção redobrada à alimentação como medida preventiva. Carnes vermelhas, peixes, aves e mariscos são boas fontes de ferro de origem animal, mais facilmente absorvido pelo organismo. Entre os vegetais, destacam-se a couve, agrião, cheiro-verde, taioba, além de nozes, castanhas e o melado de cana.

Tratamento e condições de saúde de Bolsonaro

Segundo o boletim, Bolsonaro recebeu reposição de ferro por via endovenosa ainda no hospital. A medida é comum em casos em que há necessidade de resposta rápida ou quando o corpo apresenta dificuldades de absorção do ferro apenas pela dieta. O ex-presidente retornou à prisão domiciliar logo após o atendimento, conforme autorização prévia do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Os exames também revelaram resquícios de pneumonia, possivelmente relacionados ao episódio diagnosticado em junho, quando Bolsonaro apresentou pneumonia viral. O quadro atual, classificado como residual, indica que a infecção já foi controlada, mas deixou marcas temporárias no organismo.

O ex-presidente, que em abril passou por uma cirurgia abdominal de grande porte, tem enfrentado sucessivos problemas de saúde desde a facada sofrida durante a campanha de 2018. Médicos alertam que a anemia, embora tenha tratamento eficaz e completo, exige acompanhamento cuidadoso para evitar complicações, principalmente em pacientes com histórico clínico delicado.