‘’Lemonade’’ é consagrado pela Rolling Stone como o maior álbum do século XXI

Em 2016, o mundo presenciou um dos momentos mais marcantes da música contemporânea. Beyoncé, já reconhecida como uma das maiores artistas de sua geração, transformou dor, ancestralidade e identidade em uma obra que ultrapassa os limites da arte.

”Lemonade” não é apenas um álbum, é um projeto audiovisual que une som, imagem e sentimento em uma experiência sensorial e política. Agora, quase uma década depois, a Rolling Stone consagra o disco como o melhor álbum do século XXI, reafirmando seu impacto histórico e cultural.

Lemonade: arte, política e poesia em um só corpo

Mais do que uma sequência de músicas, ”Lemonade” é uma narrativa sobre reconciliação, poder e resistência. Cada faixa é uma confissão poética que se transforma em manifesto, abordando temas como racismo estrutural, feminilidade, amor e herança cultural.

A Rolling Stone descreveu o álbum como “um filme musical tão belo e poderoso quanto um grande drama”, destacando sua profundidade estética e seu papel como uma das obras mais influentes do século.


 Beyoncé em turnê em Washington (Foto: reprodução/Instagram/@beyonce)

De “formation” a “freedom”, a revolução começa dentro

Entre batidas marcantes e visuais carregados de simbolismo, Beyoncé constrói um retrato íntimo e coletivo ao mesmo tempo. De ”Formation” a ”Freedom”, ela transforma o pessoal em universal e o feminino em revolução. ”Lemonade” não apenas refletiu o mundo, ele o reescreveu à imagem de uma mulher negra que se recusa a ser silenciada. Com esse projeto, Beyoncé uniu vulnerabilidade e força em um gesto artístico que deu voz a muitas outras histórias.

Legado que ecoa na cultura

Quase dez anos após o lançamento, o álbum segue reverberando com a mesma potência de 2016. Seu impacto ultrapassa a música, alcançando o cinema, a moda e o discurso político. Beyoncé não lançou apenas um álbum, ela ergueu um monumento artístico que segue vivo, inspirando novas gerações.

O reconhecimento da Rolling Stone não é apenas merecido. É a prova de que projeto, se tornou um marco atemporal, um lembrete de que a arte, quando nasce da verdade, atravessa o tempo e transforma o mundo.

Sabrina Carpenter defende shows sem celular e expõe incômodo de artistas com telas na plateia

Em recente entrevista à revista Rolling Stone, Sabrina Carpenter refletiu sobre a experiência que teve durante um show do Silk Sonic, duo formado por Bruno Mars e Anderson Paak. A cantora contou que nunca viveu algo tão marcante em uma apresentação, especialmente por um motivo inusitado: ela foi impedida de usar o celular durante o espetáculo.

Tiraram meu celular. Nunca tive uma experiência melhor em um show. Sinceramente, senti como se estivesse de volta aos anos 70 e eu nem era nascida. De verdade, senti que estava lá… Eu cresci numa época em que as pessoas já tinham iPhones nos shows. Infelizmente, isso é super normal pra mim”, afirmou a cantora.

Após o evento, Sabrina refletiu sobre o impacto da experiência e revelou que considerou adotar a mesma medida em suas próprias apresentações. Para ela, seria interessante se o público se desconectasse das telas e se concentrasse em viver o momento.

Não posso culpar quem quer guardar memórias, mas dependendo de quanto tempo eu ainda quiser fazer turnê, e da idade que eu tiver… Amiga, tira esses celulares daí. Você não pode dar zoom no meu rosto. Agora minha pele é macia e firme. Tá tudo certo. Mas não dá zoom em mim quando eu tiver 80 anos lá em cima”, brincou.

Celulares danificados

Além do incômodo visual e da distração, o uso de aparelhos eletrônicos em shows já gerou polêmicas técnicas. Em 2022, o DJ brasileiro Alok precisou se pronunciar após um fã afirmar que a câmera de seu celular foi danificada pelas luzes usadas durante a apresentação no Rock in Rio.

A explicação veio logo depois: os lasers usados no palco têm alta potência e, ao atingirem diretamente as lentes dos celulares, podem causar manchas permanentes ou até inutilizar o componente. Alok, no entanto, garantiu que todos os feixes eram direcionados para o alto, e não para o público.


Alok se pronuncia em suas redes socias sobre polemica com celular de espectador (Vídeo: Reprodução/X/@alokoficial)

Incômodo antigo e recorrente

O desconforto com o uso excessivo de celulares em shows não é novidade no universo musical. Muitos artistas se dizem incomodados ao ver uma plateia tomada por telas em vez de rostos atentos.

Em 1991, por exemplo, o vocalista do Guns N’ Roses, Axl Rose, perdeu a paciência ao flagrar um fã tirando fotos durante um show em St. Louis, nos Estados Unidos. Ele pediu que os seguranças retirassem o homem do local e, diante da demora, se lançou na plateia para tomar a câmera das mãos do fã. Pouco depois, anunciou o fim da apresentação.


Axl Rose pulando em fã que utilizava o celular em show do Guns N'Roses (Vídeo: Reprodução/Youtube/Alexandre Sodre)

Mais recentemente, a banda Eagles pediu que o público desligasse os celulares durante o show The History of Eagles, na Rod Laver Arena, na Austrália. Quem fosse pego filmando, tirando fotos ou até mesmo enviando mensagens seria expulso do local.

O grupo Yeah Yeah Yeahs também tem um posicionamento claro: em seus shows, pede que os fãs não assistam às apresentações pelas telas. “Ponha essa merda de lado”, alertam Nick, Karen e Brian — de forma direta, porém carismática.

Prince, por sua vez, era radical. Para garantir uma experiência exclusiva para quem pagou para vê-lo ao vivo, proibia não só o uso de celulares como a entrada com os aparelhos nos locais de show.

Outro nome que adotava políticas rígidas era Björk. Famosa por um episódio em que agrediu um repórter durante uma turnê na Tailândia, a cantora também proibia fotos e gravações em suas apresentações — o que, segundo fãs, era levado muito a sério.