Charli XCX responde críticas sobre uso de autotune após apresentação em Glastonbury

A cantora Charli XCX usou suas redes sociais neste domingo (29) para responder a críticas relacionadas ao uso de autotune em suas apresentações ao vivo. As reações ocorreram após o show realizado no sábado (28), no festival Glastonbury, no Reino Unido.

A artista britânica defendeu sua escolha estética, que marca a fase atual de sua carreira desde o lançamento do álbum “Brat”, em 2024.

Proposta artística do álbum “Brat”

Charli XCX, de 32 anos, fez referência direta aos comentários sobre sua performance no festival Glastonbury, em especial à utilização de efeitos vocais processados ao vivo. A artista explicou que a manipulação da voz com autotune não representa uma limitação técnica, mas sim uma decisão criativa que dialoga com a sonoridade estabelecida em seu álbum mais recente.

O projeto “Brat“, lançado em junho de 2024, tem como característica principal a combinação de elementos do pop eletrônico com influências do disco club. O uso intensivo de sintetizadores e de autotune está presente tanto nas gravações de estúdio quanto nas apresentações da cantora, o que reforça a coesão estética proposta nessa nova fase de sua discografia.

Artista defende liberdade estética e impacto cultural

Por meio de postagens na rede social X (antigo Twitter), Charli XCX argumentou que o uso do autotune e a ausência de uma banda tradicional no palco não desvalorizam sua produção artística. Segundo a cantora, propostas que dividem opiniões e provocam debates muitas vezes estão ligadas a transformações culturais mais significativas.


Cantora rebate críticas em seu perfil no X (Foto: Reprodução/X/@charli_xcx)

A apresentação de Charli XCX em Glastonbury ocorreu na noite de sábado e integrou a turnê de divulgação de “Brat”. O disco foi amplamente comentado por sua abordagem sonora específica, marcada por efeitos vocais e batidas eletrônicas. Mesmo diante de críticas, a cantora mantém a defesa de que suas decisões criativas fazem parte de um conceito deliberado que visa impactar e provocar reações no público.

Beyoncé agradece a Paul McCartney por “Blackbird” durante turnê no Reino Unido

Beyoncé encerrou sua apresentação em Londres com uma homenagem a Paul McCartney, e detsacou a importância da música “Blackbird”, regravada no álbum “Cowboy Carter”.

“Blackbird” integra repertório da turnê “Cowboy Carter”

No último show realizado em Londres como parte da turnê “Cowboy Carter”, Beyoncé prestou homenagem a Paul McCartney. A artista incluiu no repertório a regravação da canção “Blackbird”, originalmente lançada pelos Beatles em 1968, no disco conhecido como “White Album”. A nova versão mantém a estrutura da composição original e foi incorporada ao álbum “Cowboy Carter”, lançado em 2024.

A homenagem foi reforçada pela escolha do figurino usado na apresentação, assinado por Stella McCartney, filha do ex-integrante dos Beatles. Imagens divulgadas nas redes sociais da cantora mostraram a performance e o traje.


Versão de “Blackbird” regravada por Beyoncé (Áudio: Reprodução/Spotify/Beyoncé)

O álbum “Cowboy Carter” propõe uma releitura do gênero country e traz elementos de crítica social e referências históricas. A presença de “Blackbird” reforça a proposta do projeto de resgatar composições simbólicas em novos contextos culturais.

Origem e significado da canção “Blackbird”

A música “Blackbird” foi composta por Paul McCartney e lançada pelos Beatles em 1968, no álbum duplo autointitulado, conhecido como “White Album”. A canção é marcada por sua simplicidade sonora, visto que foi gravada com voz e violão.

Segundo McCartney, “Blackbird” foi inspirada nas tensões sociais dos Estados Unidos durante os anos 1960, especialmente nas lutas pelos direitos civis da população negra. A metáfora do pássaro preto representa mulheres negras enfrentando a segregação racial.

Com o tempo, “Blackbird” tornou-se um dos principais símbolos da fase mais politizada dos Beatles. É frequentemente interpretada em eventos de cunho social e considerada uma das músicas mais emblemáticas da banda. A inclusão da faixa por Beyoncé reforça o significado histórico da obra e conecta diferentes gerações por meio da música.

Grammy altera categorias do country

A vitória de “Cowboy Carter” na categoria de Melhor Álbum Country no Grammy de 2025 gerou reações na comunidade musical. Críticos apontaram que Beyoncé não havia sido indicada às categorias específicas do gênero, o que evidenciaria um descompasso entre a proposta do álbum e os critérios tradicionais da premiação.

Como resposta, a organização do Grammy anunciou a reformulação das categorias de música country. A partir da próxima edição, haverá duas novas divisões: Melhor Álbum Country Contemporâneo e Melhor Álbum Country Tradicional.

De acordo com o comunicado oficial, a medida busca contemplar a diversidade estilística dentro do gênero. A categoria tradicional seguirá critérios baseados em sonoridades clássicas, como o uso de violão acústico, banjo e steel guitar, enquanto a categoria contemporânea abrangerá produções que atualizam o gênero com outras influências, como ocorre em “Cowboy Carter”.